Mulher negra na primeira pessoa: vulnerabilidade, preconceitos e experiências com o HIV Mujer negra en primera persona: vulnerabilidad, prejuicios y experiencias con el HIV |
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*Graduanda em Terapia Ocupacional –
UFSM ***Mestrando em Educação – UCP (Brasil) |
Marlete Andrize Oliveira* marleteandrize2014@yahoo.com.br Patrícia Oliveira Rodrigues** Adalberto Romualdo Pereira Henrique*** |
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Resumo O HIV/AIDS é um problema de saúde pública, sendo permeado ainda hoje de preconceitos e carregando um estigma de morte. A sociedade tem medo da AIDS e o que dizer de uma mulher negra com diagnóstico de sorologia positiva? As discussões sobre o racismo são inerentes ao nosso cotidiano. Para este trabalho, entrevistamos uma mulher negra, HIV positivo e através de seus relatos, podemos observar que ainda há preconceitos sobre as condições de raça e saúde/doença. Unitermos: Mulher. Vulnerabilidade. Preconceitos. HIV.
Recepção: 06/01/2015 - Aceitação: 07/02/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 201, Febrero de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Segundo a OIT (Organização Internacional de trabalho) 93% das mulheres estão no trabalho doméstico e destas 61,6 são mulheres negras, onde apenas 24,6% possuem carteira assinada. Com estes dados pode-se refletir sobre a divisão de papeis ocupacionais no Brasil, desde quando o primeiro navio negreiro atracou em nosso país as mulheres negras vem sendo tratadas como objetos profícuos. Se antes eram obrigadas a tais ocupações, devido ao sistema escravocrata, hoje o que as obriga são as marcas deste, que não as deixa alçar vôos mais altos, por que se as negras vão para faculdade, quem irá fazer a faxina? Podemos conceituar estas marcas como: racismo institucional, machismo e invisibilidade social. É inteligível o processo que desenhou este contexto, uma libertação do corpo negro, mas não dos preconceitos e limitações que devido a sua cor, o mesmo carregava. Temos como objetivo relatar a trajetória de mulher negra, marcada pelo racismo e com diagnóstico de sorologia positiva. Fundamenta-se este quadro, pelo processo histórico vivenciado por negras e negros, que foram arrancados do ventre da mãe África e trazidos para viver em cativeiro como animais, e após o fim do colonialismo, foram jogados a própria sorte, sem empregos, sem educação, sem oportunidades. Esse foi o destino dos negros “libertos”. Será que hoje, a situação da população negra é diferente? Basta refletirmos em como se deu o processo. Em 1850 foi aprovada a Lei das Terras, coincidentemente no mesmo ano que a Lei Eusébio de Queiros, a primeira nada mais foi que um meio de impedir a primeira tentativa de que o negro teve de adquirir algo que fosse seu, mesmo após a abolição o negro não consegue se incluir, mesmo sendo a sociedade que devesse incluí-lo, apesar de fazer parte da mesma, não consegue crescer junto com ela. Legitimando as questões que envolvem o negro na sociedade vigente e ratificando que pelo processo colonial e suas seqüelas, "Só existe uma coisa mais desafiadora do que ser negro no Brasil: ser negra.”.
Em seu poema, Oliveira nos traz a dura realidade de milhares de mulheres negras, que são obrigadas a deixar seus filhos em casa, muitas vezes largados a própria sorte, para alimentar, dar amor e cuidado aos filhos da burguesia branca. Deixando os filhos da Mama África, morrer devido à fome, negligência, ausência de amor, filhos que são adotados pelo mercado clandestino do tráfico, trabalho escravo, violência e prostituição.
Vivemos em uma sociedade que vive a sombra, de um tempo que a máxima ascensão de uma mulher negra era chegar à casa grande, e foi assim por anos, mas será que essa realidade mudou? Não é raro nos depararmos com as pérolas do machismo que afirmam que o lugar da mulher é na cozinha, e se for negra na cozinha, no tanque até na cama do senhorzinho, mas jamais em lugares de prestigio como na universidade, política ou espaços de lideranças.
Acredita-se que a relação da mulher negra com o trabalho doméstico não é e nem nunca foi uma predileção, após a libertação, sem educação, sem terra, sem emprego, quais foram às alternativas encontradas para sobreviver neste sistema, a não ser o subemprego e moradias marginalizadas? Há uma parcela mínima de mulheres negras que conseguem adentrar no ensino superior, afrontando um sistema que cria barreira já na taxa do vestibular, piorando no acesso e na permanência, e quando conseguem vencer todos esses entraves, ainda sofrem uma das maiores violências, o racismo tão arraigado em nossa sociedade.
“Ele se negou a ser atendido por mim, mesmo tendo seu rosto totalmente desfigurado, em conseqüência de um câncer de pele, mesmo a dor ser um dos seus sentimentos mais presentes, mesmo não conseguindo se enganar, já que trazia em sua carne e sua alma as marcas dessa doença. Apesar de tudo, ele me olhou e disse prefiro morrer, a ser atendido por uma negrinha (Estudante negra de Terapia Ocupacional).
Não basta ser a melhor, ter um emprego de excelência, ter influências, freqüentar lugares reservados para a elite branca se for negra, se carregar na pele as marcas de uma das maiores violações dos direitos humanos já existentes, a escravidão, e transportar lembranças de um tempo que esses espaços eram reservados para pessoas das classes privilegiadas. Apesar de a mulher negra galgar vôos cada vez mais altos, é inegável a disparidade, entre a mulher negra e a não negra nos núcleos profissionais historicamente elitizados. Com a fala da entrevistada podemos observar que a dificuldade não está apenas em acessar o ensino superior, mas em precisar provar inúmeras vezes a capacidade no acesso e permanência do mercado de trabalho especialmente em áreas de atendimento ao público.
GÓIS corrobora, quando traz que,
No curso de Medicina as mulheres perfazem 60,84% do total de alunos. Destas, contudo, somente 1,53% são pretas e 16,86%, pardas, contra 76,25% de brancas. Uma situação semelhante pode ser encontrada no curso de Direito. Nele, 77,52% do quadro discente é composto de mulheres, sendo destas somente 16,06% pardas e 3,21% pretas. (GÓIS, 2008 pág. 747).
“Um dia, eu estava com uma paciente e a mãe dela me disse que eu deveria estar na cozinha, que eu tinha cara de empregada. Disse que não era racista, mas que cada pessoa tinha o seu lugar. Essa pessoa disse que não me discriminou porque trata muito bem a sua empregada. Mas não quer ver negras que não estejam a limpar o chão.” L.V. – relato de uma acadêmica.
A chamada cordialidade se expressa, assim, em modalizações afetivas, por meio de valores e práticas personalistas, não formais que ocupam as instituições tanto no que se refere ao seu espaço de vivências como seus aparelhos institucionais. Observa-se assim, conforme RODRIGUES (2010), que a histórica cordialidade é um mecanismo sob o qual cada pessoa mantém o seu lugar social e hierarquicamente determinado no que tange as relações desiguais presentes no cotidiano. Estas disparidades, por sua vez, são justificadas pelo falso discurso de mérito, observadas na diferença de tratamento e no discurso.
– Relato de uma mulher negra.“Por muitas vezes quando chega uma criança negra machucada, as brancas da fila são atendidas primeiro. Temos no hospital prioridade dependendo do caso. Mas a desculpa é que as crianças negras são mais fortes para agüentar a dor. Parece que gostam de ver sofrer. Apenas uma outra médica e eu nos importamos em seguir esse critério. Uma vez, o absurdo foi uma criança negra com fratura exposta ser atendida quase uma hora depois de uma criança branca que chegou depois para trocar a atadura que havia sujado. A justificativa: quem agüentou a escravidão agüenta qualquer coisa. Essa aí ainda vai deixar um monte de filhos pra gente ver sofrer” M.H.
Para MOORE (2007, p. 23), a “insensibilidade é produto do racismo”. Pois, um mesmo indivíduo ou coletividade, que pode se angustiar com a doença do seu cachorro não se sensibilizam com a falta de acesso, de modo preponderante, da população negra aos direitos sociais fundamentais como educação, saúde e educação. Para o autor, o racista não somente nega esse quadro como o justifica, assim como combate qualquer maneira de mudança do status quo sociorracial. Quando é possível observar uma argumentação que se mostra contra esta preservação, logo são utilizados argumentos “integracionistas, republicanos e universalistas” (Idem). Além da insensibilidade causada pelo racismo, observa-se a sua trivialização e vulgarização. Esse obstáculo de insensibilidade, afirma o autor que levou a: “incompreensão e rejeição ontológicas do Outro encontrou, na América Latina, a sua mais elaborada formulação no mito-ideologia da democracia racial” (Ibidem).
Vulnerabilidade e preconceito
A opressão sofrida por mulheres negras independente da classe social que ocupam ainda é alarmante e superior a dos homens (RODRIGUES, 2010). O racismo, junto ao machismo e sexismo tornam-se entraves no acesso aos direitos básicos. Ainda hoje percebemos como os reflexos do sistema racista, assim como da colonização desqualificam essas vidas a partir da sua característica fenotípica. O conceito de vulnerabilidade foi primeiramente associado especificamente à saúde pública, no contexto de epidemia da AIDS, por Mann e colaboradores, principalmente a partir de 1992, quando publicou o livro: “AIDS in the world”, nos Estados Unidos (Ayres, 1999). A prática da relação sexual sem preservativo segundo Mann et al. (1993), aumenta o risco de infecção pelo vírus HIV e de contrair a AIDS ou outras doenças sexualmente transmissíveis, bem como o uso abusivo de drogas pode 18 causar diferentes problemas à saúde. Entretanto, segundo Palma et al. (2007), a noção de comportamento de risco faz com que haja um maior envolvimento a nível individual com a prevenção e atribui ao próprio indivíduo a responsabilidade por suas enfermidades. Assim, essa perspectiva é dotada de uma tendência à culpabilização. A vulnerabilidade no campo da saúde tem um quadro conceitual recente e possui estreita relação com o esforço em direção à superação da prevenção atrelada ao conceito de risco. Ele foi inicialmente formulado por Mann (1993), apresentando uma metodologia para avaliar a vulnerabilidade a infecção pelo HIV e AIDS, com o objetivo de estabelecer um quadro de referência que fornecesse critérios aplicáveis desde o nível individual até o plano nacional de prevenção à AIDS.
Segundo Yunes & Szymanski (2001), definem vulnerabilidade como a suscetibilidade à deteriorização de funcionamento diante de stress’. Nesse sentido, a vulnerabilidade se associa às diferenças individuais e às formas de lidar com elas associadas às dificuldades ambientais. Dessa forma, reconheceu-se a complexa interação, entre a predisposição individual à vulnerabilidade, o ambiente vivenciado e a presença/ausência de estrutura social. O sofrimento gera uma sensação de ameaça para a auto-estima e a vida, levando o indivíduo a perder sua capacidade de lutar para enfrentar os problemas causados pela AIDS.
A incapacidade dos membros da família e de outras pessoas significativas em lidar com a revelação de comportamentos de risco relacionados com a doença de um ente querido pode levar à alienação do indivíduo com a infecção por HIV. Os parceiros podem deixar o relacionamento por fatores como medo, culpa, doença ou incapacidade percebida de cuidar de uma pessoa com uma doença crônica.
Quadro 1. Conhecendo nossa participante
Nome |
Idade |
Sexo/ Raça |
Estado Civil |
Tempo de contaminação |
R.M.S. |
50 |
Femenino / Negra |
Viúva |
16 anos. Foi contaminada através do marido caminhoneiro. |
Fonte: Pesquisa de Campo. 2014
Marido caminhoneiro que trouxe para dentro do lar o vírus contaminando a parceira. R.M.S estava desempenhando as atividades socialmente incumbidas a ela: dona de casa, lavar, passar, para quando o marido chegasse do trabalho a encontrar cheirosa, limpa e com a comida sobre a mesa. É esse o papel que uma mulher é obrigada socialmente a desempenhar. E qual a culpa dela? Ela estava obedecendo aos padrões sociais, e se fosse ao contrário? Se R.M.S tivesse traído o parceiro, contaminando-o com o vírus? O que a sociedade iria fazer com essa mulher negra, traidora e HIV positivo?. O machismo ainda impera socialmente.
Quando nossa participante foi submetida à entrevista, elas já convivia com o diagnóstico de sorologia positiva cerca de 16 anos, o tempo da convívio com o HIV, interfere diretamente nas respostas dadas durante a entrevista, pois o tempo de convivência com o vírus está diretamente ligado á aceitação da condição da sorologia positiva. Na entrevista R.M.S relata estar tendo uma vida normal, visto o período de 16 anos que ela já convive com o HIV e diz estar conformada com a sua condição, fazendo uso de coquetéis, trabalhando e estudando normalmente. O quadro a seguir tem a finalidade de apresentar os dados respondidos diante da pergunta sobre as alterações cotidianas enfrentadas ao receber o diagnóstico da sorologia positiva.
Quadro 2. Alterações cotidianas
R.M.S.: Na época minha vida desmoronou. Me senti dentro daquela música da cantora Maysa: Meu mundo caiu. Eu queria morrer. Mas hoje levo uma vida normal como qualquer outra pessoa. |
Fonte: Pesquisa de Campo. 2014
Podemos observar no quadro acima que há uma superação de vida no discurso da entrevistada, apesar do impacto da doença no biopsicossocial, ela demonstra superação.
É fato corrente que a contaminação pelo vírus HIV traz alterações e conseqüências para a vida do indivíduo. Porém, quando os entrevistados foram questionados sobre preconceitos sofridos em decorrência da doença, experiências e impactos vividos com o HIV/AIDS as respostas soam como um depoimento, um testemunho, uma realidade constantemente mostrada na mídia, vivida por pessoas de diferentes níveis sócio- econômico- cultural como pode ser visto no quadro 3
Quadro 3. Experiências através da sorologia positiva
R.M.S.: “Nunca sofri preconceito porque até mesmo são poucas pessoas que sabem da minha condição de portador HIV+. Nesse país já sofro muito sendo negra, imagine sendo uma negra e ainda por cima HIV positivo? É a treva. Em primeiro lugar ao receber o diagnóstico você acha que o mundo acabou para você, foi assim ao menos para mim, foi como se eu estivesse recebendo uma sentença de morte. Mas era total falta de conhecimento, até mesmo porque anteriormente a mídia passava algo muito forte, AIDS mata! Mas hoje em dia esta mudando muito, as campanhas de conscientização tem tido total responsabilidade e amadurecimento ao falar sobre HIV/AIDS, claro que deve sempre priorizar a responsabilidade do sexo seguro, viver sem o HIV/AIDS é excelente. Mas hoje graças aos estudos estamos tendo uma qualidade de vida bem melhor, os medicamentos estão cada vez mais eficientes, e quando você toma alguns cuidados e têm a responsabilidade de tomar sua medicação sem falhas, eles são auto-suficientes. Medo sempre existe claro, até mesmo porque ainda não existe um medicamento ou uma vacina que seja auto-suficiente para a cura plena, mas se olharmos a uma década atrás hoje os portadores tem uma qualidade de vida maravilhosa, desde que faça uso continuo dos medicamentos e tem um acompanhamento regular de um profissional específico na área de infectologia. O que muda na vida de pessoa com vive com o HIV/AIDS? Você passa a ter mais cuidados num sentindo completo, não digo ficar limitada, mas você evita algumas coisas que não é legal para sua saúde. Se cuida ao relacionar com outra pessoa sexualmente, ao menos comigo é assim, procuro não transmitir este fato, se após eu sentir uma certa confiança até me exponho à pessoa, pois ele tem o direito de escolha, embora tenho medo da rejeição mas procuro ser verdadeira. Tenho o dever de informar a minha condição ao rapaz, claro que aprendi isto com anos de terapia, do qual foi essencial para minha auto aceitação como portador, foi trabalho muito longo, dolorido, mas tive e tenho pessoas ao meu redor que são peças essenciais ao meu tratamento. O segredo do meu tratamento sou eu mesmo. A partir do momento que eu aceitei minha condição e cuidei dela, passei a viver muito bem, cuido do meu psicológico muito bem, pois tudo depende dele, se estou bem psicologicamente estarei bem em todos os aspectos”. |
Fonte: Pesquisa de Campo. 2014
Segundo Grilo (2001), uma das principais preocupações dos soropositivos diz respeito à tomada de decisão sobre a que pessoas significativas vão revelar sua infecção. Analisando as respostas acima, observamos que todos os entrevistados declararam não sofrerem nenhum tipo de preconceito, pelo fato de ninguém ou poucas pessoas saberem da condição de HIV positivo. Isso se deve ao fato de que segundo Garcia et al (2008), o HIV/AIDS envolve discriminação nos espaços públicos e instituições privadas, gerando hostilidade, segregação, exclusão e/ou auto exclusão daqueles que têm sua condição sorológica revelada. Embora o estigma e a epidemia sejam de abrangência mundial, há formas específicas e contextualizadas de manifestações discriminatórias, de natureza individual ou coletiva. O estigma da AIDS se superpõe a estigmas pré-existentes associados a diferentes grupos sociais como homossexuais, trabalhadoras do sexo e usuários de drogas, evocando múltiplos significados.
Esses conceitos e imagens pré-concebidas fazem parte da matriz cultural e social que constrói diferenças, cria hierarquias e legitima estruturas de desigualdades sociais. Os estigmas pré-existentes estabelecem associação da AIDS com homossexualidade, prostituição e desvio sexual, marcadores ainda atuantes no processo de estigmatização. Segundo Grilo (1999), ao receber o diagnóstico de HIV positivo, os sentimentos e pensamentos imediatos sobre morte, são acompanhados por diversos medos associados a perdas de pessoas significativas ou dos bens materiais, a não realização dos sonhos e das aspirações para a vida, à solidão, à perda da autoestima, alteração da imagem corporal, às dores, ao sofrimento.
Conclusão
A discriminação com o indivíduo HIV positivo é real, e somada ao preconceito racial ela pode ser devastadora, ultrapassando o discurso da boa convivência entre raças, manifestando-se nas relações cotidianas e nas instituições sociais (universidades, igrejas e etc.). Com a pesquisa, pudemos constatar que o racismo, junto ao machismo afetam diretamente as mulheres, principalmente as negras que carregam consigo um passado escravocrata, favorece a população branca e a classe média que vivem uma “pseudo-cidadania” com a qual possuem mais privilégios que direitos, enquanto a realidade da população negra continua com a sua cidadania comprometida em relação ao acesso às infraestruturas básicas e necessárias a uma vida com dignidade. Com isso, a harmonia chamada de “racismo cordial” pode ser compreendida e deliberada como um mecanismo de mascarar a discriminação contra mulheres e homens negros. Tal evento se caracteriza por uma cortesia aparente e cobre condutas racistas.
Referências
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Góis, João Bôsco Hora. Quando raça conta: um estudo de diferenças entre mulheres brancas e negras no acesso e permanência no ensino superior. Estudos Feministas, Florianópolis, 16(3): 743-768, setembro-dezembro/2008.
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Rodrigues, Patrícia. As transformações do samba no Rio de Janeiro: Estudo de caso sobre o GRES. Unidos do Viradouro a partir da década de 60. Rio de Janeiro: UERJ, 2010.
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