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Atuação profissional do educador físico e psicomotricista 

com crianças e jovens de comunidades carentes

La actuación profesional del educador físico y psicomotricista con niños y jóvenes de comunidades carentes

 

Licenciado e Bacharel em Educação Física – UNIPLI/RJ

Especialista em Psicomotricidade – IBMR/RJ

(Brasil)

Marcelo Bittencourt Jardim

marcelobjardim@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho, assim, pretende mostrar a importância que a Psicomotricidade Relacional exerce na vida e no dia a dia das crianças que residem em comunidades carentes, e que o Educador é uma figura muito influenciadora, positivamente ou negativamente, na vida dessas crianças, que o movimento e o afeto são aspectos básicos fundamentais para a formação do sujeito. O trabalho engloba, ainda, o discurso de autores sobre a Psicomotricidade Relacional, através de revisão bibliográfica. Também foi abordada a área de intervenção da Psicomotricidade na vida dessas crianças mais desfavorecidas, sendo estas: a educação, a reeducação, a parte psicomotora e psicoafetiva dessas crianças. Observamos a importância do afeto e do movimento na formação do educando, que faz toda a diferença para uma mudança de condutas, de atitudes e de interesse nas aulas. O trabalho aponta o lado afetivo positivo do Educador Físico como possibilidade de acesso às crianças problemáticas, tímidas, deficientes e pouco sociáveis, que sofrem com o descaso social. E que a intervenção do Educador é fundamental na formação dos mesmos.

          Unitermos: Educador físico. Psicomotricidade Relacional. Reeducação. Comunidade carente.

 

Resumen

          Así pues, este trabajo tiene como objetivo mostrar la importancia de la Psicomotricidad Relacional juega en la vida y en la vida cotidiana de los niños que viven en las comunidades pobres, y que el educador es una figura muy influyente, positiva o negativamente, la vida de estos niños, la movimiento y el afecto son fundamentos básicos para la formación del sujeto. La obra incluye también el discurso de los autores sobre la Psicomotricidad Relacional, basado en una revisión. También abordó fue el área psicomotriz de intervención en la vida de los niños desfavorecidos, que son: la educación, la rehabilitación, psico-afectivo y psicomotor de estos niños. Tomamos nota de la importancia del afecto y el movimiento en la educación de los estudiantes, lo que hace toda la diferencia para un cambio de comportamiento, actitudes e intereses de clase. El estudio pone de relieve el lado afectivo positivo del educador físico como la accesibilidad a los niños con problemas, tímido, discapacitados y socialmente ineptos, que sufren de abandono social. Y que la intervención del educador es fundamental en su formación.

          Palabras clave: Educador físico. Psicomotricidad Relacional. Reeducación. Comunidad carentes.

 

Recepção: 21/04/2015 - Aceitação: 04/06/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 205 - Junio de 2015. http://www.efdeportes.com/

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A atuação do educador físico com crianças e jovens de comunidades carentes

    Na minha prática profissional procuro dar atenção a essas crianças e jovens que precisam de carinho e amor, pois vejo a marca nelas de tristezas, sofrimentos e abandonos pelos pais e pelo Estado (Jardim, 2012).

    Agrego valor a elas objetivando aumentar sua auto-estima, seu reconhecimento de potencial e sua crença no futuro; partindo do ensino de princípios morais e éticos, como o respeito ao próximo e honrar suas famílias, por mais dificuldades que elas possam enfrentar no dia a dia (Jardim, 2012).

    Desenvolvo atividades físicas e educacionais baseadas no objetivo geral da Psicomotricidade como a descoberta do corpo e a capacidade do seu movimento a descoberta dos outros e do meio ambiente, como por exemplo, “Do eu” (meu mundo), “mundo dos objetos” e o “mundo dos outros”. A Psicomotricidade, que é a ciência cujo objeto de estudo é o homem e o seu movimento, está fundamentada em três aspectos básicos como o movimento, o intelecto e o afeto. A Psicomotricidade oportuniza ao educando um crescimento e grande significação em sua vida (SBP, 2003).

    A inatividade motora das crianças atualmente é cada vez maior, levando a uma espécie de analfabetismo motor, ocasionado pelo sedentarismo, fatores nutricionais, “correria do dia a dia” e pela tecnologia que está avançando a cada dia (vídeo games, computadores e sites de relacionamentos), assim, como por escolas que estão dando mais ênfase ao estudo do que as práticas de atividades físicas (Jardim, 2012).

