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A sustentabilidade na organização de megaeventos

esportivos por meio da gestão do conhecimento

La sustentabilidad en la organización de megaeventos deportivos por medio de gestión del conocimiento

 

Graduado em Licenciatura Plena em Educação Física

pela Universidade Federal de Santa Catarina

Graduado em Administração Pública pela Universidade do Estado de Santa Catarina

Especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho

Especialista em Gestão em Saúde pela Universidade do Estado de Santa Catarina

MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela Universidade Gama Filho

Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Santa Catarina

Me. Paulo Sérgio Cardoso da Silva

pauloscs85@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Os megaeventos esportivos vêm ganhando cada vez mais força no Brasil e com eles, muito investimento é feito nas cidades-sede. Direcionar esse investimento para uma prática consciente e sustentável de modo que fique um legado a essas cidades é uma tarefa difícil e geralmente negligenciada. O objetivo deste estudo é identificar na gestão do conhecimento, mecanismos para uma organização de megaeventos esportivos mais sustentáveis, oferecendo um retorno palpável às cidades-sede e auxiliando, com o conhecimento construído, a organização de futuros eventos. Isso se dá através da criação, troca, aprimoramento e uso do conhecimento gerado possibilitando futuras gestões mais conscientes. Embora seja uma temática atual, poucos estudos foram encontrados versando sobre esta relação, fazendo-se necessária mais publicações sobre o tema.

          Unitermos: Sustentabilidade. Desenvolvimento sustentável. Gestão do conhecimento. Megaeventos esportivos.

 

Abstract

          Mega sporting events have been gaining increasing strength in Brazil and with them; much investment is made in the host cities. Direct the investment to a conscious and sustainable practice and ensure that is maintained a legacy in these cities is a difficult and often neglected. The objective of this study is to identify knowledge management, mechanisms for organizing mega sports events more sustainable, providing a tangible return to the host city and assisting with the knowledge built up, the organization of future events. This is achieved through the creation, exchange, improvement and use of knowledge generated enabling future managements more aware. Though it is a current topic, few studies were found addressing this relationship, making necessary more publications on this subject.

          Keywords: Sustainability. Sustainable development. Knowledge management. Mega sporting events.

 

Recepção: 28/09/2014 - Aceitação: 04/11/2014.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 198, Noviembre de 2014. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    Os megaeventos esportivos são cada vez mais frequentes e envolvem a movimentação de cifras milionárias (DODOURAS; JAMES, 2004, p. 2). Como são responsáveis por proporcionar às cidades-sede profundas modificações na sua infraestrutura bem como na interatividade dos seus atores, entende-se como necessário realizar esse evento da melhor maneira possível, minimizando os riscos e erros e enaltecendo os pontos positivos existentes, de forma promover o desenvolvimento sustentável (PADDISON, 1993, p. 344; JONES, 2001, p. 248; BARBOSA; ZOUAIN, 2003, s.p.).

    Esse alto investimento deve ainda, ser bem planejado para oferecer à sociedade o máximo de retorno. É fundamental que haja uma articulação de conhecimentos entre os atores envolvidos, ação possível com ferramentas da Gestão do Conhecimento (PORRITT, 2002). Isso promove a formação de redes com influência na comunicação e no conhecimento (PERROTTI; VASCONCELLOS, 2005, p. 2-3; VALERIM, 2003, s.p.). Essas melhorias nas relações possibilitam um evento mais agradável, mais sustentável, com poucas falhas, e ainda com efeitos duradouros nas cidades-sede após o término do evento (TAURION, 2010 a, p. 1). Além disso, o armazenamento, atualização e disponibilidade desse conhecimento oferecem a possibilidade de que, em futuras organizações e planejamento de megaeventos esportivos, erros passados não sejam cometidos bem como modelos de investimentos infraestruturais possam ser debatidos e analisados, propiciando mais economia e benefícios à região sede do evento.

