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A realidade no país do samba e do futebol

La realidad en el país del samba y el fútbol

 

Licenciado e Bacharel em Educação Física – UNIPLI/RJ

Especialista em Psicomotricidade – IBMR/RJ

(Brasil)

Marcelo Bittencourt Jardim

marcelobjardim@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Dessa forma, este artigo aborda a realidade da educação nas periferias brasileiras, da corrupção no Brasil e do descaso real pela sua política em relação à educação. Assim, o trabalho aborda o conceito de corrupção, e como as populações mais desfavorecidas sofrem com os egoísmos e da falta da verdade de seus governantes Brasileiros.

          Unitermos: Educação. Corrupção. Brasil. Periferias.

 

Resumen

          Por lo tanto, este artículo analiza la realidad de la educación en las periferias brasileñas de corrupción en Brasil y real desprecio por su política hacia la educación. Por lo tanto, el trabajo aborda el concepto de corrupción, y las poblaciones más desfavorecidas sufren el egoísmo y la falta de veracidad de sus gobernantes brasileños.

          Palabras clave: Educación. Corrupción. Brasil. Periferias.

 

Recepção: 20/06/2015 - Aceitação: 17/07/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 206 - Julio de 2015. http://www.efdeportes.com/

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A realidade da educação no “país rico e país sem pobreza”

    É indiscutível que a falta de investimento na educação por parte do governo que é conhecido internacionalmente como o País do jeitinho, da malandragem, as comunidades carentes acabam padecendo e vivendo uma realidade precária no ensino. Isso acarreta na baixa auto-estima na aprendizagem e na vida pessoal dessas crianças e jovens, pois as escolas estão sempre entrando em greves ou “paralizações” pelo aumento dos salários dos professores, que por um lado estão certos e por outros estão errados prejudicando o desenvolvimento dos educandos (Jardim, 2012).

    É notório que muitas escolas são má administradas pelos seus diretores e coordenadores que pensam no seu próprio benefício. As evidências dessa realidade podem ser vistas pelos exemplos negativos de seus políticos, governantes que ao invés de serem a referência de integridade moral para o seu povo contribuem com sua atitude corrupta e baixa. Um exemplo disso são os profissionais que, ao invés de darem uma boa qualidade de alimento na hora do almoço e do lanche, dão o “resto” para as crianças e jovens, enquanto alimentos são distribuídos entres os próprios funcionários, ao invés de serem distribuídos para os alunos que precisam e tem direito (Jardim, 2012).

    Excluem-se as crianças e jovens que, por sua vez, não tem, às vezes, o que comer ou está indo à escola para fazer suas refeições diárias pela falta de alimentos em sua casa. Esses servidores acabam monopolizando os melhores alimentos e, ainda, tomam posse levando para seus lares. Essa é a realidade de muitas comunidades carentes e de escolas do Estado, Município e do “País rico e sem pobreza” como o governo argumenta diante de seu povo carente de vários aspectos (Jardim, 2012).

    Com isso, essas escolas acabam comprometendo toda a sua estrutura educacional, gerando alunos sem limites, desinteressados pelas aulas, e muitas dessas crianças ficam ociosas e a mercê do tráfico de drogas. Gerando uma sociedade doente sendo reflexo de uma má administração de seus governantes que incita ao povo a ser corrupto, baixo e malandro (Jardim, 2012).

    Enxergue o mundo com os olhos de uma Águia. Veja por vários ângulos a Educação. Entenda que somos criadores e vítimas do sistema social que valoriza o Ter e não o Ser, a Estética e não o Conteúdo, o Consumo e não as Idéias (Do Nascimento, 2009).

    Quando falta água nas escolas estaduais e municipais os alunos são dispensados das aulas, e isso cria um impacto e um bloqueio muito grande na vida dessas crianças, principalmente na parte intelectual e afetiva. Gerando uma visão deturpada que o estudo e a instituição “Escola” não são um lugar de aprimoramento, não servem para um bom desenvolvimento em suas vidas, para um bom crescimento intelectual para o futuro. Outro fator é que essas crianças e jovens têm o exemplo negativo de seus familiares (Jardim, 2012).

    Em muitos casos, seus pais, mães e irmãos não almejam um futuro profissional, que incluam o estudo depois da sua formação básica escolar (educação básica que é constituído em três etapas importantíssimas para as crianças a educação infantil, ensino fundamental e o ensino médio), pois essas pessoas passaram pelas mesmas situações adversas (Jardim, 2012).

    Sabe – se que esses indivíduos acabam presenciando pessoas ociosas que vivem ao seu derredor e, com isso, elas ficam a mercê da criminalidade e de más companhias (amizades), comprometendo totalmente seu futuro (Jardim, 2012).

    Esses indivíduos estão ingressando para o mundo do tráfico de drogas cada vez mais cedo, e com isso estão traçando caminhos prejudiciais para suas vidas. Um caminho é a prisão conhecido por nós como “cadeia”, de dezoito anos de idade em 16 diante, tendo menor idade esses jovens vão para internatos de crianças infratoras como o “DEGASE” (Jardim, 2012).

