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Jogos cooperativos como conteúdo
das aulas de Educação Física no ensino médio

Juegos cooperativos como contenido de las clases de Educación Física en la escuela media

 

*Graduandos em Educação Física

**Orientador

Pela Universidade Salgado de Oliveira

Campus Goiânia-go

(Brasil)

Bruno Camilo Gomes De Passos*

Maria De Fátima Noronha Lopes*

fatimanoronhaa@hotmail.com

Prof. Edson Leonel Rocha**

brunogomes61@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo é uma prática do Estágio Supervisionado III do curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira. O mesmo foi desenvolvido em uma escola da cidade de Goiânia-GO, e teve como objetivo relatar a importância dos jogos cooperativos enquanto conteúdos das aulas de Educação Física agregar valor, sentido nas aulas de educação física e na formação dos alunos do Ensino Médio. Esse estudo foi estruturado em uma revisão bibliográfica, na qual permite a formação, explicação e contexto do tema em questão. A idéia de apontar esse tema surgiu da necessidade de ampliar e levar os jogos cooperativos para as aulas, sendo assim, essa ferramenta também poderá servir como base de intervenção para aqueles profissionais que buscam melhorias nas metodologias de suas aulas. O estudo tem ainda como objetivo apresentar a construção dessa proposta respeitando as dificuldades que os professores encontram dentro da escola, sendo eles agentes concretos para a realização de mudanças sugeridas neste estudo. É de fundamental importância entender que o jogo cooperativo é um conteúdo da educação física escolar que tem como essência a inclusão de todos trabalhando coletivamente debatendo a cultura capitalista. Portanto, é necessário pensar sobre o tratamento pedagógico dado ao jogo cooperativo, ampliando as possibilidades metodológicas, já que o jogo é o conteúdo que deve ser trabalhado nas aulas de Educação Física. Mas, o que infelizmente presenciamos na escola é a reprodução da instituição esportiva formal, excessivamente técnica e mecânica, excludente, que enfatiza a competição. De acordo com os autores que enfatizaram no desenvolvimento desse estudo pude perceber que os jogos cooperativos possuem um forte poder te transformação social e inclusão. O mesmo pode ser trabalhado dentro e fora do âmbito escolar, principalmente no âmbito escolar, onde há necessidade de incentivar a cooperação entre as pessoas e assim combatendo o individualismo pregado pela mídia atual.

          Unitermos: Jogo cooperativo. Escola. Inclusão. Educação Física.

 

Recepção: 07/12/2014 - Aceitação: 03/02/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A Educação Física, de acordo como o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) é uma área do conhecimento que tem como objeto de estudo o movimento humano, como foco nas diferentes formas de exercício físico, nas perspectivas da prevenção e promoção de saúde (CONFEF, 2004).

    É de suma importância a escola oferecer aos alunos aulas de Educação Física e usá-la como meio de intervenção para a adoção de um estilo de vida saudável. Cabe ao professor analisar a turma percebendo assim qual metodologia e abordagem deverá ser usada para ministrar suas aulas.

    Este estudo tem a finalidade de mostrar a importância que os jogos cooperativos têm na formação dos estudantes do ensino médio. Nas práticas esportivas, no lazer e no lúdico podemos ver um caminho para uma boa educação, além disso, é muito prazeroso jogar, principalmente quando não há perdedores, quando o objetivo é superar barreiras, vários desafios, tudo de maneira cooperativa.

    Nas aulas de Educação Física há uma predominância muito forte do espírito competitivo através dos jogos que sempre visam um vencedor. Pensando assim, a introdução dos Jogos Cooperativos como conteúdo da Educação Física seria muito relevante para o rompimento da tradição do esporte competitivo (CORREIA, 2007).

    Os jogos cooperativos possuem um forte poder de transformação social, inclusão, estimula o companheirismo e o crescimento humano de forma integral sem excluir o aluno, independente de suas características físicas.

2.     Metodologia

    Este artigo trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, Segundo MARCONI e LAKATOS (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita na qual foram consultados artigos científicos que possuíam como temas, educação física escolar, jogos cooperativos, o esporte na escola, o esporte da escola, competição, cooperação onde foram apresentadas suas diferenças, a importância dos jogos cooperativos, com o objetivo de agregar valor e sentido nas aulas de educação física escolar no ensino médio.

    O estudo também foi baseado em um estágio supervisionado III da área escolar da educação física onde o tema abordado foi os jogos cooperativos como conteúdo das aulas de educação física no ensino médio, o artigo foi co-relacionado com a vivência obtida dentro do âmbito escolar através de observações, co-regências e regências, com objetivo de trazer para os profissionais da área escolar da educação física a importância que os jogos cooperativos têm na formação dos alunos do ensino médio.

3.     Categorias de discussão

3.1.     Cooperação x competição

    Nas práticas esportivas, no lazer e no lúdico podemos ver um caminho para uma boa educação, além disso é muito prazeroso jogar, principalmente quando não há perdedores, quando o objetivo é superar barreiras, vários desafios, tendo como base a cooperação.

    De acordo com (TEIXEIRA, 2001) os Jogos Cooperativos surgiram da reflexão do excesso de valorização dado ao individualismo e a competição principalmente no ocidente.

    Um dos mais conhecidos estudiosos sobre os jogos cooperativos é Terry Orlick segundo seus estudos os Jogos Cooperativos surgiram a milhares de anos atrás, quando os membros das comunidades tribais se reuniam para celebrar a vida.

    O autor ainda relata que alguns desses povos ancestrais, índios norte-americanos e brasileiros tinham um modo de vida cooperativo.

    SOLLER (2003) diz que os Jogos Cooperativos de forma consciente ou inconsciente, sempre existiram, o que faltava era sistematizá-los para que pudessem ser inserido no processo educativo.

    Sua sistematização aconteceu por volta dos anos 50 nos Estados Unidos, através de experiências pioneiras de outro pesquisador que se chamava Ted Lentz, daí então os jogos cooperativos se expandiram para vários países inclusive o Brasil.

    De acordo com (SOLER, 2003) no Brasil, um dos primeiros a produzir textos sobre Jogos Cooperativos no Brasil foi o professor Fábio Otuzi Brotto.

    Segundo SOLLER (2003), a aula de Educação Física é o espaço ideal para se trabalharem os jogos cooperativos e claro que não exclusivamente, pois, a idéia é que todo o universo escolar trabalhe aspectos cooperativos.

    Não existe um lugar melhor para que esses jogos fossem aplicados do que na escola, porque na escola é onde passamos boa parte do nosso tempo e também é onde apreendemos a se socializar com diversos tipos de pessoas.

    De acordo com CORREIA (2007) nas aulas de Educação Física há uma predominância muito forte do espírito competitivo através dos jogos que sempre visam um vencedor que são os jogos competitivos. Concordando com o autor a introdução dos Jogos Cooperativos como conteúdo da Educação Física é uma relevante intervenção para tentar romper a tradição do jogo/esporte competitivo exacerbado dentro da escola.

    BROTTO (2001) afirma que um dos objetivos principais dos Jogos Cooperativos é gerar a harmonia nas diferenças, pois ao se respeitar os limites do outro, superamos a barreira do individualismo e nos conscientizamos de que é possível viver bem apesar das divergências que existem.

    Os jogos cooperativos demonstram então suma importância no desenvolvimento social e psicossocial dos alunos alterando assim o modo de vida que eles levam ao sair do âmbito escolar e se relacionam na sociedade em que vivem.

    Ao falarmos de jogos cooperativos não podemos deixar de abordar também sobre os jogos competitivos porque da mesma forma que acontece competição no jogo cooperativo também acontece cooperação no jogo competitivo.

    SOARES e MONTANGNER (2009) relatam que as crianças em sua maioria gostam de atividades competitivas, pois se sentem fascinadas. E se bem utilizada, a competição se torna uma relevante ferramenta na formação do caráter, tornando a criança participativa, autêntica e criativa.

    SOLLER (2003) e BARATA (2004) dissertam que a competição é um processo de interação social, em que os objetivos são mutuamente exclusivos, as ações são isoladas ou em oposição umas às outras, sendo os benefícios destinados somente a alguns.

    BROTTO (2001) fala que diferente da cooperação, a competição se difundi de forma que, para que um dos membros alcance os objetivos, outros serão incapazes de atingir os seus.

    Seguindo o que os autores dizem sobre a competição podemos entender que o jogo competitivo tem um papel de excluir os menos hábeis, levando a vitória apenas para aqueles que se destacam.

    BARATA (2004) ainda diz que a competição tem ainda o efeito prático de tornar as pessoas hostis em relação às outras que se tornam seus oponentes.

    BROTTO (1999: 77) ao citar essa relação, entre cooperação e competição, em sua dissertação de mestrado, faz comentários relevantes: “apesar da comparação apresentada, não há uma divisão rígida e linear entre essas duas formas de jogar. Na realidade existe uma aproximação muito estreita entre jogar cooperativamente e jogar competitivamente”.

    Finalizando esse raciocínio dos autores nas citações acima há uma estreita diferença entre os jogos cooperativos e jogos competitivos, como conteúdos se aplicados de forma consciente ambos agregam valores nas aulas de educação física.

2.2.     O esporte na escola x o esporte da escola

    Descrevendo sobre o esporte dentro âmbito escolar, pra ser mais direto o esporte na escola, aquele esporte que é inserido com foco na formação de atletas dentro da escola, nós professores devemos nos atentar para a forma com que ele é abordado nas aulas, mas explicando aos alunos a importância que o adversário tem dentro do jogo para que ele aconteça.

    Nesse contexto, as aulas de Educação Física assumiram os códigos esportivos do rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação rígida e a racionalização de meios e técnicas. Isto é, os professores de Educação Física encarregaram de reproduzir os códigos esportivos nas aulas, sem se preocupar com a reflexão crítica desse conhecimento. A escola tornou-se celeiro de atletas, a baseada pirâmide esportiva (BRACHT, 1992, p. 22).

    Dessa forma podemos notar que não eram todos os alunos que se encaixavam no perfil no qual foi definido para ser um atleta de elite, sendo assim só participariam aqueles que fossem mais aptos. Com isso os professores foram estimulando de forma exacerbada a pratica do esporte dentro das escolas.

    Foi após a segunda grande guerra mundial que originaram - se novas tendências para o desenvolvimento do sistema educativo, com isso o esporte passa a ser um forte integrante da Educação Física Escolar com foco na formação de atletas para representar o país, tornando-o uma potência olímpica, o esporte passou a ser tratado como sinônimo da Educação Física escolar, com foco principal na aptidão física e na descoberta de novos talentos esportivos. Com isso excluindo os menos hábeis e preconizando a hiper valorização do esporte na escola. (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

    Segundo (DEC’s, 2008), com essa exacerbação e a ênfase que se dá na competição, na técnica, no desempenho máximo fazem do esporte na escola uma prática pedagógica altamente excludente, pois desta forma, só os mais fortes, hábeis e ágeis conseguem viver e sentir prazer na vivência e no aprendizado deste conteúdo.

    Desta forma o esporte veio com o decorrer do tempo criando uma imagem altamente excludente para aqueles alunos desprovidos de habilidades para praticá-lo e assim as aulas de educação física se tornou uma espécie de treino para aqueles alunos que se destacavam e eram selecionados pelo professor para a disputa de competições.

    VAGO (1996) diz que o esporte na escola é um prolongamento da própria instituição esportiva, ou seja, uma indústria de exclusão e prática da competição exacerbada.

    De acordo com as citações acima podemos dizer que o esporte “na” escola é uma ferramenta altamente excludente tornando os alunos que são mais fracos, os gordinhos, os menos habilidosos mais repreensivos quando chega o momento de ir pra aula de educação física, ficando esses sem participar das aulas.