    Para a execução deste artigo, foi realizada uma revisão bibliográfica sendo selecionados de maneira crítica, artigos julgados relevantes no tema proposto, se caracterizando este por um estudo de caráter exploratório descritivo de cunho qualitativo.

    Contudo, o presente artigo busca identificar na gestão do conhecimento, mecanismos sustentáveis de organizar megaeventos esportivos, de modo a agregar valor na região sede e ainda auxiliar no planejamento de eventos de similar característica, por meio da criação, troca, aprimoramento e uso do conhecimento construído.

2.     Resultados e discussão

2.1.     Gestão do Conhecimento (GC)

    Desde as primeiras teorias da administração, os conhecimentos envolvidos nas atividades organizacionais vêm sendo abordados, ao menos indiretamente, tanto pelas teorias oriundas da administração “científica”, como pela linha das “relações humanas”. Há tempos atrás, ainda antes da revolução industrial e do fortalecimento das teorias da administração, eram os mestres que passavam o conhecimento nas organizações e sistemas produtivos aos aprendizes (SILVA, 2004, p. 143).

    As organizações ou empresas devem trabalhar o conhecimento com coesão e integração dos processos de negócio, compreendendo um conjunto de recomendações e diretrizes básicas, fortemente interligadas e válidas para qualquer abordagem da Gestão do Conhecimento que forem sintetizadas (SILVA, 2002, p. 150). Ao se investigar a Gestão do Conhecimento, várias disciplinas estão conectadas, dentre elas, a economia, a psicologia, a sociologia, a teoria das organizações, a gestão estratégica, a gestão da tecnologia e inovação, o marketing, os sistemas de informação dentre outras disciplinas (KROGH, 2002, p. 86).

    Pautadas no aproveitamento, na sistematização e na socialização do conhecimento dos seus indivíduos para a formação de um conhecimento organizacional coletivo, as empresas vem otimizando seus resultados e melhorando os processos de inovação (VALENTIM, 2003). Além disso, essa disponibilidade de conhecimento favorece a identificação das suas competências, verificando os conhecimentos que já possui e os que estão deficitários, compartilhando-os sempre que necessário (PERROTTI; VASCONCELLOS, 2005, p. 3).

    Com o objetivo de reunir informações, na qualidade de conhecimento explícito, e desenvolver serviços e produtos que ofereçam à tomada de decisões (conhecimento tácito) um apoio informacional, faz-se essencial a criação de serviços e sistemas de informação para auxiliar neste processo (BOTELHO; MONTEIRO; VALLS, 2007, p. 176). Esses sistemas têm a função de reconhecer e criar mecanismos que favoreçam e impulsionem a transformação do conhecimento tácito em explícito, de modo a estimular a espiral do conhecimento (NONAKA; TAKEUSHI, 1997, p. 61).

    Segundo Francini (2002, p. 4), muitas organizações vêm adotando estratégias de capacitação e treinamento continuado, de modo a fomentar a construção do capital intelectual por meio da obtenção, geração e compartilhamento do conhecimento. O aumento do capital intelectual favorece o alinhamento das estratégias e demais aspectos organizacionais, aumentando a eficiência nas ações e superação dos objetivos.

    Para Edvinsson e Malone (1997, p. 9-10), o capital intelectual é composto pelo capital humano somado ao capital estrutural. O primeiro refere-se ao conhecimento, a experiência, ao poder de inovação, a habilidade dos empregados de uma companhia e também aos valores, a cultura e filosofia da empresa para realizar as tarefas do dia-a-dia. O segundo compõe-se pelos equipamentos de informática, banco de dados, softwares, patentes e todo resto de capacidade organizacional que apóiam a produtividade dos seus empregados, além do capital e relacionamento desenvolvido com os clientes.

    De acordo com Quiinn (1992) apud Francini (2002, p. 4), de um modo virtual, todas as organizações públicas e privadas, destacando-se as bem sucedidas, vêm se tornando predominantemente coordenadores e armazenadores de intelecto, i.e., baseando-se em conhecimento e sistemas inteligentes gerando valor agregado.

