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β-alanina e sua ação ergogênica nutricional

β-alanina y su acción ergogénica nutricional

β-alanine and its nutritional ergogenic action

 

Acadêmico do curso de Nutrição

da Faculdade Estácio de Alagoas, AL

(Brasil)

Luiz Eduardo Marinho Falcão

eduardomarinhonutri@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Os achados mais antigos já mostram que a suplementação de β-alanina causa o aumento dos estoques musculares do dipeptídeo carnosina (β-alanil-l–histidina) em até 50%, sendo este um tamponante de pH intramuscular que tem se mostrado bastante eficaz no exercício. Porém os estudos mais recentes já mostram que a suplementação crônica de β-alanina se deposita em fibras rápidas (tipo 2) entre 30-100% sobre as fibras lentas (tipo 1) o que favorece o rendimento de exercícios anaeróbicos que se caracterizam por uma alta intensidade e curta duração. Os exercícios mais favorecidos com a β-alanina mostram ser os que predominam a via anaeróbica lática que demandam uma maior liberação de ácido lático, onde o sistema tampão da carnosina parece prolongar o exercício contra íons H+ da dissociação do ácido lático que pode provocar acidose muscular, causando dor e levando os indivíduos a fadiga. Diante disso, parece necessário conhecer os estudos clínicos em humanos para verificar a eficácia da β-alanina como recurso ergogênico nutricional.

          Unitermos: β-alanina. Carnosina. pH.

 

Abstract

          The oldest findings already show that supplementation of β-alanine causes the increase of muscle carnosine stocks dipeptide (β-alanyl-histidine L) by 50%, which is an intramuscular pH buffering that has proven very effective in year. But more recent studies have shown that chronic supplementation of β-alanine is deposited in fast fibers (type 2) between 30-100% of the slow fibers (type 1) which favors the yield of anaerobic exercises that are characterized by a high intensity and short duration. The most favored exercises with β-alanine show be the prevailing lactic anaerobic route that demand a greater release of lactic acid, where the buffer system of carnosine appears to extend the exercise against H + ions from the dissociation of lactic acid which can cause muscle acidosis , causing pain and leading individuals to fatigue. Therefore, it seems necessary to know the clinical studies in humans to verify the effectiveness of β-alanine as a nutritional ergogenic aid.

          Keywords: β-alanine. Carnosine. pH.

 

Recepção: 26/04/2015 - Aceitação: 29/06/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 206 - Julio de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    As alterações que podem influenciar os exercícios de alta intensidade são temperatura, pH e fluxo sanguíneo que acarreta o acúmulo intramuscular de metabólitos como Pi, lactato, ADP e H+ (Dawson, Gadian & Wilkie, 1978; Hollidge-Horvat et al, 2000; Ascensão et al, 2003; Broch-Lips et al, 2007; Sale, Saunders & Harris, 2010). Porém, não parece ser o lactato o principal causador de fadiga, o que mais parece crescer no meio científico são os efeitos negativos que os processos contráteis ou de transferência de energia sofrem pela produção de íons H+ da dissociação do ácido lático que pode inibir enzimas da via glicolítica (Danaher et al, 2014; Pinto et al, 2014) e proteínas miofibrilares (Allen, 2004).

    Estudos mostram que a suplementação de β–alanina promove um aumento na concentração muscular do dipeptídeo carnosina (β-alanil-l–histidina), o que pode auxiliar exercícios de alta intensidade e curta duração (Boldyrev, Aldini & Derave, 2013). Os achados mais recentes já estimaram um aumento entre 30-50% após suplementação crônica de β–alanina (Stegen et al, 2014). Outro dado que mostra o maior favorecimento para exercícios anaeróbicos é que a β–alanina mostrou que as fibras rápidas (tipo 2) contém entre 30-100% mais concentração de carnosina sobre as fibras lentas (tipo 1) (Boldyrev, Aldini & Derave, 2013).

    A carnosina (β-alanil- l –histidina) é um dipeptídeo citoplasmático encontrado em altas concentrações no músculo esquelético de vertebrados e não vertebrado, assim como no sistema nervoso central (de Salles-Painelli et al, 2014). As funções bioquímicas do dipeptídeo incluem o tamponamento de pH intramuscular (Geda et al, 2014) e regulação de Ca2+ do retículo plasmático quando a liberação é inibida, assim como na fadiga (Boldyrev, Aldini & Derave, 2013). Porém, fica claro que o tamponamento é uma das principais funções atribuídas a carnosina haja vista que o valor de pKa do anel imidazol é próximo aos valores do pH fisiológico, o que faz que o tampão seja ativado mais cedo em um exercício curto e de alta intensidade (Sale, Saunders & Harris, 2010; Culbertson et al, 2010).

    Diante das informações sobre o potencial da β-alanina sobre o desempenho esportivo, o presente estudo ponderou os achados disponíveis na base de dados PubMed no meio de esclarecer os efeitos da suplementação de β-alanina em indivíduos treinados e destreinados.

Figura 1. Organograma das publicações excluídas

Resultados

Tabela 1. Estudos associado beta-alanina (BA) como recurso ergogênico nutricional

Discussão

    A literatura propõe que a suplementação com β–alanina promove o aumento nos estoques de carnosina muscular, e o resultado da seguinte revisão mostrou que houve um favorecimento nas concentrações dos indivíduos que suplementaram entre 3,2g/dia as 5g/dia por um período de 4 as 12 semanas (Derave et al, 2007; Baguet et al, 2010; del Favero et al, 2012). Os efeitos colaterais descritos são os sintomas de parestesia (formigamento) visto em doses elevadas (40mg/kg/dia) que se inicia após 20 minutos da sua ingestão e pode persistir até 1 hora, contudo, doses medianas (20mg/kg/dia) produziram efeitos toleráveis e as doses menores (10mg/kg/dia) produziram um discreto pico de β-alanina sanguínea (Harris et al, 2006).

    Achados mostram que o favorecimento do tamponamento intramuscular acresce sobre o exercício de alta intensidade onde o pH é limitado e o transporte de íons H+ para o meio extracelular é alcançado por transporte passivo e ativo para o interstício regulando a acidose com a liberação de íons HCO3- (Harris & Sale, 2012; Sale et al, 2012; Danaher et al, 2014). Os exercícios de alta intensidade entre 60 a 240 segundos é o que se mostra crescente (Derave, 2013; Harris & Stellingwerff, 2013), porém ultrapassando os 240 segundos ou inferiores a 60 segundos não foram notadas melhoras significativas dos grupos beta-alanina em relação ao placebo (Hobson et al, 2012).

Conclusão

    A β-alanina mostrou ser um recurso ergogênico por favorecer o rendimento de atletas em relação a seu desempenho e redução da fadiga, porém novos estudos devem ser estimulados para esclarecer novos resultados e aplicações no esporte.

Bibliografia

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Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados