Sugestão da divisão do voleibol por categorias de estatura Suggestion of the division of the volleyball by height categories |
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Mestre em Ciência da Motricidade Humana (CMH) pela UCB do RJ (Brasil) |
Nelson Kautzner Marques Junior |
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Resumo O objetivo do ponto de vista foi sugerir a elaboração do voleibol por categorias de estatura. Essa sugestão de dividir o voleibol por categorias de estatura pode ser realizada no voleibol da iniciação ao master. Em conclusão, o voleibol com categorias de estatura e com categorias de idade e de estatura pode ser um meio de gerar mais oportunidade aos jogadores, técnico e preparadores físicos em trabalhar nessa modalidade. Unitermos: Voleibol. Esporte. Jogo.
Abstract The objective of the point view was to suggest the elaboration of the volleyball by height categories. This suggestion of divide the volleyball by height categories can be practiced in young volleyball to master. In conclusion, the volleyball with height categories and with age and height categories can be way to cause more opportunity to the players, coaches and physical trainers in working in this modality. Keywords: Volleyball. Sport. Game.
Recepção: 10/05/2015 - Aceitação: 13/06/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 205 - Junio de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O voleibol atual requer atletas cada vez com maior estatura com o intuito de otimizar o desempenho competitivo (Sterkowicz-Przybycien, Sterkowicz e Zak, 2014). Isso ocorre no voleibol masculino e feminino jogado na quadra (Ayuso, González, Suárez e Zourdos, 2015; Palao, Manzanares e Valadés, 2014) e na dupla na areia (Marques Junior, 2012, 2012b). A estatura é uma característica antropométrica importante para a prática do voleibol porque ela facilita a execução dos fundamentos mais determinantes na vitória desse esporte - ataque, bloqueio e saque (Marques Junior, 2012c).
Entretanto, apesar dessa exigência da estatura, jogadores jovens acabam sendo excluídos das categorias de iniciação por causa da estatura, mesmo tendo condições de jogar por causa da sua elevada impulsão e excelente condição técnica e tática.
Um meio interessante de acabar com o “problema” da estatura e diminuir o número de jogadores não aproveitados pelos clubes ou pelas equipes de dupla na areia já na iniciação, é realizar categorias conforme a faixa etária e de acordo com a estatura. Essa sugestão serviria para o voleibol da iniciação, para o adulto de alto rendimento e para o voleibol master.
Como separar os atletas conforme a estatura para formar categorias?
A literatura do voleibol não possui essas informações (Peeri, Sharif e Matinhomaee, 2013; Petroski, Del Fraro, Fidelix, Silva, Pires Neto, Dourado et al., 2013; Tili e Giatsis, 2011), então, o objetivo do ponto de vista foi sugerir a elaboração do voleibol por categorias de estatura.
Voleibol na quadra e de dupla na areia por categoria de estatura
A divisão da categoria por estatura e conforme a faixa etária pode ser realizada no voleibol da iniciação e no voleibol master com o intuito de vários jogadores conseguirem oportunidade de jogar e deixarem de não ser aproveitados pelos clubes do voleibol na quadra e de dupla na areia. Nessas categorias por idade e estatura, a única posição que não é necessária estabelecer um valor para a estatura, é o líbero, sendo comprovado na literatura do voleibol que esse jogador é eficaz na recepção (Marques Junior, 2014).
Os jogadores com melhor condição técnica e tática no voleibol da iniciação e no voleibol master, recomenda-se que conforme a faixa etária, eles atuem numa categoria aberta, ou seja, a única divisão é pela idade, ocorrendo partidas com atletas de várias estaturas. Essa regra é igual ao do voleibol da atualidade.
Baseado nessas sugestões, as categorias do voleibol da iniciação e do voleibol
Figura 1. Sugestão da divisão do voleibol por categorias de idade ou pela faixa etária e estatura
Para vários atletas terem chance de jogar, um voleibolista só pode atuar em uma categoria por faixa etária ou somente na categoria por idade e estatura, isso evita do mesmo atleta jogar em dois tipos de categorias durante uma mesma competição, ou seja, no estadual por faixa etária e no estadual por idade e por estatura.
O intuito dessa regra é proporcionar mais oportunidade para os atletas de baixa estatura em jogar voleibol em campeonatos nacionais e internacionais. Porque atualmente, por exemplo, no voleibol masculino adulto de alto rendimento a estatura mínima costuma ser de 1,90 m, exceto do líbero (Marques Junior, 2005, 2010). O mesmo ocorre com o voleibol de dupla na areia. Logo, muito bons jogadores deixam de ser aproveitados para essa modalidade.
Essas ideias, divisão do voleibol por categorias de estatura e tendo uma categoria aberta onde vários atletas de diferentes estaturas jogam também merecem ser aplicadas no voleibol adulto de alto rendimento, do sexo masculino e feminino. Então, no voleibol adulto de alto rendimento a divisão das categorias será somente por estatura porque geralmente a faixa etária dos jogadores se encontra entre 20 a 45 anos, não sendo necessária essa divisão.
Explicando melhor essa divisão do voleibol adulto de alto rendimento por categorias de estatura, a seguir é fornecido um exemplo para o voleibol masculino. Lembrando, o líbero é a única posição que não segue essa divisão.
Figura 2. Sugestão da divisão do voleibol masculino adulto de alto rendimento por categorias de estatura
Outro quesito que merece atualização nas regras do voleibol da iniciação, no voleibol máster e no voleibol adulto de alto rendimento, é a altura da rede. Como sugestão, recomenda-se que os pesquisadores desse esporte realizem vários testes de alcance da cortada e de alcance do bloqueio ao longo do jogo na categoria por faixa etária e na categoria por idade e estatura, sendo determinada pela média das várias coletas, qual altura da rede permite uma adequada performance ao longo do jogo nas diversas categorias do voleibol.
Em conclusão, o voleibol com categorias de estatura e com categorias de idade e de estatura pode ser um meio de gerar mais oportunidade aos jogadores, técnico e preparadores físicos em trabalhar nessa modalidade.
Bibliografia
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Marques Junior, N. (2005). Testes para o jogador de voleibol. Rev Min Educ Fís, 13 (1), 130-174.
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Marques Junior, N. (2012b). Estatura das brasileiras do voleibol na areia feminino de alto nível, 1993 a 2010. Lecturas: Educación Física y Deportes, 17 (170), 1-6. http://www.efdeportes.com/efd170/estatura-do-voleibol-na-areia-feminino.htm
Marques Junior, N. (2012c). Medalhas nos Jogos Olímpicos: estatura das seleções do voleibol brasileiro. Lecturas: Educación Física y Deportes, 17 (172), 1-10. http://www.efdeportes.com/efd172/estatura-das-selecoes-do-voleibol-brasileiro.htm
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Palao, J., Manzanares, P. e Valadés, D. (2014). Anthropometric, physical, and age differences by the players position and the performance level in volleyball. J Hum Kinet, 44 (-), 223-236.
Peeri, M., Sharif, R., e Matinhomaee, H. (2013). Relations of some corporeal properties with performance of volleyball players who participated in Japan world competitions. Eur J Exp Bio, 3 (5), 88-94.
Petroski, E., Del Fraro, J., Fidelix, Y., Silva, D., Pires Neto, C., Dourado, A. et al. (2013). Características antropométricas, morfológicas e somatotípicas de atletas da seleção brasileira masculina de voleibol: estudo descritivo de 11 anos. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, 15 (2), 184-92.
Sterkowicz-Przybycien, K., Sterkowicz, S., e Zak, S. (2014). Sport skill level and gender with relation to age, physical development and special fitness of the participants of Olympic volleyball tournament Beijing 2008. Coll Antropol, 38 (2), 511-516.
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