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Métodos ginásticos: Pilates como um conteúdo

 nas aulas de Educação Física escolar

Métodos gimnásticos: Pilates como contenido en las clases de Educación Física escolar

 

*Estudante da Graduação em Licenciatura das Faculdades Maria Thereza

Integrante do Laboratório de Pesquisa em EF escolar – FAMATH

**Professora das Faculdades Integradas Maria Thereza, Mestre em Ciências da Atividade Física

pela Universidade Salgado de Oliveira, integrante como sendo uma das professoras

responsáveis pelo Laboratório de Pesquisa em EF escolar – FAMATH

Maria Aparecida Arantes Maciel*

elianereis2002@hotmail.com

Eliane Glória Reis da Silva Souza**

cidaamaciel@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          As ginásticas podem ser interpretadas como sendo um dos elementos que integram a cultura corporal do movimento. O objetivo desta pesquisa é identificar se os docentes utilizam ou não dos métodos ginásticos e Pilates no solo, mesmo que de forma adaptada, nas aulas de Educação Física escolar. Esta pesquisa é do tipo qualitativa e exploratória. O grupo de elite foi constituído por 30 docentes, de ambos os sexos, que atuam no Estado do Rio de Janeiro. A interpretação dos dados foi realizada com base na Análise do Conteúdo. Emergiram as seguintes categorias: a importância da EF na escola; os métodos de ginásticas adotados na escola; inaplicabilidade das ginásticas como um conteúdo nas aulas e Pilates nas aulas de EF escolar. Conclui-se que os docentes de Educação Física escolar adotam em sua maioria, mesmo que não seja freqüentemente, os métodos ginásticos como conteúdo nas suas aulas.

          Unitermos: Ginásticas. Pilates. Educação Física Escolar.

 

Recepção: 07/07/2014 - Aceitação: 10/09/2014.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 197, Octubre de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Os métodos ginásticos são considerados essenciais para a formação integral dos indivíduos no âmbito escolar. Sua aplicabilidade como conteúdo nas aulas de Educação Física torna-se relevante. Dentre os métodos ginásticos mais conhecidos podemos citar a ginástica artística, rítmica, circense, geral e acrobática e, mais recentemente, o Pilates como mais um método possível a ser adotado nas aulas de Educação Física escolar (BROCHADO; BROCHADO, 2005; LIMA, 2006).

    O Pilates é um método de condicionamento físico e mental conhecido pela denominação de contrologia, que possui um sistema de exercícios que contempla o trabalho de força e de flexibilidade, considerado uma forma de ginástica total ou holística, que foi desenvolvido pelo professor alemão Joseph H. Pilates, no início do século XIX, momento em que os métodos ginásticos floresciam na Europa (CAMARÃO, 2004).

    De acordo com o Coletivo de Autores (2004), as ginásticas podem ser interpretadas como sendo um dos elementos que integram a cultura corporal do movimento. Logo, devendo ser adotado no interior das aulas de Educação Física escolar. Contudo, estudos apontam que estes, em geral, não têm sido vivenciados nas escolas (RAMOS; VIANA, 2008).

    O estudo se justifica por trazer a discussão ao meio acadêmico acerca das práticas de ginástica e, especialmente, o método Pilates como um conteúdo nas aulas de Educação Física escolar.

    O problema deste estudo está centrado na seguinte inquietação: os métodos ginásticos, especialmente o Pilates no solo, vêm ou não sendo utilizado nas aulas de Educação Física nas escolas?

    O objetivo desta pesquisa é identificar se os docentes utilizam ou não dos métodos ginásticos e Pilates no solo, mesmo que de forma adaptada, nas aulas de Educação Física escolar.

Introduzindo a temática das ginásticas e do Pilates na escola

    A origem da ginástica se expressava na “arte de exercitar o corpo nu”, reunia atividades como corridas, saltos, lançamentos e lutas, foi evoluindo para as formas esportivas sendo retratada por diferentes culturas. A associação entre o exercício físico e a nudez era percebida como um ato puro, simples, trazendo o sentido do despido, do livre, do limpo, do desprovido ou destituído de maldade e do neutro (AYOUB, 2003).