    Além disso, o outro caminho é a morte, falecimento pelo confronto com a polícia, ou entre o próprio tráfico, guerras de “facções” para dominar a localidade, “a comunidade”, e, também, confronto com os milicianos, que estão tomando posse das comunidades nos lugares dos traficantes, fingindo pacificar o lugar com uma doutrina firme, “uma lei” sem tráfico de drogas, “bocas de fumos”, e sem furto na comunidade, cobrando possíveis taxas da população para fazer a proteção do lugar (Jardim, 2012).

    Assim, a corrupção não poupa nem o mundo popular nem os estamentos superiores da sociedade, definindo uma concepção centrada em uma formação distorcida pelos eventos do passado, sendo o brasileiro um desconhecedor das artes, da ciência e dos interesses, que delimitam a sociabilidade do capitalismo e suas instituições. Como não fomos protagonistas da modernidade, criou-se no Brasil um senso permanente de irresponsabilidade e indolência, que definem os traços de uma cultura dos sentimentos, de uma cordialidade intrínseca, incapaz de incorporar o mundo impessoal e de regras formais (Filgueiras, 2009).

    Muitas comunidades padecem pela falta de interesse dos próprios moradores e das próprias crianças e jovens, se acomodando com a realidade que eles vivem. Nos raros casos em que são atendidos pelos governantes, parte significativa desses moradores acabam não dando valor aos trabalhos implantados, que dão oportunidades ao estudo, a terem uma alimentação gratuita nas escolas, programas sociais para a prática de atividades físicas e aprendizado de modalidades coletivas e individuais, assim como programas de culturas como cinemas e teatros gratuitos para entretenimento. Tem favelas que acabam perdendo essas oportunidades e ficam a mercê do tráfico, um exemplo disso são as comunidades que não querem as UPPS “Unidade de Polícia Pacificadora” (Mello; Peres, 2009).

    O problema desse tipo de leitura da realidade brasileira é que o uso de dicotomias especifica muito mais um traço de caráter do que opera nos dois extremos. A corrupção e o jeitinho, dessa forma, são uma estratégia para minimizar os efeitos da distinção entre indivíduo e pessoa. A corrupção, portanto, assumiria uma forma cotidiana, em que esse tipo de interpretação não consegue superar o fato de que o brasileiro teria um caráter de malandro, que sempre usa do artifício da corrupção para obter algum tipo de vantagem. Como observa Souza (2001), interpretações realizadas a partir de dicotomias, como faz Da Matta, tendem a simplificar excessivamente a realidade, sem perceber que a sociedade se constitui de processos mais amplos que configuram a realidade social (Filgueiras, 2009).

    A sociedade contemporânea passa por um momento contraditório, ao mesmo tempo em que observamos o avanço da tecnologia, da ciência, do aumento da expectativa de vida e da melhoria da qualidade de vida, entre outros indicadores, nas comunidades a realidade é diferente. Por exemplo, a economia não tem o mesmo vigor, a saúde não tem a mesma qualidade, problemas sérios na habitação e pequenas perspectivas de trabalho. Muitos dos moradores das comunidades são atendidos pelos Programas de bolsa família e Programas de moradias populares, programas que, na prática, geram a dependência do cidadão em relação ao governo. Observa-se, também, o contraste social vivido por uma significativa parcela da população, em constante contato com indicadores sociais que colocam em risco o bom desenvolvimento do ser humano (Tomazi, 1993).

    O fato é que diferentes projetos de interpretação do Brasil tomam a corrupção como algo inerente à cultura da personalidade e a diferença entre indivíduo e pessoa e a afirmação de uma cultura da personalidade no Brasil ocorre pela incorporação da sociologia weberiana para interpretar. Do ponto de vista interpretativo, essa cultura delimita um caráter sempre voltado para os vícios e as imoralidades cometidas pelo brasileiro, sem se atentar, contudo, para os processos mais amplos de configuração de uma sociologia política da corrupção no Brasil. O caráter do brasileiro, como muitos intérpretes procuram delimitar, termina por estabelecer uma armadilha analítica e conceitual, incapaz de perceber que dicotomias mais obscurecem nossas imoralidades do que propriamente as esclarecem. Ao se centrarem no caráter do brasileiro, seja o da cordialidade, o da malandragem ou o da busca estratégica por privilégios, não compreendem a corrupção por seu real alcance no plano da sociedade (Filgueiras, 2009).

Considerações finais

    Desse modo, a escola está sendo uma das últimas opções de escolha dos jovens da periferia, por vários fatores, como os seguintes: pela falta de incentivo da educação pelo governo, pelo serviço público, e pela falta de estrutura das escolas municipais e estaduais. Pois o governo diz que investe, mas não é essa realidade que observamos, e, por fim, pelo País que não se importa com essa situação.

Bibliografia

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Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados