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Importância do principio da individualidade biológica
no treinamento desportivo

La importancia del principio de individualidad biológica en el entrenamiento deportivo

 

*Discentes do Curso de Educação Física

da Universidade Salgado de Oliveira

**Orientador. Docente do Curso de Educação Física

da Universidade Salgado de Oliveira

(Brasil)

Alessandro Almeida Machado*

Laio Zitti*

Karla Cristina do Prado Pimenta*

Nuriah Alves de Oliveira*

Prof. Nozelmar Borges de Sousa Jr **

gyn.alessandro@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica sobre o princípio da individualidade biológica, principio este tão importante dentro do treinamento desportivo, este artigo tem a intenção de despertar nos profissionais da educação física a importância de se aplicar este princípio em todo treinamento que o mesmo seja responsável.

          Unitermos: Individualidade biológica. Treinamento desportivo.

 

Recepção: 16/09/2014 - Aceitação: 28/12/2014

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 201, Febrero de 2015. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    Este trabalho visa mostrar a importância de tratar o aluno, como ser único que merece ser observado de forma individual. Cada aluno possui características individuais, habilidades, personalidade, gênero, raça e sua herança genética. Não tratando ninguém de forma igual, com esse olhar o profissional de educação física terá um desafio a vencer, promover o desenvolvimento do aluno naquilo que o mesmo possui e que muitas vezes nem o próprio aluno percebe. Os princípios do treinamento desportivo é um conhecimento somente do profissional de educação física, como o único profissional de saúde habilitado para colocar em pratica este conhecimento a serviço da sociedade.

2.     Referencial teórico

    Para BOMPA (2002), o treinamento não é um habito da civilização contemporânea. Na antiguidade clássica treina-se sistematicamente para atividades militares ou olímpicas. Hoje os preparam-se para atingir um objetivo especifico, fisiológico, isto é, melhorar as funções orgânicas, aprimorando o desempenho.

    Segundo BOMPA (2002) a individualidade é uma das principais exigências do treinamento contemporâneo. Refere-se à idéia de que o treinador precisa tratar cada atleta de forma individualizada, levando em conta suas habilidades, seu potencial, suas características de aprendizagem e, também, a especificidade do desporto, independentemente de seu nível de desempenho. Deve-se modelar todo o conceito de treinamento de acordo com as características fisiológicas para naturalmente, elevar os objetivos do treinamento.

    Segundo TUBINO (1989) Individualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz com que não existam pessoas iguais entre si.

    Cada ser humano possui uma estrutura física e uma formação psíquica própria, o que obriga a estabelecer diferentes tipos de condicionamentos físicos e psíquicos. Os indicadores usados para revelar as possibilidades e as necessidades individuais dos atletas são os testes, que, além de fornecer os resultados de cada um, podem servir como medidas para uma avaliação do treinamento até então empregada (TUBINO, 1989).

    Para DANTAS (2003 apud SCHMIDT, 2014) o indivíduo deve ser considerado como a junção do genótipo (carga genética) e do fenótipo (interferência do meio, acrescido, somado ao indivíduo), dando origem ao somatório das especificidades que o caracterizarão. São fatores genéticos: composição corporal, biótipo, altura máxima esperada, força máxima possível e aptidões físicas e intelectuais. As características do fenótipo são: habilidades esportivas, o consumo máximo de oxigênio que um indivíduo apresenta e potencialidades expressas (altura do indivíduo, sua força máxima, etc.).

    O treinamento altamente especializado e individual favorece as grandes performances esportivas. Para tanto, é necessário identificar os pontos fortes e fracos de cada atleta/praticante. A partir daí, os pontos fortes devem ser potencializados, ao passo que os fracos deverão ser corrigidos.

    Desta forma, segundo DANTAS (2003 apud SCHMIDT, 2014), o campeão é aquele que nasceu com um “dom da natureza” e que, aproveitando totalmente esse dom, o desenvolve através de um perfeito treinamento.

    A partir dos Jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona, várias equipes (EUA, Alemanha, Itália, Inglaterra e Espanha) adaptaram/modernizaram o CT, incluindo um terceiro tipo/categoria, o circuito de carga individualizada, totalmente ajustado à individualidade biológica do atleta, ao valor do volume e da intensidade da curva de treinamento e do microciclo (DANTAS, 2003 apud SCHMIDT, 2014).

    Segundo GENTIL (2011) dentre organismos com arranjos similares, as mudanças estruturais induzidas pelos mesmos estímulos externos terão grandes grau de similaridade. Podemos citar, por exemplo, a tendência do músculo esquelético, de todos os mamíferos, a hipertrofiar diante da sobrecarga crônica. No entanto, os detalhes dessa nova configuração estrutural e sua regulação exata terão grande variação, mesmo entre dois elementos da mesma espécie. Tal singularidade de comportamento é conhecida dentro do treinamento desportivo como princípio da individualidade.

    Para GENTIL (2011) não devemos, no entanto, deturpar o princípio da individualidade sugerindo que há total imprevisibilidade de comportamento em respostas aos mesmos estímulos e, com isso, positivar uma postura irresponsável que nega o uso do método cientifico.

3.     Metodologia

    Na pesquisa bibliográfica foram consultadas várias literaturas relativas ao assunto em estudo, artigos publicados na internet e que possibilitaram que este trabalho tomasse forma para ser fundamentado. Segundo MARCONI e LAKATOS (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica.

Referências bibliográficas

  • BOMPA, T.O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4ª ed. São Paulo: Phorte Editora, 2002

  • Caderno de Estudos Cineantropometria. Universidade Salgado de Oliveira, 2014.

  • MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Editora Atlas, 1992. 4a ed. p.43 e 44.

  • TUBINO, M. J. G. Metodologia científica do treinamento desportivo, São Paulo: Ibrasa, 1979.

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