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A percepção dos alunos deficientes auditivos 

acerca das aulas de Educação Física

The perception of disabled students hearing about the Physical Education classes

La percepción de los alumnos discapacitados auditivos sobre las clases de Educación Física

 

*Especialização em Esporte e Atividade Física Inclusiva

para pessoas com deficiência - Ngime - UFJF

**Professor orientador - Ngime – UFJF

**Professor do curso de Educação Física – UNEC

(Brasil)

Oniliane Gomes da Silva Ferreira*

onigomes@yahoo.com.br

Cláudio Silva Porto**

claudiosporto@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente artigo buscou entender a percepção dos alunos deficientes auditivos de uma escola no Município de Caratinga, MG, acerca das aulas de Educação Física. A relevância deste trabalho se dá, uma vez que é necessário resgatar e reforçar a importância destes alunos nas aulas de educação física, e que sejam efetivamente motivadoras e contribua para a inclusão destes alunos. Quanto aos métodos é um estudo de natureza qualitativa, que utilizou como técnica de coleta a entrevista semiestrutura, traduzida pelo intérprete de LIBRAS da instituição. A amostra foi composta por cinco alunos deficientes auditivos, e as respostas foram transcritas e depois analisadas confrontando com a literatura. Percebe-se que as respostas dos alunos foram bem objetivas e diretas, deixando transparecer um olhar simplificado sobre as aulas de Educação Física.

          Unitermos: Educação Física. Deficiência auditiva. Inclusão.

 

Abstract

          This article seeks to understand deaf pupils'perception in a school in Caratinga, MG, concerning the Physical Education classes. The relevance of this work is given, since it is necessary to rescue and reinforce the importance of these students in physical education classes that are effectively motivating and contribute to the inclusion of these students. Regarding the methods, it is a qualitative nature study that used as a technique for collecting semi-structured interview, translated by a Brazilian Sign Language interpreter of the institution. The sample was composed of five deaf pupils, and responses were transcribed and then analyzed by comparing with literature. It is noticed that the students' responses were very objective and straightforward, making clear a simplified look at the Physical Education classes.

          Keywords: Physical Education. Hearing impairment. Inclusion.

 

Recepção: 18/05/2015 - Aceitação: 29/06/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 206 - Julio de 2015. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    As atividades físicas inclusivas estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia escolar. A Educação física vem buscar uma sociedade mais justa e igualitária, estimulando cada vez mais a participação de pessoas com deficiência nas suas aulas.

    As atividades físicas e o esporte para pessoas com deficiência passaram por uma longa evolução. A partir do século XX foi que surgiu um interesse maior dos governos referentes às pessoas com deficiência, pois após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) houve um aumento considerável de pessoas com vários tipos de deficiência: cegos, amputados, paraplégicos, tetraplégicos, dentre outros.

    A educação física começa a se preocupar com atividade física para essas pessoas somente no final da década de 50, com o enfoque inicial médico. De acordo com Costa (2004) os programas eram denominados ginástica médica e tinham a finalidade de prevenir doenças, utilizando para tanto exercícios corretivos e de prevenção. Pode-se destacar que o programa de educação física geral não conseguiu abranger as especificidades das pessoas com deficiência, sendo assim a educação física adaptada veio para suprir esta lacuna.

    Segundo Ferreira (2011), a prática de esporte e da atividade física inclusiva deve adaptar os regulamentos técnicos de diferentes modalidades desportivos para a pratica inclusiva. Sendo de fundamental importância que o professor proporcione aulas motivadoras e que contribua para a inclusão de todos os alunos.

    Diante do exposto, este estudo objetiva verificar a percepção dos alunos deficientes auditivos, de uma escola no Município de Caratinga-MG, acerca das aulas de Educação Física?

2.     O deficiente auditivo

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010) quase ¼ da população (23,9%) tinha algum tipo de deficiência, o que significa cerca de 45,6 milhões de pessoas, têm alguma dificuldade de enxergar, de ouvir, locomover-se ou é portadora de alguma deficiência física ou mental. Provavelmente, esse número aumentou nos últimos 10 anos. O número de surdos no Brasil era de 166.400, sendo 80 mil mulheres e 86.400 homens. Além disso, cerca de 900 mil pessoas declararam ter grande dificuldade permanente de ouvir.

