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Aleitamento materno entre mães adolescentes

La lactancia materna entre madres adolescentes

 

*Acadêmico do 7º período do Curso de Graduação em Enfermagem das Faculdades Unidas do Norte

de Minas – FUNORTE. Estudante vinculado ao Programa de Iniciação Científica - Bolsista

**Enfermeira. Faculdades Unidas do Norte de Minas-FUNORTE

***Acadêmica de 6º período do Curso de Graduação em Psicologia

das Faculdades Unidas do Norte de Minas-FUNORTE

****Enfermeira. Universidade Estadual de Montes Claros. Especialização em Enfermagem

Obstétrica. Docência do Ensino Superior e Educação Profissional na Área da Saúde

*****Enfermeira. Universidade Estadual de Montes Claros. Especialização em Saúde da Família

na Modalidade Residência Multiprofissional, Urgência, Emergência, Trauma e Terapia Intensiva

******Enfermeiro. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

da Unimontes. Professor do Curso de Enfermagem das Faculdades Unidas do Norte

de Minas (FUNORTE), Faculdade de Saúde Ibituruna (FASI) e Professor designado

da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)

Renê Ferreira da Silva Junior*

Juliana Andrade Pereira**

Fernanda Pereira de Souza***

Anne Christine Alves Pereira****

Selen Jaqueline Souza Ruas*****

Henrique Andrade Barbosa******

henriqueabarbosa@ig.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: A proteção do aleitamento materno referente à sobrevivência da criança é retratada em textos desde a antiguidade, como o Talmud, a Bíblia e o Corão. O leite materno é tido como o alimento mais perfeito e completo da natureza. Objetivo: Este estudo buscou conhecer na literatura especializada o aleitamento materno entre mães adolescentes. Metodologia: O presente estudo é uma revisão de literatura de caráter integrativo realizado através da busca de artigos em periódicos especializados. Foram selecionados e analisados os principais trabalhos científicos publicados nos anos de 2003 a 2013, o que resultou em 16 artigos, sendo todos trabalhos que abordavam a gravidez na adolescência, educação em saúde, aleitamento materno. Considerações finais: É relevante a equipe de saúde e a família incentivarem o aleitamento materno na adolescência, pois essa fase envolve dúvidas e medos referente à inexperiência da adolescente.

          Unitermos: Aleitamento materno. Mães adolescentes.

 

Recepção: 11/06/2014 – Aceitação: 28/09/2014.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 197, Octubre de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A proteção do aleitamento materno referente à sobrevivência da criança é retratada em textos desde a antiguidade, como o Talmud, a Bíblia e o Corão. (MARCONDES et al., 2003). O leite materno é tido como o alimento mais perfeito e completo da natureza. (ANCONA, 2004).

    O ato de amamentar é um desenrolar multifatorial, produzido biologicamente e materializado socioculturalmente. Seu estudo é relevante, pois traz resultados importantes para a redução da mortalidade infantil (SILVEIRA et al., 2010).

    A relevância de se considerar as características biopsicossociais e culturais próprios da adolescência no cuidado de enfermagem a gestantes e mães, respeitando a individualidade de cada uma e proporcionando sua autonomia (SANTOS et al., 2009). O contato de auxilio a nutriz durante a amamentação exclusiva pela família, amigos e vizinhos é de extrema relevância e além desses protagonistas a também outros colabor6adores que executam um papel essencial para o sucesso do aleitamento materno: os profissionais de saúde (MARQUES et al., 2010). Em estudo de Duarte et al. (2008) com adolescentes em onde as mesmas forma questionadas sobre orientações durante o pré-natal, muitas delas responderam afirmativamente.

    A literatura científica é rica em estudos referente às vantagens do aleitamento materno e em trabalhos sobre os efeitos benéficos do aleitamento materno tanto para mãe como pra o filho. Entretanto, publicações a respeito do fornecimento de orientações sobre amamentação nos serviços de saúde são ainda insuficientes. Sabendo-se que a atenção primária é um grande ator no que concerne ao acompanhamento das gestantes no pré-natal e dos bebês na consulta de puericultura, é relevante buscar se cumpre a atribuição de incentivar e orientar sobre aleitamento materno (CRUZ et al, 2010). Este estudo buscou conhecer na literatura especializada o aleitamento materno entre mães adolescentes.

Metodologia

    Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre as perspectivas dos adolescentes em relação à amamentação e a influência da família e dos profissionais de saúde. A revisão integrativa é a mais ampla abordagem metodológica referente às revisões, permi­tindo a inserção de estudos experimentais e não-experi­mentais para um entendimento completo do fenômeno analisado. Conjunta também dados da literatura teórica e empírica, além de incorporar um vasto leque de propó­sitos: definição de conceitos, revisão de teorias e evidên­cias, e análise de problemas metodológicos de um tópico particular (WHITTEMORE; KNAFL, 2005).

    A coleta dos dados procedeu-se no mês de novembro de 2013, em fontes secundárias de bancos de dados eletrônicos, a partir das bases de dados Base de Dados em Enfermagem (BDENF) Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) orientados pelos seguintes descritores: Gravidez na Adolescência, Aleitamento Materno e Educação em Saúde.

    Como critério de inclusão determinou-se: (1) artigos publicados no período de 2003 a 2012; a fim de maximizar os achados; (2) artigos redigidos em língua portuguesa (3) que disponibilizavam o resumo na base de dados; (4) e que abordassem a gravidez na adolescência, aleitamento materno e educação em saúde, foram utilizados XX livros. Foram descartados trabalhos como teses, dissertações, resenhas, críticas, comentários, editoriais, anais de eventos e relatórios científicos. A amostra final compôs-se de 16 artigos.

    A pesquisa do material bibliográfico realizou-se em quatro etapas. Na primeira etapa, foi definido as bases de banco de dados apresentados por a Base de Dados em Enfermagem (BDENF), a Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). A segunda etapa consistiu-se na definição dos descritores inseridos na busca e dos critérios de inclusão. Os termos utilizados na seleção foram delimitados a partir das palavras-chave presentes em artigos adequados ao tema, lidos previamente de forma não sistemática e por meio de consulta às coleções de termos cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os descritores utilizados foram: Gravidez na Adolescência. Aleitamento Materno e Educação em Saúde. Na terceira etapa, realizou-se uma leitura dos artigos selecionados a fim de identificar os trabalhos que se identificavam com o tema proposto e que respeitam-se os critérios de inclusão. Na quarta etapa se referiu à análise e no estabelecimento das categorias e subcategorias, baseadas nos objetivos dos artigos pesquisados, para facilitar a compreensão do tema.

    Os trabalhos Selecionados, identificados através da busca ele­trônica, estão compreendidos no período de 2003 a 2012, atendendo aos critérios de inclusão elencados neste trabalho a amostra final constitui-se em 16 artigos.

Resultados e discussão

    Partiu-se da sistematização de quatro categorias que representam o eixo em torno do qual o produto da dinâmica realizada se articula, a saber: Aleitamento Materno na Adolescência, Taxas de Aleitamento Materno, Vantagens e Influencias e Ações da Equipe em Relação ao Aleitamento Materno.

Aleitamento materno na adolescência

    O Ministério da Saúde em conformidade com a Organização Mundial de Saúde determina a adolescência como os anos compreendidos entre dez e 20 anos de vida (BRASIL; 2009). A adolescência é um período bastante importante do desenvolvimento humano, é necessário que seja considerada diante de aspectos biológicos, jurídicos, psicológicos e sociais. A gestação nessa fase é uma realidade que tem sido cada vez mais freqüente. (FILAMINGO et al., 2012)

    A maternidade na adolescência não pode ser tida, de maneira generalizada, uma situação que se relacione à interrupção precoce da amamentação, e também referente ao desenvolvimento de práticas alimentares inadequadas. Os achados, entretanto, alertam para a precisão de maximizar o entender sobre o processo decisório da mulher/adolescente quanto à alimentação de sua prole. Com essa visão, será tangível determinar estratégias que proporcionem responder as necessidades que comprometem a alimentação saudável na infância (CRUZ et al., 2010).

    O amamentar é complexo e multifatorialmente determinado e, quando se fala em adolescentes lactantes, torna-se ainda mais problemático e, embora, existam campanhas de incentivo a amamentação, o processo ainda não é uma prática freqüente, principalmente em casos de mães adolescentes (TAKEMOTO et al., 2011). Sendo adolescente ou não, as mães requerem orientação e suporte objetivando o desenvolvimento de habilidades para amamentá-lo (CAMAROTTI, 2011).

    As atribuições da equipe de enfermagem no processo de aleitamento materno, no que se refere ao pré-natal e puerpério são: orientar sobre a relevância do aleitamento exclusivo até o sexto mês de idade e sua progressão até os dois anos de idade, com introdução de outros alimentos, frisar que o leite materno protege a criança contra infecções e alergias, realizar palestras com as mães referente a respeito do aleitamento materno e os cuidados com o bebê, nortear quanto os grupos de apoio, promover informações pertinentes sobre preparo das mamas, demonstrar a pega certa, e a posição adequada, estimular as gestantes na realização da ordenha manual quando ela necessita voltar ao trabalho; orientar a gestante/puérpera de seu direito de manter-se junto ao filho para amamentar quando o bebê precisar de internação, orientá-la ainda quanto a casos que venha a impedir a amamentação, quando a gestante possui infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Vírus T linfotrópicos humanos Tipo I (HTLVI) (DUARTE et al., 2008).

    Diversas campanhas sobre amamentação foram e estão sendo realizadas, porém têm se notado poucas mudanças no comportamento das mulheres. Essas dificuldades poderiam ser maiores quando a puérpera é muito jovem. Conforme análise com 39 mães adolescentes Filamingo (2012) aponta que 87,2 % de mães receberam esclarecimentos referentes à relevância do aleitamento materno no período pré-natal. Os orientadores foram representados por enfermeiras em 48,7 % dos casos e em 38,5 % dos casos foram profissionais médicos.

    Duarte et al. (2008) consoante com sua análise com dez adolescentes afirma que as orientações realizadas pela equipe de enfermagem se dão de forma eficaz, a maioria das entrevistadas relatou que recebeu orientações durante o pré-natal e que não encontraram dificuldades para amamentar. Entretanto, a maioria dos lactantes não recebeu aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, devendo a isso fatores emocionais ligados ao contexto da nova ocasião vivida em que a adolescente se encontra, assim, compreende-se que é importante uma assistência multidisciplinar, relacionado discussões e reflexões de todos os profissionais envolvidos na assistência materno-infantil, afim de que a amamentação exclusiva tenha sucesso e que a gestante seja assistida de maneira holística.

    Em estudo com 14 mães adolescentes as mães relataram o fato de que as informações oferecidas a elas referente à prática de aleitamento materno pelos profissionais de saúde foram insuficientes e promovidas apenas no puerpério imediato. Verificou-se que as orientações se resumiram a retirada manual de leite e posicionamento adequado apenas. Especialmente é relevante destacar a importância do acompanhamento dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no apoio e manutenção do aleitamento materno, tais profissionais devem possuir capacidade para atuar frente a esta tarefa, para dessa forma, auxiliar a superar as dificuldades precoces encontradas na lactação apresentadas pelas nutrizes adolescentes (TAKEMOTO et al., 2011).

    Foi encontrado por Cruz et al. (2010) em sua pesquisa com 1014 mulheres, sendo 144 adolescentes que a oferta de leite materno foi proporcionalmente maior aos filhos de adolescentes em comparação aos filhos de mulheres com mais de 20 anos, sem diferenças significativas. A utilização de chás e água se mostrou menor entre adolescente, embora sem significância estatística. A ingestão de outros leites, entretanto, foi maior entre filhos de adultas, com diferença estatística limítrofe. No primeiro semestre de vida, a utilização de mamadeiras e chupetas se apresentou semelhante entre filhos de adolescentes e adultas.

    No tocante as práticas alimentares de filhos adolescentes e adultas, no primeiro ano de vida, ressalta-se que elas não se igualarem as recomendações oficiais, tanto em relação ao aleitamento materno como referente à alimentação complementar. A freqüência da ingestão de sopas e papas pode ser motivo de preocupação devido aos riscos de ingestão insuficiente de energia pela criança. A pouca soma de carne e feijão a essas refeições prejudica a realidade, comprometendo a ingestão, especialmente, de ferro e zinco. Por conseguinte a fim de permitir segurança nutricional a tais crianças, é recomendável atenção maior aos saberes que baseiam a oferta de alimentos complementares, reconstruindo-os ao contexto dos saberes atuais sobre o tema (CRUZ et al., 2010).

    Em estudo com mães adolescentes foi encontrado que a maioria das mães com idade menor que 20 anos, segue orientações da equipe de saúde. Entretanto, mesmo as equipes de saúde orientando que aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês de vida, observou-se que a maioria dos recém-nascidos recebeu aleitamento exclusivo por um período menor que seis meses. Diante deste contexto, o incentivo ao aleitamento materno pela equipe multiprofissional, especialmente do enfermeiro, que tem contato maior com as gestantes, tem de ser trabalhado intensamente, pois o leite materno significa vida e saúde, objetivando o desenvolvimento eficaz e saudável do recém-nascido (TAKEMOTO et al., 2011).

    Em estudo com mães adolescentes foi manifestado o papel do grupo familiar em relação à amamentação, em alguns casos não houve insistência, incentivo, estimulo e apoio para a adesão da prática, principalmente pelo fato dessa prática ser tida não necessária e insuficiente (TAKEMOTO et al., 2011).

Taxas de aleitamento materno

    A duração em média da amamentação no Brasil, que era de 2,5 meses em 1975 elevou-se para 5,5 meses em 1989 e para sete meses em 1996 (REA, 2003). O último inquérito nacional, realizado em 2009 pelo Ministério da Saúde, relatou uma duração mediana do aleitamento materno de 341,6 dias (11,2 meses) no conjunto das capitais brasileiras e Distrito Federal (DF). Na mesma pesquisa, constatou-se elevação da prevalência de aleitamento materno exclusivo em menores de quatro meses no conjunto das capitais brasileiras e DF, de 35,5%, em 1999, para 51,2%, em 2008. A comparação entre as regiões apontou aumentos mais expressivos nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste. O percentual de crianças entre nove e 12 meses amamentadas, entre 1999 e 2008, também mostrou aumento no conjunto das capitais brasileiras e DF, passando de 42,4%, em 1999, para 58,7%, em 2008 (BRASIL, 2009).

    Em estudo com 1014 mulheres sendo 144 adolescentes encontrou-se que do primeiro para o segundo semestre de vida, houve redução de 45,6% nas prevalências de aleitamento materno de filhos de adolescentes. Tal acontecimento foi acompanhado pela maior freqüência no uso de mamadeiras pelos menores de seis meses, sem diferenças entre filhos de adolescentes e adultas (CRUZ et al., 2010).

    Já em estudo Queluz et al. (2012) foi encontrado como determinante para o desmame precoce idade materna menor que 20 anos. Eles apontam que tal grupo carece priorização referente à implantação e à implementação de ações pró-amamentação. Flamingo et al. (2012) após análise com 39 mães adolescentes encontrou que as causas das mães abandonarem a amamentação ou introduzirem outros alimentos, deveu-se a influência cultural das mães e/ou avós e algumas dificuldades para amamentar como rachaduras ou inflamação na mama.

Vantagens e influências

    São vantagens do aleitamento materno evitar mortes infantis, diarréias, infecções respiratórias, diminuição dos riscos de alergia, hipertensão, hipercolesterolemia e diabetes, reduz as chances de obesidade futura e rejeição do leite por ser da mesma espécie, tem efeitos positivos no desenvolvimento cognitivo e também no desenvolvimento da cavidade bucal, proteção contra o câncer de mama, é um método anticoncepcional quando aplicado corretamente, tem menores custos financeiros, promove vinculo afetivo entre mãe e filho e melhora a qualidade de vida. (BRASIL, 2009). Réa (2003) estudou os conhecimentos das últimas décadas e identificou que são vários os agravos quando se menospreza a amamentação exclusiva tais como; enterocolite necrotizante, diabetes, alergias e pneumonia, entre outros. Além disso, indica que o uso exclusivo do leite materno para prematuros e bebês de baixo peso leva a maiores índices de inteligência e acuidade visual.

    O aleitamento exclusivo até seis meses de idade de grande relevância para o crescimento e desenvolvimento da criança (FILAMINGO et al., 2012). A valorização da amamentação exclusiva nos meses iniciais de vida da criança tem pouco tempo, a partir do final da década de 1980 surgiram relatos de que a introdução precoce de leite materno com água, chás, sucos, leite ou alimentos semissólidos/sólidos pode trazer danos a criança. (CARVALHO et al., 2010). Sem exceções, outro nenhum alimento ou leite industrializado modificado se mostra eficiente em oferecer ao bebê todos os componentes do leite materno (SILVA, 2010).

    Embora o amamentar sendo um processo biológico e natural, é também grandemente influenciado por razões socioculturais que abrangem a família. A suplementação com água e chás forma o conjunto de crendices e práticas enraizadas na cultura brasileira (TAKEMOTO et al., 2011). É relevante apontar que a toda a família tem de auxiliar com o incentivo ao aleitamento materno, o pai, avós, filhos com maior idade, tios, irmãos e vizinhos, por fim todos que tiverem contato com a mãe e recém-nascido. Tendo em vista, a influência das mães e avós (FILAMINGO et al., 2012).

    Amamentar é considerado como ato intrínseco e instintivo, e intrincado muitas vezes ao amor de mãe, todavia, enquanto a mulher ser humano possuindo suas opiniões, vontades e direitos é dela a decisão de amamentar ou não sua prole; essa ação deve ser respeitada, quando, ela sabida dos benefícios do aleitamento materno para si e para seu filho (SANTOS et al., 2009).

    O aleitamento materno é um ato mediado de mitos, crenças e valores transpassado de geração em geração, grandemente influenciado pela realidade histórico em que está integrada a nutriz, como sua rede social (MARQUES et al., 2010).

Ações da equipe em relação ao aleitamento materno

    A realidade mostra a complexidade da amamentação no contexto feminino. O planejamento das ações de promoção, proteção e apoio à sua prática devem considerá-la como um híbrido que se forma entre o domínio da biologia e da sociedade, respeitando as peculiaridades locais. Dessa forma, ressalta-se a relevância da escuta às mães, na intenção de ter ciência de tudo que elas entendam como um impedimento à sua prática (CRUZ et al., 2010).

    A amamentação é um comportamento humano complexo que exige do profissional de enfermagem orientações claras e acessíveis (DUARTE et al., 2008). Em estudo com 85 profissionais de enfermagem atuantes na Estratégia de Saúde em um município de Minas Gerais, evidenciou-se que 75 (88,2%) desses profissionais declararam participação em pelo menos um curso sobre aleitamento materno; referente à percepção própria de sua competência para observar uma mamada e orientar a nutriz quanto à técnica correta de amamentação, 76 (89,4%) deles se julgaram preparados para desempenhar a função proposta (FONSECA et al., 2012).

    Os profissionais de enfermagem devem ter qualificação e sensibilização para a promoção de orientações apropriadas e acessíveis às gestantes e nutrizes. Tal cuidado acarreta o apoio ao aleitamento materno, e corrobora na criação e conservação desta prática (FONSECA et al., 2012). A amamentação é uma a prática humana complexa que necessita da equipe de enfermagem informações de forma clara e acessíveis; quando a puérpera volta à residência após o parto se depara sozinha, poderá acontecer à falha da amamentação, por causa do enfrentamento de processos peculiares que atingem o aleitamento materno (DUARTE et al., 2008). É de grande relevância a ação da equipe multiprofissional na assistência às mães adolescentes (FILAMINGO et al., 2008).

    Uma das premissas da Estratégia Saúde da Família (ESF) é de garantir um pré-natal qualitativo as gestantes cadastradas em sua área de abrangência, tendo em vista ao bem-estar do binômio mãe-filho. O pré-natal corresponde a uma etapa essencial para o fortalecimento do saber referente aleitamento materno. Dessa forma, os profissionais de saúde, em destaque o enfermeiro por estar mais próximo da mãe e do bebê, devendo aproveitar essa ocasião para promover mais orientações sobre amamentação, clarear as dúvidas das gestantes e intensificar o aprendizado (NUNES et al., 2009).

Considerações finais

    Compreende-se que muitas adolescentes abandonam o aleitamento materno exclusivo e também introduzem outros alimentos, devido a questões como a influência da família e dificuldades para amamentar.

    É relevante que as mães adolescentes recebam da equipe multiprofissional apoio e orientação sobre os benefícios da amamentação. São atribuições da equipe de saúde orientar sobre a importância do aleitamento materno até o sexto mês para a bebê e para a mãe, e a partir do sétimo mês até os dois anos de vida a introdução de novos alimentos e continuar oferecendo o leite materno, informar que o aleitamento exclusivo é uma forma fácil e barata que auxilia na prevenção de doenças, infecções, alergias, e também um método contraceptivo.

    Uma forma de conscientizar as mães sobre os benefícios do aleitamento materno é de educação em saúde, tendo sensibilidade e empatia já que se trata de uma situação peculiar, ensinando os cuidados com as mamas, incentivando ordenha manual quando a mãe necessita voltar ao trabalho ou mesmo estudar e os cuidados pertinentes para o sucesso da amamentação. Esse estudo não encerra a temática, devendo-se estudá-la sob o olhar de variadas perspectivas, objetivando avanços no atendimento adolescente no que se refere o aleitamento materno.

Referências

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  • SANTOS, Lucas Cardoso dos et al. Contribuições da enfermagem para o sucesso do aleitamento materno na adolescência: revisão integrativa da literatura. Rev. Cienc Cuid Saude 2009 Out/Dez; 8(4): 691-698.

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