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A importância da prática do treinamento resistido para gestantes

La importancia de la práctica del entrenamiento resistido en el embarazo

 

*Graduada em Educação Física (UEPA)

Profª de Musculação da Academia Assembléia Paraense

ESP. Em Fisiologia do Exercício (UNIFOR)

**Coordenador do curso de Pós-Graduação

em Fisiologia do Exercício da Centro Universitário do Pará (CESUPA)

Especialista em Fisiologia do Exercício e Treino Desportivo

Thais Priscila Lopes Souza*

thais_pls@yahoo.com.br

Rodolfo de Azevedo Raiol**

rodolforaiol@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A participação de gestantes no treinamento resistido vem crescendo, e por ser pertencente aos grupos especiais, torna-se de suma importância que seu treinamento seja bem orientado, respaldado em dados científicos e em acordo com os dados presentes na literatura. Esse estudo tem por objetivo, verificar os efeitos do treinamento resistido em mulheres grávidas, buscando compreender os mecanismos de promoção da saúde e do bem estar para a mesma, contribuindo para uma gestação mais segura, a nível músculo-esquelético, cardiovascular e de preservação da autonomia funcional dessa gestante. Para tal, foram analisados artigos publicados em periódicos nacionais, disponíveis na biblioteca virtual SCIELO e BIREME, bem como a utilização de livros impressos e artigos publicados em sites de revistas eletrônicas relacionados ao tema. Constatou-se que o treinamento resistido para gestantes é um meio de atividade física seguro e eficaz que influência positivamente as alterações corporais e fisiológicas vivenciadas pela mulher ao longo do período gestacional.

          Unitermos: Treinamento resistido. Grávidas. Saúde.

 

Recepção: 09/10/2014 - Aceitação: 12/01/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O treinamento resistido ao longo do tempo vem firmando seus princípios de saúde e qualidade de vida do individuo (ACSM, 2010).

    O que na década de 40, representava uma prática destinada ao atleta olímpico, ao fisiculturista e ao levantador de peso, na década de 60, tem inicio a construção de um novo alicerce, pautado não apenas na melhora da performance ou em ganhos estéticos e sim, em seus benefícios para manutenção de uma boa saúde. O treinamento resistido começou a ser estudado e utilizado como um meio eficaz no processo de reabilitação dos veteranos do pós segunda guerra mundial (FLECK e FIGUEIRA JR, 2003). Com a publicação da posição oficial do Colégio Americano de Medicina do Esporte, na década de 90, através do The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness and bealtby adults, novos públicos começaram a englobar a prática do treinamento resistido, como os idosos e os adolescentes, o que colaborou significativamente para divulgação e aceitação de seus benefícios, possibilitando o interesse de muitos estudiosos no tema (FLECK e FIGUEIRA, 2003; SIMÃO, 2003).

    O reconhecimento da relevância de seus benefícios, bem como a compreensão de uma prática de atividade física segura e eficaz, levou muitos profissionais da área da saúde e instituições de renome a apontar o treinamento resistido como meio de promoção e/ou manutenção da saúde e qualidade de vida, para crianças, adolescentes, adultos saudáveis, indivíduos em processos de reabilitação e grupos especiais (diabéticos, hipertensos, cardiopatas entre outros), inclusive grávidas (GUEDES E SOUZA, 2008; SBME, 2000; ASSUMPÇÃO et al., 2002).

    A participação de gestantes no treinamento resistido vem crescendo, e por ser pertencente aos grupos especiais, torna-se de suma importância que seu treinamento seja bem orientado, respaldado em dados científicos, e em acordo com os dados presentes na literatura, para que a mesma possa vivenciar a prática dessa atividade com total tranqüilidade e segurança, podendo desfrutar de todos os benefícios advindos direta e indiretamente do treinamento resistido (FISCHER, 2003. BROOKS, 2007; RIBEIRO, 2011).

