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Formação escolar x carreira do futebol profissional

La formación escolar versus la carrera de fútbol profesional

 

Educador Físico – UNIPLI RJ.

Especialista em Psicomotricidade – IBMR RJ.

Centro Universitário Plínio Leite

Departamento de Educação Física

Marcelo Bittencourt Jardim

marcelobjardim@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste estudo foi abordar os motivos que influenciam os jovens a ingressarem na carreira do futebol e desmistificar as promessas do futebol profissional. E alertar esses jovens a não deixarem os estudos por causa desse sonho de ascensão financeira e social rápido. Muitos são jovens em idade entre 15 e 19 anos sendo do sexo masculino e de classes desfavorecidas do nosso Brasil. O estudo utilizou-se de uma pesquisa bibliográfica onde, foi relatado por estudiosos, ex-jogadores e por jovens que largaram tudo em busca do sonho. Que muitos ficam pelo caminho. E a carreira não dando certo tem que ter um segundo plano: o estudo.

          Unitermos: Estudo. Educando. Futebol. Carreira profissional.

 

Resumen

          El objetivo de este estudio fue el de abordar las razones que influyen en los jóvenes a realizar la carrera futbolística y desmitificar las promesas del fútbol profesional. Y alertar a estos jóvenes a no abandonar sus estudios debido al sueño de una rápida movilidad social y financiera. Muchos son jóvenes entre 15 y 19 años hombres y de las clases desfavorecidas de nuestro Brasil. El estudio utilizó información que fue obtenida de estudios académicos, ex-jugadores y jóvenes que abandonaron todo en busca de un sueño. Muchos quedan en el camino. Y si la carrera no tiene éxito debería haber un plan alternativo: el estudio.

          Palabras clave: Estudio. Educando. Fútbol. Carrera profesional.

 

Recepção: 16/04/2015 - Aceitação: 12/06/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 206 - Julio de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Este trabalho pretende a desmistificar as promessas do futebol. Trata-se de um estudo sobre as reais possibilidades do ingresso do educando na carreira profissional, buscando respostas sobre essas possibilidades. Pretendemos saber se vale a pena o jovem atleta se sacrificar nas categorias de base deixando a dar continuidade dos estudos por causa dos treinamentos. Apontaremos, assim, fatores determinantes para o ingresso do educando na vida profissional e determinar se haverá empecilho, na fase de idade escolar, ao ingresso na carreira do futebol profissional.

    Este fenômeno de identificação social com os ídolos da bola bem sucedido ocorre não apenas nos círculos esportivos. O sonho e o desejo desses jovens em conseguir uma vaga no “Olimpo” é compartilhado em relação a distintos setores profissionais, nos quais jovens lutam por um lugar em carreiras que prometem fama, uma remuneração excelente e muito prestigio num piscar de olhos.

    O craque da Associazione Calcio Milam (AC MILAN), Ronaldinho expressa sobremaneira o mito da ascensão social através do esporte. O caso particular de seu êxito serve como propaganda da mobilidade social em sociedades que produzem miséria, mas também mecanismos que possibilitam a alguns indivíduos “talentosos” ascenderem socialmente. Os insondáveis caminhos do aproveitamento de oportunidades confirmam o ilusório caráter móvel do sistema futebolístico.

Busca pela carreira futebolistica

    Vivemos num mundo onde o interesse por futebol é muito grande. Para darmos uma idéia mais clara, existem mais países filiados a Federation International Football Association (FIFA) do que a Organização das Nações Unidas (ONU). Hoje são 193 nações ligadas a FIFA, que congrega oficialmente milhões de jogadores registrados (Melo, 1999). Diante desses dados, observamos que muitos jovens pretendem a carreira de jogador de futebol.

    O jogador de futebol Cafu participou de nove peneiras, que é um processo de seleção por meio do qual garotos de diversas idades tentam uma vaga nas categorias de base do futebol, por tanta persistência ele foi aceito no São Paulo, clube que o projetou, esse exemplo passa uma falsa idéia para o jovem que sonha em ser jogador.

    Muitos jovens inspirados pelo sonho, quase sempre são influenciado pela mídia tendenciosa, eles criam um mundo de ilusão, mesmo sabendo que se trata apenas de um sonho, pois basta perceber a realidade concreta para diagnosticar as lacunas existentes entre as duas fases: O anonimato e o sucesso.

