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Efeitos fisiológicos na criança e adolescente
durante e após o exercício físico

Efectos fisiológicos en el niño y el adolescente durante y después del ejercicio físico

 

*Orientadora

Universidade Federal do Paraná

(Brasil)

Tiago Guilherme Chicoski Tolentino Braga

Maria Gisele dos Santos*

mariagisele@yahoo.com

 

 

 

 

Resumo

          Um estilo de vida ativo está associado a uma melhor qualidade de vida, independente da faixa etária, e este podem contribuir com benefícios psicológicos ou fisiológicos. Entretanto devido a diferenças estruturais e funcionais, as respostas ao treinamento físico podem ser diferentes em crianças e adolescentes. Com isto, é essencial o conhecimento destas diferenças fisiológicas ao prescrever qualquer tipo de exercício físico para estas faixas etárias. Sendo assim, por meio deste trabalho, será apresentado como crianças e adolescentes se comportam durante o treinamento e as respostas que estes estímulos irão provocar em seus organismos.

          Unitermos: Efeitos fisiológicos. Criança e adolescente. Exercício físico.

 

Recepção: 16/08/2014 - Aceitação: 29/11/2014

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Podemos perceber que crianças, tanto funcional quanto estruturalmente, não são semelhantes aos adultos. As modificações fisiológicas que ocorrem em nosso organismo ao decorrer da vida, até que se atinja o estado de maturidade podem ser tão grandes ou até maiores que adaptações provenientes de um programa de treinamento.

    A capacidade para realizar atividades com predominância anaeróbica parece ser diferente conforme a maturidade seja alcançada. Nas crianças, a capacidade anaeróbica é inferior à dos adolescentes e adultos. São criadas algumas hipóteses a partir desta afirmativa, sendo estas: menores estoques de creatina-fosfato (CP) e glicogênio muscular, menor atividade das enzimas fosforilase, fosfofrutoquinase (PFK) e lactato-desidrogenase (LDH) e a níveis mais baixos de testosterona. Como conseqüência, há uma menor ação desse hormônio sobre a musculatura esquelética e, por fim, uma menor capacidade de recrutamento das unidades motoras em condições de “performance” máxima.

    Em relação a potencia aeróbica, sugere-se um aumento do VO2max em termos absolutos ao longo da idade, com maior aceleração em meninos do que em meninas. . Esse aumento do VO2max está intimamente relacionado ao aumento da massa muscular, de forma que se considerarmos o VO2max corrigido por indicadores de massa muscular, não existe aumento com a idade em crianças e adolescentes do sexo masculino (VO2max/kg peso corporal permanece constante), enquanto ocorre um declínio progressivo em meninas (diminuição do VO2max/kg peso corporal).

    Devido às diferenças existentes no organismo de crianças e adolescentes, estes, irão agir de forma diferente dos adultos aos estímulos provenientes do treinamento. Há diferenças durante a atividade física em si, como também há altercações nas respostas ao treinamento. Sendo assim, abaixo será apresentado como crianças e adolescentes se comportam durante o treinamento e as respostas que estes estímulos irão provocar.

Efeitos fisiológicos em criança e adolescentes durante o exercício

    Durante o exercício físico, tanto as crianças quanto os adolescentes, possuem algumas respostas diferentes dos adultos, isto devido à diferença que há em seus organismos.

    A capacidade aeróbia máxima parece aumentar proporcionalmente a altura e a freqüência cardíaca até os 17-18 anos, tendendo a diminuir a partir daí.

    A freqüência cardíaca máxima é maior em crianças do que adultos, sendo por volta dos 10 anos às freqüências mais altas, diminuindo gradativamente a partir desta idade.

    Débito cardíaco e pressão arterial parecem aumentar durante o exercício. O débito cardíaco possui seu aumento por influência da freqüência cardíaca. A pressão arterial aumenta devido ao aumento da pressão arterial sistólica, e com pouca variação da pressão arterial diastólica, tendo reduções em adolescentes.

Efeitos da atividade física em crianças e adolescentes

    O treinamento para crianças e adolescentes deve estar relacionado ao interesse de cada faixa etária, respeitando a fase do desenvolvimento fisiológico.

    Em relação a benefícios psicológicos, a atividade física pode trazer para as crianças e adolescentes são: estimular a socialização, serve como um antídoto natural de vícios, maior empenho na busca de objetivos, diminuição do estresse, reforça a autoestima, ajuda a equilibrar a ingestão e gasto de calorias e leva a uma menor predisposição a moléstias.

    Em relação a aspectos fisiológicos, o treinamento ou atividade física também pode trazer vários benefícios para crianças e adolescentes. A melhora do condicionamento cardiovascular e aptidão física, esta associada à diminuição dos níveis de lipídeos plasmáticos, índice de massa corporal, menor pressão sanguínea sistólica e diastólica, menor porcentagem de gordura corporal e uma maior concentração plasmática de HDL.

    Como podemos ver, uma melhora das capacidades físicas esta diretamente associada a uma melhor saúde e qualidade e estilo de vida. Seguindo este pensamento, podemos afirmar que o treinamento ou atividade física para crianças e adolescentes é fundamental.

Conclusão

    Através deste trabalho podemos perceber que crianças, tanto funcional quanto estruturalmente, não são semelhantes aos adultos, e estas, até atingirem a maturidade, passam por muitas mudanças fisiológicas.

    Mas assim como nos adultos, a prescrição de exercício físico pode trazer benefícios psicológicos e físicos, como por exemplo, aumento da autoestima e autoconfiança (psicológicos) e diminuição da porcentagem de gordura e do índice de massa corporal (físicos).

    Com isto, podemos concluir q é fundamental o conhecimento dos aspectos fisiológicos da criança e do adolescente, para que seja possível a prescrição de exercícios físicos de forma adequada para que estas possuam uma melhor qualidade de vida.

Referencia bibliográfica

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Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados