efdeportes.com

Dificuldade de aprendizagem do aluno com deficiência intelectual

La dificultad de aprendizaje del alumno con discapacidad intelectual

 

*Licenciada em Pedagogia pela Faculdade UNOPAR. Professor da rede

de ensino fundamental da Escola Estadual Renee Menezes de Sinop MT

**Licenciada em Normal Superior pela UNOPAR; Psicopedagoga pela FASIP

Pós Graduada do Curso de Educação Especial Inclusiva pela Faculdade Uninter

Professora da Escola Estadual Renee Menezes em Sinop MT

***Licenciada em Pedagogia pela Faculdade UNOPAR. Professor da rede pública

de ensino da Escola Estadual Renee Menezes de Sinop MT

****Licenciado em Educação Física pela FASIPE – Faculdade de Sinop. Professor

de Educação Física e Artes da Escola Estadual Renee Menezes de Sinop MT

*****Licenciada em Pedagogia, professora do ensino fundamental

na Escola Estadual Renee Menezes de Sinop MT

(Brasil)

Patrícia Oliveira da Silva*

patriciapeghin@hotmail.com

Nelcileide Orgina Mota**

nelcileide@hotmail.com

Aparecida Peghin Leão***

appeghin@hotmail.com

Marcelo de Assis****

marcelo_enfermeiro@hotmail.com

Maria Rosa Moreira Vieira Marques*****

mariarosam963@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A primeira condição para compreender o deficiente intelectual e programar o seu processo educativo é aceitar a condição de que ele é como todos, e sempre em processo de aprendizagem e, que diante da realidade em que esta inserida há necessidade que a escola esteja preparada e devidamente equipada. A deficiência intelectual não é considerada uma doença ou um transtorno psiquiátrico e sim, um ou mais fatores que causam prejuízo das funções cognitivas que acompanham o desenvolvimento. Conforme se adquirem maiores conhecimentos sobre a natureza da deficiência, as práticas educacionais aprimoram-se compensando-a, promovendo as competências individuais, potencializando as capacidades de cada um. O objetivo geral do artigo é esclarecer informações equivocadas que dificultam o desenvolvimento e inclusão do deficiente intelectual na escola e contribuir para inclusão melhorando as práticas pedagógicas assegurando-lhe o direito de aprender e construir conhecimento.

          Unitermos: Deficiência intelectual. Aprendizagem. Estratégias. Escola.

 

Recepção: 18/09/2014 - Aceitação: 25/10/2014.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 198, Noviembre de 2014. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

1.     Introdução

    Deficiência intelectual é uma anormalidade psicológica, fisiológica ou anatômica que dificultam o desempenho de atividade/aprendizagem, dentro do padrão considerado normal para o ser humano. A deficiência prejudica a limitação de habilidades como comunicação, coordenação, algumas vezes equilíbrio, no desempenho de autocuidado.

    A aprendizagem do aluno com deficiência intelectual pode ser individual ou criando estratégias de ensino/didático em grupos; às vezes depende de cada situação. Diferenças de ideias, opiniões, níveis de compreensão enriquecem o processo e é diante dessa perspectiva desafiadora que alunos com a deficiência têm urgência nas mudanças escolares.

    Este estudo tem relevância da importância da orientação dos pais, educadores, escolas e comunidade, tendo foco principal o bem estar físico emocional e intelectual das crianças, trazendo ou resgatando equilíbrio, harmonia ao ambiente familiar e escolar, melhoria na qualidade das relações humanas, na qualidade da educação e nas instituições em geral que oferecem suporte aos deficientes.

    Trata-se de um estudo qualitativo do tipo bibliográfico, justificando que os autores trabalham com diferentes PNE inclusive com o deficiente intelectual, procurando conhecer em leituras e estratégias de ensino de outros professores. Considera-se que a comunidade escolar em geral é o melhor caminho para trabalhar as dificuldades de aprendizagem criando métodos de ensino.

    As práticas pedagógicas são necessárias para o desenvolvimento e crescimento do aprendizado, portanto o objetivo geral do artigo é esclarecer informações equivocadas que dificultam o desenvolvimento e inclusão do deficiente intelectual na escola e contribuir para inclusão melhorando na pedagogia assegurando-lhe o direito de aprender e construir conhecimento.

2.     A inclusão do aluno com deficiência intelectual na escola

    A Constituição Federal de 1988 sob art. 208, V determina o “acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”. No iten III ainda descreve “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”, resumidamente, oferta de ensino e aprendizagem, acesso público para todos que querem estudar; por isso, é inegável que as práticas de ensino devem acolher as peculiaridades de cada aluno, independentemente de terem ou não deficiência.

    A escola é a instituição responsável pela passagem da vida particular e familiar para o domínio público, tendo assim uma função social reguladora e formativa para os alunos (BRASIL, 2006, p. 8). No mesmo ponto de vista ainda diante da inclusão, o desafio das escolas comum e especial é o de tornar claro o papel de cada uma, pois uma educação para todos, não nega nenhuma delas (BRASIL, 2006, p. 9).

    Algumas instituições de ensino estão tendo muita dificuldade no atendimento. Para atender esta demanda a escola no ponto de vista deve-se proporcionar projetos anuais que sejam aplicados sempre promovendo qualidade respeitando as diferenças e especificidades do ser humano, ou seja, é o aluno que se adapta ao ensino, visando à inclusão.

    A inclusão caminha para a busca de discernimento em compreender como esse aluno pensa, para que se consiga elaborar significados para sua constituição do saber, oportunizando a escolaridade formal por meio da acessibilidade, com a eliminação de barreiras arquitetônicas e sociais, conseguindo assim a participação efetiva dessas crianças no convívio escolar (MARQUES, 2013, p.16).

    Gera grande perspectiva com a entrada de um aluno com deficiência intelectual numa unidade de ensino quanto a aprendizagem. As estratégias de ensino, metodológicas e didáticas são essenciais para motivar e segurar este aluno na rede de ensino. O ensino deve ser desde cedo e atuante com normalidade. Elas são capazes de atingir um potencial com clareza, certeza e proporciona vínculos de amizades, nunca deve ter limites de desenvolvimento quando esta aprendendo.

3.     A dificuldade de aprendizagem com deficiência intelectual

    Os professores da rede de ensino muitas vezes sentem dificuldade de repassar o ensino para alunos. Neste caso o planejamento é fundamental para criar meios que o aluno possa compreender sem ser prejudicado; mesmo assim ainda depende de cada indivíduo, verificar quais as dificuldades que encontra. Brasil (2006, p.10) destaca: “na procura de uma compreensão mais global das deficiências em geral, em 1980, a OMS, propôs três níveis para esclarecer todas as deficiências, a saber: deficiência, incapacidade e desvantagem social”.

    As dificuldades que as crianças com deficiência intelectual podem ter é encarrada pelos professores e pais com muita segurança e determinação durante o ensino. Para se assegurar nos tipos de dificuldades apresentada ambos devem conhecer a deficiência.

    O maior desafio da inclusão da aprendizagem ao deficiente intelectual na unidade escolar é o atendimento especializado, constitui um impasse pela complexidade e variedades de abordagens de ensino. Provoca inúmeras transformações que são necessárias para desafiar o aluno portador e estas, transformam a escola num lugar cheio de proporções para o ensino concreto.

    Sassaki (2003) junto à nova classificação da Deficiência intelectual baseada no conceito publicado em 1992 pela Associação Americana de Deficiência Mental considera-a não mais como um traço absoluto da pessoa que a tem e sim como um atributo que interage com seu meio ambiente físico e humano, que por sua vez devem adaptar-se as necessidades especiais dessa pessoa, provendo-lhe o apoio intermitente, limitado extensivo ou permanente de que ela necessita para funcionar em dez áreas de habilidades adaptativas; comunicação, autocuidado, habilidades sociais vida familiar uso comunitário autonomia saúde e segurança funcionalidade acadêmica lazer trabalho. (SASSAKI, 2003, p.160-165).

