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A importância do conhecimento materno quanto 

ao cuidado adequado com o coto umbilical

La importancia del conocimiento de la madre sobre el cuidado adecuado del muñón umbilical

The importance of knowledge about the breast care appropriate with cord stump

 

*Discente do VII período do curso Bacharelado em

Enfermagem da Faculdade Sete de Setembro - FASETE, Paulo Afonso-Ba

**Bióloga Sanitarista, Mestranda em ciências da educação

MBA Gestão Hospitalar/ Auditoria, MBA Gestão Ambiental

***Enfermeira Obstetra, Mestre em Enfermagem e Saúde – Saúde Pública

Coordenadora do Curso de Bacharelado em Enfermagem

da Faculdade Sete de Setembro – FASETE

Iara Neves Vieira*

Tamires Fonseca*

Sabrine Canonici Macário de Carvalho**

Jamile Guerra Fonseca***

enf.iaravieira@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A pesquisa tem como o principal objetivo analisar, esclarecer a importância de transmitir conhecimentos para as puérperas quanto ao cuidado adequado com o coto umbilical. Trata-se de um estudo de caráter descritivo com abordagem qualitativa. Para evitar infecções no coto umbilical, é necessário o uso de álcool 70%, mantendo sempre limpo e seco, é contraindicado o uso de faixas, moedas, fumo, ervas, borra de café e entre outros. Diante dos resultados, observou-se que ainda existem muitas mães sem conhecimentos realizando cuidados inadequados. Isso tem contribuído para o desenvolvimento de doenças infecciosas como a onfalite e o tétano neonatal. Em virtude da importância do cuidado eficaz, é necessária a participação dos profissionais de enfermagem, orientar o cuidado adequado ás puérperas. Com o propósito de prevenir complicações com o coto umbilical em o recém-nascido.

          Unitermos: Coto umbilical. Alojamento conjunto. Puerpério. Cuidados. Recém nascido.

 

Abstract

          The research aims to analyze, clarify the importance of imparting knowledge to the mothers on the proper care of the umbilical stump it is a descriptive study with a qualitative approach. To prevent infections in umbilical stump, using alcohol 70 % is necessary, keeping clean and dry, is contraindicated the use of bands, coins, tobacco, herbs, coffee grounds and among others. Given the results we observed that there are still many mothers without knowledge performing inadequate care. This has contributed to the development of infectious diseases such as omphalitis and neonatal tetanus. Given the importance of effective care, the involvement of nursing professionals is necessary to guide proper care postpartum ace. In order to prevent complications with the umbilical stump of the newborn.

          Keywords: Umbilical stump. Rooming. Postpartum. Care. Newborn.

 

Recepção: 23/12/2014 - Aceitação: 20/02/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 207, Agosto de 2015. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    “O período puerpério, consiste nos primeiros 42 dias após o nascimento do bebê”. (Orshan, 2010, p.730) Durante esse período, a puérpera passa por um processo de modificações fisiológicas e anatômicas, como também mudanças psicológicas decorrentes á condição da gestação. A fase de transição após o nascimento do recém-nascido é marcada por fatores emocionais, com a chegada de um novo membro da família, diante da realidade que se passa em sua vida (Orshan, 2010, p.730).

    “A princípio, para as mães e seus familiares o choro do recém-nascido significa um sinal saúde e bem estar, sendo aguardado com grandes expectativas que transbordam os sentimentos de boas vindas do novo membro da família” (Orshan, 2010, p.807) Dessa maneira é fundamental explorar o contato entre mãe e filho, a fim de promover vínculos, em função da sensibilidade, adquirindo o reconhecimento da mãe com o filho, através de alguns sentidos como o sentir o cheiro e escutar a voz.

    O alojamento conjunto é quando o recém-nascido, após o nascimento, se mantém ao lado da mãe por 24 horas na maternidade até o momento da alta hospitalar (Ministério da Saúde, 2001).

    È interessante uma reflexão para abordagem informal, respeitando os valores, quando se trata da educação em saúde da puérpera, principalmente durante o período inicial do alojamento conjunto. Esta medida permite que a mulher obtenha oportunidades de aprender como cuidar e conhecer melhor a criança, estimulando sua própria autonomia diante do papel de mãe, sentindo-se segura para prestar os cuidados com o recém-nascido, pelo o acompanhamento dos profissionais de enfermagem (Bergamaschi et al, 2008).

    A equipe de enfermagem é responsável por assumir um papel importante nos momentos essências do ser humano, desde o seu nascimento até a morte. Através disso, os enfermeiros principalmente, necessitam utilizar elementos que contribuam para a comunicação tanto para os pacientes adultos quanto para recém-nascidos. Com isso, a equipe deverá orientar os métodos indicados para a deterioração apropriada do coto umbilical (Lucille et al, 1989).