    No âmbito escolar a ginástica pode ser compreendida como uma forma de exercitação onde, com ou sem uso de aparelhos, torna-se possível criar atividades que provocam experiências corporais de valor significativo, enriquecendo assim, a cultura corporal das crianças (BROCHADO; BROCHADO, 2005).

    De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,1997), as ginásticas se destacam como um conteúdo que tem uma relação privilegiada com “conhecimentos sobre o corpo”.

    Segundo o Venâncio e Carreiro (2005), os fundamentos da ginástica são constituídos por: “saltar”, “equilibrar”, “rolar/girar”, “trepar” e “balançar/embalar”. São atividades desenvolvidas historicamente e culturalmente pela humanidade.

    Quanto aos conteúdos da Educação Física devem-se considerar os critérios sistematizados que visam propiciar sua assimilação, evidenciando a natureza do pensamento teórico que se pretende desenvolver nos alunos e a ginástica pode ser ofertada aos discentes em ações com significado cultural (COLETIVO DE AUTORES, 2004).

    A ginástica promove a prática das ações individualmente e/ou em grupo. Em grupo pode-se trazer as noções encampadas pela Teoria da Coeducação, onde as exercitações como “balançar juntos” ou “saltar com os companheiros”, podem ser discutidas como uma maneira particular de elaborar/praticar formas de ações comuns para os dois sexos, gerando oportunidade para a crítica ao “sexismo” socialmente imposto (SOUZA; RAMOS; BARBOSA; DEVIDE, 2013).

    Em um programa escolar de Educação Física, a ginástica como conteúdo para os diferentes anos, exige na sua elaboração uma abordagem com estágios de evolução; desde as formas espontâneas de solução dos problemas, com técnicas rústicas nos primeiros anos do ensino, até a realização técnica polida nos últimos anos do ensino fundamental, bem como o ensino médio, onde pode se atingir a forma esportiva, com e sem aparelhos formais (COLETIVO DE AUTORES, 2004).

    É sabido que há inúmeras técnicas de ginástica que possibilitam trabalhar o corpo diferente das pedagogias tradicionais de ginásticas, dos exercícios rígidos, mecanizados e repetitivos, visando à percepção do próprio corpo: técnicas de respiração, de relaxamento diferenciado e percepção da tensão exercida nos grupamentos musculares, sentir os movimentos articulares, por exemplo, da coluna vertebral (BERTOLINI, 2005).

    É importante que o educador desempenhe o seu papel, proporcionando aos alunos um repertório amplo de atividades, utilizando todos os conteúdos que a Educação Física dispõe (jogos, capoeira, lutas, esportes, ginástica, dança) para que eles possam experimentar novos movimentos, criar, relacionar-se, desenvolvendo assim seus domínios cognitivo, motor e afetivo-social. Na fase de especialização, estes poderão optar pela modalidade que mais se identificou (RAMOS; VIANA, 2008).

    A contrologia pode ser considerada como sendo um método ginástico, que se tornou conhecida como Pilates, nome de seu criador e, com base em seus princípios, fundamentos e ideologias, tal como as demais ginásticas, esta também possui espaço na escola (ATHAYDE, 2008).

    No Brasil, muitos profissionais da área têm se empenhado no sentido de buscar a adequada adoção do Pilates nas escolas públicas e privadas do país (ATHAYDE, 2008).

    Para Souza (2012), o Pilates é indicado por ter atividades para as crianças e por ter uma variedade de exercícios, com ou sem e aparelhos, que pode conquistá-las e acrescenta, destacando que, para os pequenos, a introdução do método deve ocorrer de forma lúdica e dinâmica.

