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Enfoque histórico: a evolução do jogo de futebol de campo

Aproximación histórica: la evolución del juego en el fútbol de campo

Historical approach: the evolution of the game of field soccer

 

*Professor da Faculdade Presbiteriana Gammon – FAGAMMON

Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS

Universidade Vale do Rio Verde – UNINCOR

Universidade do Vale do Sapucaí – UNIVÁS, Minas Gerais

**Professor da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, Minas Gerais

***Professor do Centro Universitário de Formiga – UNIFORMG, Minas Gerais

****Graduado em Educação Física pela Universidade

Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, Minas Gerais

Giuliano Roberto da Silva*

Carlos Alberto Chaves**

Alexandre Maia Reis**

Cléber Alberto Eliazar***

Arley Evangelista Lamounier****

giumusc@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente trabalho buscou identificar, a partir de uma revisão literária uma visão coerente e realista sobre a evolução do campo de futebol, dos sistemas táticos de jogo e sua organização. No final do século XIX havia uma bola e todo mundo correndo atrás da mesma. Mas, à medida que o jogo se desenvolveu, os sistemas e disposições táticas procuraram obter um melhor aproveitamento dos seus jogadores, através do seu posicionamento em campo, nas suas funções e suas técnicas. O futebol tornou-se um jogo de dribles e passes, ao invés de somente dribles e correria. Percebe-se que as grandes mudanças táticas ocorreram algumas vezes depois das grandes competições ou jogos internacionais, uma vez que a fórmula vencedora que as equipes adotaram eram filosofia chamada de “futebol força” onde prevalecia o “jogue e não deixe jogar”. Tal perspectiva faz com que na atualidade as equipes mudem de tática e a maneira de jogar de acordo com cada jogo individualmente e a cada competição, prevalecendo muito o trabalho, a competência e a importância dos técnicos.

          Unitermos: Evolução. Tática. Futebol de campo.

 

Resumen

          Este estudio tuvo como objetivo identificar, a partir de una revisión de la literatura, una visión coherente y realista sobre la evolución del fútbol de campo, los sistemas de juego táctico y su organización. A finales del siglo XIX había una pelota y todo el mundo corriendo detrás. Pero a medida que el juego se desarrolló, sistemas y organizaciones tácticas buscaron aprovechar mejor a los jugadores a través de su posicionamiento en el campo, en sus funciones y técnicas. El fútbol se convirtió en un juego de regates y pases, en lugar de regates y carreras. Se percibe que los grandes cambios de tácticas a veces se han producido después de grandes competencias o juegos internacionales toda vez que la fórmula ganadora que los equipos adoptaron es la filosofía llamada "fútbol físico" en el que el prevalecía "jugar y no dejar jugar". Esta perspectiva hace que hoy en día los equipos cambian sus tácticas y la manera de jugar de acuerdo a cada juego particular y a cada competición, por lo que predomina sobre todo el trabajo, la competencia y la importancia de los técnicos.

          Palabras clave: Evolución. Táctica. Fútbol de campo.

 

Abstract

          The present study sought to identify, from a literature review a coherent and realistic insight into the evolution of the soccer field, the tactical game system and your organization. In the late nineteenth century had a ball and everyone chasing the same. But as the game evolved, systems and tactics provisions sought a better use of their players, through their positioning in the field, its functions and its techniques. Football has become a game of dribbling and passing, instead of just dribbling and run. It is noticed that the major tactical changes occurred sometimes after major competitions and international matches since winning formula that teams were adopted philosophy called "football power" which prevailed "and not throw them play" This perspective makes today the teams change their tactics and the way to play according to each individual game and every competition, whichever is very hard work, competence and the importance of coaches.

          Keywords: Evolution. Tactical. Soccer.

 

Recepção: 14/12/2014 - Aceitação: 22/03/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 203, Abril de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Hoje em dia, o futebol é o esporte mais popular do mundo, são bilhões de torcedores em todo o mundo que torcem e se sente interessado pelos sistemas táticos de seus clubes e por suas seleções, imagino quem nunca fez algum comentário sobre alguma mudança que técnico fez (Giulianotti, 2002).

    Com a evolução dos sistemas de jogo é possível afirmar, que esta foi marcada por três fases distintas: tradicional, moderna e pós-moderna (Giulianotti, 2002).

    A fase tradicional pode ser descrita como a época em que havia apenas jogadores que corriam dentro do campo, sem um posicionamento. Nesta época não existia o goleiro e também muito menos a preocupação com o setor defensivo.

    A fase moderna teve o surgimento em 1925, quando a FIFA (Fédération Internationale de Football Association) instituiu uma mudança na regra do impedimento: os jogadores estariam impedidos se menos de dois adversários estivessem entre eles e o gol. Através desta mudança foi permitido um novo sistema para a organização das equipes como o WM, o ferrolho ou raio Suíço, 4-3-3 (Medeiros, 2008).

    O período pós-moderno tem o surgimento no final da década de 1980, obtendo um tratamento científico, utilizando-se previsões científicas no treinamento e gerenciamento dos times. Nesta época a atenção voltou-se para a formação defensiva das equipes. Os sistemas que surgiram nesta época foram o 3-5-2 e adaptações do sistema 4-4-2 (Medeiros, 2008).

    Assim, é possível observar que o futebol passou por uma expressiva evolução em todos os componentes do treinamento esportivo, seja no campo físico, técnico, tático, psicológico, clínico e administrativo, o que permitiu adquirir um tratamento científico, exigindo conseqüentemente, a atuação de profissionais cada vez mais qualificados para atuarem em todas estas áreas, visando o alcance de resultados eficazes.

    Neste sentido, a tática torna-se cada dia mais relevante e fundamental para a obtenção de resultados positivos para o atleta e conseqüentemente, para a equipe. Assim, este componente é definido como o planejamento e a execução racional de dispor os jogadores em campo, para sair-se bem e tirar proveito em dada situação, alem de surpreender o adversário e dominá-lo como conseqüência.

    O objetivo deste trabalho foi descrever e analisar a evolução do campo de futebol, demonstrar uma análise da evolução dos sistemas de jogo, como também verificar as características técnicas do jogador nas diferentes épocas do futebol.

Revisão literária

Evolução do Campo de Jogo

    Segundo Melo (1999), quando se iniciou o futebol os campos não tinham linhas demarcatórias em traves. Existiam apenas quatro bandeirinhas que marcavam as limitações do campo e ao invés das traves, havia dois postes de vinte e oito centímetros e sete metros de largura (1863) (Figura 1). A (Figura 2), demonstra à pequena área que era a junção de dois meios círculos com a finalidade de proteger a integridade do goleiro, criada em 1891.

    De acordo com Melo (1999), em 1891 foi criada a marcação do pênalti, que tinha como intuito proteger a integridade física do goleiro, principalmente próximo das metas onde sempre ocorriam faltas violentas, a Internacional Board determinou a inclusão de uma linha paralela ao gol, a doze jardas de distancia (Figura 3). Em 1902, foram adotadas as medidas atuais da grande e pequena área, e a distancia do pênalti, que deveria ser cobrado á uma linha reta ao gol a doze jardas (1902 até 1936) como podemos ver na (Figura 4).

    Em 1936, foi criada a meia lua á frente da grande área (Figura 5), que tem como objetivo manter os jogadores das duas equipes afastados nove metros e quinze centímetros da bola, na hora da cobrança do pênalti (Melo, 1999).

Definição de Tática e Sistemas de Jogo

    Assim para vários autores as táticas são, por sua vez, uma escolha estratégica com diversos jogadores estabelecendo varias funções. Ao se abordar o tema deste estudo, torna-se necessário definir dois temas considerados fundamentais: tática e sistemas de jogo.

    De acordo com Dias (1980), citado por Paoli (2000: p.10) a tática é a arte de planejar a atuação de uma equipe, empregando as melhores maneiras para sair-se bem na disputa.

    Para Bosari (1989), o sistema de jogo é definido como uma forma de distribuição dos jogadores no terreno de jogo, de forma que possa ocupar de maneira racional todos os setores do campo.

A Evolução dos Sistemas de Jogo

    O primeiro relato, com relação à disposição de jogadores, encontrado sobre a história do futebol vem da Itália. Datado do dia 17 de fevereiro de 1529, o relato conta que em Florença, exatamente na Piazza Santa Croce, dois grupos de 27 jogadores para cada lado resolvem tirar suas diferenças políticas em uma partida de “cálcio”. À vontade de vencer obrigou as equipes a se armaram taticamente, os dois grupos colocaram 15 jogadores no ataque, 5 no meio de campo e 7 na defesa, sendo 3 mais recuados. Não existia uma Organização ou Tática, os jogadores eram todos defensores ou todos atacantes (Frisselli & Mantovani, 1999) esquema demonstrado na (Figura 6).

Figura 6. Representação esquemática do primeiro sistema de jogo

    Em 1660, o número de jogadores caiu para 17, estes distribuídos em quatro diferentes linhas: 3-4-5-5. O formato dos dias de hoje, foi iniciado em 1860, na Inglaterra, onde foi fixado o número de 11 jogadores. De acordo com Melo (1999), nesta época o futebol não tinha as suas próprias regras e confundia-se muito com o “rugby”. No dia 29 de outubro de 1863, o futebol foi oficialmente regulamentado, e o sistema empregado era o 1x1x1x8 (Figura 7).

    Costa (1999), acrescenta que no início, quando o futebol era jogado sem goleiro utilizava-se o esquema 1-1-2-7 formado por um jogador que ficava na frente da área - seria o goleiro, um zagueiro, dois jogadores de meio-campo e sete atacantes nesta época começava a preocupação de aumentar o número de jogadores no meio-de-campo (Figura 8).

    Segundo Oliveira (2006), em 30 de setembro de 1872 os escoceses tinham uma partida contra a seleção da Inglaterra, nesta ocasião, para preencher mais os espaços vazios, foram recuados mais dois homens do ataques, o desenho no campo formava um quadrado na frente do goleiro. Este sistema ajudou os escoceses a não tomar gol dos temíveis ingleses, e pela primeira vez na história a partida terminou em 0x0. Este era o sistema chamado de 1x2x2x6 (Figura 9).

    Foi a partir deste sistema (1x2x2x6), que os técnicos passaram a buscar um maior equilíbrio entre a defesa e o ataque, surgindo o sistema Clássico ou Piramidal, formado por 1 goleiro, 2 zagueiros, 3 médios e 5 atacantes, o 1x2x3x5. Quando a equipe atacava os jogadores da frente atacavam em linha, e esta era uma facilidade para os atletas da defesa, já que nesta época a lei do impedimento exigia pelo menos três defensores mais próximos da linha de fundo para dar condição de jogo a um atacante (Melo, 1999; Oliveira, 2006).

    Segundo Frisselli e Mantovani (1999), foi a partir deste sistema que em 1883 que os grandes técnicos passaram a se preocupar com a defesa e com o ataque, tentando manter assim um equilíbrio entre ambos, surgindo um sistema clássico da época chamado “Piramidal”, formado por 2 zagueiros, 3 médios e 5 atacantes, 2-3-5 (Figura 10).

    Segundo Parreira (2005), na Formação Clássica a movimentação em campo faz com que o atacante central (9) jogue recuando e armando para os meias e pontas já o médio central (5) era o homem da equipe, atuando em todo o campo (Figura 11).

    Segundo Parreira (2005), com a mudança da lei do impedimento para dois defensores, o que dava maior liberdade para o ataque ouve algumas modificações no posicionamento dos atletas, com a famosa “Lei do Impedimento” (1925), os zagueiros passaram a jogar lado a lado, procurando, manter as vantagens da tática do impedimento (Figura 12). A “Lei do Impedimento” em (1925), teve inferioridade dos dois zagueiros para três atacantes e superioridade do centro - centromédio ficava entre os dois meias adversários. Os zagueiros abandonaram a velha posição de um à frente e outro atrás, para jogarem lado a lado, procurando, ainda, manter as vantagens da tática do impedimento, à medida que os pontas foram avançando, passando a jogar quase na mesma linha dos zagueiros, os médios e ala foram recuando (Figura 13).

    Todavia Leitão (2004), diz que o Sir Hebert Chapman, treinador inglês, foi responsável pela grande evolução do sistema tático recuando o centro-médio do 2-3-5 para a zaga passando a contar com 3 zagueiros forçando-se assim os mesmos a se posicionarem mais abertos marcando os pontas que com a volta do médio haveria mais espaço no meio campo obrigando o recuo de 2 dos 5 atacantes para fazerem a ligação entre o meio e o ataque tornando-se assim o 3-4-3 ou o famoso WM, chamado assim porque visto de cima os jogadores posicionados formavam as letras WM (Figura 14). Esse novo sistema surgiu em decorrência da mudança da lei do impedimento pela International Board, que passou a dar condição de jogo ao atacante que tivesse agora no mínimo dois defensores e não mais três como eram anteriormente.