    No Brasil, grande parte dos jovens que moram nas periferias, sonha em ser jogador profissional e crescer socialmente, afinal no nosso país, as perspectivas de ascensão social são demasiadamente baixas então eles enxergam isso nos gramados de futebol. Neste sentido apesar de sonhar, tem consciência da realidade, e, portanto, consideram como sorte algum feito em seu processo de profissionalização.

    Esses jovens devem ter a consciência de que o futebol é uma carreira curta limitada pela idade, e que precisam se preocupar e planejar seu futuro, conciliando os estudos com os treinamentos para quando pararem de jogar tiverem uma base escolar para que eles possam trabalhar e darem continuidade a sua vida e de sua família, caso contrario correm risco de ficar sem perspectivas e na penúria.

    O problema é que a maioria dos meninos brasileiros quer desistir da escola para se tornar jogador de futebol não importa que o sacrifício seja enorme, e é quase sempre infrutífero. Por exemplo, as estatísticas oficiais revelam que 94% dos jogadores profissionais no Brasil recebem um salário mínimo ou menos por um mês de trabalho, as equipes Européias saem às compras por esses jovens cotados como craques nos países de terceiro e até mesmo nos de quarto mundo, porque seus adolescentes estão na escola, estudando para ingressar na faculdade e obter um diploma universitário e conquistar uma vida mais tranqüila e estável para ele e sua família (Santos 2007).

Acessos disponíveis a carreira

    O sonho de fama e fortuna de milhares de adolescentes candidatos a craques materializa se nas “peneiras”, pois, para muitos, estas constituem a única forma de alcançar um espaço nos clubes considerados grandes. Por outro lado, existem vários fatores a serem colocados na balança. A carreira não e tão fácil como parece. “As ‘peneiras’ alimentam aspirações de garotos” são uma porta estreita para garotos que tentam ingressar em um clube de futebol e muitos são excluídos do processo (Coura, 2009).

    No Santos Futebol Clube, segundo o diretor de futebol da categoria de base Guto Assumpção, de cada 100 garotos que entram nas categorias de base, apenas 10 acabam vestindo a camisa profissional do clube, outros 50 poderão ate se tornar profissionais, mais em equipes de segundo e terceiro escalões, só 3 a cada 50 jogadores convocados para uma seleção de base chegam a vestir a camisa da seleção principal (Marques, 2005).

Sucesso e malogro

    Muitos adolescentes acreditam que a fama durara para sempre, dedicam anos de preparação, alienando – se do pensamento de uma atividade (profissão) quando terminar a carreira, a maioria desses adolescentes não está preocupada com o seu encerramento, ou seja, com a readaptação social, que é dificultada pela abstração que estes se submetem quando ainda estão atuando. Além disso, infelizmente aponta que muitos acabam negligenciando ou abandonando os estudos para se dedicarem exclusivamente a profissão de jogador de futebol, que se mostra árdua e repleta de obstáculos. (Juppa, 2008)

    Para Carrano (2000) após o encerramento da carreira, a grande maioria passa por enormes dificuldades ao tentar se reintegrar a sociedade. A alienação é uma das responsáveis por um período de transição conturbado entre os estudos desses jovens pelo tempo de treinamento e distância de sua casa ao clube e do clube para a escola.

    Mas quais reais possibilidades do ingresso do educando na carreira de futebol profissional? E podemos realmente considerar tão promissora essa carreira para esses adolescentes? Muitos jogadores apontam causas pelas quais abandonam a tão sonhada carreira, uns falam pela falta de estabilidade na profissão, pela falta de estruturas de clubes são decisivos, pelas lesões durante o tempo de atuação, baixos salários recebidos e a falta de profissionalismo dos dirigentes, empresários e técnicos, pelas saudades da família que e um dos fatores mais decisivos e envolve aspectos complexos que merecem ser aprofundados com mais afinco.

Real possibilidade do ingresso do educando na carreira de futebol profissional

    A maior dificuldade no começo para esses atletas é conciliar o estudo com os treinos do clube que estão federados e muitos meninos acabam largando os estudos em busca da ascensão financeira e social rápido, muitos ficam pelo caminho sem escolaridade e sujeito a qualquer trabalho, segundo Negrão (1993), a quantidade de horas treinadas por um jogador de futebol ao longo de sua carreira corresponde ao tempo necessário para concluir dois cursos de ensino superior, “Trata-se de uma atividade bastante intensa”.

