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Composição corporal de universitários do sexo masculino do curso de Educação Física do 7º período de uma instituição superior
privada de Goiânia, GO

Composición corporal de universitarios de sexo masculino del curso de Educación Física del 7º período de una institución superior privada de Goiania, GO

 

*Discente do Curso de Educação Física

**Orientador. Docente do Curso de Educação Física

Universidade Salgado de Oliveira, UNIVERSO

(Brasil)

Jéssica de Alcântara Rocha Dias*

Prof. Gilberto Reis**

jessica.edf@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O excesso de gordura corporal está relacionado a diversos problemas de saúde, tais como o aumento do risco de doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, diabetes entre outras e através das medidas antropométricas é possível verificar a incidência desses problemas. Por outro lado muito pouca gordura corporal, também representa um risco à saúde, porque o corpo necessita de uma certa quantidade de gordura para a manutenção das funções fisiológicas normais. O objetivo deste estudo foi verificar a composição corporal de estudantes universitários do sexo masculino do curso de educação física de uma instituição de ensino superior privada de Goiânia-GO. Participaram desta pesquisa 34 sujeitos (todos do sexo masculino) com faixa etária entre 19 a 48 anos (média 25,5 ± 7,0). Verificou-se que os universitários ficaram um pouco acima dos níveis de gordura recomendados, porém não foram considerados obesos.

          Unitermos: Gordura. Doenças. Universitários.

 

Recepção: 18/09/2014 – Aceitação: 20/12/2014

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A obesidade vem se tornando preocupação mundial, já que, sua prevalência vem aumentando de maneira alarmante em praticamente todos os países. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o sobrepeso e a obesidade afetam 41% dos homens e 40% das mulheres no Brasil (IBGE, 2004). São apontados como causas a diminuição da atividade física e o maior consumo de alimentos pobres em nutrientes e em fibras e de alta densidade energética. Os riscos mais importantes da obesidade são o desenvolvimento de outras doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares, tendo como conseqüência maior risco de morte prematura ou redução da qualidade de vida do indivíduo (OPAS, 2003).

    Na esfera econômica, em conseqüência do sobrepeso e da obesidade e dos agravos à saúde, é gasto no Brasil cerca de 1,5 bilhão de reais por ano com internações hospitalares, consultas médicas e medicamentos. Desse valor, 600 milhões são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e representa 12% do orçamento gasto com todas as outras doenças (DATASUS, 2006).

    O aumento nos níveis de exercício físico pode ter diversas implicações na prevenção e tratamento do sobrepeso, e ate mesmo em casos de obesidade mórbida. Com isso, o presente estudo tem como objetivo estabelecer a prevalência de sobrepeso e obesidade em homens universitários.

2.     Desenvolvimento

    O excesso de gordura corporal é um sério problema de saúde e está ligado ao desenvolvimento de várias doenças. Segundo Pitanga (2008), a incidência de diabetes, aterosclerose, gota, cálculo renal e morte cardíaca súbita são bastante freqüentes em pessoas obesas. Por outro lado, pouca gordura corporal representa também risco à saúde, porque o corpo necessita de uma certa quantidade de gordura para a manutenção das funções fisiológicas normais. No homem, quando a gordura corporal cai para abaixo de 5%, há uma queda na produção de testosterona e a quantidade de espermatozoides diminui, na libido e atividade sexual (BEAN, 1999).

    A avaliação da composição corporal desempenha importante função no controle da massa corporal (peso corporal), pois fornece subsídios para: prescrever e orientar exercícios físicos; recomendar o consumo energético adequado; e como critério para acompanhamento das condições de saúde tanto individual quanto populacional (QUEIROGA, 2005).

    Uma das vantagens em se utilizar as medidas antropométricas é que além delas oferecem informações valiosas aos riscos de saúde elas são fáceis de fazer e o custo é baixo. Filho (2003) explica que a antropometria é a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as proporções do corpo humano, através de medidas de rápida e fácil realização, não necessitando equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro.

    O tratamento do paciente obeso deve ter como objetivo a saúde e o bem estar do indivíduo, e não apenas os padrões estéticos, porém a prevenção da obesidade parece ser a melhor opção frente ao quadro delineado (NETO 2003 apud REZENDE, ALVES, CASTRO et al., 2008). A atividade física deve ser estimulada desde cedo e os seus benefícios também devem ser sempre lembrados, pois a prática de atividades regulares favorece a prevenção da obesidade, de doenças cardiovasculares, do bem estar, enfim, ajuda o indivíduo a ter uma melhor qualidade de vida. Além dos exercícios é importante salientar que um mau hábito alimentar e os excessos de consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro são fundamentais para que o indivíduo tenha predisposição a esses problemas.

3.     Metodologia

    A pesquisa se classifica como descritiva, que segundo Cervo e Bervian (2002) se caracteriza por observar, registrar, analisar e correlacionar variáveis sem manipulá-las, procurando descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.

    Participaram da pesquisa 34 voluntários do sexo masculino com faixa etária entre 19 a 48 anos (25,5 ± 7,0), alunos do 6º período do curso de educação física (2013/1) de uma instituição de ensino superior privada de Goiânia-GO.

    Os sujeitos foram submetidos à avaliação antropométrica de massa corporal e composição corporal. As medidas de massa corporal foram obtidas através de uma balança manual de marca Wellmy (capacidade até 200 kg). A composição corporal foi estimada através da medida da espessura de dobras cutâneas (EDC), com base no protocolo de 4 dobras de Petroski (1995), utilizando um compasso de marca Sanny. O percentual de gordura foi calculado através da equação de Siri (1961), sendo a gordura absoluta e a massa corporal magra (MCM) calculadas de acordo com Guedes (1994).

    Depois de estimada a composição corporal, os dados foram tratados com base na estatística descritiva utilizando o software Microsoft Excel (versão 2010) e comparados aos padrões de referência disponíveis na literatura pertinente.

4.     Resultados e discussão

Gráfico 1. Porcentagem de gordura corporal

 

Gráfico 2. Gordura absoluta (Kg)

 

Gráfico 3. Massa corporal magra (Kg)

    No total foram avaliados 34 universitários do sexo masculino. A média do percentual de gordura foi de 18,3 %. Os níveis de gordura recomendados para homens são de 15%, sendo que valores acima de 25% ou mais são considerados como obesidades (PITANGA, 2008). Dessa forma, podemos afirmar que os homens ficaram um pouco acima dos níveis de gordura recomendados, porém não foram considerados obesos. A média da gordura absoluta foi de 13,5 kg. A média da massa corporal magra foi de 59,5 kg.

    Neto e César (2005) avaliaram a composição corporal 85 atletas de 8 equipes participantes da Liga Nacional de Basquete de 2003. A média geral do percentual de gordura dos jogadores foi de 23,68%. Um índice acima dos universitários pesquisados, porém também não foram considerados obesos.

5.     Conclusão

    Observou-se que o percentual de gordura dos universitários ficaram um pouco acima (18,3%), porém não foram classificados como obesos que é acima de 25%.

    A realização das medidas antropométricas são importantíssimas no intuito de alertar as pessoas os riscos que o excesso e a baixa quantidade de gordura pode trazer para o indivíduo. Assim, a prevalência de sobrepeso e obesidade e o risco coronariano observada, evidencia a importância dos profissionais da área de saúde em alertarem para os riscos que o excesso de gordura pode trazer para o indivíduo.

Referências

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Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados