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Aproximações técnicas entre as artes marciais chinesas e a capoeira

Aproximaciones técnicas entre las artes marciales chinas y la capoeira

Technical approaches between Chinese martial arts and capoeira

 

Professor de artes marciais

e técnicas corporais terapêuticas na UFVJM

(Brasil)

Gilbert de Oliveira Santos

gilbert.santos@ufvjm.edu.br

 

 

 

 

Resumo

          As artes marciais chinesas e a capoeira potencializam a dimensão artística e lúdica do gesto, por isso, lidam com o desafio da marcialidade de maneira instigante. Nessas práticas, não basta apresentar apenas poder marcial, é preciso trazer ao corpo além de agressividade, elementos de ordem estética. Apresentamos aqui, similitudes e idiossincrasias de ambas as técnicas com ênfase na discussão a respeito da mímesis, entendida como a representação que busca se aproximar da beleza do mundo. O intuito maior do texto é contribuir no processo de reflexão e discussão a respeito das técnicas corporais marciais.

          Unitermos: Artes Marciais. Capoeira. Wushu. Mímesis.

 

Abstract

          Chinese martial arts and capoeira potentiate the artistic and playful dimension of gesture, so deal with the challenge of marcialidade thought-provoking way. In these practices, not just present only martial power, you have to bring the body besides aggression, aesthetic elements. We present here, similarities and idiosyncrasies of both techniques with emphasis on discussion of mimesis, understood as the representation that seeks to approximate the beauty of the world. The larger purpose of the paper is to contribute to the reflection and discussion about body techniques martial process.

          Keywords: Martial Arts. Capoeira. Wushu. Mimesis.

 

Resumen

          Las artes marciales chinas y la capoeira potencian la dimensión artística y lúdica del gesto, por lo tanto, hacer frente al desafío de la marcialidad de forma intensa. En estas prácticas, no sólo presentan el poder marcial, lo que tiene que llevar el cuerpo ante la agresión, sino elementos estéticos. Presentamos aquí similitudes e idiosincrasias de ambas técnicas, con énfasis en la discusión de la mimesis, entendida como la representación que tiene por objeto aproximar la belleza del mundo. El mayor propósito de este trabajo es contribuir a la reflexión y el debate acerca de las técnicas corporales marciales.

          Palabras clave: Artes Marciales. Capoeira. Wushu. Mimesis.

 

Recepção: 16/10/2014 - Aceitação: 05/11/2014.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 198, Noviembre de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    No contexto das práticas corporais é o aspecto marcial do gesto que diferencia as artes marciais de outras práticas e conhecimentos sobre o corpo, ou seja, a origem e o desenvolvimento do gesto marcial pressupõem a ideia de um combate e isto lhe confere certas particularidades.

    Marte, deus romano da guerra, dá origem ao termo marcial. Bulfinch (2000) aponta que Marte nutria grande amor pela violência e pelo derramamento de sangue, sendo apresentado na obra Ilíada atribuída a Homero (2005), como um brutamonte de cem metros de altura, peludo, estúpido e desajeitado, entretanto, invencível em batalhas! Será que na atualidade é bastante apropriado associar as práticas corporais marciais com o aspecto meramente destrutivo? Será que é a dimensão destruidora dessas práticas que deve ser a prioridade?

    De fato, não há como menosprezar a dimensão destrutiva que as artes marciais podem apresentar, mas, é preciso apontar que a agressividade não necessariamente resulta em destruição, podendo inclusive ser ritualizada e experimentada ludicamente. As artes marciais são práticas corporais que podem possibilitar a experimentação da agressividade de maneira controlada.

    Ainda sim, é comum que na aprendizagem dessas práticas persista a dimensão do excesso de esforço e da dispersão da energia. O despreparo em lidar com o gesto marcial incentiva à lógica da dor e do sacrifício e potencializa as ocorrências de danos ao corpo e a saúde, já que uma ideia muito presente tanto para quem ensina como para quem aprende uma técnica marcial é a de que se deve preparar o corpo para agredir e também para sofrer agressão. De tal modo que é muito comum a ocorrência de fatos que muitas vezes nada mais são do que falta de compreensão no trato com a técnica marcial. Citarei dois:

  1. O tecnicismo ou a repetição mecânica e exaustiva do gesto sem a devida conscientização;

  2. O sacrifício corporal e a dor como aspecto necessário para o aprimoramento da técnica.

    Esses modos de se praticar técnicas marciais são muito comuns e no meu ponto de vista não são dotados do acúmulo de conhecimento produzido a respeito do corpo e das práticas corporais.

    Muitos gestos que compõem as artes marciais estão colados na lógica da danificação, por isso, as técnicas precisam ser transfiguradas em algo que possa promover a experimentação da agressividade de uma maneira não destrutiva. Neste caso, impõe-se a necessidade de entrar em harmonia consigo e com o outro, como possibilidade de realização de uma simulação ou jogo marcial, o que leva ao conhecimento da existência de um padrão de experimentação corporal no nível individual e coletivo em que prevalece a ideia de pesquisar e experimentar as possibilidades marciais do corpo muito mais do que antecipar um combate contra alguém ou de buscar exclusivamente a potência marcial do gesto. Pois, mais do que agredir ou ferir, a arte marcial compõe um caminho para atingir a harmonia através do entendimento e controle da força marcial. Afinal, seu sentido mais amplo é possibilitar a harmonização de energias humanas distintas, ampliando a consciência de si e também do gesto. Uma ação de cultivo do conhecimento e de amor e respeito à vida.

    Embora com muita freqüência se ignorem ou se menosprezem por inteiro a dimensão do autoconhecimento, a dimensão ética da formação e desenvolvimento pessoal constitui a essência do aprendizado de uma arte marcial. Como diz Reid & Croucher (1983) “(...) o surgimento de uma arte marcial não depende somente da prática de certos movimentos e da capacidade de resistir a provações físicas. As artes marciais também têm um conteúdo intelectual e um sistema de valores.” (Reid & Croucher, 1983, p.29). Mesmo que muitas vezes, a ênfase das artes marciais recaía somente na preparação física para o combate, as origens dessas práticas também demonstram uma série de motivações éticas e espirituais de natureza superior ao mero combate pelo combate. (VILLAMÓN & ESPARTERO, 1999).

    Considerando isto, farei alguns apontamentos técnicos a respeito das artes marciais chinesas conhecidas também como wushu1 e a capoeira, prática corporal de origem afro-brasileira. Apresentando idiossincrasias e similitudes dessas artes corporais, acredito estar contribuindo no processo de reflexão pedagógica de técnicas corporais marciais.

    Essas duas técnicas possibilitam de maneira instigante lidar com o desafio da marcialidade, pois em ambas, é possível transitar com bastante fluidez entre o jogo, teatro, luta e dança. Oportunizando a transfiguração da agressividade em algo belo, que pode ser experimentado e controlado ludicamente.

    No wushu e na capoeira, não basta apresentar apenas poder marcial, é preciso trazer ao corpo além de agressividade, elementos de ordem estética. Essa busca por um gesto marcial que também seja poético pode contribuir na experiência em um universo tão ambivalente. Logo, se é para lidar com a agressividade do gesto, que seja simbolicamente através do jogo e da fantasia, ritualizando de maneira poética o poder marcial do gesto.

Aproximações e distanciamentos entre o wushu e a capoeira

    O surgimento e as razões pelas quais as artes marciais chinesas se desenvolveram apresenta uma diferença em relação à capoeira, já que esta surge como uma prática originada no bojo do cotidiano escravo e, entre outras coisas, apresenta uma forma de resistência que não se dá somente pelo enfrentamento direto ao inimigo, mas também pelo êxtase que reside em seu caráter lúdico, ou seja, a festa como uma forma de resistência a opressão:

    Ainda que os senhores pudessem desejar - e às vezes exigir - que seus escravos trabalhassem dezoito horas por dia, os cativos precisavam de um descanso. No tempo que tinham para eles mesmos, reuniam-se nas ruas e mercados e dançavam nas praças nos dias de festa religiosa. (...) Forjaram ‘um bando’ a partir de muitos grupos, e o que desenvolveram não era mais unicamente africano ou mesmo luso-brasileiro, mas uma mistura de costumes que aliviava o fardo da escravidão, transmitia tradições religiosas e contribuía para o desfrute de uma vida social. (KARASCH, 2000, p.292).

    Já a China, diferente do Brasil, possui uma tradição histórica de guerras e conflitos que repercutiu sobremaneira em suas práticas corporais, por isso, Andraus (2012) aponta que a capoeira não se estabelece da mesma forma na sociedade brasileira como o wushu na China, pois lá como igualmente em outros países da Ásia, Europa e Oriente Médio, o treinamento marcial era, de fato, um treinamento para a guerra: “A história do Brasil testemunhou pequenas rebeliões, mas não se pode dizer que exista aqui uma cultura em torno da guerra, com sistematização do trabalho de corpo visando à eficiência marcial, como ocorreu em outros países.” (ANDRAUS, 2012, p.155).

    Mesmo que a história da China possua uma tradição de guerra que repercutiu em sua cultura corporal de movimento, algumas técnicas do wushu possuem em sua essência um princípio de inspiração poética, carregam em si um breve momento de suspensão da realidade, pois são dotadas de evidentes significados estéticos e de uma plasticidade corporal que inevitavelmente as conduzem para o campo das artes.

    Assim como a capoeira, o wushu torna-se uma dança guerreira ou uma prática que transita entre o jogo, teatro, luta e dança. Isso se deve pela presença marcante da mímesis, que potencializa a dimensão poética e lúdica do gesto.2

    A força poética da mímesis reside em sua capacidade de se aproximar com respeito e precisão da beleza do mundo. (GAGNEBIN, 2005). Tal capacidade se encontra de maneira potente na capoeira e também nas artes marciais chinesas, pois em ambas, é possível esculpir fragmentos de tempo em que o real fica momentaneamente em suspensão e a imaginação assume um papel protagonista no processo: “O que não temos, ou não ousamos, ou não conseguimos, podemos possuí-lo em sonho, e é com esse sonho que fazemos arte.” (PESSOA, 2006, p.234).

    Não é a toa que muitos trabalhos artísticos utilizaram da capoeira e das artes marciais chinesas como inspiração em suas criações.3 Seja no cinema, na dança, teatro ou nas artes plásticas, há uma dimensão poética do wushu e da capoeira que facilita uma exploração artística do corpo em contexto de combate. Nestas técnicas, mais do que muitas práticas corporais combativas, é possível transitar com mais naturalidade na fronteira entre o real e a fantasia.

    Esta ultrapassagem para a fantasia é favorecida, sobretudo, pela capacidade de interpretação mimética da natureza ou dos gestos marciais dos animais. Assim, na própria técnica de mimetizar um animal em contexto de combate, já se transporta o sujeito para o mundo da fantasia, característica privilegiada de aprendizado e deleite humano:

    A mímesis designa um processo de aprendizado específico do homem (e, em particular, das crianças). A aquisição de conhecimentos é favorecida pelos aspectos prazerosos do processo. Poderíamos dizer, nesse sentido, que o impulso mimético está na raiz do lúdico e do artístico (GAGNEBIN, 2005, p.84).

    No wushu, já é muito difundido os diferentes estilos que se baseiam em animais como o tigre, o louva-a-deus, macaco, etc. É o que CAILLOIS (1990) em sua classificação de tipos de jogos, denomina como jogos de mimicry, ou seja, um jogo que pressupõe a encarnação de um personagem ilusório e a adoção de seu respectivo comportamento. O prazer é o de ser um outro ou de se fazer passar por outro, o que inevitavelmente aproxima o wushu e a capoeira da representação teatral e dramática: “O mimicry consiste na representação deliberada de uma personagem, o que facilmente se torna uma obra de arte, de cálculo e de astúcia.” (CAILLOIS, 1990, p.99).

    Muitos gestos da capoeira trazem em sua configuração uma representação mimética de animais, chegando até mesmo a incorporar os nomes destes para discriminar determinados gestos, como o rabo-de-arraia, o vôo do morcego, o macaquinho, etc. Também a hipótese da própria capoeira ter se originado da dança conhecida por n’golo ou dança das zebras, cuja movimentação seria a imitação desses animais em combate. Assim, nas origens da capoeira estaria presente essa característica privilegiada da imitação:

    As danças dos povos da África, em sua origem, já traziam em suas estruturas a mimese. A dança enquanto representação simbólica traduzia diversos aspectos da natureza, inclusive da luta, que representa a manifestação de opostos. Tal aspecto da dança imitativa, provavelmente, fora incorporado no processo de criação da capoeira, e novos processos miméticos deram prosseguimento ao desenvolvimento da estrutura básica da movimentação da capoeira. (SILVA, 2008, p.60).

    Desse modo, as características miméticas da capoeira e das artes marciais chinesas favorecem a aproximação da dimensão lúdica e artística em detrimento da potência marcial e, por isso, facilitam uma condição ampliada da aprendizagem do gesto marcial.

    Estudar arte marcial é aprender golpes de ataque e defesa. Por outro lado, ensinar um estilo, suas técnicas e formas previamente definidas de maneira mecânica e com base meramente na repetição, sem possibilitar a compreensão dos significados essenciais ou da ludicidade que o gesto marcial pode apresentar é limitar a capacidade de entendimento e de deleite do processo de descoberta do conhecimento.4

    Como possibilidade de síntese, apresento um quadro que expõe algumas particularidades das artes marciais chinesas e da capoeira que também pode ser utilizado como um elemento norteador da reflexão pedagógica dessas técnicas:

Wushu

Capoeira

Oposição corporal, equilíbrio psicofísico, contato corporal, mímesis, pensamento oriental.

Diálogo corporal, musicalidade, inversão corporal, ocupação do espaço vazio, cultura afro-brasileira, jogo, mímesis.

    Na capoeira, o diálogo corporal ocorre ritmado por determinada musicalidade, em que se busca a ocupação do espaço vazio do outro através de uma gestualidade que pode apresentar-se na forma de inversão corporal ou que pelo menos inverte de certa forma uma lógica do corpo. Vira, portanto, o mundo de “pernas para o ar”. A ocupação do espaço vazio do outro exigirá uma gestualidade que não visa ações de oposição através do contato corporal, mas de composição e diálogo, configurando-se muito mais em um jogo do que em um combate.

    De maneira diferente, mas não em completa oposição à capoeira, as artes marciais chinesas buscam simular um combate corporal e, por isso, se pautam na busca do equilíbrio psicofísico e de técnicas miméticas que visam o contato corporal seja para golpear, agarrar, torcer, imobilizar ou projetar o outro. Tais características diversas podem se relacionar com as particularidades históricas e culturais das quais advêm essas práticas, ou seja, o pensamento oriental e a cultura afro-brasileira. Afinal, as artes marciais surgem e manifestam-se segundo parâmetros da sua sociedade, da sua cultura, do seu tempo. Como diz Daolio (2001) “Quando tentamos definir uma certa sociedade com base em seu comportamento corporal, estamos o tempo todo falando de sua cultura, expressa no corpo e pelo corpo.” (DAOLIO, 2001, p.32).

    Devido aos limites deste trabalho, optamos por dar ênfase na discussão da mímesis, característica importante para a dimensão artística e lúdica de ambas as técnicas. No entanto, cada um dos tópicos apresentados no quadro, possibilita novas aberturas e outras possibilidades de reflexão e entendimento dessas práticas.5

    A tentativa de delimitações de práticas que são histórico-culturais possui seus limites. Por isso, os parâmetros apresentados no quadro não são fixos como uma tabela pode sugerir e também há outras características importantes destas práticas que não aparecem no quadro. O que acreditamos existir é apenas uma ênfase maior nestas características a partir das considerações apresentadas.

    O quadro não pretende ser uma solução infalível para o entendimento das artes marciais chinesas e da capoeira, mas sim propor-se a apresentar alguns princípios que podem contribuir na elaboração de sínteses e reflexões instigantes a respeito dessas práticas.

Conclusões provisórias

    No wushu e na capoeira, há uma grande aproximação do aspecto lúdico e artístico em detrimento do poder marcial, mas são justamente esses aspectos que ampliam suas possibilidades pedagógicas e potencializam a dimensão poética do gesto.

    Se há uma lacuna no que diz respeito ao conhecimento das artes marciais é também porque ainda há muito por ser feito nas discussões pedagógicas a respeito dessas técnicas. Afinal, as artes marciais fazem parte do patrimônio cultural construído historicamente pela humanidade e é papel importante dos profissionais que lidam com o corpo e suas técnicas, transmitir e perpetuar a experiência humana da cultura corporal de movimento.

    Assim, estamos enaltecendo as artes marciais como conhecimentos potenciais para a formação humana, a partir daquilo que lhe é específico e peculiar: a possibilidade de experimentar de maneira controlada, a agressividade e a ferocidade presente em cada um de nós.

Notas

1.     Wushu (武术) pode ser traduzido como arte marcial chinesa (LEE, 1997). O ideograma wu () é o que melhor resume no pensamento chinês tudo que se liga a arte de ataque e defesa. É constituído por dois signos: zhi () e ge (). Ge é arma e pictograficamente assemelha-se a um tipo de lança, sendo reconhecida como uma arma de ataque muito poderosa. O signo zhi pode significar parar, pés, caminhar, marchar ou agir, dando a idéia de ações de luta e guerra ou mesmo parar a guerra. Pictograficamente, zhi evolui de um retângulo que simbolizava um castelo e dos signos de pés que representam, por sua vez, caminhada ou marcha (HSUAN-AN, 2006). Combinando os dois signos, o significado de wu é ‘marcial’ ou ‘militar’. Na língua moderna chinesa, arte é yishu (艺术), sendo que shu () significa técnica, habilidade ou modo (HSUAN-AN, 2006).

2.     Ainda sim, é preciso lembrar que há diversas escolas e técnicas no contexto dessas práticas, e em muitas dessas escolas a preocupação maior é com a força marcial do que com a beleza e ludicidade do gesto.

3.     No cinema contemporâneo o wushu tem sido explorado como uma das principais técnicas de combate e potencializado a dimensão imaginária na medida em que as personagens, graças também a tecnologia cinematográfica, são capazes de realizar movimentos de grande beleza e plasticidade. As óperas chinesas também se aproveitaram da dimensão poética do wushu. Compondo através da música, do teatro, da dança e do canto, as óperas chinesas encontraram em algumas técnicas do wushu atributos que incorporados a ópera, possibilitaram a ampliação da carga dramática dos espetáculos. Já a capoeira serviu de inspiração, por exemplo, para as fotografias de Pierre Verger e os desenhos de Carybé. Também em muitos cursos de dança, o wushu e a capoeira compõem o processo de formação do dançarino e pesquisador em artes corporais.

4.     O ensino de artes marciais, sobretudo para crianças, requer um processo pedagógico que não se limite apenas aos aspectos técnicos de modalidades específicas. Para mais informações consultar Gomes (2008) e Santos (2013).

5.     Para mais informações consultar Santos (2005, 2013).

Referências bibliográficas

  • ANDRAUS, Mariana Baruco Machado. Dança e arte marcial em diálogo: um estudo teórico-prático sobre o sistema de gongfu louva-a-deus e o ensino de improvisação em dança. 2012. 289f. Tese (Doutorado em Artes da Cena) – Instituto de Artes, Unicamp, Campinas. 2012.

  • BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia: (a idade da fábula) histórias de deuses e heróis. 9.ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. Tradução de David Jardim.

  • CAILLOIS, Roger. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Lisboa: Edições Cotovia, 1990. Tradução de José Garcez Palha.

  • DAOLIO, Jocimar. A antropologia social e a educação física: possibilidades de encontro. In: CARVALHO, Yara Maria de; RUBIO, Kátia. (Orgs.). Educação Física e Ciências Humanas. São Paulo: Hucitec, 2001. p. 27-38.

  • GAGNEBIN, Jeanne Marie. Do conceito de mímesis no pensamento de Adorno e Benjamin. In: _______. Sete aulas sobre linguagem, memória e história. Rio de Janeiro: Imago, 2005.

  • GOMES, Mariana Simões Pimentel. Procedimentos pedagógicos para o ensino das lutas: contextos e possibilidades. 2008. 139f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Unicamp, Faculdade de Educação Física. Campinas. 2008.

  • HOMERO. A Ilíada em forma de narrativa. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005. Tradução e Adaptação de Fernando C. de Araújo Gomes.

  • HSUAN-AN, Tai. Ideogramas e a cultura chinesa. São Paulo: É Realizações Editora, 2006.

  • KARASCH, Marcy. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). São Paulo: Companhia das letras, 2000.

  • LEE, Maria Lucia. Lian Gong em 18 terapias: forjando um corpo saudável. São Paulo: Editora Pensamento, 1997.

  • PESSOA, Fernando. Livro do desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Organização de Richard Zenith.

  • REID, Howard. & CROUCHER, Michael. O caminho do guerreiro: o paradoxo das artes marciais. São Paulo: Cultrix, 1983.

  • SANTOS, Gilbert de Oliveira. Da capoeira e a educação física. 2005. 98f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas. 2005.

  • _____. Uma interpretação das artes guerreiras chinesas. 2013. 109f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas. 2013.

  • SILVA, Eusébio Lobo da. O corpo na capoeira: breve panorama, estórias e história da capoeira. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2008.

  • VILLAMÓN, Miguel & ESPARTERO, Julián. La lucha en Oriente: el significado de “do”. In: VILLAMÓN, Miguel. Introducción al Judo. Barcelona: Editorial Hispano Europea S.A. 1999.

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