Produções científicas sobre a abordagem da fisioterapia nas lesões de joelho em atletas de voleibol Producciones científicos sobre el abordaje de la fisioterapia en las lesiones de rodilla en jugadores de voleibol |
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*Discente do curso de Fisioterapia das Faculdades INTA. Sobral, CE **Fisioterapeuta. Pós-graduada em Terapia Intensiva e Saúde da Família Docente do curso de Fisioterapia das Faculdades INTA. Sobral, CE (Brasil) |
Jeosafá Araújo Lopes de Alencar* Erika de Vasconcelos Barbalho** |
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Resumo O voleibol é um esporte sem muito contato físico e foi criado para evitar lesões graves comparados a outros esportes como o futebol. Seus praticantes, seja profissional ou amador, correm riscos de sofrer lesões no joelho. Descrever as evidências científicas sobre os recursos fisioterapêuticos utilizados na reabilitação das lesões de joelho em atletas de voleibol. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A busca foi conduzida na Biblioteca Virtual em Saúde, na qual foram utilizadas as bases de dados da SciELO e Medline. O levantamento dos dados ocorreu de abril e maio de 2014 e optou-se por selecionar manuscritos científicos publicados entre 2004 e 2014, escritos em língua portuguesa e inglesa. Foram analisados7 artigos, sendo 5 em português e 2 em inglês. Os estudos escolhidos relacionaram a abordagem da fisioterapia nas lesões de joelho em atletas de voleibol. No primeiro momento da lesão as condutas mais indicadas são: analgesia, repouso, suspensão do treino e os recursos da cinesioterapia, crioterapia, termoterapia e eletroterapia. A reabilitação do atleta inicia-se através de alongamentos e fortalecimento musculares com prioridade no músculo quadríceps que tem a função de estabilizar a articulação do joelho e, a última fase do tratamento é quando ocorre o retorno do atleta ao esporte. A fisioterapia apesenta diversos recursos analgésicos e anti-inflamatórios, que associados as técnicas manuais, proporcionam um retorno precoce do atleta de voleibol a sua atividade esportiva. Unitermos: Voleibol. Lesiones de rodilla. Fisioterapia.
Abstract Volleyball is a sport without much physical contact and was created to prevent serious injuries compared to other sports like football. All practitioners, whether professional or amateur, are at risk of suffering knee injuries. Describe the scientific evidence about Physiotherapy resources used in rehabilitation of knee injuries in volleyball players. This is an integrative literature review. The search was conducted on the Virtual Health Library, in which we used the databases of Medline and SciELO. Data collection occurred between April and May 2014 and opted to select scientific manuscripts published between 2004 and 2014, written in Portuguese and English. Were analyses 7 articles, and 5 in Portuguese and English 2. The selected studies related to the physiotherapy approach in knee injuries in volleyball players. At first the lesion most frequently prescribed treatments are: analgesia, rest, suspension training and resources kinesioterapy, cryotherapy, thermotherapy and electrotherapy. The rehabilitation of the athlete begins by stretching and muscle strengthening and priority in quadriceps muscle that serves to stabilize the knee joint and the last phase of treatment is when the athlete's return to sport occurs. Physiotherapy presents many resources analgesics and anti-inflammatories, which associated the manual techniques, provide an early return volleyball athlete to their sport activity. Keywords: Volleyball. Knee injuries. Physiotherapy.
Recepção: 16/07/2014 – Aceitação: 28/09/2014.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 197, Octubre de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O voleibol é uma modalidade esportiva criada nos Estados Unidos, pelo professor de educação física William George Morgan, em 1895. A palavra voleibol é oriunda do francês voleé que se refere ao vôo da bola. É caracterizado como um esporte coletivo, disputado por duas equipes em uma quadra dividida por uma rede, cujo objetivo é passar a bola sobre a rede para a quadra adversária. Sem muito contato físico, foi criado no intuito de reduzir os riscos de lesões graves quando comparado a outros esportes como o futebol, futebol americano e basquete (MEZZAROBA; PIRES, 2011; MENDES, 2007).
Trata-se de um esporte que apresenta aspectos de repetições de saltos, gestos e bruscos movimentos de aceleração e desaceleração, associados a deslocamentos para o bloqueio, que tendem a causar as lesões durante os treinamentos ou em competições. A articulação do joelho é bastante solicitada durante a execução destes movimentos, tornando-a facilmente exposta a traumas (MARQUES JÚNIOR, 2004).
De acordo com Bittencourt et al. (2005), os movimentos de salto vertical freqüentes no voleibol, causam uma desarmonia entre os músculos flexores e extensores do joelho, reduzindo a capacidade de gerar força e estabilidade articular, o que desencadeia sobrecarga das estruturas musculotendíneas em torno deste complexo articular.
Torres (2004) complementa afirmando que as atividades repetitivas como correr, saltar e os movimentos de ataque e bloqueio, podem ocasionar micro traumas, rupturas parciais ou completas das estruturas do joelho. A lesão de ligamento cruzado anterior (LCA) é responsável por 50% de todas as lesões ligamentares desta articulação, sendo ele o ligamento que sofre ruptura completa com mais freqüência, acompanhada pela lesão meniscal com o percentual de 38,18%.
As diferenças anormais de torque entre músculos agonistas e antagonistas com grupos musculares contralaterais, tem também aumentado a probabilidade de lesões musculares e/ou articulares do joelho. Outro fator está relacionado com o aumento da intensidade e do volume de treinamento em jogadores de diferentes categorias: atletas mais avançados com maior capacidade de geração de força nos flexores e extensores do joelho em relação aos jogadores mais jovens. Igualmente na aterrissagem assimétrica os membros inferiores entram em contato com o solo em diferentes momentos, o que também gera um mecanismo comum de lesão do joelho no voleibol (LEPORACE et al., 2011).
O tratamento cirúrgico está indicado quando há o comprometimento articular, meniscal ou ligamentar progressivo e quando não existe meio de restauração, devendo ser sucedido sempre pela reabilitação com a fisioterapia (VIDAL; AMARAL, 2011).
Conseqüente ao aumento dessa prática esportiva em todo o mundo, as lesões traumáticas de joelho também tem aumentado consideravelmente, tornando sua incidência elevada tanto entre atletas, como em jogadores amadores. Fato este que mostra a importância de se estudar os procedimentos fisioterapêuticos utilizados na recuperação das lesões de joelho em atletas de voleibol.
Com base no acima exposto, o objetivo deste estudo é descrever as evidências científicas sobre os recursos utilizados na fase de reabilitação fisioterapêutica, nas lesões que comumente ocorrem na articulação do joelho em atletas de voleibol.
Metodologia
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Este estudo baseia-se mediante a delimitação de uma questão de pesquisa, fazendo com que o investigador se volte para o processo de exploração rigorosa e padronizada da literatura e dessa forma possa abrir caminhos para a análise e discussão da produção científica na área, de modo a promover conhecimento aprofundado do fenômeno estudado (MOSCHETA; SANTOS, 2012).
Para a realização desta pesquisa, teve-se como pergunta norteadora: Quais as condutas desenvolvidas pelo fisioterapeuta frente a uma lesão de joelho em atletas de voleibol?
A busca dos artigos foi conduzida na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na qual foram utilizadas as bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Internacional em Ciências da Saúde (Medline), no período de agosto a novembro de 2013. Para isso, foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): voleibol, articulação do joelho, traumatismo do joelho e fisioterapia.
A amostra final foi obtida através do estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão necessários para a realização da revisão. Critérios de inclusão: manuscritos científicos publicados entre 2004e 2014, escritos em língua portuguesa e inglesa, que abordassem como foco principal as lesões de joelho na prática de voleibol e a reabilitação fisioterapêutica nestes danos. Critérios de exclusão: artigos com duplicidade durante a busca, teses, dissertações e artigos de opinião.
Em seguida, procedeu-se a leitura de todos os resumos,resultando na inclusão de 28 artigos, com a posterior busca do texto completo e a leitura aprofundada de todos, que permitiu refinar ainda mais a busca, restando então 8 referências.
