Identificação de gênero por
craniometria e cranioscopia humana de crânios não pré estabelecidos e a
correlação dos resultados Identificación de género por craneometría y craneoscopia humanas de cráneos no pre-establecidos y la correlación de los resultados de diferentes mediciones |
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*Graduados do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva-IMES **Doutor pelo Departamento de Biociências e Biotecnologia FCFAR- UNESP Pós Doutorando pelo Departamento de Recursos Fisioterapêuticos da UFSCAR Docente do Departamento de Ciências da Saúde do IMES Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva |
Givaldo Bezerra Lima* Merian de Oliveira Santos* Mauricio Ferraz de Arruda** (Brasil) |
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Resumo Os órgãos genitais são as principais características que vão definir o sexo de uma pessoa. Quando se trata de um esqueleto fica mais difícil se diferenciar a qual sexo ele pertence, o objetivo desse estudo foi avaliar crânios sem identificação previa e a do gênero mensurando-os, por meio da craniometria e cranioscopia. Para a realização desse trabalho foram utilizados 12 crânios pertencentes ao acervo do Instituto Municipal de Ensino Superior, os estudos foram específicos a comparação e de diferenças entre os esqueletos, ao se comparar o crânio de uma pessoa do sexo masculino com outra do sexo feminino, foi possível identificar-se vários ossos e acidentes do crânio com cranioscopias e craniometrias diferentes, A probabilidade de que se possa diferenciar o sexo tendo por base o esqueleto humano, é motivo de muitas pesquisas e análises, dentre as medições para esse trabalho foram utilizados, forame magno, a latero-lateralização do processo mastóide bem como, a determinação média da espessura crânio caudal do arco zigomático temporal, onde foi determinante na escolha do sexo masculino ou feminino Unitermos: Gênero. Mensuração. Crânio.
Recepção: 04/06/2014 - Aceitação: 08/08/2014.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 198, Noviembre de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
A identificação do sexo do ser humano é de suma importância, desde o nascimento até sua morte. Após o nascimento ou até mesmo antes, os órgãos genitais são as principais características que vão definir o sexo de uma pessoa. Quando se trata de um esqueleto fica mais difícil se diferenciar a qual sexo ele pertence (JUNIOR, 2010).
Estudos anatômicos em esqueletos, realizados por pesquisadores, inclui-se desde a identificação do sexo para montagem de esqueletos até a diferenciação para localização topográfica de estruturas anatômicas adjacentes aos ossos e que com ele tenha sintopia morfológica ou funcional. Com esses estudos uma comprovação de diferenças entre os dois esqueletos, pode-se afirmar que, se compararmos o crânio de uma pessoa do sexo masculino com outra do sexo feminino, identificar-se-á vários ossos e acidentes do crânio com cranioscopias e craniometrias diferentes. (MENEZES, 2009)
O sistema ósseo é dotado da capacidade dinâmica de remodelação e adaptação morfológica. Deste o nível celular os componentes celulares ósseos possuem uma taxa adaptativa derivada de uma demanda metabólica e mecânica. Os ossos ainda são grandes armazenadores de substancias, sobretudo de íons de cálcio e fosfato. Com o envelhecimento do tecido adiposo também vai se acumulando dentro dos ossos longos, substituindo a medula vermelha que ali existia previamente (GUYTON, 2000).
A grande rigidez dos tecidos ósseos é resultado da interação entre o componente orgânico mineral da matriz. A nutrição das células que se localizam dentro da matriz é feito por canais. Dentre essas células destacam-se osteócitos, que tem como papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea, osteoblastos, responsável por sintetizar a parte orgânica da matriz óssea. Osteoclastos participa dos processos e absorção e remodelação do tecido ósseo. A matriz óssea é composta por uma parte orgânica e uma parte inorgânica cuja composição é dada basicamente por Íons de fosfato e cálcio formando cristais de hidroxiopatita (GUYTON, 2000).
Todo esqueleto humano é formado por ossos, tecido vivo complexo e dinâmico que participa de um contínuo processo de mudanças entre se desgastar e se recompor sempre se remodelando degradando ossos velhos e formando ossos novos (JUNIOR, 2010).
A probabilidade de que se possa diferenciar o sexo tendo por base o esqueleto humano, é motivo de muitas pesquisas e análises, dentre as medições mais utilizadas temos: a altura da glabela, a latero-lateralização do processo mastóide bem como, a determinação média da espessura crânio caudal do arco zigomático temporal, onde pode ser determinante na escolha do sexo masculino ou feminino. (JUNIOR, 2010).
