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Introdução

    Reconhecemos Educação Física como educação do homem para o movimento, por meio do movimento e a partir do movimento, e pela saúde do indivíduo física e espiritualmente. Toda atividade física traz benefícios á saúde do ser humano, e é desta forma que percebemos que deveria ser a educação física na escola, ofertando melhorias no condicionamento físico e saúde para escolares. Sabe-se que os alunos em sua grande maioria não se preocupam, ou melhor, não tem conhecimento do envolvimento da aula de Educação Física (aptidão física) com a saúde, não tendo em consciência dos benefícios que a atividade física oferece. A função de desenvolver este conhecimento deve ser do profissional que atua nesta área. Outro fator que devemos a Educação Física, é disciplinar o habito saudável da pratica de atividades físicas de crianças, jovens ou adultos de forma agradável e divertida, e para tal é necessário a presença de um profissional que os motive a isso. O papel do professor neste contexto passa a existir quando conseguimos com nossos esforços produzir ótimas sensações, e satisfação dos alunos com os resultados obtidos (SCHNEIDER, 2010).

    Aptidão física é aquela que proporciona força, resistência, flexibilidade articular, um sistema cardiovascular de bom nível de capacidade aeróbica e uma composição corporal com o peso sob controle. A aptidão física é o oposto de estar fatigado com esforços ordinários, de falta de energia para realizar as atividades da vida com entusiasmo, tornando-se exausto em esforços físicos exigentes e inesperados. (BARBANTI 1990, p. 11). (SCHNEIDER, 2010).

    Uma aptidão física total como aquela que proporciona força, resistência, razoável flexibilidade articular, um sistema cardiovascular de bom nível de capacidade aeróbica e uma composição corporal com peso sob controle ( LEITE, 2000, p. 12). As atividades físicas desde que sejam controladas, planejadas e com objetivos claramente definidos (destinados à sua função) são importantes modificadoras de componentes estruturais e fisiológicos do corpo humano. Especialmente nos aspectos cardiovascular, ósteo-articular, músculo-esquelético e metabólico (PRATI, PRATI apud CARPENSEN et al. 2006).

    A evolução da tecnologia é uma tendência, está presente e não viveremos mais sem ela. Para evitarmos os malefícios da utilização da tecnologia, é importante a participação das pessoas em programas de atividade física e aulas de Educação Física bem organizados e planejados, para melhorar as capacidades físicas e auxiliar na prevenção de doenças como obesidade, diabete, hipertensão, angina, AVC (NAHAS, 2001). Conforme Nahas (2001, p. 31), “atividade física e aptidão física, têm sido associadas ao bem-estar, á saúde e à qualidade de vida das pessoas em todas as idades. A saúde positiva seria caracterizada com a capacidade de ter uma vida satisfatória e proveitosa”. Uma pessoa que faz atividade física melhora seus níveis de aptidão física e em conseqüência tem uma melhora na sua saúde física, tendo assim melhoras na capacidade cardiorrespiratória, flexibilidade, força muscular, e satisfatória massa muscular, deste modo podendo ser considerada uma pessoa sadia fisicamente.

    A resistência cardiorrespiratória pode ser definida como a capacidade de continuar ou suportar tarefas longas que exige grande esforço físico e envolvem grandes grupos musculares. É uma capacidade dos sistemas circulatórios e respiratórios para se adaptar e se recuperar de esforços prolongados do corpo (BARBANTI, 1990). Para muitos estudiosos em aptidão, a resistência cardiorrespiratória é o componente mais importante da aptidão relacionada á saúde. Pois para muitas pessoas, estar “em forma” significa ter boa capacidade de resistência cardiorrespiratória, adquiridas por através de corrida, ciclismo, natação, durante tempos longos de exercícios (BARBANTI, 1990). (NAHAS, 2001).

    O objetivo deste estudo é verificar a classificação dos níveis do componente de aptidão física relacionado a saúde, resistência aeróbica, de alunos, do gênero masculino, das series finais do ensino fundamental, da EEBP Mansueto Boff do município de Concórdia/SC.

Materiais e métodos

    A pesquisa se caracteriza como uma pesquisa quantitativa de campo, de levantamento (recolhe-se os dados característicos da população através da seleção de uma amostra), quantitativa (considera-se que tudo pode ser traduzido em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las); Inserindo-se na linha práticas pedagógicas e Atividade física e saúde Gil (2002).

    A população a ser investigada nesta pesquisa são 88 alunos da EEBP Mansueto Boff, de 7ª a 8ª series do Ensino fundamental, sendo que destes foi selecionada a amostra de 41 alunos, sendo 19 alunos de 13 anos de idade, 16 alunos de 14 anos de idade e 06 alunos de 15 anos de idade, de 7ª a 8ª series do Ensino fundamental da EEBP Mansueto Boff.

