Os benefícios da musculação para a terceira idade Los beneficios de la musculación para la tercera edad |
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Discentes do Curso de Educação Física Universidade Salgado de Oliveira, Unidade Goiânia, GO (Brasil) |
Douglas de Almeida Hugo de Almeida Mariana Brito Natália da Costa Thiago Rassi |
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Resumo O envelhecimento como um processo biológico progressivo e natural, caracterizado pelo declínio das funções celulares e pela diminuição da capacidade funcional, traz, como uma de suas conseqüências a redução da força muscular além da diminuição no desempenho motor nas realizações das atividades da vida diária (ANDREOTTI, 1999). Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar os benefícios da musculação para a terceira idade, através de uma revisão bibliográfica. Dessa forma, podemos concluir que a prática adequada da musculação para idosos, tem implicações positivas sobre a qualidade e expectativa de vida, pois contribui para a prevenção de doenças, fator essencial para prolongação do tempo de vida, e ainda, repercute de maneira favorável no desenvolvimento,melhorando a saúde física e mental do idoso. Unitermos: Musculação. Idoso. Benefícios.
Abstract Aging as a progressive and natural biological process, characterized by the decline of cellular functions and decreased functional capacity, brings, as one of its consequences reduced muscle strength in addition to decreased engine performance achievements in activities of daily living (ANDREOTTI, 1999). Therefore, the aim of this study was to analyze the benefits of strength training for seniors, through a literature review. Thus, we conclude that the proper practice of bodybuilding for seniors, has positive implications on the quality and life expectancy, it contributes to the prevention of disease, essential factor for prolongation of life span, and also reflected favorably on development, improving physical and mental health of the elderly. Keywords: Bodybuilding. Elderly. Benefits.
Recepção: 24/08/2014 - Aceitação: 04/10/2014.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 197, Octubre de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O envelhecimento é um fenômeno natural caracterizado por diversas alterações e são influenciados por fatores extrínsecos como o ambiente, estilo de vida, posição socioeconômica, entre outros e também pelos fatores intrínsecos como a genética. Portanto, o envelhecimento interfere no processo de qualidade de vida, levando individuo a obter uma desestruturação orgânica mais rápida afetando assim a aptidão funcional do idoso (PADILHA e DELGADO, 2010).
O envelhecimento como um processo biológico progressivo e natural, caracterizado pelo declínio das funções celulares e pela diminuição da capacidade funcional, traz, como uma de suas consequências a redução da força muscular além da diminuição no desempenho motor nas realizações das atividades da vida diária (ANDREOTTI, 1999).
Fleck e Kraemer (1999) salientam que o desenvolvimento de exercícios com pesos é muito importante, especialmente em idosos, pois o aumento da força muscular favorece a movimentação, como também facilita a recuperação de doenças ou pós-operatório, além de contribuir para a diminuição das quedas e traumatismos muito frequentes nas pessoas idosas. Por essas razões, cada vez mais têm sido criadas estratégias de ações, com o propósito de estimular as pessoas idosas a mudarem o seu estilo de vida, estabelecendo no cotidiano hábitos saudáveis, e adesão à prática regular de atividade física.
Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar os benefícios da musculação para a terceira idade.
Metodologia
O presente estudo foi uma pesquisa bibliográfica, realizada através de pesquisas em livros, artigos científicos e pela internet. Segundo Serrano (2004), para identificar estes artigos deverá fazer a pesquisa nas fontes secundárias (publicações que indexam a informação bibliográfica de artigos, por assunto, palavras-chave, autores, revistas, etc.)
Desenvolvimento
O envelhecimento está interligado, aos fatores biológicos, psicológicos e sociais que são alterados com o passar dos anos e assim vários efeitos prejudiciais a saúde comprometem a qualidade de vida das pessoas que estão nesse processo (ZAGO e GOBBI, 2003).
Em função da alteração na distribuição da população mundial no que diz respeito à idade, os problemas relacionados à saúde pública continuam evoluindo e dentre eles, os que correspondem a doenças cardiovasculares, derrames e câncer são os mais destacáveis. Outro problema que tem recebido pouca atenção, mais que se constitui em uma quase epidemiologia é o que se refere especificamente à queda do idoso (SILVA e MATSUURA, 2002).