Apenas não há medidas gold standard para esta afirmação, sendo que a variabilidade populacional pode e vem demonstrando esta diferença sendo assim não se tem um dado quantitativo que a expresse ou uma media que a determine. Mas o fato é que há como identificar o sexo através da mensuração desses ossos. Nesse caso, em muitas situações, que são encontrados esqueletos de pessoas que desaparecem há muito tempo, ou até mesmo em sítios arqueológicos, ficando menos oneroso financeiramente (JUNIOR, 2010).
Casos judiciais nos quais por ocasião de crimes, mortos por carbonização incompleta ou necessidades tardias de reconhecimento de cadáveres, a identificação do sexo torna-se de grande valor. As primeiras evidências de que poderíamos diferenciar os crânios masculinos dos crânios femininos foram as analises anatômicas de vários músculos do crânio humano em que verificaram quais deles eram mais utilizados pelos homens do que pelas mulheres, ambos utilizam os mesmos músculos, mas a freqüência e a quantidade de força que é aplicada são diferentes. Diante deste fato, é possível notar que os músculos masculinos são mais desenvolvidos, logicamente as terminações ósseas onde esses músculos de inserem, sofrem influências musculares como possíveis estruturas que caracterizam uma diferença entre os ossos do crânio masculino sendo mais desenvolvidos do que os femininos (JUNIOR, 2010).
Diante dessas aferições, a altura da glabela, a posição do processo mastóide e a espessura do arco zigomático são alguns destes acidentes anatômicos capazes de nos informar sobre o gênero do crânio (JUNIOR, 2010).
Assim sendo, a ação mecânica exercida nos músculos é quem vai ditar o ritmo do desenvolvimento de cada osso aumentando e diferenciando o tamanho ou formato de cada osso (JUNIOR, 2010).
O processo mastóide é uma projeção cônica que pode variar de tamanho e forma localizada a parte posterior do osso temporal devido essas variações esse osso foi observado e mensurados em algumas pesquisas, vários crânios foram mensurados e a conclusão foi que havia diferenças entre medidas dos crânios masculino e feminino. Em sua face externa estão ligados os músculos esternocleidomastóideo, esplênio da cabeça e dorsal longo da cabeça (JUNIOR, 2010).
O músculo esternocleidomastóideo é um músculo da face lateral do pescoço na região antero lateral, é o principal flexor do pescoço este músculo permite três ações diferentes a rotação da cabeça par o lado contrario, a inclinação lateral e uma leve extensão da cabeça sendo assim o processo mastóide nos crânios masculinos aparecem mais lateralizados e nos femininos aparecem inclinados medialmente devido as diferenças de esforço realizados nos músculos externocleidomastóide, esse músculo é mais volumoso e suas terminações fixadas no processos mastóides fazem com que ele materialize cada vez mais nos homens já que esses realizam movimentos mais bruscos e com mais freqüências.
O arco zigomático é um osso par do crânio humano seu formato é achatado quadrangular apresentando duas fases, quatro bordos e quatro ângulos, se articula com a maxila, osso temporal, grande asa do osso esfenóide e osso frontal, forma parte da orbita e geralmente é referido como osso da bochecha ou osso malar (JUNIOR, 2010).
Nos seres humanos os sexos masculinos as espessura crânio caudal do arco zigomático quando se analisa de modo comparativo nota-se que sua espessura é maior, quanto a medida na face feminina. O arco zigomático é ponto de inserção de vários músculos responsável pelo processo de mastigação é através da utilização desse músculo que vão se diferenciando o formato desses ossos já que se trata de uma estrutura dinâmica e pode sofrer alterações ao longo do tempo, uma força maior que é exercida pelo músculo em movimentos repetitivos ao longo do tempo esse osso sofre alterações. A diferença dessa força é observada quando analisamos a espessura do crânio caudal do arco zigomático, no crânio masculino representa uma espessura maior, já que este exerce uma força maior nesses músculos, quanto ao crânio feminino representa uma espessura menor (JUNIOR, 2010).
Deste modo o presente trabalho se torna relevante para a conceituação acadêmica, vislumbrando a permanência das técnicas de mensuração craniana e facilitação no processo de identificação de gêneros, justifica-se assim a execução do trabalho de forma premente e local, já que os crânios em questão não são pré- identificados.
2. Objetivos
2.1. Geral
Identificar o gênero por craniometria e cranioscopia humana em crânios não pré estabelecidos e a correlação dos resultados por diferentes metodologias
2.2. Específicos
Determinar a variação cranioscópica da orientação do processo mastóide.
