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Desenvolvimento motor de pessoas com Síndrome de Down

El desarrollo motor de las personas con Síndrome de Down

Motor development of people with Down Syndrome

 

*Graduada em Educação Física - Centro Universitário Unifafibe

Professora de Educação Física da APAE – Barretos, Barretos / SP

**Doutor em Educação Especial – Universidade Federal de São Carlos. 

Professor na Pós-Grad: UFSCar / Graduação: Claretiano e UNIFEB, São Carlos / SP

***Doutorando em Educação Especial - Universidade Federal de São Carlos

Professor do Centro Universitário Unifafibe

Jessica Ribeiro Maximino*

Paulo Augusto Costa Chereguini**

Everton Luiz de Oliveira***

oliveira-everton@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          As pessoas com Síndrome de Down podem apresentar um desenvolvimento motor deficiente em decorrência da alteração cromossômica, com um ritmo de desenvolvimento, na maioria dos casos, mais lento quando comparado ao de indivíduos com desenvolvimento típico. Dessa maneira, o presente estudo objetivou de avaliar o repertório motor de indivíduos com Síndrome de Down. Para tanto, foi realizada uma avaliação motora visando verificar o nível de coordenação motora das mesmas, em diferentes faixas etárias. A avaliação foi realizada por meio da aplicação de um dos testes de KTK, especificamente, o teste de saltos laterais. A partir dos resultados obtidos foi possível verificar que jovens e adultos com Síndrome de Down apresentam baixa coordenação motora no que se refere a saltos laterais. Acredita-se que um programa envolvendo jogos e brincadeiras recreativas, que possibilite ampliar e diversificar estratégias e metodologias para o desenvolvimento dos repertórios motores, possa colaborar com avanços no que tange o atendimento educacional, pedagógico e esportivo dessa população. Ademais, atenta-se para a necessidade de novos estudos que possam investigar todas as dimensões do desenvolvimento motor de pessoas com Síndrome de Down e que procedam com intervenções que permitam sanar as possíveis dificuldades apresentadas.

          Unitermos: Síndrome de Down. Desenvolvimento Motor. Inclusão.

 

Abstract

          People with Down Syndrome may have a poor motor development as a result of chromosomal alterations, in most cases, with a slower development when compared to individuals with normal development. Thus, the present study aimed to evaluate the motor repertoire of individuals with Down Syndrome. For this purpose, a motor assessment was carried out to check the level of coordination, in different age groups. The evaluation was performed by application of a KTK test, specifically the lateral jumps test. From the results we found that young people and adults with Down Syndrome have low motor coordination as regards the lateral jumps. It is believed that a program involving play and recreational games, allowing expanding and diversifying strategies and methodologies for the development of motor repertoire, can collaborate with advances regarding the educational, pedagogical and sports care of this population. In addition, attentive to the need for further studies to investigate all dimensions of the motor development of people with Down Syndrome and to carry out with interventions in order to remedy the possible difficulties presented.

          Keywords: Down Syndrome. Motor development. Inclusion.

 

          Este estudo foi apresentado durante o VII Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial, Londrina / Paraná – Brasil, 05 a 07 de novembro de 2013.

 

Recepção: 04/04/2015 - Aceitação: 30/04/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 204 - Mayo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    O desenvolvimento motor tem seu início com o nascimento dos sujeitos e só termina com o anúncio da morte dos mesmos. O desenvolvimento motor envolve todos os aspectos do desenvolvimento humano, inicia-se em uma sequencia típica: levantar a cabeça quando de bruços, rolar, sentar-se, engatinhar, ficar em pé, andar e, posteriormente, correr, saltar e subir, o desenvolvimento motor é um processo contínuo realizado de acordo com as necessidades de cada tarefa a ser desempenhada, sendo este diferente para cada indivíduo (Gallahue e Ozmun, 2003).

    Em crianças com Síndrome de Down (SD) o desenvolvimento motor é afetado pelas diversas mudanças motoras, cognitivas e metabólicas decorrentes da alteração cromossômica. A fraqueza e a diminuição do tônus muscular das crianças com SD tornam seu ritmo de desenvolvimento mais lento, comprometendo a aquisição de muitas das habilidades motoras básicas. Entretanto, essas limitações podem ser atenuadas por meio do treinamento de suas capacidades físicas (Pueschel, 2002). Complementarmente, tem-se que as crianças com Síndrome de Down apresentam, normalmente, uma hipotonia muscular e sonolência. Nos bebês é possível observar um atraso no desenvolvimento de alguns reflexos, comprometimento postural, dificuldades para sucção e digestão (Silva & Dessan, 2002).