    Entretanto ainda existe a situação de gestantes que iniciam o programa de atividade física e interrompem com o avanço do processo gestacional, conforme demonstra uma pesquisa feita BORODULIN et al (2012), com 1482 mulheres grávidas entre o 2º e o 3º trimestre, por meio de entrevistas telefônicas, onde a maioria das gestantes relatou ter realizado atividade física durante a gravidez, porém o nível de participação foi decaindo com o avanço da gestação, não atingindo os níveis de atividade física recomendados, comprometendo seus resultados benéficos.

    Nesse contexto, esse estudo tem por objetivo, a partir de uma revisão bibliográfica, verificar os efeitos benéficos do treinamento resistido em mulheres grávidas, buscando compreender os mecanismos de promoção da saúde e do bem estar para a mesma, contribuindo para uma gestação mais segura, a nível músculo-esquelético, cardiovascular e de preservação da autonomia funcional dessa gestante. Para tal, foram analisados artigos publicados em periódicos nacionais, disponíveis na biblioteca virtual SCIELO e BIREME, bem como a utilização de livros impressos e artigos publicados em sites de revistas eletrônicas relacionados ao tema, além de Posicionamentos e Recomendações oficiais de renomadas instituições como: American College of Sports Medicine (ACSM), American College of Obstetrics and Gynecology (ACOG), American Society for Obstetrics and Gynecology (ASOG) e Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME).

Alterações nos indicadores fisiológicos e morfológicos no decorrer de uma gestação

    É importante levar em consideração o que representa uma gravidez, compreender que não se trata apenas de uma continuidade genética, e sim de um conjunto de sentimentos, de expectativas e de grandes alterações hormonais, músculo-esquelético, composição corporal, cardiovascular e respiratório, que refletem diretamente no estado psicológico da gestante (MATSUDO e MATSUDO apud TEDESCO, 2000; PFRIMER e TEIXEIRA, 2008). Por isso analisar o contexto de transformações ao qual a grávida está vivenciando é de suma importância para o planejamento eficaz de sua atividade física. O qual deverá, sempre que possível, desde que não interfira nos ganhos benéficos, aliar uma prática eficiente a uma vivência prazerosa.

    Algumas alterações vão ocorrendo naturalmente ao longo da gestação, a primeira a se destacar é a mudança a nível hormonal. Dois hormônios passam a apresentar taxas bem elevadas, a progesterona e a relaxina. Tais hormônios promovem uma queda da capacidade de tensão ligamentar, resultando em uma frouxidão ligamentar e conseqüentemente em instabilidade articular, normalmente observada nas articulações que mais suportam o peso corporal, como a coluna, os joelhos, os tornozelos e os pés. Deixando a gestante mais vulnerável a possíveis lesões (PFRIMER e TEIXEIRA, 2008; ZATSIORSKY e KRAEMER, 2008; ALMEIDA e ALVES, 2009).

    As mudanças morfológicas mais significativas começam a partir do primeiro trimestre de gestação, onde ocorre progressivamente um alargamento da região pélvica, seguido de um afastamento das costelas, aumentando assim a circunferência torácica. E o mais perceptível de todos, aumento da protuberância abdominal. Essas alterações, somadas ao desenvolvimento do feto, o aumento no volume uterino e o aumento do peso das mamas, resultarão em aumento na massa corpórea total da gestante, promovendo uma sobrecarga articular, principalmente, nos discos intervertebrais e nos joelhos. Todas essas alterações morfológicas vivenciadas pela gestante desencadearão outras situações, tais como, o aumento da curvatura lordótica, e o deslocamento no seu centro de gravidade (freqüentemente ocasionando em lombalgias), resultando em alteração das capacidades físicas de equilíbrio e agilidade, obrigando-a a modificações posturais durante a gestação (PFRIMER e TEIXEIRA, 2008; BROOKS, 2007).