    Segundo Ferreira (2011, p. 90), é classificada como deficiência auditiva, a diminuição da capacidade de ouvir, mas a audição ainda é funcional, onde o grau de comprometimento da audição pode variar bastante. Essa diminuição da capacidade de ouvir pode ser classificada como deficiência auditiva parcial (quando há resíduo auditivo) e surdez (quando a deficiência auditiva é total).

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2010), “a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU representa o início de uma nova era para cerca de 650 milhões de pessoas ao redor do mundo vivendo com deficiência”. A convenção não criou nenhum direito novo para as pessoas com deficiência – eles têm os mesmos direitos que qualquer outra pessoa na comunidade – mas faz com que os direitos existentes sejam inclusivos e acessíveis às pessoas com deficiência.

    Assim, cabe destacar que, a deficiência não é sinônimo de incapacidade, muitas das vezes a deficiência é vista como um “castigo” ou um “problema” para o individuo, assim o indivíduo deveria se adaptar a sociedade, onde Rodrigues (2001 apud MORAES, 2010, p. 10), ressalta que a pessoa com deficiência tem os mesmos direitos que uma pessoa “normal”, é a sociedade que tem que pensar nas diferentes formas de inclusão destas pessoas.

    A surdez não é doença, assim, não interfere na condição de saúde, no desenvolvimento físico das crianças, adolescentes e adultos. Assim sendo, não há impedimento para que os alunos deficientes auditivos participem ativamente das aulas de Educação Física.

3.     Aspectos metodológicos

    Quanto aos métodos é um estudo de natureza qualitativa, pode-se destacar que na abordagem qualitativa:

    O pesquisador procura aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda– ações dos indivíduos, em seu ambiente e contexto social–interpretando-os segundo a perspectiva dos participantes da situação enfocada, sem se preocupar com representatividade numérica, generalizações estatísticas e relações lineares de causa e efeito. (Terence et al, 2006, p. 02).

    A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Engenheiro Caldas, situada no Município de Caratinga-MG, que possui dois professores de Educação Física e 6 estudantes com deficiência auditiva, contudo somente 5 alunos, que estão regularmente matriculados e que se voluntariaram participaram do estudo. Os alunos investigados possuem faixa etária compreendida entre 13 a 17 anos, estando matriculados do 7º ano do ensino fundamental até o 2º ano do ensino médio, e 60% são do sexo feminino.

    Para levantamento dos dados, foi realizada uma entrevista semiestruturada, realizada no mês de julho de 2014. Segundo Nascimento et al (2007) a escolha da técnica de coleta de dados é uma etapa fundamental na pesquisa, pois os instrumentos selecionados precisam ser capazes de oferecer informações úteis e de qualidade. Assim, as questões foram elaboradas pelos autores, subsidiada por aporte teórico, envolvendo aspectos relativos à participação, inclusão, discriminação e percepção sobre as aulas (Quadro 01).

Quadro 01. Questões da entrevista

    Para aplicação do instrumento de coleta, solicitou-se aos alunos que respondessem a entrevista individualmente, na biblioteca da escola, com condições ambientais favoráveis e material necessário. Antes da realização, foram esclarecidos quanto aos objetivos do estudo, bem como os procedimentos e questões a serem respondidas.

    As perguntas foram traduzidas por um interprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), sendo diferente daquela que os seguem em sala de aula, tal critério foi adotado para garantir que a comunicação em LIBRAS fosse satisfatória e não houvesse indução das respostas. As informações foram transcritas pelo pesquisador, devido à dificuldade de escrita de alguns alunos, e validadas pelos próprios entrevistados.

    A aprendizagem da linguagem escrita se dá através da linguagem oral, e a audição tem papel fundamental na aquisição e desenvolvimento da linguagem, que para Pinotti e Boscolo (2008) especificamente o deficiente auditivo, terá como consequência um atraso tanto da leitura como da escrita, pois são produções consideradas abstratas para ele. 

    Pinotti e Boscolo (2008) salientam que a dificuldade de redigir em Português está relacionada à dificuldade de compreensão dos textos lidos (conteúdo semântico).

    A partir destas transcrições foi analisado qual a percepção dos alunos deficientes auditivos da E.E. Engenheiro Caldas acerca das aulas de Educação Física.

4.     Apresentação e discussão dos resultados

    Pretendemos, nesta parte, elucidar a partir das entrevistas com os alunos investigados e as dimensões acerca das percepções que os mesmos possuem das aulas de Educação Física.

    Quando questionados sobre a sua participação nas aulas de Educação Física, observa-se que as respostas foram objetivas, deixando transparecer percepção simplificado sobre as aulas de Educação Física (Quadro 02).

Quadro 02. Resposta dos alunos quanto à participação nas aulas

Aluno

Resposta

A

“Jogo futebol, vôlei, gosto de correr. No futebol participo, sou goleira, mas às vezes fico sentada”.

B

“Quando gosto das atividades eu participo, peteca, vôlei”.

C

“Eu prefiro ficar sentado, pois os alunos são muito grandes e quando vou brincar tomo empurrão”.

D

“Participo de todas as atividades propostas. Futebol, vôlei, peteca, queimada, basquete”.

E

“Fico Quieta, pois tem muito empurra- empurra, tenho medo de quebrar os meus óculos, queria que a aula fosse mais calma. Eu gosto de peteca, mas não tem”.

    Bracht (1992, p. 90) afirma que a educação física escolar no campo da vivência social, tem que ser desenvolvida numa perspectiva de educação transformadora. Assim, acredita-se que essa falta de participação nas aulas de Educação Física vem sendo desenvolvida há tempos, pois a falta de conteúdos teóricos que proporcionem discussões e debates que desenvolvam o criticidade nos alunos e o excesso de conteúdos ministrados em determinado esportes, principalmente o futebol estão sendo um agravante para este desinteresse e falta de participação nas aulas.

Quadro 03. Sentimento de inclusão, por parte dos alunos, nas aulas de Educação Física

    Ao perguntar a amostra, se se sente incluído nas aulas de Educação Física, 60% informou que sim (alunos A, B e D), pois todos são tratados iguais e participam de tudo. Já o aluno C relata que somente no futebol é que o chamam para participar das aulas, assim fica separado dos demais e tem medo de machucar com os alunos grandes. Em relação ao aluno E, as respostas foram claras quando diz que não ser sente incluída, pois devido à confusão que é a aula ela fica separada e o professor fica bravo, mas ela tem medo de se machucar, às vezes alguns colegas tentam conversar, mas outras ela fica somente observando as aulas.

Quadro 04. Você acredita que as aulas de Educação Física (EF) ajudam na interação com os outros alunos

    Outro aspecto investigado foi se as aulas contribuem para interação dos alunos, pode-se notar que para 02 alunos as aulas ajudam na interação com os demais alunos, sendo um momento que possibilita o contato direto entre os alunos surdos e os ouvintes, onde têm alunos que sabem a Língua Brasileira de Sinais e a utilizam para se comunicar os alunos deficientes auditivos, onde os mesmos se sentem valorizados pelos colegas. Em contrapartida, tem-se o relato do aluno A, que afirma “que o contato maior é como os outros alunos surdos”. Já os alunos C e E, relatam que as aulas de Educação Física não ajudam na interação com os demais alunos, pois “só tem futebol e eu não jogo” e o “professor não ajuda”.

    Percebe-se que os alunos, em sua maioria, são acolhidos pela classe, vistos com respeito e que conta com a amizade de vários companheiros. Para Lacerda (2006), a relação entre alunos ouvintes e surdo não se revela sempre difícil, há aceitação e compreensão de suas características, mas não se revela sempre fácil, há dificuldades de relação, de conhecimento sobre a surdez e de aceitação de certas características.

    Além disso, a amostra informou que o professor promove jogos de interação, mas o aluno B salienta que “ainda tem aluno ouvinte que resolve desprezar os alunos surdos”, o que denota dificuldades que a comunidade escolar pode apresentar para promoção da inclusão. Contudo, percebe-se que todos os alunos surdos consideram importante esta interação com os demais alunos ouvintes, vale salientar também que de acordo com o relato dos alunos “através desta interação, aprendem a lidar com os amigos, com as pessoas que se comunicam de uma forma diferente”, e “através da conversa, bate papo, eles aprendem a sinalizar”, o aluno B destaca que “ainda tem muitos alunos ouvintes que ainda não aprenderam a se comunicar através de libras por vergonha”.