    Sabe-se, ainda, que a aprendizagem motora engloba incontáveis fatores que se encontram em estreita relação com o comportamento e com os relacionamentos sociais empreendidos pelos sujeitos, sendo necessário, em qualquer programa de ensino motor, que ocorra uma integração entre aluno e professor, processo que por sua vez é afetado pelo ambiente e pela programação das atividades. Desta feita, a aprendizagem motora pode ser definida como uma mudança em aspectos estreitos ao comportamento físico-motor (Gallahue e Ozmun, 2003).

    A aprendizagem motora também pode ser entendida como uma mudança no estado interno do indivíduo, inferindo uma melhora (relativamente) permanente como resultado das práticas realizadas. Neste contexto, a aprendizagem acontece, prioritariamente, quando o indivíduo esta tentando adquirir e/ou melhorar uma determinada habilidade motora (Bissoto, 2005).

    Destarte, faz-se importante destacar o papel do professor como mediador e facilitador de processos que envolvam atividades e práticas motoras capazes de articular melhorias significativas no repertório motor das crianças, sejam estas crianças com SD ou não.

    Destarte, muitas são as atividades e exercícios físicos que podem integrar um programa de exercitação com vista na melhoria do repertório motor de crianças com SD, a exemplo das atividades recreativas, as quais se valendo de um contexto lúdico podem promover inúmeros ganhos motores e físicos para esse público, com destaque para a melhoria do tônus muscular e as conquistas no desenvolvimento das funções cognitivas e das habilidades motoras que auxiliarão na execução de varias tarefas durante todo o processo de desenvolvimento da pessoa (Pueschel, 2002).

    Nas palavras de Aguiar (2002) as atividades recreativas são reconhecidas como um meio para o aprendizado cognitivo, emocional, social e motor, pois proporcionam um ambiente agradável e motivador para os participantes, os jogos recreativos são diretamente ligados ao pensamento e a ação, sendo o jogo o princípio do desenvolvimento sensório-motor.

    Neste contexto, as atividades recreativas podem ser um importante aliado para o estímulo do desenvolvimento motor da criança com SD, uma vez que proporcionam ao aluno a oportunidade de “aprender brincando”. Ademais, o que o aluno aprende e vivencia no desenvolvimento dos jogos e/ou atividades lúdicas pode e será utilizado em suas atividades cotidianas.

    Ao apreender que crianças com SD quando comparadas às crianças com desenvolvimento típico, geralmente, apresentam um significativo atraso no desenvolvimento motor, deve-se evidenciar que a avaliação dos repertórios motores de crianças com SD é salutar no empreendidmento de quaisquer atividades e práticas físicas destinadas a esse grupo que integra o público alvo da Educação Especial. Salienta-se assim que as atividades recreativas, além de proporcionarem momentos de lazer e diversão, configuram um importante instrumento para a aprendizagem motora destas crianças (PUESCHEL 2002). A utilização metodologias alternativas como instrumentos a serem utilizados no processo de avaliação do desenvolvimento motor de crianças com SD, visando auxiliar na programação de suas atividades e exercícios físicos cotidianos.

    Para Guedes & Guedes (2006) o acompanhamento dos índices de desenvolvimento motor poderá contribuir para a tentativa de estimular e promover a prática de atividades físicas durante toda a vida, já que além de indicadores, a avaliação do repertório motor poderá fornecer à própria criança informações acerca do seu desenvolvimento, tornando-a interessada e comprometida com sua boa condição física e motora.

    Isto posto, destaca-se que o objetivo deste estudo foi aplicar um teste de aptidão física baseado em um procedimento/atividade que fosse simples e que ao mesmo tempo se adequase à nossa realidade educacional, pedagógica e econômica. Para tanto, os indivíduos participantes do estudo foram submetidos a um teste e as variáveis foram apresentadas pelo enquadramento de sexo e idade.