A análise minuciosa foi realizada, concomitantemente, a análise crítica dos estudos possibilitando extrair as seguintes informações: autores, ano de publicação, periódico de publicação, tipo de estudo, objetivos e procedimentos fisioterapêuticos mais utilizados.
Resultados e discussão
Integraram a amostra desta revisão 8 artigos, sendo 6 publicados em português e 2 em inglês. O Quadro 1 apresenta a descrição dos estudos selecionados de acordo com os autores, ano de publicação e título dos artigos.
Quadro 01. Apresentação dos manuscritos quanto ao ano de publicação, autores e título
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Autor |
Ano |
Título |
01 |
FERREIRA et al |
2008 |
Efeitos dos exercícios de musculação para o fortalecimento da musculatura da coxa em portadora de condromalácia patelar |
02 |
ANDRADE, L.F. |
2007 |
Reconstrução do ligamento cruzado anterior: Impacto do desempenho muscular e funcional no retorno ao mesmo nível de atividade pé-lesão. |
03 |
AZEVEDO, B. |
2012 |
Efeitos da hidrocinesioterapia associada acrioterapia na gonartrose |
04 |
FACCI, MARQUETTI, COELHO |
2007 |
Fisioterapia aquática no tratamento da osteoatrite de joelho |
05 |
COIMBRA et al. |
2004 |
Osteoartite (artrose) tratamento |
06 |
BELCHIOR, REIS, CARVALHO |
2008 |
Estudo comparativo entre o tratamento cinesioterápico e hidrocinesioterápico no pós-operatório da reconstrução do ligamento cruzado anterior |
07 |
LARA et al. |
2009 |
Efeito da prescrição de pilates na reabilitação da tendinite patelar |
Observa-se o predomínio de publicações inferior ao ano de 2011, o que evidencia a necessidade da realização de estudos mais recentes quanto ao tema estudado. Não foi encontrada nenhuma pesquisa que tivesse o título do trabalho enfocando diretamente ao tratamento da fisioterapia nas lesões de joelho no voleibol.
Os estudos foram ainda observados em relação à abordagem da pesquisa, sendo todos provenientes de estudos de casos isolados, o que desperta a necessidade de realização de estudos cada vez mais aprofundados e com uma amostra significativa de participantes. Dentre eles a análise dos dados deu-se tanto de forma quantitativa contabilizando os ganhos obtidos, quanto uma análise descritiva relacionando os achados. A listagem dos artigos incluídos, bem como seus objetivos e procedimentos fisioterapêuticos utilizados encontra-se no Quadro 2.
Quadro 02. Objetivo, tipo de estudo e procedimentos fisioterapêuticos utilizados nos artigos
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Objetivo |
Abordagem metodológica |
Procedimentos utilizados |
01 |
Para comprovar os efeitos dos exercícios de musculação com orientação para o fortalecimento da musculatura do quadríceps em uma portadora de condromalácia patelar, atleta de voleibol. |
Estudo de caso |
3 sessões semanais de 60 minutos cada, acompanhadas pelo um educador físico e um médico. No primeiro e segundo mês o atleta fazia o fortalecimento do quadríceps com uma caneleira, já no terceiro houve um ganho de forca muscular significativa, então passou a fazer o fortalecimento no aparelho (cadeira extensora). |
02 |
Analisar o grau de frouxidão ligamentar residual, a performance muscular e o desempenho funcional em indivíduos submetidos à reconstrução do LCA. |
Estudo de caso |
Os indivíduos passaram 3 meses no setor de fisioterapia sendo acompanhados pelo fisioterapeuta, nos exercícios de fortalecimento muscular e alongamentos e após sete meses de tratamento fisioterápico, fortalecimento, alongamentos, treinos proprioceptivo. Todos eles foram liberados para a prática esportiva. |
03 |
Verificar a eficácia de um programa de exercício subaquático associado ao uso da crioterapia em uma paciente portadora de artrose de joelho bilateral. |
Estudo de caso |