    O professor tem um grande compromisso com a educação, inclusive com a educação especial que devemos contribuir na educação para crianças, adolescentes, jovens e adultos. É necessário conteúdos educativos para melhorar as dificuldades que são encontradas no decorrer do ensino.

    A Declaração de Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994 afirma: nosso compromisso com a educação para todos reconhecendo a necessidade e urgência de ser o ensino ministrado, no sistema comum de educação, a todas as crianças, jovens, e adultos com necessidades educativas especiais (p. 9). O princípio fundamental desta linha de Ação é que todas as escolas devem acolher todas as crianças, independente de suas condições físicas intelectuais sociais, emocionais e linguísticas.

    Os alunos com deficiência intelectual são capazes de adquirir conhecimentos relativos à aprendizagem da língua escrita. Transmite uma mediação pedagógica mais significativa e eficiente, aquela que resulta na combinação de estratégias variadas, orientadas em função das dificuldades e potencialidades dos sujeitos e da situação problema.

    Os professores deem estabelecer limites de forma clara apresentando firmeza nas atitudes da mesma forma que trata as demais crianças. No campo da aprendizagem/desenvolvimento deixar que ela observe, experimente e tente realizar as atividades, mediar a fazendo refletir sobre as diferentes possibilidades daquela ação. A mediação feita pelo professor com base nas reais dificuldades e possibilidades de sua sala de aula favorece a criação de um ambiente de respeito mutuo e interação social entre os alunos (CALDEIRA e CAVALARI, 2010).

    As crianças com deficiência mental não são consideradas uma pessoa com doença e nem agressiva, apenas deficiência, nos professores em primeiro lugar devemos agir sempre como pessoa normal. O respeito é fundamental para todas as faixas etárias; se ela for criança, deve se tratá-la como criança, se for adolescente, deve-se tratá-la como adolescente e se for uma pessoa adulta deve-se tratá-la como tal.

4.     Estratégias de aprendizagem

    Nos últimos anos as estratégias de aprendizagem têm adquirido uma importância cada vez maior tanto na investigação psicológica como na prática educativa. No princípio, as teorias psicológicas seguiam os modelos pelos quais se acreditava que os sujeitos eram meros receptores passivos da informação e seu conhecimento era a mera repetição das informações que recebiam do professor.

    Ultimamente as teorias se aproximam de posições nas quais o aprendiz tende envolver-se ativamente na gestão de seu conhecimento, construindo-o mediante a relação da nova informação com as já adquiridas. Da mesma maneira entende-se que o aluno com deficiência intelectual aprende significativamente quando estabelece conexões do novo conteúdo com conceitos já conhecidos.

    Nesse processo de construção, não ocorre uma simples associação, mas uma interação entre os conceitos pré-existentes e a nova informação, os quais servem de ancoradouro para que o novo possa adquirir significado para o sujeito. Assim sendo, as novas informações são incorporadas e assimiladas, porém essa relação acaba por modificar esses esquemas prévios, ocasionando uma transformação do conhecimento.

    Para tanto, é necessário que sejam desenvolvidas diferentes estratégias de ensino aprendizagem de forma a proporcionar ao aluno melhor interação, participação e desenvolvimento deste nas atividades propostas, possibilitando lhe o acesso ao conhecimento.

    Através da utilização das estratégias é estabelecido o que é necessário para desenvolver e resolver as atividades apresentadas e determinam quais as técnicas mais adequadas para se utilizar na execução das mesmas no processo de aprendizagem.

