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Tendências do mundo moderno e suas decorrências em adolescentes: esteróides androgênicos anabólicos e terapia gênica

Las tendencias del mundo moderno y sus consecuencias en los adolescentes: los esteroides anabólicos androgénicos y la terapia génica

 

Universidade Estadual de Maringá

Maringá, Paraná

(Brasil)

Abel Felipe Freitag

Gabriel Fernando Esteves Cardia

Nancy Sayuri Uchida

Sonia Silva Marcon

Roberto Kenji Nakamura Cuman

abel_freitag@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Este artigo é um estudo de revisão elaborado com a finalidade de conhecer o estado da produção científica na temática de Esteróides Androgênicos Anabólicos (EAAs) e sua utilização na adolescência, principalmente aliado a exercícios físicos com a finalidade de rendimento e estética. Adolescência é caracterizada pelo interesse por exercícios físicos (EF), entre eles, a musculação que é praticada em Academias e no meio esportivo. A utilização de EAAs, muitas vezes, é feita por praticantes desses EF. EAAs são drogas que têm efeitos anabólicos, que conduzem à hipertrofia muscular, força e aceleram a velocidade de recuperação muscular e o controle dos níveis de gordura corporal. Porém, podem causar efeitos androgênicos, com implicações adversas. Sua utilização associa-se a várias agressões médicas. Embora os controles antidopagem sejam importantes, está desenvolvendo-se outra forma de doping, sendo ainda mais específico e de difícil detecção, o doping genético.

          Unitermos: Adolescência. Esteróides Androgênicos Anabólicos. Doping Genético.

 

Recepção: 08/02/2015 - Aceitação: 18/03/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Adolescência é o período de transição entre a infância e a idade adulta (15 a 24 anos), caracterizando-se por alterações psicológicas e corporais, entre elas citamos o crescimento físico, as mudanças comportamentais, o desenvolvimento dos caracteres sexuais, as mudanças hormonais, entre outros [1]. Esta faixa etária é caracterizada pelo interesse por exercícios físicos, entre eles, a musculação que é praticada em Academias fornecendo vários benefícios aos praticantes, se praticada de maneira correta e orientada. Entretanto, nesta fase, surgem as inseguranças com relação ao corpo e a aparência, onde muitos jovens almejam a forma física perfeita e, recorrem ao uso de Esteróides Androgênicos Anabólicos (EAAs) [1, 2].

    EAAs, (conhecidos como anabolizantes) são materiais sintéticos, derivados da metabolização do colesterol e quimicamente semelhantes à testosterona [3]. Estes esteróides têm efeitos androgênicos e anabólicos, sendo utilizado principalmente para fins anabólicos no meio esportivo e estético [4]. Desde os anos 60, os EAAs são utilizados em Academias, porém somente na década de 80 que a comunidade médica admitiu a eficácia e efeitos adversos destes recursos ergogênicos. O “desenvolver a todo custo” constitui o motivo para adolescentes usar substâncias disponíveis e, na maioria das vezes proibidas, no sentido de melhorar a sua estética corporal através da musculatura delineada e, adquirir um baixo percentual de gordura [5]. O consumo dessas substâncias, especialmente entre jovens, tem sido registrado com freqüência ascendente em vários países e diversos estudos têm documentado os danos à saúde causados pelo seu uso, entre eles, cardiopatias, disfunções hepáticas, agressividade, entre outros [6-8].

Epidemiologia

    Internacionalmente, o consumo não médico dos EAA vem alcançando proporções alarmantes, atingindo outros segmentos da população, como freqüentadores de academias de ginástica e até estudantes de nível médio [9, 10]. Em Portugal, 63,5% dos praticantes de musculação já utilizaram EAAs. Nos EUA, estudo populacional estimou que entre 1 e 3 milhões de praticantes de musculação já fizeram o uso de EAAs, totalizando 78,4% da população estudada, dos quais 67% iniciaram com 16 anos de idade. Na Suécia, estudo realizado em adolescentes entre 16 e 17 anos de idade aponta para um uso que varia de 3,6% a 2,8% no consumo de EAA, entre indivíduos do sexo masculino [11]. Na maioria das vezes, o consumo ocorre entre indivíduos do gênero masculino, e há relação com a progressão da escolaridade. O aumento considerável do consumo de EAAs nessa população levou o governo norte-americano realizar campanhas nacionais para alertar os jovens dos perigos associados à sua utilização [12].