    “Observamos que este é um tema que suscita muitas dúvidas aos cuidadores, tanto aos leigos quanto aos profissionais” (Zanatta, 2006). O autor destaca que, é interessante atribuir orientações relacionadas á pratica do cuidado o coto umbilical, cabe os profissionais de saúde adotar medidas que possibilitam garantir esclarecimentos necessários, tanto para a mãe quanto aos familiares, prestando informações que visem à prevenção de infecções.

    O cordão umbilical possui uma forma de espiral (Spara et al, 2004). Por intermédio do cordão umbilical ocorre a circulação sanguínea no qual as artérias são responsáveis pelo transporte de sangue não oxigenado e a veia sangue oxigenado (Prates et al, 2005). Sendo assim, o cordão representa o elo vital entre mãe e filho (Dávila et al, 2003).

    A infecção umbilical em recém- nascidos, como o tétano neonatal e onfalite, são ocasionadas, através da invasão de patógenos que se disseminam no coto umbilical. Essa contaminação é resultante da má higiene na desinfecção com o coto umbilical (Linhares, 2012).

    As influências culturais acompanhados por crenças, mitos, informações diversas transmitidas por pessoas leigas, quanto o cuidado com o coto umbilical, é necessário orientar o cuidado adequado ás puérperas. Com o propósito de prevenir complicações com o coto umbilical.

    A proposta tem como objetivo, esclarecer a importância de transmitir conhecimentos para as puérperas quanto ao cuidado adequado com o coto umbilical.

Metodologia

    O presente estudo trata-se de uma abordagem qualitativa de caráter descritivo, constituído através de uma revisão bibliográfica, por meio de consulta aos capítulos de livros e artigos científicos sobre a temática, por intermédio de conteúdos publicados, teses e dissertações da língua portuguesa. A opção do tema partiu da curiosidade de analisar a importância do conhecimento das mães diante do cuidado com o coto umbilical do recém- nascido, baseando-se nesta verificação foi possível, conduzir o planejamento do trabalho através de elementos norteadores provenientes de fontes essenciais que forneceram uma base de dados, conferidas, identificando subsídios cruciais para a abordagem da pesquisa.

    A princípio foi realizado uma análise com o auxilio de capítulos de livros. Por conseguinte, foi implementado buscas de artigos publicados, disponíveis, através da base de dados do LILACS, BVS e MEDLINE. Os descritores utilizados foram coto umbilical, recém-nascido, puerpério, cuidados e alojamento conjunto. Durante a investigação foram apurados 21 artigos e selecionados 10 destes, divulgados no período de 2002 a 2013. A triagem dos artigos foi possível, com o auxilio da leitura dos resumos do material adquirido realizado por intermédio da analise e interpretação, permitindo buscar características reconhecidas para o objetivo proposto, eliminando as fontes que não faziam parte do conteúdo pretendido. Sendo assim, foram selecionados apenas os artigos científicos que atendiam interesses para a construção da pesquisa.

Resultados e discussão

    O uso de métodos ineficientes como colocar moeda no umbigo, o uso de faixa, borra de café, ervas, fumo, são preservados de geração em geração por algumas mães. Porém, essas técnicas são contra indicadas. Pois, não trazem benefícios para a saúde da criança, inclusive em alguns casos são responsáveis por ocasionarem agravos (Iserhard, et al, 2009).

    Em vista disso, é fundamental atribuir recomendações aos cuidadores, para a prevenção de infecções. Contudo, respeitando seu conhecimento e crendices (Dávila et al, 2003).

    A falta de tratamento ideal do coto umbilical é capaz de gerar complicações no mesmo. Como, a decorrência de infecções umbilicais que tem elevado os indicadores de morbidade infantil (Florentino et al,1998).

    Os índices do tétano neonatal deduz que existem falhas na qualidade da assistência pré-natal, durante o parto e alojamento conjunto, que facilitam a infecção pelo Clostridium tetani. Os resultados são referentes á vacinação de gestantes contra o tétano, assepsia durante o momento do parto e no tratamento do coto umbilical. Fatores geralmente associados às baixas condições socioeconômicas (Brasil, 2001).

    A onfalite é um dos fatores que dificultam a aproximação do binômio mãe-filho, alterando na amamentação, levando ao aumento de dias de internação, provocando estresse familiar (Carmo et al, 2009).

    Diante disso, é fundamental que a atuação dos profissionais de enfermagem, possa transmitir orientações que sejam elaboradas de caráter criativo, a fim de explorar informações capazes de serem aceitáveis pelas puérperas visando esclarecer quais são os riscos e benefícios, e o modo de como realizar o cuidado satisfatório.

    Para evitar doenças, é necessário manter o coto umbilical e sua base sempre limpos e secos. Deve-se lavar também o coto umbilical com álcool a 70% (encontrado nos Postos de Saúde ou farmácias). Esta limpeza deve ser feita todos os dias (várias vezes), após o banho e troca de fraldas, até que a ferida umbilical esteja completamente cicatrizada (Linhares, 2012).

    Nessa etapa (Carmo et al, 2009) esclarece que a limpeza da região do umbigo deve ser realizada apenas com álcool a 70% e não se preconiza o uso de faixas, moedas ou qualquer outro objeto sobre o umbigo.

    De acordo com (Carmo et al, 2009) refere que a orientação dos cuidados para a desinfecção do coto umbilical trata-se de: promover a limpeza ao redor do coto com o auxilio do cotonete embebido em álcool 70%, seguindo de movimentos circulares até retirar toda sujidade. Pode fazer á limpeza do coto também com cotonete e álcool 70%. Secando toda a região com cotonete. Realizar a dobra na fralda, expor o coto umbilical evitando a proliferação de microorganismos.

Conclusão

    A elaboração da pesquisa permitiu reconhecer que, a partir das publicações analisadas os resultados demostraram que ainda existem muitas mães que adotam medidas inadequadas, envoltas pelo uso de moedas, faixas, borra de café, ingredientes caseiros, acompanhados de mitos e crenças, influenciadas pelas informações de pessoas leigas. No qual, acabam realizando o cuidado de maneira ineficaz, desenvolvendo infecções umbilicais em recém-nascidos.

    Com isso, é necessário um planejamento de propostas eficientes compostas de subsídios determinantes que sejam capazes de fazer o diferencial para a adoção de medidas adequadas. Em virtude da importância do cuidado eficaz, a participação da equipe de enfermagem, está exclusivamente direcionada na instrução e acompanhamento para que as mães não tenham dúvidas quanto o conhecimento adequado, esclarecendo as vantagens da desinfecção do coto umbilical com o uso de álcool 70%, como também as complicações que podem afetar o recém- nascido quando não é realizado o cuidado apropriado.

    Dessa forma, a educação em saúde inserida em cuidados adequados com o coto umbilical, ofertada para mães e cuidadores, quando exercida pelos profissionais de enfermagem, contribui para a prevenção de infecções durante o período neonatal.

Bibliografia

  • Carmo, A.M.L., Netto de Oliveira, L. (2009). O papel do enfermeiro na prevenção da onfalite e seus principais aspectos em saúde. Revista Enfermagem UNISA, 10(2): 124-9.

  • Dávila, C. G. C., Gonçalves, R. (2003). O conhecimento de puérperas quanto ao cuidado com o coto umbilical: considerações sobre assistência de enfermagem. São Paulo, v.22, n.1, p.22-30, jan/abr.

  • Linhares, E.F., Silva, L.W.S., Rodrigues, V.P., Araújo, R.T. (2012). Influência intergeracional no cuidado do coto umbilical do recém-nascido. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis; 21(4): 828 36.

  • Linhares, Eliane Fonseca (2011). A saúde do coto umbilical. 3ª Ed. Jequié: UESB.

  • Mela, C. C. B. Almeida, D. R. (2013).Investigação do conhecimento materno acerca do curativo do coto umbilical In: Congresso de Iniciação Científica, 5ª. (JC), Cáceres/MT. Anais Vol: 8.

  • Orshan, S.A. (2010). Quarto Estágio do trabalho de parto e período pós-parto In: Ana Thorell, Celeste Inthy, Regina Machado Garcez; Enfermagem na saúde das mulheres, das mães e dos recém-nascidos: o cuidado ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, p. 730.

  • Orshan, S.A. (2010). Recém-nascido saudável In: Ana Thorell, Celeste Inthy, Regina Machado Garcez; Enfermagem na saúde das mulheres, das mães e dos recém-nascidos: o cuidado ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, p. 807.

  • Ribeiro, Marina Barros; Brandão, Maria Noélia Melo. (2011). A produção cientifica da enfermagem sobre coto umbilical. Revista Interdisciplinar, NOVAFAPI, Teresina. V. 4, n. 3, p. 54-59, jul./set.

  • Rosa, A.R. (2009). Antissépticos utilizados no coto umbilical para a prevenção de infecção: uma revisão bibliográfica. Rio Grande do Sul: UFRGS.· Zanatta, E.A. (2007). Saberes e práticas das mães no cuidado à criança de zero a seis meses devida. Revista gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre (RS), 28(4): 556-63.

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