    É importante que se mostre para aos discentes quais são os princípios que norteiam a biomecânica de seus corpos e que elas sejam capazes de incorporar os princípios da respiração, da concentração, da consciência corporal, do controle e da precisão de movimentos e compreendam como devem agir para desenvolver bons hábitos posturais; pois levar estas noções às crianças e jovens, pode contribuir para um distanciamento destes à estilos de vida sedentária, desequilibrada, refletindo em posturas inadequadas ou doenças crônico-degenerativas (TAMBALO, 2011).

    O método Pilates pode ser praticado por todos, desde que o profissional saiba adequar os exercícios para atender as especificidades de cada indivíduo, as aulas com caráter lúdico podem ser inspiradas nos movimentos dos animais, os exercícios como o cat (gato), o monkey (macaco), a garça (swain) e os exercícios no solo, tais como: 'rolando como uma bola', 'quadrúpede', 'serrote' e 'sereia', podem ser usados para atrair a atenção do público jovem (ATHAYDE, 2008).

Metodologia

    Esta pesquisa é do tipo qualitativa e exploratória que segundo Negrine (1999, p. 61), pode ser definida como sendo aquela em que:

    O tipo de investigação se centra na descrição, análise e interpretação das informações recolhidas durante o processo investigatório, procurando entendê-las de forma contextualizada. Isso significa que nas pesquisas de corte qualitativo não há preocupação em generalizar os achados.

    De acordo com Thomas, Nelson e Silverman (2007), o estudo de cunho exploratório se caracteriza por descrever o fenômeno investigado pelo pesquisador, que deve ir a campo para buscar ou colher os dados a serem interpretados ao final.

    O grupo de elite desta foi constituído por 30 docentes em Educação Física, de ambos os sexos, sendo 15 (homens) e 15 (mulheres) que atuam em escolas da rede pública e privada de ensino do Estado do Rio de Janeiro. Estes foram escolhidos aleatoriamente, contando com idades que variam entre 25 e 54 anos, que atuam em escolas, da rede pública e privada de ensino do Estado do Rio de Janeiro.

    O instrumento de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. Seu roteiro foi validado por docentes experts no assunto, pois este formato assegura Richardson (2009), permite ao entrevistado desenvolver suas idéias e reflexões conforme sua conveniência, enquanto o entrevistador pode vir a orientar e estimular as respostas emitidas pelo entrevistado.

    O local da entrevista foi escolhido e determinado pelos docentes, que se deu em suas escolas de atuação.

    Na análise dos dados foi adotado os referenciais teóricos da Análise de Conteúdo - AC (BARDIN, 2008; RICHARDSON, 2009).

    Bardin (2008) informa que a AC se caracteriza como técnica empírica, posto que não segue um modelo exato, depende do tipo de investigação, do problema de pesquisa, do referencial teórico adotado pelo investigador, e do tipo de comunicação a ser analisado e interpretado.

Resultados

Apresentando os informantes

    Esta pesquisa contou com 10 docentes formados por universidades públicas, e 20 em universidades ou faculdades particulares, contando com experiências profissionais que variam entre 2 e 31 anos de atuação.

    Com formação em Educação Física havia 29 professores e apenas 1 em Pedagogia, com outras graduações completas além da Educação Física, dois profissionais, 1 com Direito e 1 com Pedagogia. Com especializações, 8 questionados em especial destaque para a psicomotricidade, Educação Física escolar, história e culturas populares, com curso de Pós-Graduação Stricto Senso somaram 14 profissionais, sendo 8 com mestrado e 6 com doutorado ou em fase final do curso.

Discursos circulantes acerca das práticas sociais na EF escolar

    Neste estudo emergiram 4 categorias, após se seguir as fases e as técnicas recomendadas para utilização da AC da Bardin (2008). As categorias são: a importância da EF na escola; os métodos de ginásticas adotados na escola; inaplicabilidade das ginásticas como um conteúdo nas aulas e Pilates nas aulas de EF escolar.

