A influência do destreinamento na velocidade crítica em nadadores La influencia del desentrenamiento en la velocidad crítica en nadadores |
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*Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas **Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM (Brasil) |
Gabriel Tadeu de Barros Caldeira* Mario Antônio de Moura Simim** Tulio Gustavo do Prado** Orival Andries Júnior* Alessandro Custódio Marques* ** |
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Resumo O objetivo do presente estudo foi verificar as modificações que um período de 35 dias de destreinamento provoca na velocidade crítica (VC) em nadadores. Participaram do estudo dez nadadores do sexo masculino, que possuíam índice para participação em campeonatos paulista. Foram realizados estímulos nas distâncias de 100m, 200m e 400m em velocidade máxima, antes do período de interrupção e depois deste período. A VC foi determinada através do coeficiente angular da reta de regressão linear (b) entre as distâncias percorridas e seus respectivos tempos. Mediante análise dos dados podemos observar que os valores médios da VC (m/s) apresentaram os seguintes valores para a VCpré de 1,178 ± 0,082 e VCpós foi de 1,129 ± 0,082 demonstrando diferença significante entre as médias. Com isso, podemos concluir que ocorreu aumento na VCpós em relação a VCpré ocasionado pelo destreinamento, portanto, sendo possível a utilização deste protocolo indireto para a verificação da sensibilidade do treinamento e, uma possível observação de aumento da capacidade aeróbia para mesma distância e intensidade durante o período de interrupção no treinamento. Onde, demonstra-se que o período de trinta e cinco dias é suficiente para gerar diminuição no rendimento total em nadadores. Unitermos: Natação. Velocidade crítica. Destreinamento.
Recepção: 01/12/2014 - Aceitação: 27/01/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A evolução do esporte de alto rendimento tem crescido surpreendentemente com passar dos anos e à busca de novas ferramentas que possam auxiliar no processo de qualificação e quantificação do treinamento, que perpassam desde os recursos lícitos e ilícitos, como o doping, tornam-se de extrema importância para as pesquisas que atendam à estas expectativas. Dentro das especificidades de cada modalidade esportiva, a natação tem contribuído para a evolução e especificidade de suas avaliações, principalmente com os protocolos que representem as características e capacidades físicas deste esporte. Segundo Platonov (2005), a natação é um dos esportes mais populares do mundo e por isso deve-se ter atenção especial, já que também é o segundo esporte em número de disputa de medalhas nos jogos olímpicos. Neste contexto, para que os métodos de treinamento utilizados sejam válidos, são necessárias avaliações de rendimento dos atletas em um período longo de planejamento.
Os resultados obtidos em competições são os principais indicadores do desempenho final e avaliação da eficiência do treinamento aplicado durante um macrociclo, mas por si só, não apresenta dados para formulação das metas e planificações futuras. Como a maioria das equipes não possui artifícios para mensuração de variáveis como força ou coleta de lactato sanguíneo, é crescente o número de pesquisas para realizar avaliações que tenham baixo custo e fácil aplicabilidade, proporcionando a atletas e treinadores uma ferramenta de suporte no treinamento físico. O principal exemplo na natação é o teste de 30 minutos (T-30), proposto por Olbrecht et al. (1985), consagrado no cenário da natação mundial, que correlaciona a velocidade de limiar anaeróbio de forma não-invasiva.
Um dos protocolos não-invasivo mais discutidos e realizados na natação encontrado na literatura de acordo com Machado et al (2009), é um protocolo que foi validado na década de 1990, quando foi dado inicio ao termo “Velocidade Crítica (VC)”, fazendo alusão a um termo que surgiu na década de 1960, com a denominação de “Potência Crítica” (PC), pelos franceses Monod e Scherrer (1965), posteriormente extrapolado também ao ciclismo (Moritani, 1981).
O conceitual de VC é a máxima velocidade que um indivíduo pode manter por um tempo indeterminado (MACHADO 2009; MARQUES, 2009; GRECO et al. 2003; WAKAYOSHI et al. 1992a,b; DEKERLE et al. 2002; MORITANI, 1981; MONOD e SCHERRER 1965). Onde este, apresenta uma alta correlação com a concentração do lactato sangüíneo ([La]) a quatro milimol. Neste ínterim, sabe-se que a capacidade aeróbica, portanto, limiar anaeróbico (LAn), é o ponto no qual o nível de lactato no sangue apresenta uma quebra de linearidade e inicia-se um acúmulo maior do que a produção em intensidades moderadas de exercício (BENEKE, 1995). O mesmo varia conforme o estado de treinamento individual, pois o organismo sofre várias adaptações cardiorrespiratórias como conseqüência de uma rotina regular de treinamento, assim, o desenvolvimento do máximo desempenho para atletas de alto nível depende das adaptações geradas pelo treinamento de muitos anos (EVANGELISTA e BRUM, 1999). Por outro lado, seu desempenho pode ser revertido com a interrupção das atividades (destreinamento). O destreinamento é o período em que o atleta ou praticante de atividades físicas cessa a prática regular de exercícios, tendo como causas lesões, cirurgia, férias, mudanças no treinamento ou até aposentadoria (BOMPA, 2002). Já que a VC é considerado como um protocolo de medida não-invasiva para a verificação da condição aeróbia dos atletas, o objeto do presente estudo é verificar o comportamento da VC em um período de trinta e cinco dias de destreinamento em nadadores universitários. Já que este é um protocolo de fácil aplicação e acessibilidade, com alto grau de confiabilidade para avaliação da forma física.
Materiais e métodos
Amostra
Foram selecionados para este estudo dez nadadores do sexo masculino, com idades entre 18 e 28 anos (22,6 ± 3,05 anos) que possuem índice para participação em campeonatos oficiais pela Federação Aquática Paulista (FAP) e experiência em treinamento sistematizado e competições mínima de cinco anos. Todos eram integrantes da equipe de natação universitária da Universidade Estadual de Campinas, treinando regularmente em sessões de uma hora diária, cinco vezes por semana. Antes da realização dos procedimentos experimentais, o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Processo no613 / 2009) para posterior aprovação e preenchimento de termo de consentimento livre e esclarecido por parte dos voluntários deste estudo.
Procedimentos experimentais
Aquecimento
Os nadadores realizaram obrigatoriamente um aquecimento prévio de dez minutos em intensidades submáximas (50 a 60% da intensidade máxima obtida em última competição), com período de cinco minutos de recuperação passiva. Posterior a esse intervalo, foi dado inicio ao testes para a determinação da velocidade crítica.
Velocidade Crítica (VC)
A VC foi determinada através do coeficiente angular da reta de regressão linear (b) entre as distâncias e os respectivos tempos (figura 1). As distâncias foram escolhidas com base nos estudos de Machado et al. (2009), fazendo referência ao estudo original de Wakayoshi et al. (1992b). Foram realizados esforços máximos nas distâncias de 100, 200 e 400 metros, com intervalo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas entre as atividades. Os voluntários foram orientados a completar a distância em velocidade máxima e no menor tempo possível. Cada sujeito realizou uma tentativa para cada distância, somente em caso de acidente ou imprevistos externos os testes foram realizados novamente. Todos os atletas realizaram os estímulos no nado crawl com saída na parte interna da piscina (dentro da água). Os tempos foram mensurados por um cronômetro da marca Timex®.
Figura 1. Inclinação da reta (b) da determinação
da velocidade crítica (PAPOTI et al. 2005)
Período de recesso
Os estímulos citados acima ocorreram antes do período de férias denominado como VCpré e imediatamente após o retorno denominado como VCpós.
Local dos testes
Todos os testes foram realizados em piscina semi-olímpica (25 metros), com temperatura variando entre 25 e 28 oC. O horário dos testes foi entre 17 e 19 horas.
Análise estatística
Para análise da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk e a comparação das médias foi feita através do teste “T” de Student para amostras pareadas entre as médias dos testes pré e pós com nível de p≤0,05. Foi também realizada a análise de variância entre os valores de VC encontrados entre os atletas. Todos foram tabulados e tratados com software SPSS 11.0® for Windows.
Resultados
Mediante teste de normalidade, dos quais, apresentaram distribuição normal dos dados e posterior análise podemos verificar uma variação similar entre os períodos pré e pós (figura 1) com pequena redução entre os valores médios da VC nestes mesmos períodos. Os dados são apresentados na tabela 1, que demonstram valores médios da VCpré de 1,178 ± 0,082m.s-1 e VCpós de 1,129 ± 0,082m.s-1 (p≤0,05). Devido ao período de recesso de atividades sistematizadas esportivas, observamos redução nos tempos totais em todas as distâncias o que pode ser explicado em razão da perca de algumas valências físicas ocasionado pelo destreinamento. Em valores percentuais, o declínio da VCpós em relação a VCpré é de 4,16% e o aumento no tempo entre os estímulos nas distâncias de 100, 200 e 400 metros foram de 3,09%, 3,72% e 4,52% respectivamente. O que em modalidades esportivas como na natação que dependem do tempo final pode fazer uma grande diferença. Este afetando diretamente na resposta final da inclinação da reta que determina a VC. Os tempos obtidos nos dois momentos distintos desta pesquisa e seus valores médios estão apresentados também na referida tabela supracitada.
Figura 2. Valores médios da VCpré e VCpós descrito em metros por segundo (m.s-1) entre os períodos antes do recesso e posterior ao mesmo período
Tabela 1. Valores médios, desvio padrão, máximo e mínimo da VCpré e VCpós em metros por segundo (m.s-1) e dos estímulos de 100, 200 e 400 metros em segundos (s)
Discussão
O objetivo principal do presente estudo foi verificar se um período de destreinamento de 35 dias ocasionaria mudanças no comportamento da VC em nadadores a fim de demonstrar que a VC pode ser utilizada como forma de avaliação do desempenho físico em atletas universitários. Os resultados demonstraram que houve queda significante nos valores de VC para todos os voluntários após o destreinamento. Podendo ter ocorrido também redução da capacidade aeróbia, á que este protocolo tem uma forte relação com a resposta do LAn (Wakayoshi et. al 1992a,b). Os voluntários passaram pelo mesmo processo de treinamento, ou seja, realizaram as mesmas sessões de treinamento durante o mesmo período de tempo e também pelo mesmo período de destreinamento, apenas diferenciado pelas especificidades de cada atleta. Entretanto, ao avaliar os resultados nota-se que os indivíduos respondem de maneiras diferentes aos estímulos, apesar de todos apresentarem quedas de rendimento. Isto pode ser observado na tabela 1, onde os voluntários 7 e 9 apresentam quedas de rendimento total muito maiores em relação aos demais, estes, com decréscimos similares. O resultado do atleta 9 pode ser explicado pelo fato do mesmo ter obtido um valor bem mais alto de VCpré do que os outros atletas e mesmo com essa queda maior, ele ainda obteve o valor de VCpós mais alto do que todo o grupo. Estes fatores podem estar relacionados pelo fato deste atleta ser meio-fundista, ou seja, nadador de provas mais longas como os 400m. Demonstrando extrema necessidade deste protocolo e especificamente as devidas observações com relação ao princípio da individualidade e especificidade de prova, já que o padrão de movimento muda de um nado para o outro e assim as respostas metabólicas e biomecânicas para a utilização destes resultados durante a planificação do treinamento (MARQUES 2009). Ainda na referida tabela e mesmos atletas, nota-se que os dois obtiveram tempos similares nos momentos VCpré para as distâncias de 100m e nos 200m (59,5s e 133,9s para o atleta 7 e 60,3s e 134,0s para o atleta 9 respectivamente). Entretanto, na distância de 400m o atleta 7 obteve tempo maior (303,7s) que o atleta 9 (289,5s), o que demonstrou grande diferença na VCpré entre estes (1,21m.s-1 e 1,31m.s-1 respectivamente). Isto evidencia a forte influência dos 400m nesse tipo de protocolo (MACHADO et al. 2009).
Ao analisar a definição de VC (MACHADO et al. 2009; MARQUES 2009; GRECO et al., 2003; WAKAYOSHI et al. 1992a,b), pode-se compreender que a diferença de VCpré (1,178m.s-1) para VCpós (1,129m.s-1) não é muito significativa pois são valores similares pensando em velocidade. No entanto, esta diferença torna-se expressiva quando as velocidades são mantidas por um longo período de tempo, ou seja, caso o atleta mantenha-se nadando durante uma destas velocidades.
Assim, nota-se que a diferença entre os testes, tanto para pré quanto para pós, para todos os atletas, foi de aproximadamente 6s nos 100m e 6s nos 200m. Já nos 400m, a diferença entre os tempos dos testes foi de aproximadamente 16s.
De acordo com Greco et al. (2003), isso ocorre graças á inércia aeróbia, pois ao iniciar o exercício o consumo de oxigênio aumenta de maneira monoexponencial até atingir a fase estável depois de dois a três minutos, ou seja, há um amplo e rápido aumento no consumo do oxigênio e após essa fase, há uma diminuição do crescimento até o momento em que ocorre uma estabilização. Em um estudo realizado com nadadores jovens foram encontradas correlações entre a VC e o LAn apenas nos testes que incluíram a distância de 400m (MACHADO et al. 2009). O trabalho acima citado com adolescentes pode ser utilizado como comparativo, mas com a ressalva de que as idades dos indivíduos testados em cada trabalho pode ser um fator interveniente, bem como a diferença de protocolos utilizados para a determinação da VC. Outro estudo demonstrou que a VC apontada com distâncias de 200m e 400m é semelhante a velocidade do teste de 30 minutos (DEKERLE 2002). Isto comprova que a VC serve como parâmetro de avaliação da capacidade aeróbia.
Os dados do trabalho não consentem mais informações em relação a outro tipo de análise, visto que a literatura carece de estudos e informações pertinentes a relação entre VC e destreinamento, especificamente também a outros nados, mesmo que o objeto de pesquisa do presente estudo tenha sido esclarecido.
Considerações finais
Com base nos dados podemos concluir que houve declínio na resposta da VC ocasionada pelo destreinamento, portanto, a possibilidade de declínio na capacidade aeróbia durante o período de interrupção do treinamento sistematizado. Podendo considerar que VC é um parâmetro sensível ao treinamento em nadadores universitários e que o período de trinta e cinco dias é suficiente para gerar queda na VC, devendo respeitar a individualidade e especificidade dos atletas.
Agradecimentos
Os autores agradecem as contribuições e colaboração durante toda a pesquisa, assim como, aos atletas voluntários participantes desta.
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