O treinamento funcional na
preparação física El entrenamiento funcional en la preparación física de jugadores de tenis de campo Functional training in physical preparation of tennis players |
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Pós-Graduado em Bases Fisiológicas e Metodológicas do Treinamento Desportivo Universidade Federal de São Paulo, São Paulo |
Adriano Vretaros (Brasil) |
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Resumo O treinamento funcional surgiu como uma metodologia adicional a ser empregada na preparação física de atletas. O tênis de campo competitivo é uma atividade motora complexa, exigindo diferentes capacidades biomotoras: força, velocidade, agilidade, equilíbrio, potência, flexibilidade e resistência. O treinamento funcional poderia ser uma estratégia eficaz para propiciar melhorias no rendimento dos tenistas competitivos. Unitermos: Treinamento Funcional. Tênis de campo. Preparação física.
Abstract Functional training emerged as an additional methodology to be used in the physical preparation of athletes. Competitive tennis is a complex motor activity, requiring different biomotor capabilities: strength, speed, agility, balance, power, flexibility and endurance. Functional training could be an effective strategy to drive improvements in the performance of competitive tennis players. Keywords: Functional training. Tennis. Physical preparation.
Recepção: 09/05/2015 - Aceitação: 13/07/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 206 - Julio de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Os programas de preparação física de atletas vêm se modificando com o passar dos tempos. Nos modelos contemporâneos, a implementação de estratégias de treino adicionais e inovadoras vem se tornando uma prática corriqueira (Bompa & Haff, 2012).
Métodos utilizados por fisioterapeutas foram adaptados e aplicados na área do fitness e do esporte de alto rendimento
Um desses métodos que sofreram a transferência da área terapêutica para o mundo do esporte foi denominado treinamento funcional (TF).
O TF tem como objetivo exercitar o aparelho locomotor através de movimentos a fim de torná-lo mais eficiente. Diferente dos meios de treino da força convencionais, que se limitam a exercícios unipolares em planos estáveis, o TF trabalha o movimento de forma multi-articular e multi-planar em superfícies estáticas ou que desafiam o equilíbrio (instáveis).
Ao revisarmos a literatura sobre TF (Akuthota & Nadler, 2004; Akuthota et al, 2008; Alen et al, 2002; Lustosa et al, 2010; Oliveira et al, 2009; Pacheco et al, 2013; Pereira et al, 2012; Rodrigues & Trichês, 2012) notamos a escassez de estudos direcionados à aplicação do princípio da especificidade quando o mesmo é direcionado a uma respectiva modalidade de desporto (Sato & Mokha, 2009; Yoon et al, 2015).
O tênis de campo competitivo, assim como as demais modalidades esportivas, poderia usufruir dos benefícios proporcionados pelo TF.
Portanto, esta investigação tem como objetivo revisar o conceito de TF nos esportes e apresentar subsídios teóricos para o desenvolvimento de treinos específicos direcionados aos tenistas competitivos.
Terminologia empregada no treinamento funcional
Existe uma grande confusão terminológica no que tange ao conceito de TF e o core training.
A literatura científica sobre o tema varia conforme os pesquisadores; alguns empregam o termo TF (Almeida, 2014; Almeida & Teixeira, 2013; Bossi, 2011; Lustosa et al, 2010; Oliveira Leal et al, 2009; Pacheco et al, 2013; Pereira et al, 2012; Rodrigues & Trichês, 2012; Teotônio et al, 2013; Verderi, 2006; Zanella & Aguiar, 2015) outros, no entanto, preferem utilizar o conceito de core training (Akuthota, 2004; Akuthota et al, 2008; Alen et al, 2002; Cosio-Lima et al, 2003; Granacher et al, 2014; Samson & Sandrey, 2007; Sato & Mokha, 2009; Sekendiz et al, 2010; Vera-Garcia et al, 2014; Yoon et al, 2015).
Após análise, e concordando com a revisão de Teixeira & Evangelista (2014), para efeito desta pesquisa o termo TF caracteriza-se como macro-termo, abrangendo assim, o core training que seria uma metodologia incorporada nos programas de TF.
Treinamento funcional
Historicamente, o TF surgiu em meados dos anos 1950, quando fisioterapeutas tratavam lesões de soldados da Segunda Guerra Mundial. Nos anos 1990 ocorre a transição da área de terapia cinesiológica para o fitness e o esporte de performance (Bossi, 2011).
TF como o próprio nome aponta está relacionado a ações funcionais presentes nas tarefas motoras do cotidiano, tais como: andar, saltar, levantar, etc.
Zanella & Aguiar (2015) apresentam uma classificação analítica dessas ações funcionais:
agachar, avançar, abaixar, pular, empurrar, girar e levantar.1. Padrões de movimentos primários:
2. Habilidades locomotoras: andar, correr, pular.
3. Habilidades não-locomotoras ou de estabilização: virar-se, torcer, balançar, equilibrar-se.
4. Habilidades de manipulação: propulsoras: arremessar e chutar ou receptivas: agarrar.
5. Consciência do movimento: perceber e responder as informações sensoriais necessárias para executar uma tarefa.
6. Habilidades biomotoras fundamentais: desenvolvimento de força, equilíbrio, resistência, coordenação, flexibilidade e velocidade. Uma habilidade raramente domina um exercício; o movimento deve ser considerado como produto da combinação de duas ou mais habilidades.
7. Postura: estática (posição em que o corpo começa e termina o movimento) e dinâmica (capacidade do corpo de manter o eixo de rotação durante o movimento).
No TF os exercícios devem ser realizados em cadeia cinética fechada, exercícios multi-articulares e exercícios multi-planares (planos sagital, coronal, frontal e transversal) (D'Elia, 2013).
Resumindo os conceitos iniciais, o quadro 01 apresenta as diferenças básicas entre o treinamento de força convencional e o TF.
Quadro 01. Diferenças básicas entre o treinamento convencional e o treinamento funcional
Treinamento Convencional |
Treinamento Funcional |
Treina músculos |
Treina movimentos |
Uniplanar |
Multi-articular e Multi-planar |
Superfícies Estáveis |
Superfícies Estáveis + Instáveis |
Exercícios Simples |
Exercícios Complexos |
Posições Estáticas |
Posições Estáticas + Dinâmicas |
Exercícios Gerais |
Exercícios Gerais + Específicos |
Core traning em sua tradução literal significa treinamento do núcleo. Está relacionado com a estabilidade da zona central do corpo. Vera-Garcia et al (2014) definem o core como a capacidade das estruturas osteoarticulares e musculares em coordenação com o sistema nervoso-motor, para manutenção ou retorno a uma posição ou trajetória do tronco quando este é acometido a perturbações de forças externas ou internas.
De acordo com Granacher et al (2014), funcionalmente, o core pode ser considerado uma janela cinética que facilita a transferência de torques e momentos angulares para as extremidades superiores e inferiores.
Na visão de Akuthota et al (2008), a estabilidade do core é imperativa para a iniciação funcional dos movimentos e necessária para o desempenho atlético. Somando-se a isto, Akuthota & Nadler (2004) explanam que os exercícios do core servem para reabilitação e prevenção de lesões, estabilização lombar e controle motor durante o treinamento.
Estudando levantadores olímpicos, Zatsiorsky & Kraemer (2008) alegam que para prevenir lesões na região lombar ao levantar altas cargas, deve-se criar um “colete muscular” fortalecendo os músculos abdominais e da coluna. Com essa afirmação, podemos especular que os mesmos estão se referindo ao core.
Sendo assim, devemos considerar o treinamento do core como uma metodologia do TF que abrange exercícios que envolvem a musculatura do trinômio abdome-quadril-espinha, proporcionando uma rigidez proximal do núcleo corporal que serve de fundação e sustentação da estabilidade motora.
O quadro 02 descreve os principais músculos da região do core.