    No que refere aos aspectos éticos, as avaliações não tinham nenhum dado que identificasse o indivíduo e que lhe causasse constrangimento ao responder. Foi incluído no Termo de Consentimento livre e Esclarecido que os indivíduos da amostra aceitaram participar voluntariamente, após obtenção de consentimento verbal dos participantes e uma autorização por escrito dos responsáveis. Dessa forma, os princípios éticos contidos na Declaração de Helsinki e na Resolução nº 196 de 10 de Outubro de 1996 do Conselho Nacional de Saúde foram respeitados em todo o processo de realização desta pesquisa.

    Para a coleta de dados foi da capacidade cardiorrespiratória, foi utilizado o teste dos 9 minutos proposto pelo PROESP/2009.

1. A Bateria PROESP‐BR é precedida por um breve aquecimento de 5 minutos.

2. Após o aquecimento, os alunos devem ser organizados em pequenos grupos, Cada aluno recebe sua ficha individual de anotações a qual deverá ser entregue ao professor para os devidos registros das medidas e testes.

Teste de Capacidade Cardiorrespiratória (9 minutos)

    Material: Local plano com marcação do perímetro da pista. Cronômetro e ficha de registro. Se sugere a utilização de material numerado para fixar às costas dos alunos os identificando claramente para que o avaliador possa realizar o controle do número de voltas. Trena métrica. Orientação: Se Divide os alunos em grupos adequados às dimensões da pista. Observa-se a numeração dos alunos na organização dos grupos, facilitando assim o registro dos anotadores. Se informa aos alunos sobre a execução correta do testes dando ênfase ao fato de que devem correr o maior tempo possível, evitando piques de velocidade intercalados por longas caminhadas. Se informa que os alunos não deverão parar ao longo do trajeto.

    Trata de um teste de corrida, embora possam caminhar eventualmente quando se sentirem cansados. Durante o teste, se informa ao aluno a passagem do tempo aos 3, 5 e 8 minutos (“Atenção: falta 1 minuto!”) no teste dos 9 minutos e 2, 4 e 5 (“Atenção: falta 1 minuto) no teste dos 6 minutos.

    Ao final do teste soará um sinal (apito) sendo que os alunos deverão interromper a corrida, permanecendo no lugar onde estavam (no momento do apito) até ser anotada ou sinalizada a distância percorrida. Todos os dados serão anotados em fichas próprias devendo estar identificado cada aluno de forma inequívoca.

    Se sugere que o avaliador calcule previamente o perímetro da pista – o ginásio da escola deu 40 x 20m (para este teste 9m) e durante o teste anote apenas o número de voltas de cada aluno. Desta forma, após multiplicar o perímetro da pista pelo número de voltas de cada aluno deverá complementar com a adição da distância percorrida entre a última volta completada e o ponto de localização do aluno após a finalização do teste. Anotação: Os resultados serão anotados em metros com aproximação às dezenas.

    Os dados coletados serão apresentados através de gráficos e tabelas, estatística paramétrica: média, para classificar os resultados de fraco, razoável, bom, muito bom e excelente, e apontar os riscos para saúde segundo as tabelas de classificação do PROESP/2009.

Análise e discussão dos resultados

Tabela 1. Resultado do teste de 9 minutos em metros, classificação e indicadores de risco para a saúde, dos alunos do gênero Masculino com idade de 13 anos

    Baseado na classificação do FRACO – RAZOÁVEL – BOM - MUITO BOM – EXCELENTE de acordo com PROESP/2009. (anexo) a tabela 1 apresenta as seguintes classificações: o grupo avaliado tem um total de 19 alunos: 10 alunos que equivale a 52% muito bom, 2 alunos que equivale a 10.5% razoável, 1 aluno que equivale a 5.2% bom, 6 alunos que equivale a 31.5% fraco tendo uma media boa, também baseado na tabela de indicativos de risco do PROESP/2009 (anexo): apresenta risco para saúde e não apresenta risco para saúde: 12 alunos que equivale a 63.1% não apresentam risco para saúde e 7 alunos que equivale a 36.8% apresenta risco para saúde. A média geral da turma fica em não apresentam risco para saúde. Este grupo apresenta 36,8% dos alunos como fraco e com risco para a saúde, que necessita de atenção especial para desenvolver este elemento da aptidão física e atingir um mínimo indicado como um bom índice de saúde. Os demais alunos do grupo, embora não estejam classificados como excelente, não indicam risco para saúde.