    Contrariando as características da competição exacerbada e o individualismo que o esporte na escola prega nas aulas de educação física será abordado os benefícios que o esporte “da” escola que é o esporte aplicado de forma adaptada e inclusiva agrega na vida dos alunos praticantes.

    KUNZ (1991) aborda que a mudança didática dos esportes pretende principalmente que todos os alunos possam participar em igualdade de condições, com prazer e com sucesso na realização de tais esportes.

    Co-relacionando com o que o autor abordou o esporte da escola tem como objetivo incluir todos os alunos de tal forma que todos possam ter benefícios ao praticar a aula de educação física.

    No Esporte da escola as regras são flexíveis e transformáveis de acordo com a necessidade dos alunos, almejando a participação coletiva, sem dar ênfase ao gesto técnico. Sendo assim então o esporte da escola uma ferramenta altamente inclusiva, dando oportunidade a todos participantes e trazendo o valor coletivo e interação entre os alunos dentro das aulas de educação física. MENEZES, CAPISTRANO e SOUSA.

    O objetivo do esporte da escola é incluir todos nas aulas de educação física sem separar os melhores dos menos hábeis, os gordinhos dos magrinhos, a intenção é fazer com que mesmo com habilidades diferentes os alunos possam se interagir e jogar como uma equipe.

    O esporte como pratica social que institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal, se projeta numa dimensão complexa de fenômeno que envolve códigos, sentidos e significados da sociedade que o cria e o pratica. Por isso, deve ser analisado nos seus variados aspectos, para determinar a forma em que deve ser abordado pedagogicamente no sentido de esporte “da” escola e não como esporte “na” escola. (COLETIVO DE AUTORES, 1993, pag. 70)

    O esporte como conteúdo da educação física escolar deve ser abordado com intuito de agregar valor na aula de educação física, sendo trabalhado pedagogicamente no sentido de incluir todos os alunos sem descriminação.

    Na escola, é preciso resgatar os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, defende o compromisso da solidariedade e respeito humano, a compreensão de que o jogo se faz “a dois”,e de que é diferente jogar “com” o companheiro e jogar “contra” o adversário.(COLETIVO DE AUTORES, 1993, pág. 71)

    Desta forma o esporte aplicado de forma responsável dentro do âmbito escola é uma grande ferramenta inclusão, o professor por sua vez deve buscar conhecimento, na leitura de artigos um embasamento para enriquecer o conteúdo e transmiti-lo nas aulas de educação física e assim agregar valor na vida dos alunos.

    Concordando com as citações acima sobre o esporte “da” escola fica evidenciado então que o esporte em si não pode ser negligenciado de maneira alguma dentro do âmbito escolar, pois é, um direto dos alunos praticá-lo, é o papel do professor aplicá-lo de forma integral e clara para que os alunos o entendam na sua essência.

2.3.     A importância dos jogos cooperativos

    O Jogo cooperativo tem como objetivo a busca da participação de todos sem aceitar jamais que haja qualquer tipo de exclusão, pois, são jogos que os participantes jogam uns com os outros e não uns contra os outros, valorizando assim, a união entre as pessoas, a confiança entre os participantes e a participação incisiva de todo o grupo.

    Não podemos abordar o tema jogos cooperativos na busca de um mundo mais cooperativo e não competitivo, se não começarmos a trabalhar isso em nossas aulas. Para que isso se torne uma realidade precisamos de professores que saibam e entendam como ser e agir cooperativamente

    ORLICK (1989) nos indica um caminho:

    “Se nossa qualidade de vida futura, e talvez até nossa sobrevivência, depende da cooperação, todos nós pereceremos se não estivermos aptos a cooperar, a ajudar uns aos outros, a sermos abertos e honestos, a nos preocuparmos com os outros, com as nossas gerações futuras.

    Tendo assim a compreensão de que ao participarmos do jogo e vivermos a vida, o valor primordial estará na oportunidade de conhecer melhor nossas próprias habilidades e potenciais e assim cooperar para que os outros consigam realizar o mesmo.

    Segundo BROTTO (1999) jogando cooperativamente podemos reconhecer que a verdadeira vitória não depende da derrota dos outros.

    Sobre como utilizar a cooperação no processo de ensino e aprendizagem ORLICK (1978, apud SOLLER, 2003) afirma que:

    Crianças educadas na cooperação, na aceitação e no sucesso têm uma chance muito maior de desenvolver uma saudável auto-imagem, uma adequada auto-estima, da mesma forma como crianças nutridas com dietas balanceadas têm uma maior chance de desenvolver corpos fortes e saudáveis. (p.32)

    Segundo SOLLER (2003), a aula de Educação Física é o espaço ideal para se trabalharem os jogos cooperativos e claro que não exclusivamente, pois, a idéia é que todo o universo escolar trabalhe aspectos cooperativos.

    BARRETO (2000) disserta que os jogos cooperativos possuem cinco princípios básicos, julgados fundamentais para seu desenvolvimento. São eles: inclusão, coletividade, igualdade de direitos e deveres, desenvolvimento humano e a processualidade.

    SOLLER (2003) diz que o professor de Educação Física pode aproveitar o fato de o jogo ser algo que seduz e por intermédio dele, passar mensagens positivas.

    O professor como mediador do conhecimento e que esta, inserido no processo de ensino aprendizagem tem um papel relevante na aplicação dos conteúdos nas aulas de educação física, neste caso trabalhando os jogos cooperativos e assim estimulando a interação social entre os alunos.

    OLIVEIRA (1985) fala que o jogo é uma forma de se exercitar que atinge o ser humano na sua totalidade. Jogando, mais do que qualquer outra atividade, as pessoas têm oportunidade de se reconstituir como tais, reintegrando os segmentos cognitivo, psicomotor e afetivo-social num todo.

    No caso do jogo cooperativo nas aulas de educação física o professor deve organizar de tal forma que os alunos possam entendê-lo e assim absorver tudo que o jogo tem para lhes oferecer. 

    PLATZ (1997), classifica os Jogos Cooperativos quanto a sua finalidade de integração e visão sistêmica:

    ...dividindo o jogo em quatro partes, quebra-gelo e integração (que são jogos que servem para unir o grupo desde o início da sessão, ajudando os participantes a memorizar o nome de cada um), jogos de toque e confiança (que ajudam os participantes a observar como lidam com a confiança em suas vidas), jogos de criatividade, sintonia e meditação (que são os que estimulam a expressão da imaginação, intuição e criatividade; assim, os participantes podem se auto perceber e mostrar aos outros que descobriram acerca de si mesmos e do grupo), jogos de fechamento (estes são jogos que servem para dar às pessoas a chance de se posicionarem em relação ao grupo e a si mesmas, transferindo o que fizeram na aula para o seu dia-a-dia).

    Segue abaixo a descrição sobre os tipos de jogos classificados por (PLATZ, 1997):

    Jogos de Quebra-gelo e Integração: São jogos de abertura, nomes, ação, folia, musicais e dança. São jogos rápidos, com muita ação e gasto de energia. Une o grupo, ajudando os participantes a memorizar o nome de cada um, na socialização e descontração. Segundo o autor podem ser usados para iniciar uma reunião, nos intervalos e para motivar o grupo.

    Jogos de Toque e Confiança: Esses jogos ajudam os participantes a perceberem como lidam com a confiança em seu cotidiano. Devem ser introduzidos após um momento inicial de integração, trabalhando gradativamente os objetivos traçados. É necessário que o mediador tenha certo cuidado com esses jogos, estando atendo ao momento do grupo e as reações de cada um dos participantes.

    Jogos de Criatividade, Sintonia e Meditação: São jogos que estimulam a expressão da imaginação, intuição e criatividade. Nesses jogos os participantes podem expressar o que perceberam e descobriram em si mesmos e no grupo.

    Jogos de Fechamento: Através destes jogos os participantes podem se posicionar em relação ao grupo e a si mesmas, transferindo o que foi vivenciado para seu cotidiano.

    Concordando com os pensamentos dos autores citados acima, fica esclarecido que os jogos cooperativos possuem um importante valor dentro da Educação Física Escolar e assim envolvendo a escola em sua totalidade.

    Percebemos então que os professores de Educação Física tem em mãos uma proposta altamente relevante para as aulas dentro do âmbito escolar, com uma ferramenta que são os jogos cooperativos que podem ser trabalhados nas aulas e inclusos no plano de ensino das aulas educação física, com a esperança de desenvolvermos crianças com a capacidade de cooperar na sociedade tornando o mundo melhor de se viver.

4.     Considerações finais

    Diante das discussões dos autores a cerca dos jogos cooperativos, pude observar que o mesmo possui um forte poder de transformação social, inclusão, respeitando as adversidades que existem entre os alunos que o praticam, além de estimular o companheirismo também possui um amplo repertório de atividades.

    Os jogos cooperativos estimulam o crescimento do ser humano de forma integral sem excluí-lo, independente de suas características físicas. É recomendado para ser trabalhado dentro e fora do âmbito escolar, principalmente no âmbito escolar onde há necessidade de incentivar a cooperação entre as pessoas e assim combatendo o individualismo pregado pela mídia atual.

    Ainda de acordo com os autores citados acima, fica esclarecido que os jogos cooperativos possuem um importante valor dentro da Educação Física Escolar e assim envolvendo a escola em sua totalidade.

    Percebemos então que os professores de Educação Física tem em mãos uma proposta altamente relevante para as aulas dentro do âmbito escolar, com uma ferramenta que são os jogos cooperativos que podem ser trabalhados nas aulas e inclusos no plano de ensino das aulas de educação física com a esperança de desenvolvermos crianças com a capacidade de cooperar na sociedade tornando o mundo melhor de se viver.

    Propõe-se que novas metodologias sejam tomadas para quer os futuros professores de Educação Física possam transmitir conhecimento dentro de uma visão pedagógica e educativa capaz de associar a prática da sala de aula à realidade social. Pensando assim, fica claro que o professor tem a função de apresentar valores nos quais os alunos entendam que para ganhar o jogo não é necessária a derrota do outro, mas sim, a cooperação de ambos.

Referências bibliográficas

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  • BROTTO, F. O. Jogos Cooperativos: o jogo e o esporte como exercício de convivência. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 1999.

  • BROWN, Guillermo. Jogos Cooperativos: teoria e prática. Trad. Rui Bender. São Leopoldo, RS: Sinodal, 1994.

  • BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: O jogo e o esporte como um exercício de convivência. 2 ed. Santos: Projeto Cooperação, 2001

  • BROTTO, F. O. Jogos Cooperativos: Um exercício de convivência. São Paulo: SESC, 1999.

  • BARRETO, André Valente de Barros. Jogos Cooperativos: Metodologia do Trabalho Popular: Acesso em 25 nov.2014.

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  • CORREIA, M. M. Jogos cooperativos e Educação Física escolar: possibilidades e desafios. In: EFDeportes.com, Revista digital. Buenos Aires, ano 12, n.107, abril de 2007.

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  • KUNZ, Elenor. Educação física: Ensino & mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.

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  • SOLER, Reinaldo. Jogos Cooperativos. Rio de Janeiro: 2ª ed. Sprint, 2003.

  • SOARES, F. C.; MONTAGNER, P. C. A Competição Esportiva Escolar como Componente Pedagógico a Ser Refletida e Aplicada nas Aulas de Educação Física, Motriz, Rio Claro, v.15, n.2 (Supl.1), p.S1-S456, abr./jun. 2009.

  • VAGO, Tarcísio Mauro- O “esporte na escola e o esporte da escola”: da negação radical para uma relação de tensão permanente. Movimento - Ano III - Nº 5 – 1996.

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