    Durante esse período a grávida também apresenta um aumento no volume sistólico e no débito cardíaco, sua freqüência cardíaca de repouso apresenta-se de 15-20% acima dos padrões anteriores á gestação, assim como há uma hiperventilação, chegando a aumentar de 20% a 50% o seu consumo de oxigênio. Já a pressão arterial diastólica apresenta-se menor, assim como a resistência vascular periférica, mantendo esse perfil, normalmente, até metade do período gestacional (MARTIN e AINHAGNE, 2009; PFRIMER e TEIXEIRA, 2008).

    Analisando todo o contexto de mudanças que uma grávida passa a viver ao longo de 36 a 40 semanas, tornar-se fundamental fornecer a ela bases para que possa desfrutar desse momento com o máximo de segurança e independência. É nesse contexto que o treinamento resistido configura-se como um meio de atividade física que pode proporcionar condições favoráveis a uma gestação saudável.

Benefícios do treinamento resistido no período gestacional

    Na década de 90, grande parte das publicações a cerca de atividade física para grávidas, tinham uma preocupação maior com os prováveis riscos que poderiam acarretar a prática da atividade física para mãe e o feto. Com o passar do tempo, novas posturas foram sendo percebidas nos estudos clínicos publicados, notou-se uma preocupação mais direcionada para os benefícios que a atividade física poderia resultar (DUMITH et al, 2012) e com o nível de segurança na escolha dessas práticas (MATSUDO e MATSUDO apud TEDESCO, 2000).

    Renomadas instituições científicas, como o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia (The American College of Obstetrics and Gynecology – ACOG, 2002), a Sociedade Americana de Obstetras e Ginecologistas (American Society for Obstetrics and Gynecology - ASOG), o Colégio Americano de Medicina do Esporte (American College of Sports Medicine – ACSM, 2000) e a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte - SBME (2000) conjugam da importância da prática da atividade física durante a gestação. Essas instituições recomendam que tanto grávidas saudáveis que já realizavam a prática da atividade física antes da gestação, quanto às sedentárias podem manter ou iniciar atividades físicas, desde que tenham a liberação médica e a supervisão de um profissional da área.

    O treinamento resistido por ser uma atividade física direcionada, com níveis de variáveis possíveis de um melhor controle, que parte de princípios fisiológicos respeitando a individualidade biológica, cronológica e funcional do individuo, assim como perpetua os princípios científicos do treinamento de prescrever e orientar dentro de uma analise de estrutura biológica, respeitando o tempo de adaptação, a especificidade do objetivo a ser alcançado, a utilização de sobrecargas progressivas e controle da relação volume e intensidade de treino (GENTIL, 2008; VALE e NOVAES, 2005; DANTAS, 2003; RAIOL e RAIOL, 2010), tornar-se uma opção segura e eficaz para a gestante saudáveis e gestantes sedentárias, desde que estas não estejam no quadro de contra-indicações absolutas (ACOG-2002 apud BATISTA 2003, ; LIMA e OLIVEIRA, 2005).

    O aumento e/ou manutenção da massa muscular e da força permite ao individuo a realização de atividades diárias com mais segurança e eficiência (MATSUDO e MATSUDO apud TEDESCO, 2000) e ainda por ser um estimulo neuro-muscular contribui para uma melhora das capacidades de equilíbrio e agilidade (SANTAREM, 2007), benefícios esses que poderiam contribuir para uma gestação mais segura e saudável, permitindo um corpo mais seguro para as modificações estruturais que a grávida sofrerá (FISCHER, 2003).

    A ação profilática da prática da atividade física tem sido relatada por diversos autores, sua ação de combate aos aspectos instalados, principalmente, pelo sedentarismo tem colocado a atividade física na lista de recursos eficazes para obtenção e/ou manutenção da saúde (GUEDES, 2008; GENTIL, 2010; SANTAREM 2007). Nas gestantes essa ação profilática está direcionada, principalmente ao combate as doenças hipocinéticas e as doenças induzidas pelo período gestacional como as lombalgias, a obesidade, as cardiopatias, a osteoporose, a sarcopenia, e principalmente diabetes melito gestacional e hipertensão (ROBERT; ROBERGS, 2002).

    A adesão a um programa de treinamento resistido possibilitará a essa gestante musculaturas mais fortalecidas, podendo amenizar as dores que normalmente aparecem ou se agravam durante esse período, principalmente as lombalgias (MATSUDO e MATSUDO apud TEDESCO, 2000), já que possibilita um fortalecimento, por exemplo, das musculaturas paravertebrais, quadrado lombar, abdômen, isquiostibiais e dorsal.

    As respostas quanto à manutenção ou melhora da composição corporal, apresentam-se também positivas no treinamento resistido, pois o mesmo permite controle do peso corporal, com um aumento do gasto calórico e aumento ou manutenção da massa magra, desencadeando também um processo de melhor utilização das moléculas de glicose plasmática, a partir de um aumento da sensibilidade dos receptores de insulina e aumento da expressão do GLUT-4, fundamental para controle do quadro de diabetes gestacional (ROBERT; ROBERGS, 2002; SBME, 2000; MATSUDO e MATSUDO, 2000).

    Sendo o treinamento resistido um estimulo anaeróbico, intermitente, as respostas do duplo-produto (freqüência cardíaca x pressão arterial) apresentam-se menores quando comparados ao estimulo aeróbico, por isso, apresentado um nível seguro de resposta cardiovascular durante o treinamento (FARINATTI e ASSIS, 2000).

    O treinamento resistido também contribui com uma melhor estabilização das articulações em geral, a partir do fortalecimento das musculaturas que passam ou se inserem nas proximidades articulares (RAIOL e RAIOL, 2010). Vale ressaltar que a grávida, apresenta nos últimos meses uma grande dificuldade de retorno venoso, perceptível com os inchaços nos pés (LIMA e OLIVEIRA, 2005), por isso o trabalho de fortalecimento de panturrilhas tornar-se bem interessante para auxiliar em uma melhor circulação sanguínea, conseqüentemente, em um melhor retorno venoso.

    Um grande ponto a ser destacado do treinamento resistido é que todos esses benefícios de fortalecimento músculo-esquelético e articular podem ser alcançados sem grandes impactos e traumas (SANTAREM, 2007).

    Outras contribuições advindas da atividade física são: controle do peso da mãe e da criança, controle da hiperplasia de adipócitos da criança, menor duração da fase ativa do parto não cesariano e melhoras de fatores psicológicos e sociais da gestante (ROBERT; ROBERGS, 2002; BOTELHO e MIRANDA, 2012).

    Todo esse quadro de benefícios que o treinamento resistido possibilita, aponta em uma única direção, a independência funcional, como relatada por Santarém (2007), onde o individuo é capaz de realizar suas atividades diárias desejadas, sem prejuízo ou grandes riscos a integridade física.

Recomendações para prescrição de programa de treinamento resistido para grávidas

    Segundo o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG, 2002) a prescrição de treinamento para gestantes deve manter as recomendações similares a prescrição para população de adultos saudáveis, devendo apenas acrescentar uma atenção maior aos sintomas, aos desconfortos e as capacidades da mulher durante a gravidez, ou seja, avaliar de forma individual sua capacidade de respostas ao planejamento do treino em cada fase da gestação.

    Para gestantes sedentárias sem restrição absoluta somente iniciar um programa de atividades com avaliação e liberação médica, gestantes saudáveis que já vivenciavam a atividade física, pode continuá-la a fazer, promovendo as devidas adequações no planejamento de treino, e sempre sob a supervisão de um professor de educação física (SBME, 2000; ACOG, 2002).

    É importante ressaltar que o treinamento de grávidas não deve ser superior aos níveis anteriores a gravidez, a intensidade do treino para aquelas gestantes que estão continuando sua atividade física não deve ir além do nível desenvolvido no início da gravidez (ACSM, 2010).