Quadro 02. Músculos da região do core
Região |
Músculos |
Abdominal |
reto do abdome, transverso do abdome, oblíquo interno, oblíquo externo |
Quadril |
iliopsoas, reto femural, sartório, tensor da fáscia lata, pectíneo, glúteo máximo, glúteo médio, glúteo mínimo, semitendinoso, semimembranoso, bíceps femural, adutor curto, adutor longo, adutor magno, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador interno, obturador externo, quadrado femural, piriforme |
Espinha |
eretor espinhal, quadrado lombar, paraespinhal, trapézio, psoas maior, multifídios, iliocostais lombares, iliocostais torácicos, rotatores da espinha, serrátil anterior, latíssimo dorso |
Alen et al (2002)
Uma estabilidade pobre do core está associada a manifestações de lesões musculoesqueléticas (Chuter et al, 2015; Kim et al, 2013).
O TF propicia efeitos positivos em indivíduos não-atletas (Pacheco et al, 2013) e população especial (Oliveira Leal et al, 2009; Lustosa et al, 2010). Também, o TF tem se mostrado efetivo em promover reduções significativas na composição corporal (Pereira et al, 2012).
Materiais didáticos utilizados no treinamento funcional
São inúmeros os recursos didáticos usados no TF. A lista poderia ser ilimitada, haja visto as possibilidades de elaboração dos exercícios.
Não foram encontrados na literatura os chamados “kits básicos” que poderiam auxiliar os treinadores quanto à montagem de uma sala-estúdio de TF com materiais mínimos (Bossi, 2011; D’Elia, 2013). Todavia, uma análise criteriosa dos materiais disponíveis a venda, permitiria uma seleção adequada para montagem dos programas de TF.
Neste sentido, o quadro 03 relaciona os equipamentos mais utilizados no TF.
Quadro 03. Equipamentos mais utilizados no treinamento funcional
Material |
Características |
Bosu |
Meia bola (algumas com elásticos acoplados) |
Physio-roll |
Bola-feijão inflável em PVC de diferentes dimensões (30/50, 40/65, 55/90, 70/115 e 85/130 cm) |
Ballast ball |
Bola de borracha com peso interno |
Bola suíça |
Bola de borracha de diferentes dimensões (55, 65 e 75cm) – suporta carga até 300kg |
Dyna disc |
Pequena plataforma de goma inchada |
Pranchas de equilíbrio |
Diferentes superfícies instáveis |
T-bow |
Arco multifuncional |
Foam roller |
Rolo de espuma |
Core board |
Plataforma de instabilidade |
TRX |
Fitas de suspensão |
Gliding |
Superfície deslizante |
Slide board pro |
Plataforma deslizante |
Kettlebells |
Bola de ferro fundido com alça – 4 kg a 26 Kg |
Tacos de beisebol, bastões de madeira, marreta, correntes |
Implementos usados como extensão de membros-equipamentos |
Sandbags / Aquabags |
Sacos de areia / água 5-35lb |
Pneus |
Pneus de caminhão e trator |
Elastic training |
Bandas elásticas |
Mini trampolim |
Tipo de cama elástica |
Power wheel |
Roda de deslizamento para pernas e braços |
Trenó |
Trenó para tração |
Cones, barreiras, caixas, steps, bamboles |
Materiais delimitadores e para pliometria |
Barras, anilhas, dumbells, bancos, cross-over, polia alta e baixa |
Equipamentos usados no treinamento de força |
Mini-bands |
Faixas elásticas |
Cordas navais |
Cordas de nylon de 12m |
Medicine balls |
Bolas medicinais de borracha\couro com pesos variados de 2 kg a 20 kg |
A questão central não é a quantidade de equipamentos empregados no treino, mas sim, como são utilizados.
Normalmente, algumas academias e\ou clubes não possuem espaço físico apropriado para o TF. Isso ocorre principalmente porque além de acomodar os equipamentos de TF, existe a aparelhagem de musculação tradicional que não deve ficar em segundo plano no treino de atletas.
Uma sugestão seria que durante a sessão de treino, poderíamos transferir parte do equipamento de TF para uma zona-morta da quadra ou campo de treinamento, permitindo com isso, maior liberdade na disposição dos materiais e execução dos exercícios envolvidos.
Efeitos do treinamento funcional nos esportes
Nos esportes, o TF é um recurso adicional ao treinamento de força convencional. Serve como estímulo adaptativo para o desenvolvimento dos movimentos que envolvem a força, velocidade, potência, resistência e coordenação intra e intermuscular.
No tae kwon do, Yoon et al (2015) verificaram o efeitos de oito semanas de treinamento do core, sugerindo que o mesmo improvisa melhorias no controle postural e na habilidade de equilíbrio, fundamentais para o desempenho na modalidade.
Em jogadores de beisebol da 1ª divisão, Song et al (2014) demonstraram que um programa de TF de 16 semanas realizado três vezes semanalmente, mostrou alterações significativas na força de preensão manual (p=0,011), 1RM no supino (p=0,001), 1RM no agachamento (p=0,008) e extensão do tronco (p=0,004).
Thompson et al (2007) analisaram golfistas categoria sênior, em um TF de oito semanas envolvendo exercícios de flexibilidade, core, equilíbrio e força. Utilizando radar para mensurar a velocidade dos golpes, o grupo exercício sofreu melhorias (127,3 ± 13,4Km\h – 133,6 ± 14,2Km/h) em comparação com o grupo controle (134,5 ± 14,6Km\h – 133,3 ± 11,2Km/h, p<0,05).
Investigando futebolistas, Prieske et al (2015) estudaram o efeito do treinamento do core por nove semanas (realizado 2-3x semana) em adição ao treino regular da temporada. Avaliaram a força de ativação da musculatura do tronco, salto contramovimento, tempo no sprint, tempo na agilidade e performance na rapidez. Constataram efeitos significativos (pré-pós treino) na força extensora do tronco (5%, p<0,05, d=0,86), 10-20m tempo no sprint (3%, p<0,05, d=2,56) e rapidez (1%, p<0,01, d=1,28).
Leetun et al (2004) sugerem que decréscimos na estabilidade do core poderiam contribuir para o surgimento de lesões nos membros inferiores em atletas, principalmente do sexo feminino. Com base nesta premissa, compararam a estabilidade do core em jogadores de basquete e atletismo de diferentes gêneros. Foram encontradas evidências que apontam a estabilidade do core como fator relevante para prevenção de lesões na extremidade inferior do corpo.
Shinkle et al (2012) pesquisaram a capacidade do core de transferir forças do centro para as extremidades superiores. Jogadores de futebol realizaram um programa de lançamento de medicine ball em posições estáticas e dinâmicas (para frente, para trás, direita e esquerda). Os resultados dos lançamentos de medicine ball foram comparados com medidas de desempenho. Após várias correlações estatísticas, concluíram que a força do core tem um efeito significativo sobre a capacidade de um jogador para criar forças e transferí-las para as extremidades.
Em contraste com o estudo supra citado, Nesser et al (2008) alegam que a estabilidade do core é moderadamente relacionada com a força e níveis de desempenho nos jogadores de futebol.
No basquetebol, Cumps et al (2007) comprovaram que um programa de TF com duração vinte e duas semanas (3 x semana), utilizando semi-globos de equilíbrio e habilidades específicas do basquete, reduziram o risco do surgimento de novas ou recorrentes entorses de tornozelo.
Aparentemente, o TF direcionado à atividade esportiva de desempenho deve ser considerado como estratégia metodológica eficiente.
Particularidades do treinamento funcional em tenistas competitivos
Ao iniciarmos a prescrição de um programa de TF voltado para o tênis de campo é preciso compreender as suas ações motoras.
O gestual motor dos membros superiores de tenistas foi exposto por Vretaros (2004): golpe de direita (forehand), golpe de esquerda (backhand), smash ou voleio e saque. Quanto aos membros inferiores, suas manifestações são expressas nas constantes mudanças de direção, paradas bruscas e saídas rápidas. Segundo Vretaros (2008), a força rápida se faz presente predominantemente na atividade motora de tenistas competitivos.
É consenso que o tênis de campo é uma modalidade esportiva unilateral e que o tronco desempenha um papel relevante nas ações dos tenistas (Skorodumova, 1999).
Os movimentos rotacionais no tronco dos tenistas tem sido estudado por Knudson & Blackwell (2000). A atividade eletromiográfica dos músculos reto abdominal, oblíquo externo e eretor espinhal foram analisados em dois tipos de técnicas do golpe de direita. Os autores constatam uma grande contribuição do tronco nas ações dos tenistas. Maquirriain & Ghisi (2006) relatam um caso de um tenista de elite com lesão no tronco: foi afetado o músculo oblíquo interno durante a execução do golpe de esquerda (backhand). Além disso, os pesquisadores reportam que lesões no reto abdominal é comum em tenistas competitivos.
Cook et al (1997) alegam que os treinadores tem se utilizado de exercícios como levantamento terra, bom-dia, extensões na cadeira romana e abdominais com rotações para treinar o tronco. São considerados exercícios não específicos para determinadas modalidades de esporte. O TF poderia agregar transferências de força usados nos exercícios para a função específica da atividade.
Em uma revisão de literatura sobre o papel do treinamento do core em tenistas competitivos, Samson & Sandrey (2007) chamam a atenção para o fato de que o tênis de campo não é uma atividade unidimensional. Os planos multidirecionais na ação tenística citados: anterior, posterior, medial, lateral, ântero-medial, ântero-lateral, póstero-lateral, e direções póstero-medial.
Conforme exposto, os exercícios do TF para tenistas deveriam ser realizados em três planos: vertical, horizontal e diagonal, ou seja, triplanar.
Outro detalhe importante é que os trabalhos de pernas dos tenistas (footwork), com suas constantes mudanças de direção acabam afetando o equilíbrio (estático, dinâmico e recuperado) do jogador (Dantas, 2003; Magill, 2011). No TF o equilíbrio é solicitado nas suas respectivas variações.
Quadro 04. Progressão pedagógica no TF para tenistas competitivos
Fase |
Exercícios |
1 |
Dominar o controle do core |
2 |
Movimentos estáticos e lentos em superfície estável |
3 |
Postura estática em superfície instável e movimento dinâmico em ambiente estável |
4 |
Movimentos dinâmicos em ambiente instável |
5 |
Movimentos de força dinâmica em ambiente instável |
Samson & Sandrey (2007)
Quanto aos efeitos do TF no programa de preparação física nos tenistas, Fernandez-Fernandez et al (2013) realizaram um treino de seis semanas com exercícios do core, banda elástica e medicine ball. Concluíram que a combinação de exercícios concentrando-se nos grupos musculares primários e estabilizadores envolvidos nos padrões de movimentos específicos ocasionaram melhorias significativas na velocidade do saque (p=0,0001).
O tênis de campo competitivo é uma modalidade que exige velocidade, força explosiva, agilidade e resistência aeróbia em conjunto com a capacidade de antecipar e reagir rapidamente. Neste aspecto, Barber-Westin et al (2010) demonstraram que seis semanas de TF envolvendo pliometria, treino de força (membros superiores e inferiores), core e flexibilidade foi eficaz para atingir melhorias nos índices neuromusculares testados.
Conclusão
Essa revisão de literatura nos permitiu chegar às seguintes conclusões:
O TF se diferencia em termos de meios e métodos do treinamento de força convencional;
O TF é uma estratégia metodológica eficaz que pode ser aplicada na preparação física direcionada aos tenistas competitivos;
Estudos adicionais são necessários visando estudar a efetividade da transferência dos exercícios de TF para ação motora específica dos tenistas.
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 20 · N° 206 | Buenos Aires,
Julio de 2015 |