Categoria 1. A importância da EF na escola

    A partir das falas dos 30 professores entrevistados, quando perguntado sobre a importância da EF no âmbito escolar foi possível se inferir que todos acreditam que a Educação Física na escola é de suma importância.

    “Educação Física na escola é de suma importância” (Informante 1).

    Estes relatos também foram encontrados no trabalho de Ramos e Viana (2008), pois a EF, tal como as demais disciplinas, português, matemática, ciência, entre outras, todas devem ser desenvolvidas no contexto escolar.

    A Educação Física na escola é uma disciplina curricular que deve, assim como as demais disciplinas, auxiliar no processo de ensino-aprendizagem em todas as dimensões (conceitual, atitudinal e procedimental), pois as vivênciais culturais que por ela são proporcionadas podem vir a garantir a construção do conhecimento (BRASIL, 1997). No entanto, é possível afirmar que ainda existem preconceitos e discriminações que impedem que esta ocupe seu lugar de pertencimento.

    Houve um professor que foi além afirmando que:

    “A presença da EF na escola segue uma previsão legal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB” (Informante 17).

    Esta fala ressalta a importância da EF como uma disciplina curricular obrigatória, fato que o Coletivo de Autores (2004) e os PCNs também apresentam. Este informante tem seu argumento consubstanciado na previsão do Artigo 26, parágrafo 3º da Lei n. 9.694/1996. Os professores de EF na escola possuem a função de formar discentes dotados de autonomia, emancipados com visão critica do mundo contemporâneo, pelo viés do movimento.

Categoria 2. Os métodos de ginásticas adotados na escola

    Quase todos os entrevistados disseram que os métodos são utilizados, demonstrando que estes se valem destes no dia a dia, seja servindo com um aquecimento para outra modalidade da cultura corporal ou a prática propriamente dita, fato que está em sintonia com as propostas do Coletivo de Autores (2004).

    “Eu estou sempre utilizando as ginásticas em minhas aulas, pois fui atleta por muitos anos e adoro este conteúdo” (Informante 30);

    “Aplico sempre que posso, pois conheço de perto os benefícios” (Informante 3);

    “Utilizo porque gosto e também porque faz parte do conteúdo programático desta escola” (Informante 8);

    “Não fui atleta de ginástica artística e nem rítmica, mas adoro a parte lúdica que a ginástica promove e então percebo que as ginásticas são instrumentos importantes na escola, mas sem o caráter da competição” (Informante 16);

    “uso sempre que vou preparar a turminha para o futebol” (Informante 21).

    A ginástica escolar deve oportunizar aos alunos o aprendizado dos movimentos e este deve ser transmitido se trabalhando as três dimensões propostas pelos PCNs, por permitir aos alunos compreenderem a evolução da ginástica, sua história, origem, conceitos, contextos e práticas sociais. O processo de transmissão de novos movimentos e conhecimentos deve trazer à escola a transformação e a recriação da mesma (PEREIRA, 2010).

    É importante que o educador desempenhe o seu papel proporcionando aos alunos um repertório amplo de atividades, utilizando todos os conteúdos que a educação física dispõe (jogos, lutas, esportes, ginástica, dança e capoeira), para que eles possam experimentar novos movimentos, criar, relacionar-se, desenvolvendo assim seus domínios, cognitivo, motor e afetivo-social (RAMOS; VIANA, 2008).

    De acordo com Kunz (2002), o conteúdo da ginástica deve contribuir para o desenvolvimento de um aluno crítico, que ao adquirir o conhecimento desta prática, possa através de suas experiências pessoais discutir sobre as implicações fisiológicas, históricas e culturais deste conteúdo, e agir autonomamente em relação às suas vivências corporais. O ensino da ginástica deve permitir liberdade de agir, para que os alunos possam descobrir formas de movimento individualmente significativas; conhecer e interpretar o contexto objetivo em que se realizam as atividades e participar nas decisões e soluções apresentadas.