Foram realizadas 16 sessões: 2X por semana, durante 40 minutos. Protocolo: hidrocinesioterapia (período de relaxamento, alongamento e fortalecimento) e nos 20 minutos finais, associada acrioterapia no local através de bolsas de gelo sobre os joelhos. |
04 |
Analisar os benefícios da fisioterapia aquática no tratamento da AO de joelho, mediante a investigação da melhora da capacidade funcional, da dor e da qualidade de vida. |
Série de caso |
Técnicas de hidroterapia, alongamentos com duração de 10 minutos, exercícios de fortalecimentos 4sÉries de 10 repetições com extensão de joelho e o relaxamento com duração de 10 minutos com auxilio de flutuadores e colete cervical. |
05 |
Conciliar informações e condutas referentes ao tratamento da osteoartrite. |
Relato de caso |
Fortalecimento- ganho de massa muscular, alongamentos com 3 series de 10 repetições, cinesioterapia, eletroterapia, termoterapia, crioterapia, foram utilizados o tempo de 15 a 20 minutos. |
06 |
Comparar o tratamento cinesioterápico e o hidrocinesioterápico quanto ao ganho de ADM, redução do edema e do quadro álgico. |
Estudo de caso |
Mobilização patelar, Mobilização passiva de flexão e extensão de joelho, Alongamento de Isquiostibiais e Tríceps Sural (3x20) Exercício ativo resistido para tornozelo e pé (3x15) Exercício ativo para flexão de joelho (3x15) e crioterapia 10 minutos. |
07 |
Analisar a prescrição do método pilates na reabilitação de um sujeito com tendinite patelar. |
Estudo de caso |
Exercícios de pilates no solo, na bola suíça e nas máquinas. |
Pode-se observar que com a utilização das ferramentas de busca acima citadas, não existem grandes ensaios clínicos e revisões sistemáticas de ensaios clínicos brasileiros com relação ao tratamento da fisioterapia nas lesões de joelho em atletas de voleibol, o que se encontra são estudos de revisão de literatura tanto nas bases nacionais quanto internacionais, sinalizando a necessidade da realização de estudos intervencionistas.
Ferreira et al (2008) definem condromalácia patelar como um amolecimento da cartilagem causando dores na região do joelho. Mas os mesmos dizem que atividades aquáticas e exercícios de musculação são recomendados num possível diagnostico de condromalacia patelar, segundo o mesmo autor exercícios aquáticos diminuem impactos articulares assim diminuindo as dores no joelho, falam também sobre a musculação, com o aumento do músculo quadríceps as dores no joelho tendem a diminuir devido a uma estabilidade causada pela hipertrofia do músculo quadríceps.
Segundo Lustosa, Fonseca e Andrade (2007), a presença de lesão meniscal está associada ruptura ligamentar, é uma condição que pode influenciar a instabilidade articular de um individuo causando dores e falseio articular. Os mesmos autores afirmam que após cirurgia ligamentar feita através de enxertos, alguns indivíduos não conseguem retornar as atividades físicas.
Segundo Azevedo e Brito (2012) a crioterapia além de auxiliar na redução de possíveis edemas ajuda aumentar a amplitude de movimento nas articulações em terapia. Já a hidrocinesioterapia aplicada com o auxilio da crioterapia, observou-se um resultado positivo, percebendo uma melhora na cirtometria, na goniometria de flexão de joelho.
De acordo com Facci, Marquetti e Coelho (2007), o tratamento fisioterápico inclui educação do paciente, perda de peso e programas de condicionamento físico. As propriedades físicas e fisiológicas da água possibilitam a realização de exercícios dificilmente executados em solo, e que, associados à maior amplitude de movimento e à temperatura elevada da água, aumentam a mobilidade articular, o controle muscular e a resistência, aliviando dores e acelerando o processo de recuperação funcional. Referem também que o tratamento conservador não se mostra tão eficaz considerando-se a necessidade de cirurgia para a colocação de prótese de joelho.
Já os autores Coimbra et al. (2004), dizem que o tratamento inicia-se com o esclarecimento sobre a doença, motivar e envolver o paciente no tratamento, o incentivo da prática esportiva sob orientações de um profissional especializado. Já na parte da cinesioterapia os autores recomendam o uso da termoterapia (calor) crioterapia (gelo) e a eletroterapia, esta é feita através de aparelhos como o TENS (Eletroestimulação Transcutânea), infravermelho, ultrasom que são utilizados como terapia analgésica. Dizem também que alongamentos dos ísquios tibiais, bíceps femoral, mobilizações articulares junto com o fortalecimento muscular dando ênfase no músculo quadríceps se tem uma recuperação com resultados positivos.
Belchior, Reis, Carvalho (2008), os exercícios aquáticos proporciona alivio da dor, relaxamento, sensação de bem estar, melhora a auto-estima e principalmente mantém a integridade física conservada. Os mesmos autores ainda especificam que a reabilitação hidrocinesioterapica tem vários pontos positivos por promover relaxamento muscular; reduz a sensibilidade à dor e espasmos musculares; facilita a ação da musculatura fraca e dos músculos, aumenta a força e a resistência muscular, aumenta a ADM, aumenta a flexibilidade, aumenta o equilíbrio e estabilidade.
Já Lara et al (2009),falam dos benefícios que o pilates podem trazer na reabilitação de uma tendinite patelar. Método caracterizado por um grupo de exercícios que é particularmente interessado em proporcionar bem-estar geral do indivíduo aumenta de força, flexibilidade, melhora da capacidade respiratória, boa postura, controle, consciência e percepção do movimento tendo como objetivo a construção do movimento eficiente para a estabilidade e fortalecimento dos músculos da parte inferior do tronco e quadril, como também melhorar o equilíbrio, o alinhamento e a postural corporal.
Nos casos de pacientes com artrose com comprometimentos progressivos sem resultados com o tratamento conservador devem ser encaminhados para o especialista que fará a indicação do tratamento cirúrgico, o procedimento mais indicado é a artroplastia (CAMANHO, 2007).
Segundo Facci, Marquetti, Coelho (2007) o tratamento aquático em pacientes com degeneração do joelho é indicado por não haver atrito nas articulações e por diminuir o quadro álgico. O fortalecimento muscular (quadríceps), alongamentos juntamente com a cinesioterapia, a termoterapia e a eletroterapia também são indicadas no tratamento de artrose.
A realização do tratamento fisioterápico logo início da lesão efetiva o resultado da recuperação do atleta. Caso o quadro clínico evolua para uma fase crônica, a terapêutica poderá levar meses afastando o atleta de alcançar o resultado esperado e retornar ao esporte (COIMBRA et al., 2004).
O estudo de Lara et al. (2009), corrobora ao afirmar que para um retorno rápido e positivo ao esporte, é indicado o repouso no local evitando os movimentos de flexão de joelho, subida e descida de escadas, aplicação de crioterapia por 20 minutos de 3 a 4 vezes por dia, calor superficial local antes das atividades, para a diminuição do quadro álgico, redução de edema, prevenção de contraturas e deformidades.
Segundo Machado e Amorim (2005), quando na confirmação da condromalácia patelar no atleta de voleibol, ele não deve ser incentivado a parar com as práticas esportivas, pois a fisioterapia ameniza a dor retropatelar e a promover o fortalecimento muscular ao utilizar os exercícios aquáticos, indicados por neutralizar ou amortecer o impacto sobre as articulações.
Considerações finais
A revisão integrativa possibilitou a identificação das técnicas aplicadas pela fisioterapia nas lesões de joelho de atletas de voleibol. O investimento e as pesquisas relacionadas com o cuidado reabilitador das lesões de joelho no voleibol vêm crescendo.
Conclui-se que ainda há necessidade de um maior investimento de estudos brasileiros quanto ao tratamento das lesões causadas pelo o voleibol, pois há poucas pesquisas mostrando o possível tratamento da mesma, estudo torna-se importante uma vez que fornecerá subsídios para os profissionais da saúde atuarem de forma cada vez mais preventiva e desenvolver um plano terapêutico eficaz para a recuperação do atleta e seu retorno rápido à prática esportiva, como também, ampliar e fortalecer as evidências científicas quanto ao tratamento com a fisioterapia.
Referências
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