Tabela 2. Resultado do teste de 9 minutos em metros, classificação e indicadores

de risco para a saúde, dos alunos do gênero Masculino com idade de 14 anos

    Baseado na classificação do FRACO – RAZOÁVEL – BOM - MUITO BOM – EXCELENTE de acordo com PROESP/2009. (anexo F), a tabela 2 apresenta as seguintes classificações: o grupo avaliado tem um total de 16 alunos: 8 alunos que equivale a 50% fraco, 4 alunos que equivale a 25% razoável, 2 alunos que equivale a 12.5% muito bom, 2 alunos que equivale a 12.5% bom, tendo uma media fraco, também baseado na tabela de indicativos de risco do PROESP (anexo E): apresenta risco para saúde e não apresenta risco para saúde: 8 alunos que equivale a 50% não apresentam risco para saúde e 8 alunos que equivale a 50% apresenta risco para saúde. A média geral fica em apresentam risco para saúde. Este grupo apresenta 50% dos alunos como fraco e com risco para a saúde, que necessita de atenção especial para desenvolver este elemento da aptidão física e atingir um mínimo indicado como um bom índice de saúde. Os demais alunos do grupo, embora não estejam classificados como excelente, não indicam risco para saúde.

Tabela 3. Resultado do teste de 9 minutos em metros, classificação e indicadores

de risco para a saúde, dos alunos do gênero Masculino com idade de 15 anos

    Baseado na classificação do FRACO – RAZOÁVEL – BOM - MUITO BOM – EXCELENTE de acordo com PROESP/2009. (anexo F), a tabela 3 apresenta as seguintes classificações: o grupo avaliado tem um total de 6 alunos: 5 alunos que equivale 83.3% fraco, 1 aluno que equivale a 16.6% muito bom tendo uma media fraca, também baseado na tabela de indicativos de risco do PROESP (anexo E): apresenta risco para saúde e não apresenta risco para saúde: 1 aluno que equivale a 16.6% não apresenta risco para saúde e 5 alunos que equivale a 83.3% apresentam risco para saúde. A média geral fica em apresentam risco para saúde. Este grupo apresenta 83.3% dos alunos como fraco e com risco para a saúde, que necessita de atenção especial para desenvolver este elemento da aptidão física e atingir um mínimo indicado como um bom índice de saúde. Os demais alunos do grupo, embora não estejam classificados como excelente, não indicam risco para saúde.

Gráfico 1. Referente aos dados das tabelas 1, 2 e 3. O gráfico a cima está demonstrando a classificação da média dos alunos do sexo MASCULINO 

entre 12 a 15 anos variando da 7ª a 8ª serie como podemos observar nenhum aluno apresenta nível de excelência, 32 % apresentam nível

  muito bom, 7 % apresenta nível bom, 15 % apresenta nível razoável, e a grande maioria ou seja, 46 % apresenta um nível fraco. 

Para chegar a esta classificação e a porcentagem seguimos o modelo da tabela do PROESP/2009.

Gráfico 2. Referente aos dados de indicativo de risco para saude das tabelas 1, 2 e 3.

    Segundo as tabelas de classificação do PROESP/2009

    Como podemos observar a media geral ficou em 51 % não apresentam risco para saúde e 49% apresentam risco para saúde.

Conclusão

    A intenção desta pesquisa foi classificar os níveis do componente de aptidão física relacionado a saúde, resistência aeróbica, de alunos das series finais do ensino fundamental, da EEBP Mansueto Boff do município de Concórdia/SC. Observando os dados coletados, quanto a média do grupo masculino, conclui-se que:

• Masculino de 13 anos apresenta 36,8% dos alunos como fraco e com risco para saúde.

• Masculino de 14 anos apresenta 50% dos alunos como fraco e com risco para saúde.

• Masculino de 15 anos apresenta 83,3% dos alunos como fraco e com risco para saúde.

    Quanto ao grupo masculino 49% dos alunos apresentam risco para saúde, enquanto que 51% dos alunos do sexo Masculino estão com melhor preparo físico para a resistência aeróbica e como conseqüência o não apresentam risco para a saúde.

Referências

• BARBANTI, J V. Aptidão física: um convite a saúde. São Paulo: Manole, 1990.

• GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

• LEITE, P. F. Aptidão física esporte e saúde. 3 ed. São Paulo: Copyright, 2000.

• NAHAS, M. V. Fundamentos da Aptidão Física Relacionado à saúde. 2 ed. Florianópolis: UFSC, 1989

• PRATI, S. R. A. PRATI, A. R. C. Níveis de aptidão física e análise de tendências posturais em Bailarinas clássicas. Centro Universitário de Maringá e Colégio Santa Cruz. 2006. Disponível em: http://ciencialivre.pro.br

• PROESP-BR-PROJETO ESPORTE BRASIL. Manual de Aplicação de medidas e testes, Normas e Critérios de avaliação. Porto Alegre. Universidade federal do Rio Grande do sul, 2009. Disponível em: http://www.proesp.ufrgs.br. Acesso em: 01 julho 2010

• SCHNEIDER, I.L.M. Componente resistência aeróbica, da aptidão física relacionados à saúde em alunos da escola de educação básica Professor Mansueto Boff Concórdia/SC. Artigo apresentado ao Balcão de projetos UnC, 2010.

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 198 | Buenos Aires, Noviembre de 2014 © 1997-2014 Derechos reservados