2.2.     Megaeventos esportivos e a sustentabilidade

    De acordo com Dodouras e James (2004, p. 2), os megaeventos esportivos são cada vez mais frequentes e são considerados como poderosas manifestações da indústria do entretenimento. Nesses eventos muito dinheiro é movimentado e milhares de pessoas são envolvidas dentre elas voluntários, espectadores, cidadãos residentes, atletas, comissões técnicas e comissão organizacional do evento. Além disso, esses megaeventos trazem modificações na região sede através da redefinição de aplicações na comunidade, criação de novas estruturas esportivas e investimento em infraestrutura urbana, que ficam como legado.

    Segundo Paddison (1993, p. 344) e Jones (2001, p. 243), a realização dos megaeventos esportivos nas cidades-sede estimula programas de revitalização e melhoria urbana, bem como promovem o reconhecimento global por meio da mídia, gerando assim uma marca associada que pode ser usada com fins turísticos e de competência para outros eventos similares, quando há o sucesso no mesmo. Roche (1994, p. 6-7) afirma que os megaeventos trazem consequências futuras no âmbito do turismo e investimentos internos.

    Todas essas modificações interferem nos processos decisórios dos âmbitos social, econômico e ambiental, visando buscar soluções dos problemas de planejamento e na gestão do evento (DODOURAS; JAMES, 2004, p. 7-8).

    De acordo com Barbosa e Zouain (2003, s.p.), os megaeventos são, em sua grande maioria, eventos de curto prazo com consequências longitudinais. Assim entende-se que a organização de um megaevento pode gerar efeitos fortemente positivos e estáveis na comunidade hospedeira numa abrangência sistêmica social, ambiental e econômica (BARROS; CONSENZA, 2008, p. 42).

    Gurgel (2007, p. 2) afirma que o Brasil teve um crescimento expressivo no PIB do esporte, estando esse crescente acima das taxas do PIB nacional. Isso mostra que há uma grande movimentação financeira por trás desses megaeventos. A infraestrutura requerida para se receber um megaevento esportivo como o Pan-americano do Rio de Janeiro em 2007 mexeu em cifras bilionárias. A Copa do Mundo de Futebol que ocorrerá no Brasil em 2014 somou em seu pré-orçamento um montante de pelo menos 79 bilhões de reais de investimento em obras de infraestrutura (BAHIENSE, 2010, p. 1).

    Quando ocorre um evento de grandes proporções como a Copa do Mundo de futebol, alguns setores das cidades-sede são muito influenciados. Fazem parte destes, o sistema viário, o sistema de saneamento, a sustentabilidade e preservação de bens naturais, a construção dos estádios e estrutura para os atletas, a estrutura que hospedará os turistas, a segurança e saúde pública, os aeroportos e ligações entre estádios e hotéis, além de fatores intra-organizacionais, onde se considera a boa articulação, motivação, eficiência, pontualidade entre outros (BAHIENSE, 2010, p. 1; TAURION, 2010 a b, p. 1).

    É fundamental que estes investimentos propiciem ao local sede benefícios que perdurem após o evento. Deve-se ter uma preocupação com o desenvolvimento sustentável da região-sede, e para tal, é necessário um planejamento estratégico bem elaborado que contemple de maneira equilibrada os fatores ambientais, sociais e econômicos (PORRITT, 2002, p. 6-8).

    É importante que o meio ambiente seja considerado nas decisões de cunho econômico, de modo a possibilitar uma tomada de decisão mais sustentável. Os megaeventos esportivos são catalisadores e indutores de um desenvolvimento local, regional e até nacional, podendo ser instrumento de políticas de desenvolvimento (BARBOSA; ZOUAIN, 2003, s.p.).