    Todos esses fatores estão deixando as crianças sem uma verdadeira infância e impondo a elas uma vida adulta cada vez mais precoce. As atividades de movimentos levam o educando a entender a sua movimentação, quanto maior a variedade de propostas, maior é o interesse dessa criança em aprender e a praticar uma atividade física (Jardim, 2012).

    Abordaremos nesse estudo os elementos que compõem o conhecimento do corpo e que são desenvolvidos na organização motora de base. São eles: Imagem corporal (é o sentimento que a criança tem do seu corpo) – Conhecimento do corpo (é o conhecimento intelectual que a criança ou o indivíduo tem do seu corpo e de cada função) – Esquema corporal (é a união das relações anteriores com os dados do mundo exterior) (Mendes e Fonseca, 1988).

    As atividades psicomotoras devem desenvolver o corpo todo, ter um desenvolvimento global “geral” e múltiplas experiências “vivências ao decorrer da vida”, que a criança tem através do seu próprio corpo e movimento. As práticas psicomotoras podem desenvolver-se em contextos de ação diferenciados, em função da origem, história e caracterização do sujeito, nas suas dificuldades e possibilidades, e do contexto de intervenção pelo Educador Físico (Jardim, 2012).

    Procuro desenvolver na prática em atividades de iniciação esportiva como atividades coletivas: Futebol, Basquetebol, Voleibol e Handebol em atividades individuais como: Atletismo, Jogos de memórias, Jogos de Botão, Damas, Xadrez e abordaremos as atividades desenvolvidas na atuação de cultura e reforço escolar com disciplinas de matemática e português baseadas em atividades com estafetas e circuitos através de aulas lúdicas e centradas no desenvolvimento psicomotor da criança como: Lateralidade, Percepção de Tempo e Percepção de Espaço, Ritmo, Equilíbrio, Percepção Óculo Pedal e Percepção Óculo Manual, Percepção Visual, Atenção, Cognição e a Concentração (Jardim, 2012).

    Desenvolvendo na criança também os Estágios da Aprendizagem Motora e suas características como: a Cognição, a criança efetua os movimentos com erros grosseiros, só que ela não consegue visualizar seu erro e nem corrigi-lo. O Associativo, a criança efetua o movimento com erros grosseiros, visualiza o seu erro, mas não consegue corrigi-lo. O Autônomo, que é o terceiro estágio da aprendizagem motora pelo indivíduo, o indivíduo efetua os movimentos com erros grosseiros, visualiza seu erro, onde errou, e consegue corrigi-lo, não entra pela idade das crianças. E suas Valências Físicas e a Flexibilidade que é a capacidade das articulações moverem-se com grande amplitude de movimento, e a Socialização entre os alunos e o professor (Jardim, 2012).

    Daremos destaque ao papel do professor no desenvolvimento do indivíduo, porque somos espelhos para essas crianças e jovens, com nossas ações e condutas podemos formar indivíduos sem limites e desinteressados ou formar indivíduos com limites, interessados e com potencial para o convívio social, temos que ter a sensibilidade de vermos com rapidez e destreza as situações e dificuldades de cada sujeito para intervirmos como profissionais humanizados (Jardim, 2012).

    Ao longo de minha experiência desenvolvendo trabalhos em comunidades carentes, percebi que o afeto é o aspecto primordial para termos êxitos. Cada abraço que efetuo nas crianças exerce uma mudança de comportamento; percebo em seus olhos e em seus sorrisos a esperança em uma vida melhor, sem criminalidade e sem violência e, ainda, que a comunidade necessita de investimento na educação e em sua infra-estrutura (Jardim, 2012).

Bibliografia

  • Jardim, Marcelo B. (2012). O afeto como instrumento primordial na atuação do educador físico com crianças e jovens de comunidades carentes. Rio de Janeiro: ibmr / Laureate International Universities, Pós-Graduação Psicomotricidade (Educação e Clínica).

  • Mendes, N; Fonseca, V. (1988). Escola, escola, quem és tu? Perspectivas Psicomotoras do Desenvolvimento Humano. 4ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas.

  • SBP. Sociedade Brasileira de Psicomotricidade. Disponível em: www.psicomotricidade.com.br. Acesso em: 10 de fevereiro de 2015.

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