5.     Considerações finais

    Toda informação descrita acima contribui para o desenvolvimento e inclusão do deficiente intelectual na escola, ajuda na inclusão deste sem preconceitos dos colegas em sala. O ensino e aprendizagem deste aluno assegura-se o direito de aprender.

    A inclusão social é instrumento extremamente importante para todos os tipos de deficiências no ambiente escolar. O acesso gratuito de ensino é papel e dever do governo municipal, estadual e federal. Todo esse recurso favorece para comunidade e alunos desenvolvimento global de ensino.

    Caldeira e Cavalari (2010, p.45) apontam que “a inclusão só traz benefícios para os alunos com deficiência intelectual [...] a escola terá que rever seus conceitos e consequentemente grandes mudanças surgirão e os alunos aprenderão naturalmente a conviver com a diversidade”.

    Esta perspectiva global se dá numa visão realista de cada criança. Por outro lado, serve também para reconhecer que a visão inicial pode muitas vezes mudar e evoluir no desempenho da aprendizagem. Uma criança com deficiência intelectual pode obter resultados escolares significativos. Mas sempre se deve ter adequação do currículo funcional ou individual as necessidades da criança. Os professores devem investir na intervenção pedagógica ampla, contribuir metas e técnicas que possa ajudar na aprendizagem; pôr em prática um plano individual de apoio à família.

    Esta liberdade do professor e dos alunos de criar melhores condições de aprendizagem não dispensa um bom planejamento como já foi descrito; seja ele, anual, bimestral, quinzenal. O mais interessante é planejamento diário, conforme o aluno aprende o professor descobre gradativamente o que precisa ser trabalhado; este plano define as necessidades individual e única dos alunos.

    A família como sempre é fundamental no apoio da aprendizagem, em parceria com a escola/professores deve-se entender as práticas individuais de cada aluno. Ajudam descobrir as competências no ensino incluindo a comunicação com outras pessoas, satisfazer necessidades pessoais (vestir, tomar banho), participar da vida familiar e competências sociais.

Referencias bibliográficas

  • BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares. Estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/ SEF/ SEESP, 1999.

  • ______. Ministério da Educação. Educação Inclusiva: Atendimento Educacional Especializado para Deficiência Mental. Brasília, MEC/ SEESP, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/txt/defmental.txt. Acesso em: março de 2014 as 11h22min.

  • ______. Ministério da Educação. Atendimento Educacional Especializado. Deficiência Mental. Brasília, MEC/ SEESP/SEED, 2007.

  • ______. Ministério Da Educação. Declaração De Salamanca. Sobre Princípios, Políticas E Práticas Na Área Das Necessidades Educativas Especiais. Brasília DF. MEC. 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 14 de março de 2014 às 14h40min.

  • ______. Ministério da Justiça. Constituição da Republica Federativa do Brasil 1988 | Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Capítulo III Da Educação, Da Cultura E Do Desporto. Seção I Da Educação. Disponível em: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91972/constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988#art-208. Retirado em 07 de março de 2014.

  • CALDEIRA, Lucinete de Fátima Menegassi. CAVALARI, Nilton. Dificuldade De Aprendizagem Com Deficiência. Intelectual. Caderno Multidisciplinar de Pós Graduação da UCP, Pitanga, V. 1, nº4, p. 38-47, abril de 2010.

  • MARQUES, Maria Aparecida Donizeti. Aplicação De Jogos Adaptados Para O Desenvolvimento Da Leitura E Escrita: alunos com deficiência física. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Pedagogia, 52p. Lins, SP. 2013.

  • SASSAKI, Romeu Kazumi. Vida Independente. São Paulo: CVI- Araci Nallin, 2003.

  • ______. Terminologias sobre a deficiência na era da inclusão. In: VIVARTA, Veet (coord.). Mídia e deficiência. Brasília: Andi/Fundação Banco do Brasil, 2003, p. 160-165.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 198 | Buenos Aires, Noviembre de 2014
© 1997-2014 Derechos reservados