    Embora, alguns apresentam dificuldades na interação com os colegas de turma, os alunos investigados informaram que a turma não os discrimina. A aluna E, ressalta que “quando acontece alguma coisa, habitual das aulas, os alunos pedem desculpas, pegam na mão, tentam se aproximar para conversar”. Assim podemos perceber uma relação de respeito mútuo entre os envolvidos.

    A educação física atua fortemente para a integração dos alunos, possibilitando um ambiente de formação, visando o cidadão consciente de seus atos, direitos e deveres. Assim percebe-se que:

    A Educação Física deve contribuir para a construção de uma sociedade “qualitativa”, que se opõe à sociedade “quantitativa” em que vivemos, consumista, utilitarista, competitiva e massificada, abrangendo os seguintes objetivos: promoção de idéias, estímulo ao pensamento crítico, desenvolvimento da criatividade e da introspecção, e colocando o indivíduo como centro de promoção social (Gaelzer, 1985, apud Betti, 1991, p. 129).

    Nesse sentido, quando investigado como é feita a sua comunicação durante as aulas e se possui a ajuda do interprete durante as aulas, o aluno C relata que tem autonomia para se comunicar, mas sempre conta com o auxílio do interprete de LIBRAS. Ao contrário, o aluno E que relata que,

    “a comunicação com o professor de educação física é difícil, pois ele tenta demostrar através de gestos o que é para ser feito nas aulas. Quando estamos na sala o interprete está presente, mas quando vamos para a quadra fico sozinha, sentada só olhando”.

    Já o aluno C, ressalta esta mesma dificuldade que é a falta da presença contrastante do interprete de LIBRAS em todos os momentos, principalmente nas aulas de Educação Física, pois “o professor explica o que é para ser feito, eu olho como os alunos fazem e então faço. Às vezes quando o professor fala e o interprete esta presente, ele interpreta e fica fácil o entendimento da atividade”. O aluno A, destaca que a comunicação é “meio restrita, pois os alunos não sabem se comunicar conosco através de LIBRAS. Assim o interprete verbaliza ou sinaliza o que os ouvintes falam”. Para o aluno D, “a professora tenta se comunicar, pois está aprendendo LIBRAS, demostra grande interesse e carinho como os alunos, mas a presença do interprete e de suma importância.”.

    A presença do intérprete de LIBRAS é assegurada pela Resolução da SEE 2197, de 26 de Outubro de 20012, onde:

    O intérprete de Libras na escola comum tem como função estabelecer a intermediação comunicativa entre os usuários de Língua de Sinais (Língua Brasileira de Sinais)- e os de Língua Oral- (Língua Portuguesa) no contexto escolar, traduzindo/interpretando as aulas, com o objetivo de assegurar o acesso dos surdos à educação. (Resolução da SEE 2197, de 26 de Outubro de 2012)

    Contudo, de acordo comas orientações desta resolução é atribuição dos intérpretes de LIBRAS redirecionar ao professor os questionamentos, dúvidas, sugestões e observações dos alunos a respeito das aulas, pois aquele é a referencia no processo de ensino-aprendizagem, além de estimular a relação direta entre alunos surdos e professor, ou entre os alunos surdos e outros participantes da comunidade escolar, assim a presença constante do intérprete nas aulas de educação física é de extrema importância para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem.

Qual a sua percepção sobre as aulas de Educação Física

    Individualmente: O aluno C relata que as aulas são sempre futebol, “olho e depois vou jogar. Todas as segundas e quartas – feiras é sempre igual”.

    Para o aluno E “as aulas são somente futebol e peteca, pois são as mesmas atividades sempre, eu fico olhando, fico sentada”.

    Através destas respostas podemos perceber que o mesmo professor trabalha com ambos os alunos. Muitas das vezes, as aulas de educação física acabam se resumindo ao ensino do futebol. De acordo com PCN’s (Brasil, 1999):

    O profissional de Educação Física, durante sua formação acadêmica, adquire inúmeros e diversificados conhecimentos, porém com o comodismo de seu trabalho, o professor não utiliza o que aprendeu, esquecendo do seu potencial, não regatando suas capacidades e habilidades, ou seja, a aula se torna rotineira e mecânica perdendo a importância dentro do ambiente escolar.

    Já o aluno A, vê “as aulas de educação física como um momento de interação, que utiliza para bater papo e realizar algumas atividades”.

    Esta resposta demonstra o desinteresse pelas aulas, na medida em que prefere ficar “batendo papo” ao invés de participar. Contudo, ele acha as aulas interessantes, mas não participa.

    Para o aluno D, “as aulas de Educação Física são um local de brincar, de jogar futebol, apesar de temos outros esportes, mas eu gosto mesmo é de ser goleiro”.

    De acordo com as repostas dos alunos, podemos perceber que a maioria dos alunos visualiza as aulas de Educação Física, como legais, importantes, sendo um momento de descansarem das demais aulas, sem deixar clara a importância da Educação Física no processo educacional. Mas percebe-se também o descontentamento de alguns alunos a cerca dos conteúdos ministrados nas aulas, sendo repetitivos e muitas das vezes sem significado para os mesmos.

    Deve-se quebrar a rotina de desportivização das aulas, onde Franchin and Barreto (2006), ressalta que cabe aos professores de Educação Física utilizar-se dos conhecimentos adquiridos na sua formação acadêmica para diversificar os conteúdos que serão propostos explorando nossa cultura corporal.

Considerações finais

    Os resultados da pesquisa nos mostram que, embora a temática da inclusão esteja cada vez mais difundida na sociedade, ainda não atende efetivamente as necessidades dos educandos, onde os alunos muitas das vezes ainda possuem um olhar simplificado sobre as aulas de Educação Física, onde a mesma muita das vezes se resume somente ao ensino do futebol.

    A pesquisa revelou que a deficiência auditiva não pode ser considerada um empecilho para a Prática das aulas de Educação Física, tendo os alunos deficientes auditivos uma grande capacidade de interação como os demais alunos, e através do auxílio do intérprete de LIBRAS nas aulas, os alunos entrevistados demonstraram dificuldades em compreender as aulas.

    Percebe-se que a inclusão dos alunos surdos, nas aulas de Educação Física, ainda não se efetivou de fato, mesmo existindo alguns professores com ações pedagógicas que demonstraram serem inclusivas.

    Com tudo, evidencia-se a importância do professor estar preparado para o trabalho com alunos com deficiência auditiva em todos os momentos de suas aulas.

Bibliografia

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  • Bracht, V. (1992). Educação Física e aprendizagem Social. Porto Alegre: Magister.

  • Brasil. MEC (1999). Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMT. Acesso em 09 de setembro de 2014 em: http://www.ucb.br/edfisica/cef/pcnhtml.htm

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  • Ferreira, E.L. (2011). Atividades Físicas Inclusivas para Pessoas com Deficiência. v. 4. Mogi das Cruzes: Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas.

  • Ferreira, E.L. (2011). Atividades Físicas Inclusivas para Pessoas com Deficiência. v. 6. Mogi das Cruzes: Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas.

  • Franchin, F., Barreto, S.M.G. (2006). Motivação nas aulas de educação física: um enfoque no ensino médio. In: I Seminário de Estudos em Educação Física Escolar, São Carlos. Anais. São Carlos: CEEFE/UFSCar.

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014). IBGE. Acesso em 02 de setembro de 2014 em: http://7a12.ibge.gov.br/voce-sabia/calendario-7a12/event/57-dia-internacional-das-pessoas-com-deficiencia.

  • Lacerda, C.B.F. (2006). A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos professores e intérpretes sobre esta experiência. Cad. Cedes, Campinas, vol. 26, n. 69, 163-184.

  • Minas Gerais (2012). Resolução da Secretaria de Estado de Educação 2197, de 26 de Outubro de 2012. Dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá outras providências. Acesso em 12 de agosto de 2014. Em: http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/banco_objetos_crv/%7BD79D091131B544F6908F8F77FEFE621%7D_RESOLU%C3%87%C3%83O%20SEE%20N%C2%BA%202164.pdf.

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  • Pinotti, K.J., Boscolo, C.C. (2008). A dramatização como estratégia de aprendizagem da linguagem escrita para o deficiente auditivo. Rev. bras. educ. espec. [online]. (vol.14, n.1, 121-140).

  • Terence, A.C.F. (2006). Abordagem quantitativa, qualitativa e a utilização da pesquisa-ação nos estudos organizacionais. XXVI ENEGEP- Fortaleza, CE. Acesso em 12 de novembro de 2014 em : http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2006_tr540368_8017.pdf

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