2.     Método

    Este estudo é caracterizado como uma pesquisa de campo tendo como foco a avaliação dos repertórios motores de pessoas com Síndrome de Down. A investigação das necessidades relacionadas ao desempenho motor foi executada por meio da observação da velocidade de execução de saltos laterais, fator que envolve a coordenação motora da pessoa com SD, possibilitando o estabelecimento de relações constantes entre determinadas condições que auxiliem no desenvolvimento motor. Para tanto, utilizou-se o teste de saltos laterais de KTK, elaborado por Gorla & Araújo (2007).

2.1.     Participantes

    A amostra deste estudo contou com a participação de 06 (seis) pessoas com SD, sendo 04(quatro) do sexo feminino e 02(dois) do sexo masculino, com faixa etária de 13 (treze) a 38 (trinta e oito) anos, sendo todos participantes de projetos de extensão do Centro Universitário Unifafibe e que também estavam matriculados em uma Instituição do município. O estudo contou com uma amostra reduzida considerando-se que o público referente às pessoas com SD representa uma parcela reduzida da população e também muito configurando um agrupamento menor quando comparado a grupos de pessoas com outros tipos de deficiências.

    Para analise dos resultados utilizou-se uma estatística descritiva, a fim de descrever o desempenho motor dos participantes, a coleta dos dados foi realizada por meio de uma planilha, aonde foram anotados os valores de cada aluno.

2.2.     Aspectos éticos

    Para a realização deste estudo, inicialmente, estabeleceu-se um contato entre os pesquisadores e os participantes por meio de conversas durante o tempo em que estavam participando de projetos de extensão, intuindo criar uma relação estreita com os participantes. Posteriormente, marcou-se uma reunião com os seus pais ou responsáveis para esclarecer acerca dos objetivos, procedimentos e outros detalhamentos do estudo, solicitando nesta mesma ocasião que se estivessem de acordo assinassem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando que os partipantes a se envolver no estudo. O presente estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética do Centro Univerisitário Unifafibe e foi aprovado sob parecer nº 177.462/2012.

2.3.     Delineamento do estudo

    Ressalta-se que no presente estudo não foram aplicadas as quatro tarefas e algumas modificações foram realizadas para que fosse possível quantificar e avaliar o desempenho de cada participante a partir de apenas uma das tarefas. Assim sendo, para o desenvolvimento do estudo optou-se por aplicar apenas o teste de saltos laterais Com o objetivo de encontrar o valor de cada tarefa, o valor total foi dividido por quatro, assim, foi possível a obtenção do resultado de cada uma das atividades.

    Atenta-se também para o fato de que o teste de KTK foi utilizado originalmente para determinação o desempenho motor de crianças e adolescentes com idade entre 5 e 14 anos. Contudo, podendo também ser utilizado em públicos com maior idade. Estabelecendo-se a referencia dos valores normativos os mesmos utilizados para 13/14 anos em face de sua interpretação (Gorla, et al., 2000).

    Durante a execução da tarefa cada um dos participantes executou um exercício ensaio com 5 saltos. Posteriormente, a atividade foi iniciada, os saltos foram realizados evitando-se a passagem alternada dos pés (um depois o outro) durante a execução do movimento, quando o executante tocava o sarrafo a contagem não era interrompida, sendo orientado a prosseguir no teste pelo avaliador.

    A coleta de dados foi realizada no Centro Universitário Unifafibe, na cidade de Bebedouro – S.P. e foi desenvovida em duas fases, na primeira o procedimento foi explicado e demonstrado, sendo realizada uma atividade em grupo visando desenvolver diretamente a habilidade motora executada no teste, bem como criar um ambiente agradável para que os participantes sentissem-se a vontade, a atividade realizada aconteceu de forma recreativa, onde os participantes cantavam uma musica e realizavam movimentos propostos pela mesma. Todos os participantes realizaram a atividade, demonstrando interesse e empolgação. Logo após a realização da atividade recreativa os participantes foram orientados a realizar o teste de saltos laterais. Durante a aplicação do teste, objetivou-se realizar uma avaliação quantitativa, cuidando para anotar todas as dificuldades e/ou facilidades apresentadas no decorrer da tarefa que integrou o teste de salto lateral.

3.     Resultados

    Os resultados serão apresentado em forma de tabelas e gráficos, intuindo apresentar de forma descritiva os dados obtidos em face da aplicação do teste.

Tabela 1. Resultados obtidos a partir do teste de saltos laterais

 

Gráfico 1. Média comparativa de saltos entre homens e mulheres

    Pode-se perceber que os participantes do sexo masculino obtiveram resultados significativamente melhores quando comparados com os resultados obtidos no teste para saltos realizado pelos participantes do sexo feminino.