Segundo Souza (2006), o exercício físico é de ótimo beneficio e pode ajudar no processo contra o envelhecimento. Por isso, a maior parte da população na terceira idade deve manter um estilo de vida mais ativo, visando: Aumento da autonomia e sensação de bem-estar; aumento da força muscular; manutenção ou melhora da flexibilidade; maior coordenação motora e equilíbrio; maior sociabilidade; controle do peso corporal; diminuição da ansiedade e depressão; maior independência pessoal; ajuda no tratamento e prevenção de doenças, entre outros.
Quando se inicia um programa de treinamento para a população idosa, é importante ter o conhecimento específico sobre a faixa etária em que o indivíduo está inserido e sobre as modificações que ocorrem neste período, além de considerar também as peculiaridades individuais. Neste sentido, diversos autores têm procurado apontar alterações decorrentes do processo de envelhecimento, bem como as implicações dessas alterações na elaboração e supervisão desses programas (TAKAHASHI e TUMELERO, 2004).
Dentro do que concerne ao idoso à qualidade de vida, o meio social em abrangência para um todo tem que estar em total harmonia para com este tipo de população e é dentro desse conceito que profissionais cada vez mais capacitados estão totalmente envolvidos em ajudar e pesquisar diversas maneiras de tornar o seu ciclo de rotinas muito mais fácil assegurando seus direitos e deveres (VERAS e CALDAS, 2004).
Por isso entre outros aspectos a população idosa tem que ser beneficiada com atividades extras e um bom tratamento, para que os mesmos possam ter um envelhecimento saudável, com alegria, satisfação interpessoal, qualidade de vida e longevidade (JOIA; RUIZ e DONALISIO, 2007).
Devido às adaptações e algumas característica da velhice estereotipada, os idosos atravessam por problemas que crescem em número e grau com o passar do tempo, entre elas a diminuição da força muscular e o comprometimento da locomoção, diminui-se também a coordenação motora, tornando as tarefas do cotidiano ainda mais difícil de serem realizadas, por isso é de suma importância que a atividade física esteja incluída nas atividades desse grupo especifico (DIAS e DUARTE, 2005).
A perda da força e da massa muscular predispõe os idosos a uma limitação funcional, a qual pode levar a um aumento da imobilidade e mortalidade (CARVALHO, OLIVEIRA, MOTA, et al, 2004).
Os maiores níveis de força muscular são alcançados entre os 20 e 30 anos, verificando-se posteriormente uma redução tanto na força quando na massa muscular, que após a meia idade é acentuada (RASO, ANDRADE, MATSUDO et al, 1997). As alterações neuromusculares relacionadas com a idade têm sido denominadas por alguns autores como sarcopenia, e relatadas pela redução dos motoneurônios alfa, redução do número de unidades motoras e redução de fibras musculares. Como consequência destas mudanças, ocorre o decréscimo na força muscular principalmente nas extremidades inferiores, que está associada à menor velocidade de caminhada, menor equilíbrio, menor habilidade de subir escadas e levantar-se de uma posição sentada, contribuindo negativamente para o desempenho das atividades da vida diária (RASO, ANDRADE, MATSUDO, et al,1997).
A grande eficiência em estimular a massa muscular e óssea apresentada pelos exercícios localizados com carga, chamados genericamente de exercícios resistidos e geralmente realizados com pesos, chamou a atenção de pesquisadores para a possibilidade de sua utilização em promoção de saúde, particularmente no caso de idosos. Esta ideia foi estimulada pela constatação de que a mobilidade articular geralmente limitada do idoso também melhorava rapidamente (SILVA et al., 2008).
Treinamento de força em pratica na musculação é de suma importância para pessoas da terceira idade, onde há uma melhora das diversas funções do organismo em foco o equilíbrio e também auxilia no cotidiano em atividades da sua vida diária (PEDRO e AMORIM, 2008).
Para ter uma boa mobilidade o idoso necessita estar com um bom equilíbrio e para isso é necessário que ele faça um treinamento de força para os membros inferiores, sendo assim o idoso que está com força adequada em ambos os membros corporais tem uma boa postura e uma marcha ideal (PEDRO e AMORIM, 2008).
Considerações finais
Os benefícios da prática regular de atividades físicas na terceira idade tem sido objeto de estudo por inúmeros autores e áreas de pesquisa, sendo que muitos já afirmaram que um estilo de vida ativo promove a manutenção da capacidade funcional destes indivíduos por um período mais longo, e consequentemente mantém sua qualidade de vida.
Dessa forma, podemos concluir que a prática adequada da musculação para idosos, tem implicações positivas sobre a qualidade e expectativa de vida, pois contribui para a prevenção de doenças, fator essencial para prolongação do tempo de vida, e ainda, repercute de maneira favorável no desenvolvimento, melhorando a saúde física e mental do idoso.
Referências
ANDREOTTI, R. A.; OKUMA, S.S. Validação de uma bateria de testes de atividades da vida diária para idosos fisicamente independentes. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.13, n.1, p. 46 – 66, jan/jun. 1999.
CARVALHO, J. OLIVEIRA, J. MOTA, J. et al. Força muscular em idosos I – Será o treino generalizado suficientemente intenso para promover o aumento da força muscular em idosos de ambos os sexos. Universidade do Porto, Revista Portuguesa de ciências do desporto, Porto, v.04,2004.
DIAS, V.K. e DUARTE, P.S.F. Idoso: níveis de coordenação motora sob prática de atividade física generalizada. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 10, n. 89, 2005. http://www.efdeportes.com/efd89/id.htm
JÓIA, L.C.; RUIZ, T.; DONALISIO, M.R. Condições associadas ao grau de satisfação com a vida entre a população de idosos. Rev. Saúde Publica, v.41, n.1, p.131-8, 2007.
PADILHA, A.L.; DELGADO, E.I. A melhor idade do Brasil: Aspectos biopsicossociais decorrentes do processo de envelhecimento. Ulbra e Movimento (REFUM). V. 01, n. 02, p.76-91, 2010
PEDRO, E.M.; AMORIM, D.B. Analise comparativa da massa e força muscular e do equilíbrio entre indivíduos idosos praticantes e não praticantes de musculação. Rev. da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas – SP, v. 06, ed. Especial, p. 174-183, jul. 2008.
SERRANO P. Redação e apresentação de trabalhos científicos. 2ª ed., Lisboa, Relógio D'Água, 2004.
SILVA, A. et al. Equilíbrio, coordenação e agilidade de idosos submetidos à prática de exercícios físicos resistidos. Rev. Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v.14, n.2, p.88-93, mar./abr. 2008.
SILVA, V.F da; MATSUURA, C. Efeitos da prática regular de atividade física sobre o estado cognitivo e a prevenção de quedas em idosos. Fit Perf J. Rio de Janeiro, v. 01, n. 03, p. 39-45, 2002.
SOUZA, V.A.I. de; Atividade física para a terceira idade. 2006. Disponível em: http://cyberdiet.terra.com.br/atividade-fisica-para-terceira-idade-3-1-2-165.html Acesso em: 24 out. 2011
RASO, V; ANDRADE, L. E; MATSUDO, S. M; et al. Exercício aeróbio ou de força muscular melhora as variáveis da aptidão física relacionadas à saúde de mulheres idosas?. Revista brasileira de atividade física & saúde v.2, n.3, pág. 36-49, 1997.
TAKAHASHI, S.R. da S.; TUMELERO, S. Benefícios da atividade física na melhor idade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 10, n. 74, jul. 2004. http://www.efdeportes.com/efd74/idade.htm
VERAS, R.P.; CALDAS, P.C. Promovendo a saúde e a cidadania do idoso: O movimento das universidades da terceira idade. Ciências Saúde Coletiva. v. 09, n. 02, Rio de Janeiro, 2004
ZAGO, A.S.; GOBBI, S. Valores normativos da aptidão funcional de mulheres de 60 a 70 anos. Rev. Bras. Ci. E Mov., Brasília, v. 11, n. 02, p. 77-86. Jun. 2003.
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