Determinar craniométricamente a variação do forame magno.
Determinar craniométricamente a variação da espessura do arco zigomático.
3. Materiais e métodos
Para a realização desse trabalho foram utilizados 12 crânios sem identificação previa dos gêneros, destes, em oito foram realizados a limpeza, e os quatros restantes já se encontravam macerados, todos pertencentes ao acervo da Disciplina de Anatomia Humana do Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva.
A determinação do sexo obedece aos critérios já descritos pela literatura, referentes a acidentes anatômicos dos ossos temporal, frontal e occipital.
Então feitas as medições utilizando um paquímetro milimetrado para mensuração da espessura crânio caudal do arco zigomático e forame magno
3.1. Materiais
12 Crânios;
Notebook SEMP TOSHIBA;
Camera digital 16.1 Cyber-shot Sony;
Paquímetro Milimetrado Mitutoyo;
Luvas de procedimentos cirúrgico descartáveis;
Bancada de laboratório;
Canetas de cores variáveis;
Lousa.
3.2. Procedimentos
Os crânios foram colocados em bancada com identificação de 1 a 12 (ordem numérica) para identificação dos mesmos como visto na figura 1, para a realização desse trabalho utilizamos uma lousa para a exposição dos dados, a numeração dos crânios foram distribuídas na lousa cada numero em uma coluna.
Figura 1. Posicionamentos dos crânios numerados de 1 a 12
Fonte: Própria autoria
As medidas encontradas em cada crânio foram anotadas em suas respectivas colunas, neste trabalho foi mensurada a espessura crânio caudal do arco zigomático e as medidas do comprimento do forame magno e largura do forame magno, e usamos a orientação do processo mastóide quanto sua orientação látero-lateral.
Em uma mesa de mármore os crânios foram organizados em seqüência numérica. Após o crânio ser devidamente selecionado com a mão esquerda segurando o crânio e a mão direita um paquímetro milimetrado Mitutoyo®, visto na figura 2, para a mensuração da espessura crânio caudal do arco zigomático temporal, colocando o bico no encosto na parte superior na região da sutura entre os dois ossos e fechando até o encosto da parte inferior da sutura, visto na figura 3.
Figura 2. Paquímetro milimetrado Mitutoyo utilizado para medição das peças anatômicas.
Fonte: Própria autoria
Figura 3. Vista Lateral do antímero direito do crânio humano macerado, demonstrando
a região da sutura do arco zigomático temporal onde as mensurações foram realizadas.
Fonte: Própria autoria
A região da sutura entre dois ossos justifica-se por serem umas das que serve de origem para os feixes profundos e superficiais do músculo masseter, onde se observa perfeitamente o local a ser mensurado, considerando as medidas feitas por Junior (2010) onde ele determina que as medidas de 10,55 mm, e/ou superiores considera-se do sexo masculino e as medidas encontradas de 10,50 mm, e/ou superiores inferiores considera-se gênero feminino.
A mensuração craniométrica do forame magno do osso occipital foi realizada com o auxílio de um paquímetro milimetrado onde a medida do comprimento foi encontrado entre a extremidade da borda anterior (básio) passando pelo centro até a extremidade da borda posterior (opístio), como visto na figura 4, na direção do plano sagital mediano, sempre em linha reta, onde para que pudéssemos estabelecer parâmetros observou-se o estudo de Manoel (2009) que obteve as medidas de comprimentos de 37,7mm e/ou superiores considerados masculinos e as medidas de comprimento de 35,1mm e/ou inferiores considerados femininos. E a largura de 30,3mm e/ou superiores considerados masculinos e 27,1mm e/ou inferiores considerados femininos. Todas estas medidas seguem conveniências de aferições e trabalhos internacionais como os de Herrera, (1987).
Sendo assim essas medidas formam utilizadas e comparadas as medidas encontradas durante a mensuração dos crânios.
Figura 4. Vista inferior do crânio humano, representando a medida de comprimento do forame magno
Fonte: Própria autoria
Para a mensuração da largura do forame magno, foi mensurada a distância em linha reta desde a extremidade da borda lateral direita com a concavidade mais acentuada passando pelo centro do forame magno até a extremidade da borda lateral esquerda de concavidade mais acentuada, com direção transversal, como visto na figura 5.