    No Brasil, a prática da musculação também é freqüente entre adolescentes [13]. Este padrão cultural reflete-se no número de academias de ginástica, que tem crescido vertiginosamente e se sofisticado. O consumo indevido e sem orientação de suplementos alimentares pode despertar o interesse de usuários em substâncias proibidas, pois seu comércio é feito livremente em farmácias e centro comerciais. Dessa forma, fórmulas obtidas em farmácias de manipulação utilizam sais legalmente importados, como oxandrolona, estanozolol e testosterona [14], que são EAAs. Nacionalmente, não há uma legislação específica no controle sobre anabolizantes e estudos que abordem o uso de anabolizantes são escassos. Alguns indícios, no entanto, sugerem que o uso de anabolizantes pode estar crescendo entre os jovens podendo representar, em breve, um importante problema de saúde pública. Os meios de comunicação de massa têm noticiado com alguma freqüência o consumo dessas substâncias nas academias de musculação, demonstrando os efeitos colaterais decorrentes de seu uso abusivo e crônico [14]. Sabe-se ainda, que o consumidor preferencial no Brasil está entre os 18 e 34 anos de idade e, em geral, são do sexo masculino e o principal fator que induziu usuários e ex-usuários de esteróides a praticarem musculação foi a possibilidade de melhora na estética e aparência corporal [15].

Efeitos adversos

    Os esteróides anabolizantes são substâncias sintéticas, similares à testosterona, que podem ser utilizados por administração oral ou injetável [10]. Sabendo que, os orais são os mais prejudiciais à saúde por passarem ao longo do trato gastrointestinal, causando hepatotoxicidade. A maioria dos usuários das substâncias ergogênicas (EAAs) relatam efeitos colaterais, muitos dos quais, são reversíveis com a suspensão do uso.

    No tecido hepático, com o uso contínuo há a elevação de níveis séricos de enzimas como a alanina (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), na qual a biópsia revela lesões tóxicas, podendo acarretar à peliose hepática. No perfil lipídico, altera o metabolismo glicídico, aumentando a LDL (colesterol ruim) e diminuindo o HDL (colesterol bom) [16, 17].

    Em análise ao sistema cardiovascular, foi relatada a ocorrência de alterações eletrocardiográficas, aumento da pressão arterial, cardiomiopatias, infarto agudo do miocárdio e embolia [18, 19]. Conseqüência disso, alterações de humor e de comportamento e a ocorrência de suicídio em indivíduos com predisposição genética foram também associadas ao uso de altas concentrações de EAAs [20]. Ademais, a alterações no sistema reprodutor, alterações estruturais (tendões e cartilagens) e psíquicas (distúrbios de humor e agressividade), além do risco de doenças infectocontagiosas por partilha de seringas [20].

    Os efeitos adversos físicos e psicológicos dos EAA ainda permanecem escassos, havendo mais comumente envolvimento hepático, endócrino, musculoesquelético, cardiovascular, imunológico, reprodutivo e psicológico, que dividimos em três tipos, conforme detalhado no QUADRO 1: efeitos virilizantes; efeitos feminilizantes, mediados pelos metabólitos estrogênicos do esteróide; e efeitos tóxicos, geralmente mediados por mecanismos incertos.

Quadro 1. Efeitos adversos dos EAA. V: virilizantes, F: feminilizantes e T: tóxico

    No homem, os principais efeitos adversos são: atrofia do tecido testicular, causando infertilidade e impotência, tumores de próstata, ginecomastia, devido à maior quantidade de hormônio androgênico convertido a estrogênio, pela ação da aromatase; dificuldade ou dor para urinar e hipertrofia prostática [9, 10, 19]. Na mulher, manifesta-se a masculinização (evidenciada pelo engrossamento de voz e crescimento de pêlos pelo corpo), irregularidade menstrual e aumento do clitóris.

    Alterações adversas, comuns a ambos os sexos, que também podem manifestar-se são: calvície, aparecimento de erupções de acnes, fechamento epifisário prematuro, aumento da libido; ruptura de tendão, devido ao aumento exagerado de massa muscular sem equivalente desenvolvimento do tecido tendinoso; alterações no metabolismo lipídico, aumentando os níveis de LDL (lipoproteína de baixa densidade) e diminuindo os de HDL (lipoproteína de alta densidade) [20].

    A interrupção de seu uso determina uma síndrome de abstinência caracterizada por sintomas adrenérgicos e craving ("fissura"), podendo, além disso, causar depressão maior [20]

Mecanismo de ação e principais efeitos

    EAAs podem atuar diretamente em receptores específicos, sendo que, uma vez na circulação, são transportadas pela corrente sanguínea como mensageiros, na forma livre ou combinada às moléculas transportadoras. Somente na sua forma livre, difundem-se diretamente através da membrana plasmática de células-alvo ligando-se a receptores protéicos intracelulares. No citoplasma, a molécula de esteróide ligada ao receptor androgênico específico migra para o núcleo celular, onde inicia o processo de transcrição gênica e, conseqüentemente, de transdução protéica, a qual modula as ações celulares dependentes de andrógeno. Dessa forma, o mecanismo de ação parece depender do tipo de esteróide anabólico administrado [21-23].

