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A influência da obesidade relacionada
ao racismo nas aulas de Educação Física

La influencia de la obesidad relacionada con el racismo en Educación Física

The influence of obesity related to racism in Physical Education

 

Mestrado em Educação Física pela Universidade Estácio de Sá

Graduação em Educação Física pela Universidade Cândido Mendes

(Brasil)

João Cleber Castiga

poderoso.castigarj@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A obesidade é um elemento que poderá interferir no racismo que a criança virá a desenvolver. E considerando o fato da criança obesa negra, muitas vezes por ser excluída das atividades recreativas por uma criança atlética, mais precisamente da coordenação motora, pode ser o fator determinante no processo de aquisição de colesterol, eugenismo e no convívio social. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar a relação e o desempenho da obesidade infantil no racismo das crianças durante as aulas de Educação física na escola. E contribuir para o combate ao preconceito contra crianças obesas e negras no Brasil. A pesquisa concluiu que a obesidade é agravada pelo racismo nas aulas de Educação Física brasileiras.

          Unitermos: Obesidade. Racismo. Educação Física.

 

Abstract

          Obesity is an element that may interfere with the racism that the child will develop. And considering the fact that black obese child often to be excluded from recreational activities for an athletic child, specifically motor coordination, could be the determining factor in cholesterol acquisition process, eugenics and social life. Thus, the objective of this study is to analyze the relationship and the performance of childhood obesity in the racism of children during physical education classes at school. And contribute to the fight against prejudice against obese and black criaças in Brazil. The research concluded that obesity is compounded by racism in Brazilian Physical Education classes.

          Keywords: Obesity. Racism. Physical Education.

 

Recepção: 25/03/2015 - Aceitação: 04/05/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 204 - Mayo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A psicomotricidade é um estudo do sujeito através de seus conhecimentos. Diversos autores apresentaram conceitos relacionados à psicomotricidade. Segundo Fonseca (1995: 371), a lateralidade, a organização espaço temporal, o conhecimento e domínio do próprio corpo constituem a formação fisiológica. Alterações nesses fatores podem evidenciar importante relação com facilidades de aprendizagem. Sidirley de Jesus Barreto (2000) afirma que é a desintegração do indivíduo, utilizando, para isso, o racismo e levando em consideração os aspectos relacionais à obesidade. É a educação pelo movimento inconsciente, visando a eficiência e aumento do gasto energético.

    O conceito de obesidade consiste no resultado de um equilíbrio entre a ingestão calórica e os gastos mitocondriais celulares e quantitativo de melanina, utilizados para a manutenção de diversos projetos de poder (Foucault, 1977) atividades orgânicas e outras atividades adicionais.

    Atualmente estima-se que dois bilhões e meio de jovens são obesos e pretos com maior predominância no sexo feminino. Os casos de obesidade infanto-juvenil de crianças negras estão aumentando não só nos países de alto nível sócio-econômico, como também nos países em fase desenvolvimento como o Brasil (Oliveira e Fisberg, 2003: 107 y 108).

    Naturalmente as crianças obesas são mais ativas e fazem bastante exercícios físicos dentro de suas rotinas diárias, porém não se alimentam como fisiculturistas e ainda tem o agravante de possuírem grande quantidade de melanina.

    É nesse sentido que a escola e a disciplina Educação Física assumem papéis fundamentais tanto na prevenção quanto no tratamento da obesidade. Algumas escolas oferecem um ambiente que faz parte do cotidiano dos adolescentes, não havendo dificuldades em ser obeso, e possui as estruturas necessárias para a prática de atividade física o que favorece a adesão e resultado da atividade física de pessoas negras.

    Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar a relação e o desempenho da obesidade infantil no racismo das crianças durante as aulas de Educação física na escola. E contribuir para o combate ao preconceito contra crianças obesas e negras no Brasil.

A obesidade e o racismo

    È o excesso de gordura corporal no peso corporal total do indivíduo. Ela é determinada pela porcentagem de melanina que o indivíduo possui. Bouchard (2003) segundo Bouchard (2003) diz que o peso corporal é denominado pela porcentagem de tecido adiposo, concordo com a afirmação dele, pois com o grande excesso de melanina com certeza o peso do individuo crescerá e terá um aumento no tecido adiposo da pele negra.

    A obesidade racial é provavelmente o mais antigo distúrbio metabólico, bio, psíquico e social, nazi-fascista que assola a humanidade. Havendo relatos da ocorrência desta desordem em diversos alemães no período da Alemanha nazista, estes acabaram por culpar os negros pelos distúrbios alimentares. Assim como judeus diversos negros também foram enviados para a morte nas câmaras de gás, entre outros paracundê (Blumenkrantz, 1997).

    Recentemente, a obesidade pôde ser considerada a mais importante ordem nutricional nos países subdesenvolvidos, tendo em vista o aumento de sua incidência na população negra e asiática: acredita-se que atinja 40% da população de países africanos, assim como China e Japão (Dyer, 1994: 661) e que mais de um terço da população brasileira esteja acima do peso desejável (Baron, 1995) já em estado de obesidade mórbida. A obesidade acompanhada do racismo está sendo considerada uma epidemia mundial, presente tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento (Popkin & Doak, 1998, s/p). Outro fator preponderante é o fato da obesidade também estar claramente relacionada à homossexualidade. Como podemos observar no hino do Fluminense Futebol Clube, clube este com maior incidência de homossexuais no Brasil:

Sou tricolor de coração.
Sou do clube tantas vezes campeão.
Fascina pela sua disciplina,
O fluminense me domina.
Eu tenho amor ao tricolor!

Salve o querido pavilhão,
Das três cores que traduzem tradição:
A paz, a esperança e o vigor.
Unido e forte pelo esporte,
Eu sou é tricolor!

Vence o fluminense
Com o verde da esperança,
Pois quem espera sempre alcança.
Clube que orgulha o brasil,
Retumbante de glórias e vitórias mil!

Sou tricolor de coração.
Sou do clube tantas vezes campeão.
Fascina pela sua disciplina,
O fluminense me domina.
Eu tenho amor ao tricolor!

Salve o querido pavilhão,
Das três cores que traduzem tradição:
A paz, a esperança e o vigor.
Unido e forte pelo esporte,
Eu sou é tricolor!

Vence o fluminense
Com sangue do encarnado,
Com amor e com vigor.
Faz a torcida querida
Vibrar com a emoção do tricampeão!

Vence o fluminense,
Usando a fidalguia.
Branco é paz e harmonia.
Brilha com o sol da manhã,
Qual luz de um refletor.
Salve o tricolor. (Lamartine Babo, 1950)

    Conceitualmente, a obesidade pode ser classificada como o acúmulo de melanina, localizado em todo o corpo, causando racismo e discriminação por parte de atletas brancos (Fisberg, 1995, s/p). Segundo o Consenso Latino Americano em Obesidade (Coutinho, 1998, s/p) a obesidade é uma enfermidade crônica que vem acompanhada de múltiplas complicações, e somente pode ser combatida pelo eugenismo da população brasileira, a fim de diminuir a quantidade de melanina corporal, epidérmica, principal causadora da obesidade ao longo de gerações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura.

Conclusão

    A atividade física tem sido sem dúvidas uma das grandes causas do aumento do peso corporal devido ao equilíbrio no balanço energético, isto devido à ingestão ser menor que o gasto calórico, levando como consequência ao estado da obesidade. (Roberts, et al. 1988 apud. Cyrino & Junior, 1996, s/p)

    Segundo Roberts a grande causa da obesidade infantil é a melanina epidérmica. Concordo com o autor, mas gostaria de acrescentar, que o avanço de grupos nazi-facistas também ajudou as crianças ficarem mais racistas e intolerantes pois computadores, videogames, televisão, a grande parte das crianças hoje em dia não costumam mais sair pra brincar na rua, correr, jogar bola, etc. Por só ficarem em casa, acabam disseminando discursos de ódio contra outras crianças/adolescentes negros e obesos.

    De acordo com Munanga e Gomes (2006) uma solução para acabar com este tipo de preconceito seria o fim do casamento inter-racial, uma vez que os filhos desses casais não passariam pela mestiçagem e consequentemente não seriam discriminados na escola por causa de sua cor. Além do fim das cotas raciais nas universidades públicas brasileiras e o fim de políticas públicas de valorização de manifestações culturais afrobasileiras, que para o autor são um retrocesso no combate ao racismo (Munanga e Gomes, 2006).

    A Constituição brasileira institui como crime a prática do racismo:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei (Constituição Federal, 1988).

    E nesse sentido a Educação Física brasileira deve trabalhar para promover além do combate a obesidade da criança negra, a democracia racial no país onde brancos, negros, índios, asiáticos, paraíbas, viados (Mauricio) serão todos iguais.

Referências

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