    Para Parreira (2005), neste mesmo sistema WM existia o famoso “Quadrado Mágico”: que com o recuo do centro médio e o deslocamento dos meias para o meio do campo, havia um perfeito encaixe entre o W ofensivo e o M defensivo (Figura 15).

    Para Dias (1980), o sistema WM sofreu modificações, lançando o Sistema Diagonal, praticado pelos brasileiros até 1958, onde os três zagueiros jogavam mais soltos. Este movimento pendular impulsionou o sistema 4-2-4, onde os meias e os médios oscilavam na defensiva e na ofensiva (Figura 16).

    No mundial de 1954, a Hungria do treinador Bella Gutlman que trabalhou no futebol brasileiro apresentou um sistema com 4 defensores, 2 futebolistas no meio campo e 4 atacantes adotando assim o sistema 4-2-4 (Reilly & Gilbourne, 2003).

    O sistema 1-4-2-4 são formados, por um goleiro, dois zagueiros centrais e dois laterais, dois meio-campistas, sendo que um ataca e o outro defende, e mais quatro atacantes, onde dois são pontas e os outros dois são centroavantes (Florencio, 1998) (Figura 17)

    Nos anos 60 surgiu o sistema 4-3-3. De acordo com Giulianotti (2002), este sistema de jogo era a "maravilha sem alas" que foi inventado por Alf Ramsey, quando este treinou a seleção da Inglaterra durante a Copa do Mundo de 1966. Eram formados por quatro homens de defesa - dois zagueiros e dois laterais, três no meio-de-campo - um volante e dois meias e três no ataque - ponta direita, ponta esquerda e centroavante.

    O sistema 4-3-3 foi um dos mais utilizados por equipes brasileiras entre os anos 70 e 80. É utilizada uma linha de quatro zagueiros (dois centrais e dois laterais, os laterais tem como função básica defender e atacar pelos flancos), uma linha de três meio-campistas e uma linha de três atacantes (ver figura 13).

    Neste sistema os jogadores são distribuídos em campo com um goleiro, quatro zagueiros, sendo dois laterais e dois centrais, três no meio de campo, sendo um com a função de dar cobertura para a defesa e dois com a função de armação e conclusão das jogadas na (Figura 18) (Barros, 2004; Santos Neto, 2002).

    As principais vantagens de utilizar este sistema de acordo com Paoli (2000), são: utilizando como variação tática, pode-se confundir a marcação; favorece o bloqueio defensivo e do meio-campo; os atacantes devem ser velozes e que o sistema facilita as ultrapassagens pelas faixas laterais e centrais do campo; possibilita um bloqueio no setor de meio-campo, devido ao elevado número de jogadores posicionados nesse setor.

    O auge da eficiência do1-4-4-2, da maneira que é utilizado no Brasil, ocorreu durante a conquista da Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994 (Figura 19).

    O sistema 1-3-5-2 surgiu de acordo com Paoli (2000), com a equipe da Dinamarca na Eurocopa de 1984. As principais características deste sistema são: a versatilidade para articular as jogadas; maior estabilidade defensiva, em decorrência da presença dos três zagueiros; dificulta as ações e articulações das jogadas da equipe adversária, devido ao excessivo número de jogadores no meio-campo; permite com segurança, que a equipe ataque com sete jogadores, apoio simultâneo dos alas.

    De acordo com Frisselli (1999), esse sistema consiste em 3 zagueiros sendo que um deles com a função de sobra ou líbero, 5 jogadores no meio campo sendo que 2 deles teriam a função de ala atuando pelas marginais do campo e 2 jogadores atacantes que são responsáveis pela marcação no gol (Figura 20).

Os Principais Esquemas Táticos do Século XX

Esquema com sobra

    Medeiros (1999), cita que dependendo do lado onde o adversário ataque, um dos centrais fica na sobra, neste caso, um dos zagueiros centrais joga mais recuado, pegando o último adversário que entrar área adentro. O ataque vem pela esquerda da defesa, e o ala esquerdo cai para o miolo da zaga para dar o primeiro combate, sobrando o zagueiro de área esquerdo. Se a defesa jogar com zagueiro de sobra, este será um dos centrais (o central esquerdo, neste exemplo) e a posição da sobra será preenchida pelo volante, que recuará para perto da zaga (Figura 21).

Sistema (4 – 4 – 2) 

    Segundo Parreira (2005), é atualmente, um dos esquemas mais utilizados pela maioria dos clubes. Constam de 4 zagueiros (os laterais se transformam em “alas”, constantemente subindo para o ataque), 4 no meio de campo, com 2 mais recuados (os “volantes”) e 2 armadores na criação (os “meias”). Todos os 4 meio-campistas devem saber defender e apoiar, quando necessário. Na frente, 2 atacantes esperando pelos lançamentos e pela chegada dos meios e, quase sempre, dos alas. É um esquema que depende muito de contra-ataques rápidos (Figura 22).

Sistema (4 – 3 – 1 – 2) 

    Neste sistema, Medeiros (1999), denota que um dos meias armadores (aqui, o meia esquerda) recua para perto dos 2 volantes, enquanto o outro meia (o “1” do sistema) joga mais avançado pelo centro, como um “meia de ligação” entre o meio de campo e o ataque (Figura 23).

Sistema (3 – 4 – 1 –2)

    Parreira (2005), cita que este é um sistema parecido com o 4-3-1-2. Neste caso, joga-se com 3 zagueiros de área, 5 no meio de campo, ou seja, os 2 alas liberados para apoiar, mais 2 volantes-armadores e 1 jogador pelo centro na ligação meio de campo-ataque e, na frente, 2 atacantes. É um esquema muito ofensivo (Figura 24).

Sistema (3 – 5 – 2) 

    Para Medeiros (1999), é um sistema tático moderno, onde joga 3 zagueiros marcando, em geral, 2 atacantes adversários, sendo que o zagueiro central é um zagueiro de sobra ou um líbero, atuando um pouco mais recuado. Os laterais transformam-se em alas, apoiando pelas extremas. No meio de campo, 5 jogadores: os 2 alas, 1 volante à frente dos 3 zagueiros e 2 armadores. No ataque, 2 jogadores enfiados (Figura 25).  

Conclusão

    Após várias leituras e pesquisas em livros, além de sites relacionados, percebe-se uma evolução drástica tanto no local de jogo como na maneira de jogar, isso denota toda a evolução e estudos aplicados com tentativas de acertos e erros com esse esporte ao longo de sua gloriosa história evolucional. Em relação à distribuição dos jogadores no campo, seja qual for o esquema tático, todos eles funcionam como um ponto de referência para o time. É claro que, com o decorrer do jogo, qualquer equipe modifica sua disposição em campo de acordo com o adversário, com as nuances da partida ou com a necessidade circunstancial de se jogar mais ofensiva ou defensivamente.

    A história deste esporte nos faz refletir sobre as mudanças táticas ao longo dos anos, e, de uma maneira geral, toda ação ofensiva provocou uma resposta defensiva na tentativa de neutralizá-las. Para cada alteração surgiu uma reação buscando sempre contrapor ou sobrepor a mudança anterior, gerando a evolução do esporte.

    Com a evolução do sistema de jogo, várias equipes adotaram esquemas diferentes para confundir o adversário e se adaptar a sua própria equipe, já que o jogo se tornou mais tático e tenso, mas ao mesmo tempo não perdendo sua beleza e emoção.

    Mesmo com toda essa evolução as equipes mantiveram seu brilho evoluindo seu método de jogar, permitindo a montagem de uma equipe fortemente competitiva, com várias mudanças entre um sistema para outro sem perder sua performance. A habilidade do técnico e sua comissão, a obediência tática e aprimoramento técnico dos jogadores permitem a invariabilidade dos esquemas, sejam eles fortemente defensivos e outros absolutamente ofensivos. Mesmo entre várias mudanças de posicionamento de jogadores durante uma partida, a plasticidade do jogo revoluciona o futebol na atualidade transformando cada vez mais o futebol espetáculo como uma arte em constante evolução.

Bibliografia

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