Categoria 3. Inaplicabilidade das ginásticas como um conteúdo nas aulas

    “Não faço uso deste conteúdo porque não acho importante, apenas trabalho na teoria” (Informante 23);

    “Não vi este conteúdo na minha formação e me sinto incapaz de adotá-lo” (Informante 7).

    É importante mencionar que foram encontrados dois entrevistados que disseram que nunca se valem destes conteúdos. Estes achados causaram estranhamento, afinal os esportes em geral que, podemos dizer, são aqueles mais adotados nas escolas (futebol, voleibol, handebol e basquete) muitas vezes, pedem algum tipo de aquecimento e, normalmente os docentes se valem de alguns elementos das ginásticas para realizarem este fim (BROCHADO; BROCHADO, 2005).

    Para tentar entender a falta da prática, surgiram outras falas que tentam explicar o pouco uso das ginásticas, tais como: ausência de espaço físico adequado, material ou equipamento mínimos ou ainda, por não constar como conteúdo programático.

    Ayoub (2003) relata que a aplicabilidade da ginástica nas aulas de Educação Física escolar está cada vez menos frequente, por causa das dificuldades de seu desenvolvimento. Dentre elas, ele cita a ausência de conhecimento do professor sobre esse tema, fato que se coaduna com a nossa pesquisa.

    Apesar de apenas um informante neste tópico falar abertamente sobre esta temática, percebe-se que as ginásticas ainda precisam ser mais trabalhadas como um conteúdo nas aulas de Educação Física nas escolas. É preciso mudar esse processo e não excluir este conhecimento do programa curricular; não ignorando a sua importância no processo pedagógico educacional.

    Pode-se afirmar que a ginástica é uma atividade corporal completa, pois contribui significativamente para nosso desenvolvimento nos seus aspectos motor, cognitivo, social, histórico e afetivo. As qualidades físicas que são mais solicitadas são: flexibilidade, equilíbrio, força e agilidade, servem de base para a prática de outros esportes e atividades (BERTOLINI, 2005).

Categoria 4. Pilates nas aulas de EF escolar

    Dos 21 docentes entrevistados, 12 em suas falas, disseram que acreditam que o Pilates no solo ou Mat Pilates, poderia ser bem aplicado como um método ginástico nas aulas de Educação Física, que pode ser uma estratégia pedagógica, com objetivo de trazer melhorias no desenvolvimento físico, emocional e cognitivo dos alunos.

    “Fiz curso de Pilates e adoto em minhas aulas, no solo e adaptado... Meus alunos adoram!” (Informante 6);

    “Penso ser difícil porque tem fazer um curso específico, que não é barato e tem que ter material próprio e acaba ficando inviável, pelo menos aqui neste espaço, que já está sucateado” (Informante 11).

    No entanto, 9 docentes em seus discursos, disseram que não usaria nas aulas na escola, por não serem estes habilitados para se valer do Pilates, por não terem como investir em cursos de especialização no método ou porque por vezes estes nem espaço para as práticas tradicionais teriam.

    Por fim, vale ressaltar que dos 9 contrários a sua adoção, 7 afirmaram que as universidades devem estar comprometidas com a formação dos futuros docentes para estes ao assumirem o seu compromisso nas escolas possam se sentir capacitados para desenvolver os métodos ginásticos, sem ter que abrir mão deste conteúdo em razão da falta de competências e habilidades necessárias.

    Ficou ainda demonstrado que 7 docentes se valem do Pilates no solo de forma adaptada por se assemelhar com as ginásticas, artísticas, rítmicas e circenses, sua introdução nesta deve ser de forma lúdica e dinâmica por ter atividades divertidas para as crianças e por ter uma variedade de exercícios, com ou sem aparelhos (TAMBALO, 2011).

Considerações finais

    Conclui-se que os docentes de Educação Física escolar adotam em sua maioria, mesmo que não seja frequentemente, os métodos ginásticos como conteúdo nas suas aulas.

    Dentre as modalidades da cultura corporal do movimento, as ginásticas são vivenciadas na prática, porém pode-se dizer que atividades esportivizantes acabam prevalecendo em detrimento aos outros elementos ou modalidades nas aulas de Educação Física escolar.

    O Pilates no solo é um conteúdo que alguns docentes adotam nas suas aulas e para a maioria dos informantes, este pode ser aplicado nas aulas de Educação Física escolar mesmo que de forma adaptada, pois se mostra semelhante com os métodos ginásticos.

Referências

  • ATHAYDE, B. Pilates vai à escola. Revista Viva Saúde. Edição 59, 2008.

  • AYOUB, E. Educação Física escolar: compromissos e desafios. Revista Mortus Corporis. Rio de Janeiro, v.10, n.01, p. 106-117, maio 2003.

  • BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2008.

  • BERTOLINI, C. M. Ginástica Geral na escola: uma proposta pedagógica desenvolvida na rede estadual de ensino. 2005. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.

  • BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física/Secretaria de Educação Fundamental. – 2. ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 1997.

  • ______. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no. 9694/1996), atualizada em 2013.

  • BROCHADO, F. A.; BROCHADO, M. M. V. Introdução à Prática. In: DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. (Orgs.) Educação Física no Ensino Superior: fundamentos de ginástica artística e de trampolins. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 23 –30.

  • CAMARÃO,T. Pilates no Brasil: corpo e movimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

  • COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 2004.

  • KUNZ, E. Educação Física e mudanças. Ijuí: Unijuí, 2002.

  • LIMA, A. P. P. Os efeitos do método Pilates em mulheres na faixa etária de 25 a 30 anos com lombalgia crônica. 2006. Monografia (Conclusão de Curso em Educação Física) - Universidade Federal de Mato Grosso. Faculdade de Educação Física, do Campus de Cuiabá, 2006.

  • MONTANEZ, D. R.; LARA, S.; FONSECA, A. O Método Pilates em crianças nos anos iniciais com dificuldades de aprendizagem. (2013). Disponível em: http:seer.unipampa.edu.br/index.php/siepe/issue/view/52. Acesso em: 10 mar. 2014.

  • NEGRINE, A. Instrumentos de coleta de informações na pesquisa qualitativa. A pesquisa qualitativa na educação física: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Editora Universidade/Sulina, 1999.

  • PEREIRA, L. A. A. A aplicação do conteúdo ginástica nas aulas de Educação Física escolar no município de Araruna, PR. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, n. 148, sep. 2010. http://www.efdeportes.com/efd148/conteudo-ginastica-nas-aulas-de-educacao-fisica-escolar.htm

  • RAMOS, E. S. H.; VIANA, H. B. A importância da ginástica geral na escola e seus benefícios para crianças e adolescentes. Revista Movimento e Percepção, 2008. Disponível em: http://www.ginasticas.com.br/conteudo/gimnica/gin_geral/ginasticas_com_gimnica_gg_escola.pdf. Acesso em: 26 mar. 2014.

  • RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2009.

  • SOUZA, E. G. R. S.; RAMOS, M. R. F.; BARBOSA, M. V; DEVIDE, F. P. Capoeira: um conteúdo nas aulas de Educação Física escolar. In: OSBORNE, R.; SILVA, C. A. F.; SANTOS, R. F. Complexidade da educação física. Rio Janeiro: Lamparina, 2013.

  • SOUZA, T. M. O método Pilates solo na educação física: alguns benefícios. 2012. Monografia (Trabalho de conclusão de Curso) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.

  • TAMBALO, S. Aplicação do método Pilates nas escolas. CGPA Pilates. 2011.

  • THOMAS, J. R.; NELSON, J.; SILVERMAN, S. J. Métodos de pesquisa em atividade física. São Paulo: Artmed, 2007.

  • VENÂNCIO, L.; CARREIRO, E. A. Ginástica. In: DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. (Orgs.) Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 227-243.

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