    Com isso, muitos adolescentes acabam largando os estudos com apoio até da família, pois o horário de treino não coincide com o da escola fazendo com que o jovem prefira ser rico e famoso e abandone os estudos, mais ele fica vivendo a promessa de se tornar um jogador de futebol profissional, e também tendo de se tornar um adulto precoce, já que alguns adolescentes ganham salários altíssimos e podem ate sustentar toda família. Muitos deixam suas casas para viver em outros estados e ate outros países para realizarem seu sonho, como o Potiguar Victor Paiva Torres, de 15 anos, pelo sonho de ser um jogador de futebol me sujeito a tudo. (Coura, 2009)

    A imagem das estrelas do futebol profissional é construída em mercados culturais mundiais. Os símbolos e as finanças assumem formas e conteúdos que se relacionam com as modernas tecnologias de comércio, propaganda, informação e multimídia. O que esta em jogo e um produto artificial da indústria de informação e propaganda, no esporte.

    A imagem de “ídolo global bem sucedido” (Carrano 2000) é resultante de uma complexa rede social de representações que combinam a cultura da paixão pelo futebol, em países como o Brasil, numa sociedade de consumo dirigida pelos interesses do mercado e empreendimentos de empresários e empresas do marketing esportivo. Para se ter uma idéia mais aproximada do que significam estas cifras, pensemos no piso salarial nacional dos professores da escola pública estabelecidos como meta pelo Governo Federal e propagandeando como uma revolução no campo de ensino. Com o salário de R$ 300,00 mensais, professora precisaria trabalhar aproximadamente 6.250 anos para ganhar o que os craques de alto nível da seleção Brasileira ganhariam, somente com esse contrato. Se levarmos em consideração que, numa sociedade capitalista, o reconhecimento do valor profissional, humano é medido numa lógica de equivalência entre a contabilidade monetária e o status social, torna – se explicável a gigantesca distância existente entre ídolos do futebol e os professores, no que refere ao relacionamento público.

    No Rio de Janeiro, tornou-se folclórico o comentário de um também famoso jogador de futebol que, visitando a escola publica na qual havia estudado, comentou: “– Ta vendo? O que adiantou a professora me reprovar? Eu to aqui com meu carrão, BMW, e ela continua dando aula aqui, na escola da favela” (Carrano, 2000). E, com isso, muitos adolescentes do interior do Estado, mais pobres, onde tem poucos clubes e oportunidades para o ingresso do futebol, vem para os Estados com mais visibilidades no cenário futebolístico como os estados da São Paulo e Rio de Janeiro para as "vitrines do futebol” na linguagem do futebol.

    É mais do que o tempo de uma faculdade, então os poucos que tentam estudar, no máximo freqüentam as escolas, mas não são realmente estudantes. Se todo garoto que abandonasse a escola para seguir carreira no futebol desse certo, pelo menos financeiramente o futuro da família estaria garantido, mas a realidade não é essa. (Santos, 2007)

Fatores que promovem o sucesso

    Um desses fatores que promovem o sucesso desses jovens no futebol é a criatividade e capacidade para realizar jogadas inesperadas e jogadas individuais, essas qualidades, atribuídas pelos europeus aos jogadores sul-americanos, são valorizadas justamente por ser mais difícil encontrá-las em atletas de outros países.

    A altura também influencia muito na ora da avaliação e seleção do jovem atleta, nos times europeus os jogadores costumam ser mais altos do que a boa parte dos atletas Brasileiros e sul – americanos, nos clubes alemães, ingleses e italianos as alturas medias são de 1,82 metros. E terem também o passaporte da União Européia conta muitos pontos na ora da seleção e contratação, na Itália e na Europa, a lei permite que os clubes tenham no máximo cinco jogadores que não sejam europeus, mas só podem colocar em campo até três deles. Com o passaporte comunitário, um brasileiro deixa sua vaga livre para outro atleta de fora com esse passaporte facilita muito a ida desses jovens ao exterior. (Santos, 2007)

Habilidades individuais e competência esportiva

    As habilidades individuais desses jovens também são fatores decisivos na hora da seleção, contratação pelos clubes e pelos observadores técnicos, eles são avaliados por programas de treinamentos rigorosos em clube de futebol que implicam em mostrar seus talentos individuais e técnicos como os fundamentos do futebol com a bola que são habilidades de controle de bola que e a embaixadinha (domínio de bola), seu posicionamento em campo isso conta muito se eles estão no lugar certo em suas respectivas posições, seu passe de bola que e o toque de bola curto e lançamento rasteiro e longo e o passe longo para outro atleta, o domínio de bola que e conhecido como matada de bola (que e o tempo de bola), o drible (que e enganar o adversário com a bola), a finta (que e enganar o adversário sem a bola), o chute a gol que e a finalização e conclusão a gol, sua condução (conduzir com velocidade, mostrar a habilidade com a bola no jogo), seu cabeceio com a bola (pode ser utilizado para conclusão a gol, passe e para ajudar a sua defesa), sua marcação sem bola (marcar o adversário não deixando passar por você e tem que roubar a bola dele) e sua proteção com a bola (proteger a bola do adversário e não deixá-lo roubar a bola de você), e também tem que passar pela avaliação da sua altura e estrutura corporal que conta muito para o jovem que esta em processo de seleção e a um passo para começar a carreira no futebol, essas habilidades individuais e competências esportivas são observados por empresários e olheiros que avaliam suas partes técnicas com a bola e na sua formação em campo como posicionamentos e pessoais como eles (os atletas) agem em grupo e sendo assim são indicados aos clubes para avaliação.

Empresários e olheiros

    O inicio desses adolescentes na carreira foram marcados por muitas incertezas e atropelos, muitos são dispensados pelo time ou peneiras, por interesses alheios o seu desempenho técnico que na maioria das vezes são os principais motivos da desistência nesta carreira.

    Numa interpretação realista, podemos arriscar que muitos jogadores acabam por se tornar totalmente dependentes de seus empresários para assinar contratos e para ir para outros clubes do Brasil e do Exterior e com isso os jogadores viram marionetes nas mãos desses empresários que dão casa, roupas, carros do ano e ate ajuda as famílias dos atletas com quem tem contrato, mas muitos empresários roubam tudo do seu atleta deixando ele em situação de precária miséria.

    Na maior parte esses empresários contratam os atletas e toda comissão técnica para um clube de grande porte e muitos desses empresários tem um CT que e centro de treinamento para formar jovens talentos no futebol para investimentos e vendas para clubes grandes do Brasil e do exterior dando assim toda estrutura para a formação desse possível craque milionário, esses empresários estão espalhados em todo Brasil e exterior em busca da próxima promessa dos gramados.

Um bom clube e uma boa estrutura de trabalho

    Para formar bons atletas e exportar jovens promessas ao mercado milionário do futebol uma estrutura de trabalho e um bom centro de treinamento fazem toda a diferença que e o caso da Empresa Traffic, de marketing esportivo, criou um clube próprio para revelar jovens talentos. O Desportivo Brasil, baseado na cidade de Porto Feliz, no interior paulista, tem o objetivo de formar jogadores para o mercado europeu. O time que atua na segunda divisão do futebol paulista, funciona como intermédio. Alguns de seus jogadores, contratados de outras agremiações profissionais, são emprestados para equipes parceiras, esses clubes grandes são usados como vitrines e, quando o jogador é vendido ao exterior, eles recebem em troca 20% do lucro obtido pela Empresa Traffic. No inicio do ano de 2009, a empresa inaugurou um gigantesco centro de treinamento em Porto Feliz. Ha cerca de 120 jogadores, de 13 a 20 anos, vindos de todo o pais, seguem um rígido regime de horário e de treinamentos com direito a escola no clube e outras atividades. Eles moram ali com cinco colegas em cada quarto, treinam 3 horas por dia, de segunda a sábado, em troca de uma ajuda de custo (160 reais, em média) e do sonho de se tornar um jogador milionário.

Formação escolar versus carreira do futebol profissional

    O abandono da escola por muitos jovens deve se principalmente por dois motivos: Primeiro, o estudo não é visto como uma maneira de quebrar o ciclo de miséria hoje mesmo quem estuda não tem garantia de nada. Os cargos com maiores salários exigem que o candidato tenha, no mínimo, curso universitário, conhecimento de informática e de idiomas, só o ensino fundamental e médio não garantem um bom emprego e melhoria de vida. “Essa formação exigida pelo mercado necessita de um investimento financeiro alto e essa e uma realidade distante para esses garotos, assim, ser jogador de futebol acaba sendo uma possibilidade muito atraente”.