    Exercícios que promovam desequilíbrios, riscos de quedas ou traumas devem ser evitados, bem como posições de maiores compressões abdominais, como posições supinadas, essa é uma medida preventiva quanto a uma possível obstrução venosa. Assim como evitar a realização da manobra de valsava durante o exercício (ACSM, 2010).

    A constante hidratação é fundamental para manutenção do bem estar da grávida durante o exercício, assim como a utilização de roupas leves e confortáveis. (LIMA e OLIVEIRA, 2005).

    O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2010), recomenda que ao prescrever um programa de treinamento resistido para gestantes algumas diretrizes básicas devem ser seguidas para que a realização dos exercícios aconteça de forma segura e eficaz. Deve-se levar em conta o histórico e a atual capacidade da gestante de vivência da prática, adaptações ao treino deverão ser feitas sempre que houver o relato de desconforto e níveis de amplitude avaliados conforme grau de segurança de execução.

    Treinamento resistido, segundo ACSM, 2010:

    Também é recomendação do ACSM (2010), que o programa de treinamento para grávidas contemple atividades aeróbicas e de alongamento.

Contra-Indicações para prática de atividade física

    Em algumas situações de quadros patológicos não é recomendada a prática de atividade física, são elas:

    O Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG) recomenda interromper imediatamente a prática do exercício quando houver os sintomas de:

Conclusão

    O processo gestacional acarreta inúmeras mudanças na mulher, desde as fisiológicas, morfológicas até psicossociais, resultando em um novo contexto a ser vivido. Seu corpo apresenta alterações hormonais, alargamento da região pélvica, fragilidade das musculaturas estabilizadoras, surgimento ou agravamento de algias, em virtude de alteração postural, fragilidade músculo-esquelética entre outras.

    A participação regular da gestante em um programa de treinamento resistido proporciona a ela o fortalecimento das musculaturas e a maior estabilização das articulações, garantindo segurança e independência funcional para a continuação da sua rotina. Assim como proporcionam uma melhor resposta das capacidades físicas, como força, equilíbrio e agilidade, fundamentais para manter a autonomia da grávida, influenciando também em melhoras psicológicas e sociais.

    Constatou-se que o treinamento resistido contribui significativamente para o alivio das algias decorrentes das mudanças corporais, principalmente, das lombalgias, reforçando as estruturas que mais sofrem com o avanço da gestação como o abdômen, paravertebrais, quadrado lombar, dorsal entre outros. Assim como também proporciona um melhor controle do peso corporal da mãe e da criança, controle da hiperplasia de adipócitos da criança, menor duração da fase ativa do parto não cesariano.

    Sua ação profilática também é ressaltada na comunidade científica, principalmente no que diz respeito às doenças hipocinéticas e as induzidas pelo período gestacional, como obesidade, as cardiopatias, a osteoporose, a sarcopenia, as lombalgias e principalmente diabetes melito gestacional e hipertensão.

    O treinamento resistido deve ser praticado pela gestante de duas a três vezes por semana, mantendo de uma a três series entre doze e quinze repetições submáximas, utilizando de quatro a oito exercícios, preferencialmente, multiarticulares, com intensidade de fadiga moderada, e evitando contrações isométricas.

    Dessa forma, fica clara a importância da prática de atividade física para gestantes, e apesar de ter crescido o numero de praticantes grávidas, ainda sim é pouco expressivo, pois a maioria ainda tem receio de iniciar ou continuar a atividade ao longo do período gestacional, normalmente, interrompem ou abandonam, não atingindo os níveis de atividade física recomendados, comprometendo seus resultados benéficos.

    Através da revisão da literatura pôde-se constatar que o treinamento resistido para gestantes é um meio de atividade física seguro e eficaz que influência positivamente as alterações corporais e fisiológicas vivenciadas pela mulher ao longo do período gestacional.

    Vale ressaltar que a prática de qualquer atividade física para gestante deve passar por avaliação e liberação médica e sempre supervisionada por um professor de educação física.

Referências bibliográficas

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 202 | Buenos Aires, Marzo de 2015
Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados