A obesidade como fator de risco da osteoartrite na saúde do adulto La obesidad como factor de riesgo de la osteoartritis en la salud del adulto |
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*Aluna do décimo período do curso de Fisioterapia das Faculdades INTA de Sobral-CE **Fisioterapeuta, Dra. em Gerontologia Biomédica-PUCRS Docente do curso de Fisioterapia das Faculdades INTA de Sobral-CE ***Fisioterapeuta, mestre, coordenador do curso de Fisioterapia das Faculdades INTA ****Fonoaudióloga, especialista, docente das Faculdades INTA *****Mestrando em biotecnologia docente do curso de Fisioterapia das Faculdades INTA. Fisioterapeuta (Brasil) |
Genissa Maria Florindo Vieira* Janaísa Gomes Dias de Oliveira** Leandro Gomes Barbieri*** Danielle Gonçalves Fernandes Vieira Barbieri**** Denis Frota Guimarães***** |
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Resumo A osteoartrite (OA) é uma doença degenerativa e crônica, é uma das principais doenças articulares atingindo as articulações sinoviais, provocando degeneração da cartilagem articular, principalmente de mãos, pés, joelhos e quadris, levando a dor, rigidez articular e crepitações muitas vezes audíveis além deformidades, comprometimento da marcha e da funcionalidade nas atividades de vida diária. Objetivo: Mostrar a importância da prevenção precoce da Osteoartrite, desde a infância, até a fase adulta minimizando ou eliminando seu principal fator de risco: a obesidade. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, realizada nas bases de dados: Scielo, Bireme, Medline e artigos científicos de periódicos digitais, publicados no período de 2007 a 2014, utilizando como palavra-chave: Saúde do adulto, obesidade, Fisioterapia e Osteoartrite (OA) e prevenção, promoção e educação em saúde onde foram encontrados um total de trinta artigos, sendo utilizados vinte, dividindo-se: dez de osteoartrite, cinco de prevenção e promoção em saúde, dois de saúde do adulto e três sobre obesidade. Resultados: De acordo com as pesquisas optou-se por artigos que falassem preferencialmente sobre a saúde do adulto, obesidade e seus agravos, o que seria a osteoartrite e suas consequências e ainda prevenção, promoção e educação em saúde. Conclusão: Conclui-se que essa interferência precoce é de extrema e fundamental importância para uma melhor qualidade de vida podendo até evitar que o individuo venha em alguma época de sua vida adquirir tal patologia, nesse caso a instrução e a educação em saúde ao paciente adulto em relação ao seu modo de vida são indispensáveis. Unitermos: Obesidade. Osteoartrite. Adultos.
Recepção: 21/08/2014 - Aceitação: 02/12/2014
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A osteoartrite (OA) é uma doença degenerativa e crônica, é uma das principais doenças articulares atingindo as articulações sinoviais, provocando degeneração da cartilagem articular, principalmente de mãos, pés, joelhos e quadris levando a uma incapacidade funcional, afetando alterações inflamatórias, levando a dor, rigidez articular e crepitações muitas vezes audíveis além deformidades, comprometimento da marcha e da funcionalidade nas atividades de vida diária onde sua principal característica e a considerável perda da qualidade de vida principalmente na classe idosa; apresenta como um dos principais fatores de risco a obesidade (CHACUR et al, 2010).
Com o aumento da esperança de vida, a fase de vida adulta ocupa cerca de 50% do total do percurso de vida de cada pessoa. Esse fato gera a necessidade de esse adulto que tem pela frente diversos caminhos a percorrer, muitas decisões a tomar e experiências a viver (SOUSA, 2007).
O aumento da expectativa de vida faz questionar sobre o momento em que se deve trabalhar com a prevenção de agravos da saúde e o atendimento que é dado ao adulto na promoção de saúde, prevenção de doenças e na recuperação, visando à qualidade de vida com mais dignidade e velhice saudável.
A melhoria das condições de vida torna-o um ser com possibilidade de viver por mais anos, remetendo-o à revolução das necessidades do incremento do consumo, da informação, da promoção do lazer, do rejuvenescimento e do hedonismo.
Uma vez que se previne ou trata-se com antecedência, aumenta-se ou estende-se a expectativa de vida desses indivíduos, e isso pode ser feito intervindo no principal fator de risco para essa patologia: obesidade, que juntamente com ela vem uma série de eventos secundários (comorbidades) dentre os quais podem ser citados Segundo Leite et al (2011): Hipertensão Arterial Sistêmica, Doenças Cardiovasculares, Diabetes e Dislipidemias. E que se não tratadas devidamente podem levar a óbito.
Osteoartrite
A Osteoartrite (OA) é a forma mais comum em se tratando de doenças articulares, é uma doença crônica, degenerativa que acomete a cartilagem sinovial e que afeta principalmente mãos, pés, joelhos e quadris levando a uma incapacidade funcional, sua principal característica e consequentemente uma considerável perda da qualidade de vida principalmente na classe idosa que relatam como sintomas dor, rigidez articular e crepitações muitas vezes audíveis.
Não existe conhecimento de cura para a Osteoartrite tendo então como objetivo principal o tratamento, reduzir o quadro álgico, recuperando parte da funcionalidade do paciente melhorando assim sua qualidade de vida.
A Osteoartrite é definida como a insuficiência da cartilagem articular, seja ela por “usura” ou por processo natural de envelhecimento onde a mesma encontra- se desgastada o que gera o processo álgico e que ainda levam a outros problemas correlacionados como ulceração, fibrilação, esclerose do osso subcondral ou ainda formação de osteófitos marginais e cistos subcondrais. (CAMANHO; IMAMURA; ARENNDT-NIELSEN, 2011).
Além de a Osteoartrite ser uma doença por si só incapacitante ela ainda vem correlacionada com outras comorbidades e fatores de risco. Tendo a obesidade como principal fator de risco e que influencia diretamente nos sinais e sintomas e no grau de incapacidade funcional justamente pela sobrecarga aplicada aos joelhos pelo excesso de peso agravando ainda mais a patologia. Ainda em associação podem existir doenças cardiovasculares e metabólicas, como hipertensão, diabetes e dislipidemias, uma coisa vai levando a outras.
“As mulheres apresentam risco aumentado para a osteoartrite (OA) de joelhos e obesidade. Associadas, essas doenças podem gerar dor e prejuízos funcionais, principalmente em atividades de locomoção”. (VASCONCELOS; DIAS; DIAS, 2008). Afeta mais as mulheres devido à queda de estrógeno na menopausa que também já leva a uma maior prevalência de osteoporose e também pelo fato de serem mães muitas engordam muito além do peso não conseguindo retorna ao peso anterior gerando consequentemente o estresse precoce das articulações.
A depressão em idosos com Osteoartrite ou que já tenham a mesma e posteriormente tenha adquirido Osteoartrite ou que adquiriram a mesma em decorrência da Osteoartrite tem tido uma participação consideravelmente negativa na patologia uma vez que ela influencia diretamente nas duas queixas principais da Osteoartrite: dor e incapacidade funcional. Eles tendem a relatar mais dor e com maior intensidade além de não serem tão cooperativos com o tratamento. Por consequência de quais quer tipos de comorbidades que sejam associadas à Osteoartrite, o prognósticos desses pacientes é consideravelmente ruim (LEITE et al, 2011).
Obesidade como fator de risco
Além do envelhecimento, a obesidade, lesões ou cirurgias prévias, esforço ocupacional ou recreacional cumulativo, mau alinhamento articular e fraqueza muscular são alguns dos fatores que também predispõem à Osteoartrite (ZACARON KAM; DIAS; ABREU, 2006).
Nas duas últimas décadas, a população mundial adquiriu hábitos alimentares pouco saudáveis, além de um estilo de vida menos ativo. Tais mudanças têm influenciado para o aumento expressivo do peso corporal. Em algumas populações, a obesidade assumiu proporções epidêmicas, relacionando-se aos fatores de risco cardiovasculares e também ao aparecimento de alterações posturais, tanto em adultos como em crianças e adolescentes (SILVA; RODACKI; BRANDALIZE, 2011).
A obesidade é um grande fator de risco não só para a Osteoartrite mais também para várias outras doenças como as cardiovasculares. Uma vez que se reduz o peso, tenta-se deixar perto do ideal para a altura (IMC), certa forma prevenir-se não só a incidência de osteoartrite mais também outras comorbidades que podem vir associadas à mesma.
A prevalência de obesidade vem aumentando não só nos países desenvolvidos, mas também naqueles em transição socioeconômica como o Brasil, tornando-se um problema de saúde pública. (VASCONCELOS E DIAS 2008). Como anteriormente citado a obesidade não é só problema e preocupação do obeso e de sua família, mais já é de saúde pública, de saúde em geral uma vez que ela pode trazer efeitos devastadores à saúde.
O individuo que almeja uma vida saudável e mais longeva é interessante que internalize o que chamamos de tripé da prevenção: prática regular de exercício físico, alimentação saudável e consequentemente manutenção do peso ideal.
Na questão da osteoartrite, onde o principal fator de risco é a obesidade, eliminando esse fator já seria uma forma de prevenção, diminuiria e muito a chance do individuo adquiri-la. Segundo VASCONCELOS e DIAS (2008) o grau de obesidade pode vir a influenciar na capacidade funcional de obesos com Osteaortrite de joelhos. Então quanto maior o sobrepeso, maior vai ser o estresse sobre a articulação dos joelhos, em especial e mais precocemente ocorrerá o processo de desgaste da cartilagem.
Em relação à cronicidade das patologias advindas segundo SILVA; RODACKI; BRANDALIZE (2011) as dores crônicas possuem etiologia complexa e são, geralmente, multifatoriais, porém sua relação com obesidade é marcante, ou seja, a obesidade é uma das principais causadoras de doenças crônicas como a Osteoartrite.
Além da obesidade o individuo ainda pode adquirir outras comorbidades que podem estar associadas somente a osteoartrite ou secundariamente a obesidade, principal fator de risco ou simplesmente pelo processo natural de envelhecimento o que e mais comum, uma vez que ainda acredita- se que osteoartrite ainda em grande porcentagem é uma patologia tida como da terceira idade.
“A presença de diabetes, doença cardíaca ou mesmo alterações visuais não somente ocorre com maior frequência em pacientes com OA, mas também leva a um maior comprometimento das funções físicas e da qualidade de vida, além de pior prognóstico em caso de artroplastias”. (LEITE et al, 2011).
Alterações ósseas e posturais desencadeadas pela obesidade
Segundo Figueiredo Neto et al (2011) que em decorrência das alterações, causadas pacientes com OA reduzem paulatinamente a atividade física, com consequente piora da qualidade de vida. Então comprovadamente sabe-se que o exercício físico contribui e muito para a melhora da capacidade funcional do individuo e consequente melhora na qualidade de vida.
A presença de dor no joelho ou mesmo fraqueza da musculatura anterior da coxa podem estar relacionadas com a diminuição de amplitude e flexão de joelho na marcha (KIRKWOOD; REDENDE; MAGALHÃES, 2011).
Então ainda segundo KIRKWOOD; REDENDE; MAGALHÃES (2011) o devido conhecimento das características biomecânicas da marcha de indivíduos em estágios iniciais e intermediários de evolução da OA de joelho pode favorecer e muito o atendimento fisioterapêutico precoce, capaz de efetivamente reduzir a dor e provavelmente a progressão da doença.
Dentre outas alterações a fraqueza muscular, especialmente do quadríceps, é uma das principais repercussões osteomusculares da osteoartrite de joelho, assim, os exercícios são considerados uma das principais intervenções no tratamento conservador da doença. (IVEIRA et al, 2012). Então, o tratamento conservador, direciona-se para o fortalecimento, prevenindo evita-se a instalação da patologia, utilizando para exercícios físicos ou de uma musculação moderada.
Outra alteração bastante comum em obesos principalmente, pois facilita o desencadeamento da OA é segundo SILVA; RODACKI; BRANDALIZE (2011) o valgismo, sendo a principal alteração observada na articulação do joelho independentemente de sexo.
A osteoartrite no âmbito saúde do adulto
Deveria haver uma maior preocupação com a saúde do adulto, pois uma vez que o individuo ainda jovem está devidamente instruído, educado em relação a sua patologia pode-se proporcionar a ele futuramente uma melhor qualidade de vida, até porque é sabido segundo ALVES (2003) que as doenças crônicas da vida adulta têm as suas raízes na infância.
A osteoartrite incide tanto na fase idosa tem relação como na fase adulta jovem, sendo necessária, haver uma prevenção precoce almejando melhor qualidade de vida no futuro.
A preocupação com a saúde do adulto não se deve começar só quando individuo atingir a esta fase, deve-se iniciar desde a infância. Com relação à saúde do adulto segundo ALVES (2003) a aderência da prática de exercício e mudança dos hábitos de vida para que a mesma se torne mais longeva e saudável é fundamental.
O hábito da atividade física deve perdurar por toda a vida, pois os estudos feitos em um determinado artigo também apontam inúmeras vantagens para o idoso, principalmente na manutenção de sua aptidão física, na melhora, prevenção e tratamento principalmente das doenças tidas como crônicas. Dessa forma, o exercício físico regular pode prolongar a vida, torná-la mais saudável e alegre, ou seja, se cuidando da saúde do adulto consequentemente já se está cuidando da saúde do idoso.
Pensando assim para ALVES (2003) a promoção precoce se saúde principalmente através de exercícios físicos deve fazer parte dos cuidados de rotina para o bem estar da criança e do adulto. Ser fisicamente ativo desde a infância, como por exemplo, praticando atividades físicas simples como jogos na escola, apresentam muitos benefícios, não só na área física, mas também nas esferas social e emocional, e pode levar a um melhor controle das doenças crônicas da vida adulta.
Para FREITAS e MENDES (2007) a condição crônica está intimamente ligada ao adulto idoso, não os limita exercer atividades de promoção de saúde. Condição crônica é o rótulo da idade e está presente com o aumento de tempo de vida da pessoa, significa o aumento do tempo de vida, algumas vezes auto geradora, inerente do estilo de vida e riscos do meio ambiente.
Segundo FREITAS e MENDES (2007) doença crônica é sugestivo de: idade avançada, limitações, inabilidades, desvio do normal, doença ou incapacidade maior que três meses, doença que tem acometimento lento e progressivo, que transforma relações, que pode trazer deformidade e deficiência funcional grave entre outras. A Doença crônica é uma condição incapacitante que requer longo tempo de cuidado, além de contínua e concomitante ação de prevenção primária, secundária e serviço de reabilitação. O processo de cura é muito lento ou inexistente com a idade, gerando incapacidades residuais e algumas vezes frequentes recorrências da doença. Por esse motivo deve ser e muito focado a questão da prevenção uma vez que é sabido suas consequências futuras.
Para FREITAS e MENDES (2007) as doenças crônicas são doenças decorrentes do modo social de organizar a vida, ou seja, estão intimamente relacionadas com o modo, com o estilo de vida do individuo que possuindo as devidas orientações podem ser modificados, sendo assim esse individuo podendo ser educado ou reeducado.
Promoção da saúde da obesidade em indivíduos portadores de osteoartrite
Educação e saúde em Fisioterapia precisam ser indicadas, primordialmente, pois uma vez que empregada de maneira eficaz, corretiva e conscientizadora possivelmente, evitará que se venha a agir na parte do tratamento, A fisioterapia não se resume a reabilitação, mais também é prevenção e promoção, também é atenção primária.
Segundo Pinafo et al (2012) a promoção se distingue da prevenção. O enfoque da promoção da saúde é mais amplo e abrangente, busca verificar, enfrentar e transformar os macrodeterminantes do processo saúde-doença em direção da saúde, JÁ a prevenção sugere que o indivíduo fique isento das doenças.
Segundo Moraes (2008) a promoção da saúde, hoje, engloba mudanças de estilo de vida com abordagens educacional e comportamental quanto à redução de alguns riscos relacionados ao fumo, álcool, drogas, erros de nutrição, falta de exercícios, obesidade e estresse; em outras palavras, visam a um comportamento saudável.
A obesidade, tanto adulta quanto infanto juvenil, gera um significativo estado de sofrimento pessoal e coletivo, dado o impacto das suas inúmeras comorbidades tais como: alterações degenerativas em articulações, principalmente joelhos, sobrepeso em toda a estrutura corporal, coluna, diabetes, hipertensão, dislipidemias, problemas circulatórios principalmente (Rossetti et al, 2009). Porém essas comorbidades podem ser resolvidas se forem prevividas a tempo.
A promoção da saúde está intimamente relacionada com as ações relacionadas à educação em saúde. A educação em saúde é, muitas vezes, entendida como um modo de fazer as pessoas do povo mudarem seus hábitos para assimilarem práticas higiênicas e recomendações médicas que evitariam o desenvolvimento de um conjunto de doenças. Entretanto, para os autores que se baseiam na educação popular, educar para a saúde é justamente ajudar a população a compreender as causas dessas doenças e a se organizar para superá-las (Gomes e Merhy, 2011).
Uma melhor forma, barata e eficaz de se prevenir qualquer doença e principalmente a em questão, osteoartrite é a prática de exercício físico, regulada, moderada, especial para cada pessoa, acompanhada e associada com uma alimentação também saudável.
Além de prevenção através de exercícios físicos o que é essencial tanto para prevenir como tratar o excesso de peso, fator contribuinte tanto para aparecimento tanto de obesidade como de osteoartrite. É interessante que o individuo se mantenha sempre dentro do seu peso ideal ou o mais perto dele possível, pois é sabido que o excesso de carga sobre as articulações é um forte vilão, e contribui consideravelmente para o desgaste precoce da mesma desencadeando as doenças degenerativas como, por exemplo, a osteoartrite.
“o músculo do quadríceps tem a função de absorver impactos e que uma vez que o mesmo esteja enfraquecido causaria uma desproteção da articulação o que geraria uma maior sobrecarga e estresse sobre os joelhos piorando a AO”. (Imoto, Peccin e Trevisani, 2012).
Por este motivo tem-se essa insistência em relação ou fortalecimento do mesmo principalmente quando a patologia já está instalada como forma de tratamento, mais também como já foi falado pode se usar isso a favor do individuo como forma também de prevenção, fortalecendo, evitando assim seu enfraquecimento e possível incidência de Osteoartrite, desencadeando o que chamamos de “efeito dominó”.
A prevenção precoce, desde a infância, apresenta-se como a melhor maneira de evitar os danos da obesidade na fase adulta, enquanto o potencial da prática regular de exercícios físicos tem se mostrado surpreendente. (Rossetti, Britto e Norton, 2009).
A maneira correta de se levantar uma carga, coisa simples também é algo que serve como prevenção, onde se evita que o individuo venha a adquirir a patologia, pois o excesso de carga mesmo que não seja do próprio individuo e também a forma incorreta de fazer esse transporte principalmente que for retirá-lo do chão contribui e muito para o aparecimento da afecção e também para seu agravamento caso já esteja instalada.
A utilização de calçados adequados corresponde a uma forma de prevenção, sugerindo-se o uso de calçados minimalistas Os quais se assemelham ao andar de pés descalços mais com conforto. “Se eficaz, o uso desses sapatos, minimalistas barato pode ser parte de uma prescrição de tratamento, o que representa uma forma de reduzir os custos associados com o tratamento dos pacientes com OA (TROMBINI-SOUZA et al, 2012)”. Se o individuo realizar uma caminhada com calçados minimalistas é possível reduzir o desgaste da articulação de todo o joelho. Segundo SOUZA et al (2012) o uso do tênis minimalista por seis horas por dia durante seis meses, alivia o quadro álgico e melhora a função musculoesquelética.
Segundo SILVA; RODACKI; BRANDALIZE (2011) a relação entre obesidade infantil e dor musculoesquelética não é bem esclarecida, porém existem algumas hipóteses, como sobrecarga articular e mau alinhamento articular e por esses motivos torna-se necessário estabelecer mecanismos de intervenção preventiva já nessa fase da vida. A abordagem precoce do sobrepeso infantil pode impactar diretamente na futura saúde física, social e emocional do indivíduo (Rossetti, Britto e Norton, 2009).
Conclusão
Conclui-se então que a prevenção e a promoção de saúde são de extrema importância, que deveriam ter um enfoque maior e que deveriam vir antes mesmo de tudo, pois evitariam ou facilitariam um possível tratamento. E que sendo a obesidade o principal fator de risco não só para a osteoartrite mais também para uma série de eventos secundários a mesma e que trariam um prognóstico negativo ao portador sendo ela eliminada ou reduzida seus agravos tantos os secundário como os diretamente sobre a Osteoartrite seriam também eliminados ou reduzidos.
Eliminar seu principal fator de risco ainda quando individuo jovem é sim uma forma de prevenção, promoção e educação em saúde o que proporcionará uma terceira idade com melhor qualidade de vida e com uma maior longevidade.
Referências
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