    O segundo aspecto que incentiva o abandono da escola por parte dos candidatos a jogadores profissionais e a alta carga horária de treinamentos exigida pelos Clubes. Um jogador que começa a treinar ainda criança aqui no Brasil tem uma formação profissional de aproximadamente cinco mil horas. Um curso universitário exige uma carga horária de três e seis mil horas. E mas do que o tempo de uma faculdade, então os poucos que tentam estudar, no máximo freqüentam a escola. (Lopes, 1994)

    Ser relacionado nas peneiras, treinos que os Clubes fazem para descobrir novos talentos e difícil, depois conseguir um contrato com algum clube grande e mais difícil ainda, apenas uma pequena minoria consegue contratos milionários.

    A atenção volta-se para o fato de os garotos não serem preparados corretamente para a carreira do futebol e muito menos para outra carreira, com o abandono da escola, as possibilidades de serem bem sucedidos em outra carreira são mínimas, então cada chance que um garoto perde nas peneiras é uma derrota para ele e para a família. É uma carga muito pesada para um jovem, mesmo os que conseguem iniciar no futebol profissional muitas vezes se decepcionam com os salários, todos acham que vão assinar contrato milionário e não é bem assim que acontece. (Marques, 2005).

    A vida real de um atleta não e só maravilha: Após três cirurgias no joelho duas no esquerdo e uma no direito o atleta profissional Lucio Mario de Medeiros Alves de 26 anos, conhecido como Lucio com passagens pelo Clube do Náutico e outros clubes do Brasil, abandona a carreira e entra na faculdade de Educação Física, e um exemplo a ser seguido pela maioria que fica pelo caminho com esse acontecimento o destino o encaminhou para outra área relacionada ao futebol: A preparação física. “O atleta Lucio fala de seu inicio de carreira e os principais problemas que enfrentou nessa jornada árdua do futebol.” A maior dificuldade no começo era conciliar o estudo com os treinos do Náutico e ainda os treinamentos da equipe do colégio. Eu saia de casa 6h da manha e só voltava meia- noite. E a coisa boa foi de assinar meu primeiro contrato profissional com 18 anos, estando um ano só no Clube do Náutico e ter trabalhado com muitos treinadores experientes, meus planos atualmente e me formar educador físico e começar a trabalhar na área. Pretendo ser preparador físico e trabalhar com futebol, no futuro espero estar trabalhando em algum clube profissional e dar seguimento a minha carreira fora dos gramados” (Lucas, 2008).

    Outro exemplo é do zagueiro Kleber ex – jogador que cursa a 8ª serie e atua como diretor de futebol do America MG, que foi atleta do Palmeiras e da Seleção Brasileira, conseguiu fama e riqueza mas era totalmente analfabeto e vindo a estudar somente agora com 40 anos de idade, mas ele ainda conseguiu fazer uma carreira de sucesso e está conseguindo recuperar sua formação escolar depois que parou de jogar futebol profissional, mas e quem não conseguiu ter êxito no futebol, e só se dedicou exclusivamente ao futebol, como ficará na vida depois do futebol (Lucas, 2008).

    No Corinthians, de cada 5.000 adolescentes que são selecionados quarenta, dos quais apenas três se tornarão profissionais. A garotada Brasileira chega aos clubes com bom domínio de bola, mas com deficiências alimentares, dentes cariados e baixíssima escolaridade. Os clubes cuidam de melhorar a alimentação, providenciam tratamento dentário e ate insistem para que estudem. Existem coisas, porem, que são inteiramente pessoais a determinação e disciplina, que só os melhores têm (Galeano, 1995).

Conclusão

    Este trabalho é de suma importância. Busquei em artigos e matérias para alertar o jovem pois, muitos largam o estudo em busca dessa carreira e fama dos gramados, porque essa carreira é curta e a maioria desses jovens ficam sem escolaridade e sem instrução devido ao abandono da escola. Esse estudo mostra um pouco da realidade do futebol Brasileiro profissional que é ofuscado pela mídia. O estudo foi elaborado para mostrar através de relatos de estudiosos na parte teórica e relatei algumas experiências de atletas. Muitos sofrem pela falta de informações. O plano B tem que ser uma realidade. Sou registrado pela FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) pelo filiado Duque de Caxias Futebol Clube ficando de 27/10/2004 a 31/12/2006 na Categoria Profissional, dado coletado pelo Departamento de Registro e Transferência do Rio de Janeiro, 21 de Janeiro de 2008, com contrato de trabalho de jogador profissional, contrato número 514370, e número do protocolo 13359 da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Protocolo regido em 22 de Junho de 2005 número do protocolo 023374, Carteira de Trabalho e Previdência Social número 92406 / série – 146 RJ.

Bibliografia

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