Figura 5. Vista inferior do crânio humano, representando a medida da largura do forame magno
Fonte: Própria autoria
Após cada crânio ser devidamente avaliado foram colocados sobre apoio do neurocrânio na mesa em uma base segurando com a mão esquerda. Iniciando logo em seguida, com a mão direita com o paquímetro empunho, foi colocado o bico de encosto na borda anterior do forame magno, pressionando o impulsor, sobre o qual desliza o bico do cursor móvel apoiando o encosto proximal até a borda posterior do forame magno. Obtendo o dado do maior cumprimento em milímetros por meio da escala numérica.
Durante a realização das medidas os valores encontrados foram anotados na lousa, onde estavam distribuídas as numerações de cada crânio, cada número em uma coluna. Com todos os dados na lousa começamos uma discussão e comparação, onde o obtemos o resultado final, pois a margem de erro foi mínima, quando comparamos os três aspectos.
4. Estatísticas
O presente trabalho utilizou a freqüência relativa, para primeira etapa, resultado obtido da divisão entre a freqüência, o valor que é observado na população e a quantidade de elementos dessa população. Geralmente é apresentada na forma de porcentagem, sendo calculado pelo programa Excel for Windows, tendo como resultado destas análises histogramas, estes sendo representações gráficas (gráficos de barras verticais) da distribuição de freqüências de um conjunto de dados quantitativos contínuos.
Para segunda etapa foi utilizado software bioestatístico próprio STATPLUS para interpolar possíveis correlações entre os dados das diferentes mensurações.
5. Resultados
Figura 6. Porcentagem relativa à distribuição de gênero quanto à medição craniométrica
da área dos forames magnos, nota-se uma prevalência masculina
Figura 7. Porcentagem relativa à distribuição de gênero quanto à medição craniométrica
da espessura dos arcos zigomáticos, nota-se uma prevalência masculina
Figura 8. Porcentagem relativa à distribuição de gênero quanto
a analise cranioscópica sobre a orientação dos processos mastóide
Figura 9. Correlação de Pearson entre a Espessura do arco zigomático e a área do forame magno
Se aceita H0, ou seja, não há correlação entre as diferentes metodologias de avaliação de Gênero (área do forame magno e espessura do arco zigomático) apesar de ambas apontarem a mesma direção quanto ao percentil para masculino e feminino, justifica-se a não correlação pelo diminuto numero de amostras.
Figura 10. Correlação de Pearson entre a espessura
do arco zigomático e a orientação do processo mastóide
Se aceita H0, ou seja, não há correlação entre as diferentes metodologias de avaliação de Gênero, (orientação processo mastóide e espessura do arco zigomático) apesar de ambas apontarem a mesma direção quanto ao percentil para masculino e feminino, justifica-se a não correlação pelo diminuto numero de amostras.
Figura 11. Correlação de Pearson entre a orientação do processo mastóide e a área do forame magno
Se aceita H0, ou seja, não há correlação entre as diferentes metodologias de avaliação de Gênero (orientação processo mastóide e a área do forame magno) apesar de ambas apontarem a mesma direção quanto ao percentil para masculino e feminino, justifica-se a não correlação pelo diminuto numero de amostras.
5.1. Achado clínico
A Síndrome de Eagle (SE) ou Síndrome Estilóide caracteriza-se pelo somatório do alongamento patológico da projeção estilóide (>30 mm), possivelmente acompanhado pela calcificação do ligamento estilohióideo e estilomandibular. Apesar de os primeiros estudos do processo estilóide datarem de antes do século XVI, o médico Eagle da Universidade de Duke nos Estados Unidos fez a primeira publicação científica sobre o assunto em 1937 (NEVILLE, 2004).
O presente trabalho foi surpreendido pelo achado clínico citado acima, segue figura 12 com apontamento pela seta amarela.
Figura 12. Achado clínico, figura indicando o aumento do processo estilóide que determina a Síndrome de Eagle
Fonte: Própria autoria
6. Discussão
As diferenças a serem observadas a fim de comparar o gênero humano são buscadas em diferentes metodologias sejam elas fatores genéticos, hormonais e ou musculares.
O presente estudo realizou variaveis quantitativas e uma variavel qualitativa em busca da identificação do genero e estabeleceu pontos de enlace importantes indo ao encontro, por exemplo, de Manoel (2009) que na valiação de 215 cranios em especifico a respeito da area foraminal magna estabeleceu comprimentos e larguras dos forames onde encontrou uma média quanto a largura dos mesmos de 30,3 mm nos crânios dos generos masculinos e 27,1mm para os do genero feminino o que corrobora com nosso estudo que verificou média maculina de 31,48mm e média feminina 30,45mm.
A obtenção de tais aspectos relacionados a grande variabilidade intra- grupo podem talvez ser respondidas pela miscigenação racial nacional. Justifica-se a diferença das medidas entre os generos pelo peso da cabeça e junção atlanto-occipital, sendo que com a chegada da velhice perde-se tanto tecido mole quanto tecido osseo.
Esta diferença entre os forames foi observada em estudo realizado por Menezes, (2009) que apresentou com significancia predominio do genero masculino derivado da medição da largura foraminal magna.
Com relação ao arco zigomático nossos resultados demonstraram verossimilhança aos de Junior, (2010) que verificou 40 cranios e os identificou com relação ao genero e tambem estabeleceu com padrão a largra do arco zigomático, tendo como média masculina 8,20mm e para o feminino 7,40mm traçando um paralelo equitativo com nossas médias espessurais do arco zigomático direito teve média de 12,1 mm para o masculino e 9,4 mm para o feminino.
Quando estudamos o tecido ósseo, podemos entender que se trata de uma estrutura dinâmica capaz de se remodelar a partir de esforços que os músculos inseridos a suas terminações exercem, sendo elas pressão ou tração, sendo assim analisamos no presente trabalho a orientação do processo mastóide. Já que nas suas faces externas estão inseridos os músculos externocleidomastóide, esplênio da cabeça, fato esse que nos levou analisar uma possível diferença, entre a orientação do processo mastóide nos crânios masculinos e femininos, já que se trata de um osso que podemos ter uma visualização perfeita quanto sua posição.
Porém não há descrição de dados conclusivos numéricos, como medidas exatas para a determinação do sexo, mas considerando que a musculatura masculina é mais desenvolvida que a feminina a ação dos músculos externocleidomastóide. Principal flexor do pescoço, permitindo as três ações diferentes como a rotação da cabeça, inclinação lateral e uma leve extensão da cabeça, faz com que a força de tração dos músculos sobre o osso, ocorra uma maior formação deste tecido, visualmente o processo mastóide quando analisados representam-se lateralizados nos crânios masculinos e inclinado medialmente nos crânios femininos.
Conclusão
Concluimos depois de observar e fazer as medições devidas dos cranios humanos pertencentes ao acervo da disciplina de anatomia humana do Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva que:
Quanto à medição craniométrica da área dos forames magnos, nota-se uma prevalência masculina de 83%.
Quanto à medição craniométrica da espessura dos arcos zigomáticos, nota-se uma prevalência masculina 90%.
Quanto a analise cranioscópica sobre a orientação dos processos mastóide nota-se uma prevalência masculina 66%
Apesar das prevalências apontarem para uma mesma direção isto é uma maior prevalência masculina, não houve correlação estatística em Pearson entre as diferentes metodologias, para um contingente de 12 crânios.
Quanto à latero-lateralização do processo mastóide a visualização é bem clara dos crânios do gênero masculino em que a orientação do processo mastóide encontra-se mais lateralizado e dos femininos inclinados medialmente.
Diante desse trabalho concluímos que a união dos dados encontrados em seus resultados finais, se a determinação for a mesma quanto ao gênero, significa que a chance de erros será a mínima no resultado final.
Referências
FEHRENBACH, H .Illustrated Anatomy of the Head and Neck, Elsevier, 2012, page 87 In: Wikipédia, a enciclopédia livre Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo_esternocleidomastoideo. Acesso em: 12/04/2013
GUYTON A, C .; GUYTON, M. D.; JOHN E. H. Fisiologia humana e mecanismo das doenças Ed. Guanabara Koogan, 1998 p. 560- 578
HERRERA, B.; CATALINA, C.J. Study of the anatomic metric values of the foramen magnum and its relation to sex. Acta 130: 344 – 346, 1987.
JUNIOR, R. B Mensuração da espessura crânio caudal do arco zigomatico temporal em cranios humanos macerados. Rev. inpeo de odontologia- cuiabá/ MT. v.4 n.2 . p. 1-58, 2010.
MANOEL, C Avaliação morfológicas linear do forame magno em cranios humanos brasileiros: Sua relação com o genero, 2009.
MENEZES, M.J.P Métodos de investigação antropológica: determinação do genero por meio do esqueleto cefalico Manaus-AM. Monografia – (Especialização em Odontologia Legal) – Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/SOEBRÁS núcleo Manaus, 2009 p. 33.
NEVILLE BW, DAMM DD, ALLEN CM, BOUQUOT JE. Defeitos de desenvolvimento da região maxilofacial e oral. In: NEVILLE BW, DAMM DD, ALLEN CM, BOUQUOT JE. Patologia oral e maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004.
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