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Influência do poder mental no exercício físico e esporte

La influencia del poder de la mente en el ejercicio físico y en el deporte

 

*Acadêmicos – Curso de Educação Física

**Acadêmica – Curso de Medicina

***Professora Doutora Orientadora. Curso de Educação Física

Faculdade Assis Gurgacz

(Brasil)

Leonardo Trevisol Possamai*

Flávio Aparecido Da Silva*

Macsue Jacques*

Carolina Bortolon**

Débora Bourscheid Dorst***

leonardotrevisol@outlook.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo busca analisar a influência do poder mental no exercício físico e no esporte, bem como a capacidade do indivíduo em superar os limites fisiológicos sem a presença de possíveis lesões desenvolvidas na busca pelo maior desempenho. Portanto, esta pesquisa vem a ser realizada utilizando-se da técnica bibliográfica com fontes em artigos científicos e livros. Para tanto, o estudo inicialmente abordará sobre os aspectos gerais da neurociência, posteriormente, a neurociência no exercício físico e no esporte, como também, informações para se relacionar a neurociência no esporte com uma possível melhora no desempenho de atletas. Pode-se dizer, através dos estudos apresentados que um programa de mentalização bem aplicado trás melhoras ao desempenho do atleta de qualquer modalidade sem oferecer risco de lesões ou de over training. Um programa de mentalização também pode ser bem aproveitado fora do âmbito esportivo, conforme apresentado no estudo com militares onde se pode observar uma melhora no rendimento dos mesmos através dos testes e das avaliações físicas.

          Unitermos: Exercício físico. Neurociência. Desempenho atlético.

 

Abstract

          This study assesses the influence of mental power in exercise and sport, as well as the individual's ability to overcome the physiological limits without the presence of possible injuries developed in the search for higher performance. Therefore, this search is being performed using the bibliographical sources technique in scientific articles and books. Therefore, the study will address initially on the general aspects of neuroscience subsequently neuroscience in physical exercise and sport, as well as information relating to neuroscience in sport with a possible improvement in the performance of athletes. It can be said, through the studies submitted a program of mentoring applied well behind the performance improvements athlete without offering any kind of risk of injury or over training. A mentoring program can also be used well beyond the sporting arena, as shown in the military study where one can observe an improvement in performance of the same through tests and physical assessments.

          Keywords: Exercise. Neurosciences. Athletic performance.

 

Recepção: 11/11/2014 - Aceitação: 02/12/2014.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 199, Diciembre de 2014. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    Os registros elétricos da superfície do cérebro mostram uma atividade contínua. O registro dessa atividade constitui o eletroencefalograma, cujo traçado é formado por quatro ondas cerebrais: alfa, beta, teta e delta. Quando estamos acordados o cérebro funciona em beta, ondas de frequência muito alta (acima de 14 Hertz). Quando estamos dormindo ou com os olhos fechados, em estados meditativos ou sob hipnose leve, o cérebro trabalha em alfa. As ondas alfas que oscilam de 7 a 14 Hertz são mais lentas e, portanto, mais amplas e harmônicas. Ao unirmos os pressupostos teóricos da neurofisiologia com a bioenergética poderemos ampliar o desempenho psicofisiológico de um atleta (DANTAS, 2001).

    As pesquisas mostram que no estado alfa o lactato sanguíneo cai de 12 até 4 ml por 1000 ml de sangue. Imaginemos então, um atleta de 800 ou de 1500 metros correndo em estado alfa, independente de qualquer treinamento que tenha recebido, ele desenvolverá o seu desempenho apenas com a redução da concentração do ácido lático, outro exemplo do aumento da eficiência através do funcionamento do cérebro em estado alfa é o aumento do fluxo sanguíneo em até 300%, além disso, o acréscimo do fluxo sanguíneo pode ser dirigido a um determinado grupo muscular pelo pensamento (DANTAS, 2001).

    Entretanto, é no campo da psicofisiologia da consciência corporal, que encontramos o exemplo mais importante da aplicação do estado alfa, quando podemos perceber como está o fluxo de bioenergia no interior do corpo, identificar bloqueios e tensões desenvolvidas inconscientemente no dia-a-dia e desfazê-los antes que se tornem crônicos (DANTAS, 2001).

    O termo cinestesia significa reconhecimento consciente da posição de partes do corpo em relação a outras, assim como o reconhecimento da amplitude do movimento dos membros. Essas funções são realizadas por inúmeros dispositivos sensoriais localizados nas articulações e ao redor delas. Existem três tipos principais de proprioceptores: terminações nervosas livres, receptores tipo Golgi e corpúsculos de Pacini. Os receptores articulares atuam em conjunto para prover ao corpo um meio consciente de reconhecimento da orientação de suas partes, assim como uma retroalimentação sobre a amplitude de movimento do membro (POWERS; HOWLEY, 2009).

    Os objetivos do desempenho exigem muito mais tempo, esforço e risco de lesão do que aqueles para a obtenção da aptidão física. Cada desempenho requer certa quantidade de força, assim como a “habilidade” para aplicação dessa força da melhor maneira possível. Além disso, o fornecimento de energia deve ser adequado à necessidade, ou o desempenho será prejudicado. Atividades diferentes exigem quantidades diferentes de energia, derivada de processos aeróbios e anaeróbios. Tanto o ambiente (altitude e calor) como a dieta (consumo de carboidratos e água) tem influência no desempenho de endurance. Melhores desempenhos dependem também de um empenho psicológico, de “brigar pelo ouro” (POWERS; HOWLEY, 2009).

    A pesquisa inicial de Ikai e Steinhaus mostrou que um simples grito durante o esforço físico poderia aumentar o que previamente se acreditava ser a força “máxima”. Um estudo subsequente demonstrou que a eletroestimulação de um músculo fatigado por contrações voluntárias resultou em aumento da geração de tensão. Esses estudos sugerem que o limite superior da força voluntária é estabelecido “psicologicamente”, considerando-se que certos fatores emocionais ou estimulantes são necessários para se atingir um limite fisiológico. Dois estudos publicados por Asmussen e Mazin corroboram com os resultados de que o SNC pode limitar o desempenho (POWERS; HOWLEY, 2009).

    Os pesquisadores também verificaram que, se uma pessoa realizasse uma série de contrações musculares com os olhos fechados até a fadiga, a simples abertura deles restauraria a tensão. Esses estudos sugerem que alterações no “estado de alerta” do SNC podem facilitar o recrutamento das unidades motoras para aumento da força e alterar o estado de fadiga. O SNC está intimamente envolvido com o exercício, inclusive na preparação psicológica que precede a prática, recrutando unidades motoras e produzindo uma retroalimentação contínua de grande quantidade de receptores sensíveis à tensão, temperatura, gases sanguíneos, pressão arterial e outras variáveis. O cérebro integra esses diferentes sinais e gera comandos que automaticamente reduzem a produção de potência para a proteção do organismo. Nesse sentido, o exercício começa e termina no cérebro (POWERS; HOWLEY, 2009).

2.     Desenvolvimento

2.1.     Neurociência e Prática Mental

    O sistema nervoso é a suprema rede de comunicação e coordenação do corpo. É tão vasto e complexo que, numa estimativa cautelosa, todos os nervos isolados de um corpo, unidos pelas extremidades, poderiam dar a volta ao mundo duas vezes e meia (PARKER, 2007).

    O sistema nervoso compreende, na verdade três sistemas ou componentes, definidos pela anatomia e pela função. O sistema nervoso central (SNC) está no centro da estrutura e do funcionamento do corpo. Ele é composto pelo encéfalo e pela medula espinal, que se estende pelo interior da coluna vertebral. A partir do SNC se ramificam 43 pares de nervos: 12 a partir do encéfalo e 31 a partir da medula espinal. À medida que se dividem, percorrem caminhos sinuosos entre órgãos e tecidos e infiltram cada minúsculo recanto e abertura (PARKER, 2007).

    Eles formam a rede do sistema nervoso periférico, SNP. O SNC pode ser visto como o coordenador e decisor, com o SNP enviando informações como entrada sensorial e recebendo instruções como saída motora para músculos e glândulas. O terceiro componente é o sistema nervoso autônomo (SNA), que possui alguns elementos localizados no SNC e compartilha alguns nervos com o SNP, tendo também suas próprias cadeias nervosas ao longo da medula espinal. Sua função é primariamente “automática” por tratar de atividades como controle da pressão sanguínea e ajuste da velocidade do batimento cardíaco, dos quais raramente temos consciência (PARKER, 2007).

    O sistema nervoso provê ao corpo um meio rápido de comunicação interna, que nos permite movimentar, falar e coordenar a atividade de bilhões de células. Por essa razão, a atividade neural é de fundamental importância na capacidade do corpo de manter a homeostase (POWERS; HOWLEY, 2009).

2.2.     A Prática Mental o exercício físico e o esporte

    Os objetivos do desempenho exigem muito mais tempo, esforço e risco de lesão do que aqueles para a obtenção da aptidão física. Cada desempenho requer certa quantidade de força, assim como a “habilidade” para aplicação dessa força da melhor maneira possível. Além disso, o fornecimento de energia deve ser adequado à necessidade, ou o desempenho será prejudicado. Atividades diferentes exigem quantidades diferentes de energia, derivada de processos aeróbios e anaeróbios. Tanto o ambiente (altitude e calor) como a dieta (consumo de carboidratos e água) tem influência no desempenho de endurance. Melhores desempenhos dependem também de um empenho psicológico, de “brigar pelo ouro” (POWERS; HOWLEY, 2009).

    Fadiga é simplesmente definida como a incapacidade de manter uma produção de potência ou força durante repetidas contrações muscular. A discussão dos mecanismos tem início no cérebro, onde diversos fatores podem influenciar a “vontade de vencer”, tendo continuidade nas pontes cruzadas dos músculos (POWERS; HOWLEY, 2009).

    O sistema nervoso central (SNC) pode estar relacionado à fadiga caso tenha ocorrido redução no número de unidades motoras envolvidas na atividade, ou redução na frequência de disparo das unidades motoras. Existem evidências tanto a favor como contra o conceito de “fadiga central”, ou seja, questiona-se que a fadiga tenha origem no SNC (POWERS; HOWLEY, 2009).

    A pesquisa inicial de Ikai e Steinhaus mostrou que um simples grito durante o esforço físico poderia aumentar o que previamente se acreditava ser a força “máxima”. Um estudo subsequente demonstrou que a eletroestimulação de um músculo fatigado por contrações voluntárias resultou em aumento da geração de tensão. Esses estudos sugerem que o limite superior da força voluntária é estabelecido “psicologicamente”, considerando-se que certos fatores emocionais ou estimulantes são necessários para se atingir um limite fisiológico. Dois estudos publicados por Asmussen e Mazin corroboram com os resultados de que o SNC pode limitar o desempenho. Os voluntários desses estudos levantaram pesos 30 vezes por minuto, com desenvolvimento da fadiga entre 2 e 3 minutos. Após uma pausa de 2 minutos, o levantamento de peso continuava. Esses cientistas demonstraram que, quando uma variação física, que consistiu na contração dos músculos não fatigados, ou uma variação mental, que consistiu na realização de cálculos mentais, eram utilizadas entre dois períodos de exercício até a fadiga, a produção de trabalho era maior do que quando os voluntários não fizeram nada durante a pausa. Os pesquisadores também verificaram que, se uma pessoa realizasse uma série de contrações musculares com os olhos fechados até a fadiga, a simples abertura deles restauraria a tensão. Esses estudos sugerem que alterações no “estado de alerta” do SNC podem facilitar o recrutamento das unidades motoras para aumento da força e alterar o estado de fadiga (POWERS; HOWLEY, 2009).

    O SNC está intimamente envolvido com o exercício, inclusive na preparação psicológica que precede a prática, recrutando unidades motoras e produzindo uma retroalimentação contínua de grande quantidade de receptores sensíveis à tensão, temperatura, gases sanguíneos, pressão arterial e outras variáveis. O cérebro integra esses diferentes sinais e gera comandos que automaticamente reduzem a produção de potência para a proteção do organismo. Nesse sentido, o exercício começa e termina no cérebro (POWERS; HOWLEY, 2009).

2.3.     Estudos de Prática Mental no Esporte

    Para verificação de estudos sobre a prática mental e esportes, inicialmente, fez-se a opção em buscar artigos na base do Lilacs. Utilizou-se assim os descritores Prática Mental no Esporte aonde foram encontrados 21 artigos. Utilizou-se também a busca de artigos no Google Acadêmico com os descritores Prática Mental e Desempenho Esportivo e Prática Mental no Esporte.

    Em relação aos estudos encontrados, foram selecionados 6 artigos nas modalidades de futsal, basquetebol, natação, tênis de campo e também com militares do exército brasileiro.

    Em estudo realizado por Brito; Justo Silva; Navarro, (2008) pode-se demonstrar que a prática de Mental Training, associada ao treinamento físico, melhorou a performance de militares do exército brasileiro em testes de avaliação física, como o de corrida de 12 minutos e de abdominal supra. Além disso, o Mental Training aumentou a percepção subjetiva de cansaço e dor desses militares durante a realização dos testes que compõem o TAF, com exceção ao teste de flexão na barra fixa.

    De fato, Feltz (1984) defende que a prática da estratégia da imaginação ou do Mental Training pode influenciar o desempenho atlético. Esse autor acredita que o indivíduo que imaginar a execução com sucesso de uma determinada tarefa, convence-se que é capaz de executá-la e que possui as habilidades e capacidades suficientes para atingir com sucesso a tarefa. A prática do treinamento mental pode ainda auxiliar o sujeito a estabelecer objetivos mais elevados ou então a ser mais realista e a aderir ao programa de treinamento. O presente estudo foi capaz de mostrar que militares brasileiros, quando submetidos a um período de 4 semanas de Mental Training, atingiram valores mais elevados da avaliação subjetiva do cansaço e dor (BRITO; JUSTO SILVA; NAVARRO, 2008).

    Inúmeros estudos demonstraram que a Imagética Motora é uma técnica neurocognitiva utilizada para a otimização da performance esportiva, através do acesso consciente a mente (Blair et al., 1993; Oshi et al., 2000; Jeffrey et al., 2003; Fourkas et al., 2008; Guillot; Collet, 2008; Louis et al., 2008).O referido ensaio mental é a possibilidade de atalho para um novo aprendizado motor. Isto é, através da Imagética Motora, inúmeras áreas do sistema nervoso central, responsáveis pela elaboração e execução do movimento são ativadas, configurando a possibilidade de redução do tempo e aumento do desempenho motor (NAITO et al., 2002; LOTZE; HALSBAND, 2006; LOUIS et al., 2008). Ademais, um gesto motor complexo só é aprendido efetivamente quando ocorre a repetição desse gesto inúmeras vezes. Havendo consolidação do aprendizado motor, a necessidade neurofisiológica do disparo de milhares de potenciais de ação de inúmeros neurônios é minimizada (KANDEL, 2003). Daí acreditar-se que a Imagética Motora é fator colaborador, em relação ao tempo, para formulação de um novo engrama motor para uma recente ou complexa atividade motriz (AZEVEDO; NUNES; JAKUBOVIC et al., 2010).

    Em estudo realizado por Azevedo; Nunes; Jakubovic et al., (2010), foram selecionados 14 atletas, do gênero masculino, entre 11 e 13 anos, da modalidade de futsal, praticantes de forma competitiva há no mínimo um ano. Foram realizados treinamentos específicos da modalidade. Os atletas realizaram oito cobranças de pênaltis, sendo as 3 primeiras para adaptação motora a atividade, portanto, não foram computadas para pontuação. Após as cinco cobranças restantes, cada atleta recebia uma pontuação oriunda de uma escala de acertos: 0 ponto (chute para fora), 1 ponto (defesa do goleiro ou bola na trave), 2 pontos (gols rasteiros/abaixo da linha da cintura do goleiro) 3 pontos (gols no alto/acima da linha da cintura do goleiro). Durante quatro semanas consecutivas, pelo menos duas vezes por semana, em sessões de 15 minutos, os atletas foram submetidos ao treinamento de imagética motora de cobranças de pênaltis. O processo consistia do seguinte: antes de serem submetidos à referida técnica neurocognitiva, eram convidados, em dupla, a entrarem em uma sala previamente preparada, e assistirem, durante cinco minutos, um vídeo que mostrava cobranças de pênaltis efetivas e convertidas em gol. Ao término da exibição do vídeo, os atletas eram instruídos a deitarem em maca confortável individual e, por 10 minutos, realizarem a imagética motora das cobranças de pênaltis visualizadas anteriormente Após as quatro semanas consecutivas de treinamento mental os atletas realizaram a cobrança de pênaltis entre o momento pré e pós-treinamento de imagética motora. O teste de postos com sinal de Wilcoxon foi utilizado. Essa escolha deve-se ao fato de que, para amostras pequenas, a sua eficiência é de, aproximadamente, 95%. Onde o valor de p: 0.01329. Os dados nos dão evidências que o treinamento mental surtiu efeito positivo, ou seja, a um nível de significância de 5% existem evidências de que o treinamento surtiu efeito positivo no número de pontos marcados.

    O objetivo deste estudo foi examinar o efeito de intervenção com imaginação de resultado positivo para aumentar a autoconfiança, melhorando assim o desempenho e a precisão do saque no tênis de campo. Estudos prévios suportam a premissa de que a imaginação é um importante instrumento de intervenção para a melhoria do desempenho de vários aspectos da vida, incluindo exercício e esportes (PAIVO, 1985; HALL; RODGERS; BARR, 1990). No contexto da competição esportiva, o sucesso da prática mental é reconhecido por muitos técnicos e psicólogos do esporte (HALL; RODGERS; BARR, 1990). Por um crescente número de pesquisadores que apontam o grande potencial da imaginação, como a principal técnica mental para a melhoria do desempenho (BEILCOCK; AFREMOW; RABE et al., 2001; CERIN; SZABO; HUNT et al., 2000). Os resultados deste estudo parcialmente corroboram os verificados em estudos anteriores (BEILCOCK; AFREMOW; RABE et al., 2001; CERIN; SZABO; HUNT et al., 2000). Visto que nem todas as situações de desempenho puderam ser melhoradas pela imaginação, somente aquelas que não exigem precisão. A caracterização e a exigência da situação específica é um aspecto muito importante a ser considerado antes de aplicar qualquer tipo de intervenção de imaginação. No presente estudo, na situação que exigiu maior foco de atenção, gerando maior pressão psicológica, a imaginação para melhoria do desempenho e da autoconfiança tornou-se ineficaz. A imaginação de resposta positiva tem ligação com o desempenho somente quando o atleta tem total controle sobre a ação motora sem uma exigência de direção específica do resultado (COELHO; CAMPOS; SILVA et al., 2007). Uma situação mais complexa, que exige controle de fatores externos como vento, luminosidade (sol), conhecimento e experiência da especificidade, caracterizada por este estudo como situação de precisão, não foi afetada pela intervenção da imaginação de resposta positiva. Possivelmente, quando o movimento requer maior número de variáveis internas (controle emocional, autoconfiança, ação motora precisa, auto-exigência e auto-eficácia) e externas (vento, sol, raquete etc.) para o sucesso do desempenho, a imaginação de resposta positiva mostrou-se inadequada (COELHO; OLIVEIRA; ELSANGEDY et al., 2007).

3.     Considerações finais

    Pode-se dizer conforme o objetivo traçado no presente estudo, que através dos estudos apresentados, um programa de mentalização bem aplicado trás melhoras ao desempenho do atleta de qualquer modalidade sem oferecer risco de lesões ou de over training. Um programa de mentalização também pode ser bem aproveitado fora do âmbito esportivo como demonstrado no estudo com militares onde se pode observar uma melhora no rendimento dos militares através dos testes e das avaliações físicas.

Referências

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