    Como um meio facilitador dessa ideologia que visa à sustentabilidade, os sistemas tecnológicos possibilitam um controle mais apurado, de modo a, por exemplo, disciplinar o acesso a regiões centrais. É possível substituir matéria-prima por conhecimento, criando-se projetos mais inteligentes e sustentáveis ecologicamente. A tecnologia está cada vez mais barata e acessível. Existem bilhões de sensores, redes de comunicação e capacidade computacional suficientes para processar informações em quantidades incomensuráveis. Uma cidade inteligente é a que aperfeiçoa a capacidade da infraestrutura já existente. O uso inteligente de tecnologias e arranjos organizacionais faz com que o mesmo número de ruas, por exemplo, suporte mais automóveis e ônibus (TAURION, 2010a, p. 1).

2.3.     Gestão do conhecimento e a sustentabilidade nos megaeventos esportivos

    De acordo com Castro (1996, p. 61), as funções do conhecimento nas organizações visam identificar de forma adequada os conhecimentos relevantes para o bom funcionamento do negócio e evitar que conhecimentos estranhos, não desejados sejam introduzidos no desempenho das funções do negócio.

    São passíveis de criação, segundo Davenport e Prusak (1998, p. 176), um repositório de conhecimento constituído de conhecimento externo, conhecimento interno estruturado e conhecimento interno informal; a melhoria do acesso do conhecimento através das redes; o desenvolvimento de um ambiente e uma cultura organizacional que estimule a criação, a transferência e o uso do conhecimento e por fim o gerenciamento do conhecimento como um recurso mensurável, através de auditorias e da busca por conhecimento e capital intelectual.

    A conversão entre o formato tácito e explícito pode ocorrer de quatro formas, e estas podem ser de grande utilidade para as relações entre os organizadores de um megaevento esportivo. De acordo com Silva (2004, p. 145-146), o primeiro deles é a socialização, que compreende a conversão e parte do conhecimento tácito de uma pessoa no conhecimento tácito da outra. Está relacionado com o trabalho em grupo e cultura da organização. Ocorre quando há diálogos e comunicação “face a face”; disseminação, valorização e análise de “brainstorms”, “insights” e intuições; trabalho guiado por um tutor e compartilhamento de experiências e modelos mentais através do trabalho em equipe. O segundo é a externalização, e diz respeito à conversão de parte do conhecimento tácito do indivíduo em algum tipo de conhecimento explícito. Isso se dá através de representações simbólicas representadas por modelos, conceitos e hipóteses construídos através de metáforas ou deduções; descrições de conhecimento tácito feito através de planilhas, textos, figuras design e outros mecanismos; e relatos orais e filmes. O terceiro é a combinação, e comporta algum tipo de conhecimento explícito gerado por um indivíduo agregado ao conhecimento explícito da organização. Normalmente acontece por meio do agrupamento e processamento de diferentes conhecimentos explícitos. O quarto e último é a internalização, que converte conhecimento explícito da organização em conhecimento tácito do individuo. Este está relacionado com a aprendizagem organizacional. Isso se dá por meio da leitura/visualização e estudo de documentos com diferentes formatos e tipos; prática individual e reinterpretação e reexperimentação individual das vivências e práticas. Seria, contudo a aprendizagem individual a partir da consulta dos registros de conhecimento. Silva (2004, p. 146) afirma que estes ciclos de conversão do conhecimento se dão várias vezes durante o processo organizacional, de modo a formar uma espiral que serve para auxiliar na análise e compreensão dos diversos casos de criação e disseminação de conhecimento, considerando suas idiossincrasias.

    Segundo Roche (1994, p. 4), antes de um evento, se realizam estudos e planejamentos que visam avaliar o potencial de desenvolver-se os âmbitos econômicos e sociais. Higham (1999, p. 86) mostra que muitas pesquisas acadêmicas têm apresentado efeitos negativos ou ambivalentes nos megaeventos quando tratamos dos fatores econômicos e sociais. Isso se dá em função de desvios que visam favorecer os interesses particulares de patrocinadores e organizadores ao invés da comunidade. Além disso, Barros e Cosenza (2008, p. 49), afirmam que em função da necessidade dos investimentos em infraestrutura, muitas dívidas são geradas ocasionando comprometimento em longo prazo, e essa sobrecarga nas finanças públicas prejudicam o investimento em áreas vitais como saúde, educação e bem estar social, abrindo mão da idéia de sustentabilidade. Para Barros e Cosenza (2008, p. 49), avaliar os impactos de sustentabilidade em qualquer megaevento esportivo é uma tarefa muito difícil e complexa que envolve muito mais variáveis do que simplesmente a avaliação dos potenciais gastos e receitas.

    Para possibilitar a melhor utilização dos recursos nos megaeventos esportivos, propiciando um olhar voltado para o desenvolvimento sustentável, criar-se-iam repositórios de conhecimento, estimulando a criação, transferência e uso desse conhecimento de forma a gerenciá-lo como um recurso mensurável conforme exposto por Davenport e Prusak (1998, p. 157-61). Além disso, ferramentas provindas da socialização, externalização, combinação e internalização de conhecimento, conforme proposto por Silva (2004, p. 145-146), auxiliariam nessa criação, troca, aprimoramento e uso do conhecimento, favorecendo a uma melhor elaboração na etapa de planejamento e acompanhamento o que facilita na avaliação dos impactos desse megaevento esportivo sobre os aspectos relacionados ao desenvolvimento sustentável, questão abordada por Barros e Cosenza (2008, p. 49).

    A disponibilidade dos conhecimentos provindos dos processos de planejamento e execução de um megaevento esportivo poderiam ser disponibilizados por meio de uma central, semelhante a uma biblioteca. Essa idéia foi utilizada na Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da cidade de São Paulo – SEME, onde a biblioteca tem como característica a preocupação com a gestão da informação e do conhecimento, oferecendo produtos e serviços informacionais desenvolvidos para os usuários da SEME e para a sociedade em geral. A criação de bases de dados neste sistema são constantemente modeladas/customizadas para reunir informações históricas da SEME (resgate da memória), de gestão do esporte e de gestão da biblioteca e por fim a monitoração e registro da evolução da estrutura e o histórico da SEME, por meio da legislação publicada (BOTELHO; MONTEIRO; VALLS, 2007, p. 175-188).

    Um banco de dados que compreendesse todos os pontos levantados no planejamento e execução de um megaevento esportivo pode direcionar as escolhas a uma maior probabilidade de acertos, bem como dar um feedback sobre os diferentes processos implementados em um evento anterior. Com isso o investimento em infraestrutura seria mais bem direcionado e geraria mais retorno para a comunidade e local sede da realização desses megaeventos esportivos, possibilitando ainda o compartilhamento de conhecimento na execução de eventos futuros.

3.     Considerações finais

    Nos últimos anos tem-se percebido que a proporção dos megaeventos esportivos vem aumentado. Levando em consideração que seu planejamento e execução lidam com um orçamento muito alto, entende-se como necessária uma adequação dos organizadores destes megaeventos, de modo a propiciar ao seu planejamento, artifícios que garantam a qualidade de vida da sociedade da cidade-sede no período pós-evento. Para que essa organização se dê de maneira sustentável e possibilite um retorno à sociedade, gerir o conhecimento passa a ser parte vital desse processo. Essa estratégia, além de possibilitar um melhor aproveitamento dos recursos empregados, proporciona aos organizadores de eventos futuros um norte para seus projetos, uma vez que terão o feedback dos eventos anteriores.

    Contudo, a gestão do conhecimento parece ser uma necessária estratégia a ser incorporada na organização dos megaeventos esportivos, possibilitando uma gestão mais sustentável, com maior retorno à sociedade e às suas cidades-sede. Além disso, a administração do conhecimento facilita a replicação de boas gestões, minimizando os erros administrativos em eventos do mesmo porte. Poucos estudos foram encontrados trazendo essa importante relação, mostrando a necessidade de maior investigação do tema.

Referências

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