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Avaliação da composição corporal em um grupo 

de escolares do 5º ano do ensino fundamental

La evaluación de la composición corporal en un grupo de estudiantes de quinto grado de la escuela primaria

 

*Licenciado em Educação Física, URCAMP, Alegrete, RS

Especializando em Educação Física Escolar, UFSM, Santa Maria, RS

**Prof.ª do Curso de Educação Física, URCAMP, Alegrete, RS

Doutora em Educação e Ciências: Química da Vida e Saúde, UFSM, Santa Maria, RS

(Brasil)

Rhenan Ferraz de Jesus*

rhenanferraz@yahoo.com.br

Jaqueline Copetti**

jaquecopetti@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste estudo foi averiguar a composição corporal em alunos de uma escola da rede pública. Foram empregadas as medidas de circunferência da cintura e quadril para avaliar a RCQ; as DC para o %GC; peso e estatura ao IMC. Constatou-se que a RCQ média dos alunos é considerada ‘moderada’ (0,91±0,05), o que gera maiores indícios e riscos de doenças à saúde. Verificou-se que a média do %GC masculino (21,24%±9,72) e dos alunos (20,28%±7,28) encontram-se em ‘moderadamente alta’ e ‘normal’, tornando-os mais propensos a enfermidades, enquanto classificados em níveis de sobrepeso e/ou obesidade. Além disso, no IMC, 55% dos alunos foram classificados em ‘normal’, média (19,05Kg/m²±3,89). Assim, pode-se afirmar que, pelos resultados encontrados, é possível realizar prevenção de doenças e agravos à saúde em escolares por meio de medidas e avaliações corporais e físicas na Educação Física.

          Unitermos: Antropometria. Composição corporal. Escolares.

 

Abstract

          The objective of this study was to investigate the body composition in school children public schools. Were employed measures of waist and hip circumference to assess WHR, DC for %BF, weight and height to BMI. It was found that WHR Average student is considered 'moderate' (0,91±0,05), which leads to higher risks of diseases and clues to health. It was found that the average male %BF (21,24 ± 9,72%) and students (20,28%±7,28) are in 'moderately high' and 'normal', making them more prone to disease, while ranked in levels of overweight and / or obesity. Moreover, the IMC 55% of the pupils were classified as "normal", mean (19,05kg/m²±3,89). Thus, one can affirm through the results found, you can perform prevention of diseases and health problems in students via measurements and assessments bodily and physical on the education physical.

          Keywords: Anthropometry. Body composition. Students.

 

Recepção: 18/05/2014 - Aceitação: 20/10/2014

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Embora a maioria das doenças se manifeste na vida adulta, é cada vez mais evidente que o desenvolvimento se inicia na adolescência. A partir dessa ênfase, a prevalência se dá tanto em países ricos quanto àqueles de renda média ou baixa. (CDC apud HALLAL, 2005). Dumith et al. (2008) entendem que o desenvolvimento de trabalhos que avaliam a aptidão física de crianças está em ascensão devido à grande preocupação com os efeitos deletérios da inaptidão na infância e a sua influência na vida adulta. Para Freedson e Miller (apud HALLAL, 2005, p.04), ainda mais preocupante é a presença de evidências de que a aptidão física de adolescentes estaria caindo em algumas populações.

    Estudos científicos e epidemiológicos consistentes demonstram claramente o papel fundamental da avaliação física, a qual “se destina a traçar um perfil da aptidão física do indivíduo, detectando não apenas limitações, mas principalmente potenciais” (SABA, 2008, p.94). Para Nahas (2006), a conceituação prévia do termo aptidão física é necessária antes que se queira relacioná-lo à saúde. Por isso, a aptidão física não deve ser entendida como um termo unifatorial, mas sim como um conjunto de atributos referidos a um indivíduo, que pode apresentar-se de forma diferenciada nas diversas fases da vida.

    Em breve definição, aptidão física é compreendida como a capacidade que um indivíduo possui para realizar atividades físicas com o menor gasto energético possível, bem como o estado de funcionamento corporal, caracterizado pela capacidade de tolerar o estresse físico (MATHEWS, 1980; ROBERGS e ROBERTS, 2002; NAHAS, 2006; McARDLE et al., 2008). A aptidão física é uma característica do indivíduo que se traduz na sua capacidade de realizar uma tarefa física. Tem um forte componente genético, mas é modificável através do treino dentro da variabilidade individual (CASPERSEN et al., 1985).

    Assim, entende-se que aptidão física é identificada como sendo dependente da capacidade de exercitar-se, pois uma gama de respostas motoras são resultantes de ocorrências fisiológicas, neurológicas e metabólicas, corelacionadas entre si. Conforme Matsudo (1987), aptidão física pode ser compreendida mediante a avaliação das variáveis antropométricas (peso, altura, dobras cutâneas, perímetros, circunferências), metabólicas (potência aeróbica, potência anaeróbica alática e potência anaeróbica lática) e neuromotores (força, flexibilidade, agilidade, velocidade, equilíbrio, coordenação, tempo de reação e tempo de movimento). Neste contexto, a avaliação física tem sido empregada para determinar uma verdadeira associação entre saúde e aptidão física.

    Gorgatti e Costa (2008, p.467) entendem que a antropometria se utiliza de medidas corporais para a estimativa de um ou mais componentes estruturais do corpo humano (massa, estatura, perímetros corporais, diâmetros ósseos e espessura de dobras cutâneas). Medidas estas que podem ser utilizadas individualmente ou combinadas, em seu valor absoluto ou em equações preditivas de um ou mais componentes corporais. Além disso, “a antropometria é considerada o método mais útil para rastrear a obesidade por ser barato, não-invasivo, universalmente aplicável e com boa aceitação pela população” (VIUNISKI, 2003, p.18).

    Para avaliar e classificar indivíduos, frente ao diagnóstico de doenças e agravos, tem-se utilizado técnicas de avaliação da composição corporal que permitam estimar as quantidades relativas e absolutas dos constituintes específicos do corpo. (GORGATTI e COSTA; McARDLE et al., 2008). Segundo Dâmaso e Bernardes (2003, p.352), enquanto iniciativa do estado de saúde do indivíduo, a composição corporal (CC) se apresenta como uma variável de interferência direta sobre o desempenho motor e a qualidade de vida. Para Ghorayeb e Barros Neto (2002, p.122), a CC se define como objeto dos processos avaliativos, para identificar as medidas e variações dimensionais físicas da composição bruta do corpo humano em diferentes níveis de idade e graus de nutrição.

    Farinatti e Monteiro (2000, p.193) disseminam que medida é uma determinação de grandeza e se constitui no primeiro instrumento para se obter informação sobre algum dado pesquisado. E quanto maior a precisão da medida, maior será a segurança à aplicação. Além disso, “a padronização influencia, diretamente, nos resultados obtidos, e medidas que não se apresentem de forma clara, não devem ser utilizadas” (MATHEWS, 1980). Com base nessa ideia, compreende-se a necessidade da investigação no sentido de dominar bem essa técnica.

    Avaliação, conforme Farinatti e Monteiro (2000, p.194), é um processo contínuo realizado através do julgamento, interpretação e classificação de medidas previamente obtidas, abrangendo aspectos qualitativos, podendo tomar dimensões de grande ou pequena complexidade de objetivos, condições e seleção de procedimentos. Kiss (1987) ressalta que avaliação é um importante instrumento que possibilita conhecermos a situação e o desenvolvimento de determinado sistema.

    Sobre avaliação e aptidão física, Saba (2008, p.92) compreende que:

    Para cada item da aptidão física e do estado de saúde, existe um parâmetro obtido que é comparado com a média dos indivíduos saudáveis e normais. É com base nesses parâmetros que os praticantes (e candidatos a praticantes) de atividade física são avaliados e diagnosticados. Certas pessoas descobrem, na avaliação, que possuem características bastante distantes daquelas consideradas saudáveis e assim ficam cientes da necessidade de cuidados especiais.

    Por isso, avaliar a aptidão física pode ser fundamental a qualquer programa de atividade física, tendo como objetivo de melhora na saúde, da mesma forma, estabelecendo um ponto de partida para que os indivíduos possam definir metas e monitorar seus progressos.

    Da mesma maneira, Barros e Nahas (2003, p.14) entendem que:

    Uma das principais razões em medir e avaliar atividades físicas, especificamente em crianças, é de identificar fatores biológicos, psicossociais e ambientais que as influenciam; de monitorar as tendências nos níveis de atividade física nos mais diversos grupos populacionais; de avaliar a eficácia de programas e determinar a quantidade de atividade física requerida para influenciar determinados parâmetros de saúde.

    Deste modo, medir e avaliar atividades físicas pode atender a interesses diferentes de profissionais da saúde, pesquisadores e profissionais da área do desporto. Afinal, sabendo que a avaliação é um processo de tomada de decisão, baseado na análise e julgamento de medidas, medir e avaliar comportamentos complexos e multideterminantes em atividades físicas exige mais da capacidade de interpretação e da utilização de valores referenciais que sejam precisos e válidos, o que é considerado um aspecto decisivo para a qualidade do processo avaliativo como um todo deste estudo.

    Assim sendo, buscando vincular a teoria à pratica nas aulas da disciplina de Medidas e Avaliações em Educação Física, o presente estudo teve o seu desenvolvimento durante o quarto semestre do Curso de Graduação em Educação Física no ano de 2011, onde o acadêmico pesquisador e orientadora buscaram entender, averiguar e identificar a composição corporal de um grupo de alunos da rede estadual de ensino no município de Manoel Viana/RS. Além disso, podendo evidenciar a importância do manuseio de instrumentos antropométricos, de baixo custo e de fácil manuseio em escolas públicas, para que se possa permitir a identificação precoce em alguns casos de doenças e agravos à saúde como o sobrepeso e a obesidade infanto-juvenil, que já possuem índices preocupantes na realidade escolar da região.

Metodologia

    Este trabalho possui caráter quantitativo e de delineamento transversal, delimitando-se a uma amostra de vinte alunos (onze meninas e nove meninos) que se encontravam entre uma faixa etária de dez a quinze anos de idade, todos pertencentes a uma turma da 5ª série do Ensino Fundamental de uma escola da rede estadual do município de Manoel Viana/RS.

    As técnicas de pesquisa empregadas incluíram as medidas de circunferência da cintura e do quadril para avaliar a Relação Cintura-Quadril (RCQ), de acordo com a classificação de riscos da tabela da ABCA (1996); foram coletadas as dobras cutâneas (DC) da subescapular e do tríceps para calcular o percentual de gordura corporal (%GC), interpretados pelos índices classificatórios de Lohman et al. (1988); empregou-se o peso e estatura para o IMC conforme a classificação das tabelas da OMS (2007).

    Como instrumentos e procedimentos, utilizou-se balança e estadiômetro para aferir o peso e a altura; o adipômetro para interpretar as dobras cutâneas, as quais foram coletadas, repetitivamente, duas vezes em cada aluno, logo, obtendo-se uma média das medidas; fita métrica para medir as circunferências. Para análise dos dados, os mesmos foram digitados em planilha do EXCEL 2007 e, posteriormente, realizou-se a análise descritiva por meio de percentuais, médias, valores máximos e mínimos e desvio padrão das variáveis investigadas.

Resultados e discussão

    O presente estudo conteve amostra de vinte estudantes, onde nove destes eram meninos. Constatou-se a média da faixa etária de 10,55 anos (±1,23); a média geral do peso corporal de 43,95 Kg (±12,14); a média geral da estatura de 1,5 m e a média geral do IMC de 19,05 Kg/m², considerada normal em seu estado nutricional, conforme OMS (2007).

Tabela 1. Peso Corporal, Estatura, Idade e IMC médio dos alunos

Fonte: dados da pesquisa (2011)

    Na tabela 1, observam-se os valores médios do IMC por sexo: as meninas se enquadraram no percentil cinqüenta e estado nutricional em peso ideal, apresentando uma pequena diferença quando comparado ao valor dos meninos em Kg/m², também percentil, Escore-Z ‘>+1’ (peso normal). Além disso, pelo estado nutricional, constatou-se na amostra que 55% dos alunos são eutróficos; 5% estão desnutridos; 20% com sobrepeso e outros 20% estão obesos. Comparando com o estudo realizado, por Pinto et al. (2008, p. 5), que encontrou o IMC médio de 19,3 kg/m2 + 2,6 kg/m2 em grupos de jovens, dezessete crianças e adolescentes onde dez destes são rapazes, segundo a faixa etária dos três grupos: sete a dez anos, onze e doze anos e treze e quatorze anos, idade média de onze anos (DP=2,4), todos iniciantes à prática de tênis na cidade de Florianópolis, SC.

    Em estudo mais abrangente, realizado por Andreasi et al. (2010, p.499), com uma amostra de 988 crianças, onde predominou o sexo masculino (52,9%), a média de idade foi de 9,7±2,4 anos. A classificação pelo IMC demonstrou predominância de eutróficos (63,8%). O excesso de peso foi de 32,8% (15,9% sobrepeso e 16,9% obesidade), e apenas 3,4% de baixo peso foi observado.

    No entanto, um estudo realizado com alunos da rede pública de Florianópolis/SC por Soar et al. (2004, p.3), em relação ao IMC, perfez-se um total de 419 escolares entre sete e dez anos de idade, sendo 215 (51,3%) do sexo masculino e 204 (48,7%) do feminino. Os quais apresentaram em mostra poucas variações nos valores descritos neste percentil ao sexo masculino (16,56 kg/m²), enquanto que, no feminino, nota-se uma maior variação, na medida em que aumenta a idade, aumenta-se o valor do IMC (média de 16,44 kg/m²).

    Levando em consideração a afirmação de McArdle et al. (1998), as relações da cintura-quadril de indivíduos que ultrapassam 0,90 cm para sexo feminino e 0,95 cm para sexo masculino, estão associadas ao maior risco de morte e por outras enfermidades. Quanto a RCQ média dos alunos do sexo masculino e feminino apresentou uma pequena diferença à RCQ, média geral dos alunos (0,91±0,05). Porém, pela tabela 2, percebe-se que a RCQ média masculina apresenta um valor consideravelmente alto, por conseguinte classificada como risco alto, o que gera indícios para maior risco de doenças nesta faixa etária.

Tabela 2. Circunferências da cintura e do quadril e RCQ dos alunos

Fonte: dados da pesquisa (2011).

    Também, observou-se, neste estudo, a média geral da circunferência da cintura (73,67cm±11,79) e do quadril (80,1cm±9,74). Alguns alunos apresentaram índices preocupantes em relação à circunferência da cintura, pois segundo a Avaliação de Composição Corporal Aplicada (ABCA, 1996 apud DWYER e DAVIS, 2006), homens e mulheres com mais de 102 cm e 88 cm de cintura, respectivamente, podem apresentar alguns riscos de doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

    Em outro estudo, realizado por Bernardes e Pimenta (2004, p.7) na rede municipal da localidade de Paraíba do Sul, interior do estado do Rio de Janeiro, de uma população-alvo de dez crianças pré-puberes entre sete e dez anos, a média da RCQ foi de 1,01. Conforme Nunes (apud BERNARDES e PIMENTA, 2004, p.14), ao visto na maioria dos especialistas em obesidade, acreditam que a razão pelo qual tantas crianças pesam mais do que deveriam é devido a três fatores: influência genética - pelos pais -, dietas ricas em calorias e gorduras e, ainda, pelo gasto energético insuficiente devido à falta da prática de atividade física – sedentarismo.

    Em crianças e adolescentes, empregando as medidas das dobras cutâneas tricipital e subescapular e por meio do protocolo de Lohman et al. (1988), pode-se chegar ao percentual de gordura corporal. Constatou-se a média geral da dobra cutânea do tríceps (13,4mm±5,66) e da subescapular (9,6mm±4,64). Obteve-se a média geral da porcentagem de gordura corporal de 20,28% (±7,28) considerada ‘adequada’, conforme a sua classificação.

Tabela 3. Dobras cutâneas (tríceps e subescapular) e o percentual de gordura corporal dos alunos

Fonte: dados da pesquisa (2011).

    Segundo a classificação de Lohman et al. (1998), observou-se que 45% dos alunos apresentaram-se no índice ‘adequada’. Outros apresentaram resultados preocupantes: 15% em ‘Moderadamente Alta’; 15% em ‘Alta’ e, apenas 5% da amostra, encontrou-se em ‘Excessivamente Alta’, cuja classificação entende-se que há maior prevalência de riscos à saúde, bem como obesidade e/ou morbidade, mortalidade e outras doenças e agravos.

    Em estudo realizado por Pinto et al. (2008, p.6), os valores médios das dobras cutâneas do tríceps e subescapular masculino (14,82 mm x 12,75 mm), feminino (14,73 mm x 9,96 mm) e do percentual de gordura foram 20,1% (Moderadamente Alta) e 21,2% (Adequada) entre os rapazes e as moças, respectivamente. Cerca de 1/3 da amostra (29,4%) apresentou valores de percentual de gordura superior a 25,0%, fator alarmante já que desses avaliados mais da metade tinha percentual de gordura acima de 30,0% (Alta).

    No estudo de Andreasi et al. (2010), dentre os indicadores antropométricos, apenas o percentual de gordura corporal diferiu entre os sexos, sendo superior nas meninas (24,4%±6,8) quando comparadas com os meninos (19,5%±7,6). A média foi de 21,8% (±7,6). No entanto, na pesquisa de Matsudo (2006), dezoito adolescentes iniciantes (85% meninos e 15% meninas) na prática de futebol, em média de 13,7 anos, possuem valores de dobras cutâneas médios em 7,5 mm para tríceps e 10,4 mm para subescapular, gerando uma média de percentual de gordura de 14,92%, estando dentro do índice considerado ‘adequada’.

    Ainda, Andreasi et al. (2010, p.501) vem colaborar com o entendimento de que a avaliação do comportamento e de componentes da aptidão física em crianças e adolescentes pode propiciar informações úteis para a adoção de políticas públicas que favoreçam a melhor qualidade de vida e o estado geral de saúde dessa população, tanto hoje como no futuro. Assim sendo, as comparações dos resultados expostos, obtidos com valores padrão de referência populacional, permitem uma percepção do contraste entre o nível iniciante atleta (para mais ou para menos) em relação a pessoas não atletas de sua idade. Isso evidencia, notavelmente, que as práticas de atividades físicas podem auxiliar no combate à obesidade infantil e ao excesso de peso corporal.

Considerações finais

    Durante a infância e a adolescência, fases da vida tão importantes para o desenvolvimento físico do indivíduo, entende-se que a Educação Física escolar tem um grande papel de auxiliar no desenvolvimento integral do aluno, proporcionando atividades e vivências que relacionem a aptidão física com a saúde, com o desporto e com o convívio social. Com isso, durante a vivência acadêmica, foi possível compreender que a proposta de disseminar a importância da avaliação antropométrica escolar se torna, também, uma excelente oportunidade para identificar, averiguar e poder entender uma definição de composição corporal, antropometria e seus processos avaliativos, os quais são fundamentais para balizar a correlação peso corporal/desempenho físico/saúde.

    Além disso, essa compreensão se torna um imperativo e muito essencial para poder evidenciar a importância do manuseio de instrumentos antropométricos de baixo custo e de fácil manuseio em escolas públicas, para que os devidos profissionais da saúde e da educação possam permitir a identificação precoce, e podendo realizar a prevenção e controle, de algumas doenças. Entre elas, fundamentalmente, o sobrepeso e a obesidade infanto-juvenil, já que essas possuem índices preocupantes na realidade escolar da região.

    Em vista do que foi exposto, a realização deste estudo, em uma escola na rede estadual, possibilitou traçar um perfil de uma comunidade escolar com vistas às suas características morfofuncionais e seu comportamento, por meio da avaliação antropométrica na disciplina de Educação Física. Assim, entende-se que seja fundamental uma proposta de investigação mais abrangente, que englobe um maior número de adolescentes de diferentes classes, para comprovar a precisão da amostragem exposta neste estudo delimitado.

Referências

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