    Entretanto, os EAAs podem atuar pela promoção de efeitos psicológicos, levando à diminuição da sensação de fadiga durante os treinos, de maneira que o atleta consegue treinar com maior freqüência e intensidade, além de diminuir o tempo de recuperação entre as sessões de treinamento, contribuindo para o metabolismo protéico, ósseo e sintetizando colágeno, aumentando a massa e a força muscular e diminuindo a gordura corporal. O efeito recuperador está relacionado com a aceleração do metabolismo protéico para regeneração mais rápida das microlesões musculares decorrentes da agressão muscular ligada ao esforço físico [24-26].

Utilização dos EAAs por atletas

    O uso de EAA e outros agentes farmacológicos estão proibidos em ambientes competitivos e comerciais, sendo declarados ilegais pelos setores governamentais desportivos nacionais e internacionais. Entretanto, segundo estatísticas do Comitê Olímpico Internacional (COI), realizadas em 2000, os EAA são o grupo de substâncias ergogênicas mais utilizadas no processo de doping. Atualmente, informações sem o cunho científico ainda prevalecem sobre as informações farmacológicas corretas nos círculos esportivos [29].

    Dentre os esportes, o exame antidoping é capaz de acusar o uso dessas substâncias ilícitas/proibidas através dos exames de urina e de sangue. As substâncias mais utilizadas e, diagnosticadas nestes exames, são: testosterona/metiltestosterona, metandrostenolona, oximetolona, oxandrolona, nandrolona e estanozolol, entre outras. Dentre os EAA disponíveis comercialmente, o decanoato de nandrolona e o stanozolol os mais utilizados no mundo em âmbito de competição e estético [28-31].

Perspectivas futuras

    A terapia gênica é uma modalidade terapêutica bastante recente na medicina, cujos resultados têm, até o momento, indicado sua eficácia no tratamento de diversas doenças graves [32]. O princípio da terapia gênica consiste na transferência vetorial de materiais genéticos para células-alvo, com o objetivo de suprir os produtos de um gene estruturalmente anormal no genoma do paciente [33].

    Recentemente, o potencial para uso indevido da terapia gênica entre atletas tem despertado a atenção de cientistas e de órgãos reguladores de esporte. A transferência de genes que poderiam melhorar o desempenho esportivo por atletas saudáveis, método proibido em 2003, foi denominado de doping genético. Os genes candidatos mais importantes para doping genético são os que codificam para GH, IGF-1, bloqueadores da miostatina, VEGF, endorfinas e encefalinas, eritropoetina, leptina e PPAR-δ [34]. Uma vez inserido no genoma do atleta, o gene se expressaria gerando um produto endógeno capaz de melhorar o desempenho atlético. Assim, os métodos atuais de detecção de doping genético não são sensíveis a esse tipo de manipulação, o que poderia estimular o uso indevido entre atletas [35, 36]. Além disso, a terapia gênica ainda apresenta problemas conhecidos de aplicação, como resposta inflamatória e falta de controle da ativação do gene [34, 35].

    Em vista disso, debates sobre EAAs e doping genético devem ser incentivados no meio acadêmico e científico, para que sejam estudadas outras medidas de prevenção, conscientização, controle e detecção do doping genético e dos EAAs, evitando assim futuros problemas de usos indevidos dessas promissoras modalidades terapêuticas.

Considerações finais

    Atualmente, informações leigas prevalecem sobre as informações farmacológicas nos círculos de interesse. Além disso, os potenciais riscos de uso de altas doses de EAAs ultrapassam os possíveis benefícios para o desempenho atlético e estético, devendo ser desencorajada a sua utilização.

    Em conclusão, esta Revisão literária demonstra que um número considerável de atletas e freqüentadores de academias de musculação são usuários de agentes hormonais, drogas ilícitas e outras substâncias com o objetivo de aprimoramento de seu desempenho, especialmente o estético. Estas substâncias são obtidas a partir de um mercado extraoficial sem qualquer controle legal, expondo seus usuários a graves problemas de saúde. Além disso, os usuários revelam importante aderência ao uso destas substâncias e apresentam manutenção no uso, apesar dos seus efeitos colaterais. Ao mesmo tempo, desenvolvendo-se o Doping Genético, sendo outro assunto desafiador para o meio científico.

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