Tabela 2. Resultados dos saltos laterais dos participantes do sexo feminino

    Observa-se que as mulheres mais velhas executaram mais saltos, justificando-se assim a afirmação de que a aprendizagem motora relaciona-se diretamente com a pratica e a experiência (HAWOOD & GETCHEL, 2010), uma vez que a a variável idade possivelmente exerceu influência direta na obtenção dos resultados destacados.

Tabela 3. Resultados dos saltos laterais dos participantes do sexo masculino

    A soma de saltos do participante V01 representa significativa diferença em relação ao participante V02, ao contrario do resultado apresentado pelas mulheres, em que mulheres mais velhas apresentaram melhores resultados na execução de saltos avaliados pelo teste.

Tabela 4. Classificação motora dos participantes

    Nenhum dos participantes obteve resultado satisfatório quanto ao desempenho motor no tocante à avaliação dos saltos laterais. Durante a execução das atividades referentes ao teste foi possível constatar que os participantes apresentaram dificuldades relacionadas ao equilíbrio, lateralidade e execução perfeita de saltos (saltar com os dois pés juntos).

    Coadunando com os achados na literatura que indicam que a atividade muscular, o equilíbrio e a locomoção são reduzidos em indivíduos com SD, limitações que dificultam a execução de atividades motoras, tais como as propostas neste teste (Puescher, 2002).

    Dentre os participantes que apresentaram maiores dificuldades na execução da tarefa, compreendem-se aqueles do sexo feminino, em parte explicado por Hawood e Getchel (2010) ao externar que a fase da infância seria o principal momento para a aquisição de habilidades motoras e sendo as mulheres quase sempre privadas de muitas atividades esportivas e ao ar livre, acabaria por limitar as habilidades e desempenho motor deste grupo.

    Para Gallahue e Ozmun (2005) o desenvolvimento motor é um processo continuo realizado de acordo com as necessidades e as tarefas a serem enfrentadas pelo ser humano, assim apesar de demonstrarem dificuldade na execução da tarefa, os participantes do sexo feminino podem ter suas habilidades trabalhadas e desenvolvidas a partir de um programa de atividades e exercícios físicos.

4.     Discussão

    Com a realização do teste foi possível observar que pessoas com SD possuem dificuldades nas atividades motoras, bem como na manutenção da atenção, uma vez que para a realização da atividade foi necessárias várias demonstrações, uma das prováveis causas para o não progresso da realização da atividade.

    Durante a execução das atividades apenas o sujeito V04 não apresentou a totalidade de movimentos desordenados, saltando igualmente com os dois pés, apresentando baixo grau de desequilíbrio ao contrario dos demais participantes que por diversas vezes pisaram no sarrafo que dividia a plataforma, ocasionaram a saída do pé para a forma da mesma, bem como diminuição da velocidade após o inicio da tarefa.

    O participante V06 apesar da pouca idade apresentou resultados abaixo do esperado. Tal comprometimento pode ser melhorado utilizando-se de atividades especificas as necessidades do participante, durante a execução da tarefa a participante demonstrou timidez, fator influenciador ao resultado, podendo este ser melhorado com a pratica de atividades que envolvam trabalho em grupo e cooperação.

    Gorla & Lifante (2007) desenvolveram um estudo onde avaliou nove alunos com deficiência mental utilizando-se do teste de saltos laterais de KTK. Ao avaliar os participantes antes (pré-teste) e depois (pós-teste) de participarem de um programa de atividades físicas. Alguns dos sujeitos avaliados não obtiveram o rendimento satisfatório indicando a necessidade de mais tempo de participação das atividades. Ao observar os resultados foi possível perceber que a pratica de atividades físicas sozinha podem não aumentar os níveis motores dos participantes, contudo, existe a necessidade de que as atividades sejam programadas e adaptadas ao grupo, o estimulo para a participação de todos nas atividades e a redução de fatores tais como ansiedade, não socialização devem ser alcançados.

    Em um estudo realizado na Universidade de São Paulo, foram comparadas as combinações fundamentais de movimentos entre adultos e crianças com e sem SD, por meio da análise estatísitca foi possível constatar uma maior dificuldade na execução das tarefas por pessoas com SD, bem como uma menor velocidade na execução das tarefas (Gimenez, et al., 2004).

    O desenvolvimento motor acontece de maneira continua e progressiva, tendendo a diminuir com o avanço da idade, porém suas habilidades ainda podem ser trabalhadas tendo em vista que todo aprendizado acontece em decorrência da prática. Nesse sentido, a execução de atividades como jogos e brincadeiras tende a melhorar a coordenação motora de indivíduos com SD, uma vez que através dela o participante sente-se motivado para a realização de qualquer atividade, o jogo é a principal atividade aonde podem ser trabalhadas todas as habilidades necessárias para o desenvolvimento motor.

5.     Conclusões

    O desenvolvimento motor consiste em uma serie de mudanças ao longo do tempo, sendo necessária a aquisição das habilidades para a execução de tarefas cotidianas. Assim sendo, sugere-se a análise do desenvolvimento motor por meio da aplicação de teste capazes de quantificar e qualificar as potencializades de cada elemento do repertório motor de alunos com SD e alunos com outros tipos de deficiência, objetivando oferecer subsídeos no tocante à classificação destes aluno para o planejamento e sistematização de programas de exercitação capazes de atenuar os déficits provocados pelas deficiências e pelas próprias condições materiais, sociais, econômicas e culturais de cada indivíduo em particular. Ademais, a maioria dos estudos relacionados ao desenvolvimento motor de pessoas com SD, bem como os testes para diagnóstico e classificação das funcionalidades encontram-se apenas para faixas etárias até por volta dos 14 anos, destacando-se a necessidade de outros estudos com públicos adulto e idoso.

    Sendo as atividades recreativas agentes responsáveis por melhoras em aspectos cognitivos e emocionais, tais atividades podem ser adaptadas para desenvolverem repertórios motores em pessoas com SD. Pesquisas futuras devem ser realizadas incluindo pessoas com faixas etárias acima de 14 anos com o objetivo de melhorar e enriquecer o conhecimento dos profissionais de educação física, proporcionando melhoria da qualidade de vida de pessoas com SD.

    Salienta-se, por fim, a importância de dar o devido destaque e importância às brincadeiras e jogos para planejar e elaborar programas que visem o desenvolvimento, ampliação e/ou aperfeiçoamento dos repertórios motores em todas as pessoas e, em particular, em pessoas com síndrome de Down, já que estas últimas quase sempre apresentam repertório motor diminuído, deficiente ou insatisfatório.

Bibliografia

  • Aguiar, J. S. (2002) O Jogo no Ensino de Conceitos a Pessoas com Problemas de Aprendizagem: Uma Proposta Metodológica de Ensino. (Programa de Pós-Graduação em Educação Especial). São Carlos/Brasil: Universidade Federal de São Carlos.

  • Bissoto M. L. (2005). Desenvolvimento Cognitivo e processo de aprendizagem do portador de Síndrome de Down: Revendo Concepções e perspectivas educacionais. Revista ciência e Cognição, 4, 80-88.

  • Gallahue, D. L., Ozmun, J. C. (2003). Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte Editora.

  • Gimenez, R., Manoel, E. J., Oliveira, D. L., & Basso, L. (2004). Combinação de padrões fundamentais de movimento: crianças normais, adultos normais e adultos portadores da Síndrome de Down. Revista Brasileira de Educação Física Especial, 18 (1), 101-116.

  • Gorla, J. I., Araújo, P. F. (2007). Avaliação motora em educação física adaptada. São Paulo: Editora Phorte.

  • Gorla, J. I., Rodrigues, J. L., Brunieira, C. A. V., & Guarido, E. A. (2000). Testes de avaliação para pessoas com deficiência mental: identificando KTK. Arq. Ciencias saúde unopar, 4 (2).

  • Guedes, D. P., Guedes, J. E. R. I. (2006). Manual prático para avaliação em educação física. Barueri: Manole.

  • Haywood, K. M., Getchell, N. (2004). Desenvolvimento motor ao longo da vida. Porto Alegre: Editora Artmed.

  • Pueschel, S. (1993). Síndrome de Donw Guia para Pais e Educadores. (6ª ed.) Campinas: Papirus.

  • Silva, N. L. P., Dessen, M. A. (2002). Síndrome de Down: etiologia, caracterização e impacto na família. Revista Interação em Psicologia, 6 (2), 167-176.

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