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Utilização das terapias alternativas e complementares no 

tratamento do câncer frente ao tratamento convencional

El uso de terapias alternativas y complementarias en el tratamiento del cáncer frente al tratamiento convencional

 

*Enfermeira graduada pelas Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros, Minas Gerais

**Enfermeiro. Doutorando em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros

***Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade

Federal de Minas Gerais, Brasil. Líder do Grupo de Pesquisa em Enfermagem

das Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros, Minas Gerais

****Enfermeira. Especialista em Urgência, Emergência e Terapia Intensiva

pelas Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros, Minas Gerais

Kathielle Francine Gonzaga Souto*

Luana Leal Viveiros*

Thiago Luis de Andrade Barbosa**

Ludmila Mourão Xavier Gomes***

Vanessa de Andrade Barbosa****

kathy_souto@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A falta de uma uniformidade na cura do câncer e a necessidade de reduzir a ansiedade e de retomar o controle da saúde, como as possíveis razões para o paciente oncológico em buscar a medicina não-convencional. As fases mais críticas seriam: o momento do diagnóstico, o diagnóstico de metástases, a recorrência e durante estágios avançados da doença. Nesse contexto este estudo objetivou identificar o tratamento convencional e o tratamento complementar e alternativo a ser utilizado por pacientes com câncer. Realizou-se um ensaio teórico sobre a utilização das terapias alternativas e complementares frente ao tratamento convencional no tratamento do câncer. A elaboração do ensaio contou com a busca de artigos científicos nas bases de dados nacionais e internacionais e também com a utilização de livros e manuais. Os resultados e discussão foram apresentados em três categorias temáticas sendo: O câncer; Tratamento convencional; O tratamento com terapias alternativas e complementares no câncer.

          Unitermos: Terapias alternativas e complementares. Neoplasias. Tratamento.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 196, Septiembre de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    As terapias alternativas e ou complementares podem ser definidas como as práticas que assistem à saúde do indivíduo, de forma preventiva ou curativa, considerando este como um conjunto demente, corpo, espírito e não apenas uma soma de partes isoladas. Segundo Elias et al. (2002), desde a última década vem sendo observada uma atenção crescente quanto ao uso da medicina não-convencional, e descreve estas terapias como um conjunto de práticas de prevenção, diagnóstico e tratamento à parte do modelo médico dominante.

    A falta de uma uniformidade na cura do câncer e a necessidade de reduzir a ansiedade e de retomar o controle da saúde, como as possíveis razões para o paciente oncológico em buscar a medicina não-convencional. As fases mais críticas seriam: o momento do diagnóstico, o diagnóstico de metástases, a recorrência e durante estágios avançados da doença. Em todo o mundo vem aumentando o interesse pelo uso das Práticas Complementares nessas ocasiões o paciente pode se tornar mais vulnerável e procurar esses tipos de tratamentos. E descreve ainda que este interesse deve-se a fatores como: a busca de afinidades pelo uso de produtos naturais, o custo elevado de alguns medicamentos; a precariedade da assistência pública de saúde em geral; e os resultados destas práticas que, vem se mostrando cada vez mais eficaz. Assim, buscando uma necessidade de um tratamento natural, é onde os pacientes se sentem mais acolhidos e tem uma qualidade de vida melhor com uma auto estima mais elevada. Nesse contexto este estudo objetivou identificar o tratamento convencional e o tratamento complementar e alternativo a ser utilizado por pacientes com câncer.

Métodos

    Realizou-se um ensaio teórico sobre a utilização das terapias alternativas e complementares no tratamento do câncer frente ao tratamento convencional. A elaboração do ensaio contou com a busca de artigos científicos nas bases de dados nacionais e internacionais e também com a utilização de livros e manuais. Os resultados e discussão foram apresentados em três categorias temáticas sendo: O câncer; Tratamento convencional; O tratamento com terapias alternativas e complementares no câncer.

Resultados e discussão

O câncer

    O câncer é um termo da genética ultilizado para neoplasias malignas, sendo que segundo Ayoub et al. (2000), neoplasia, significa "crescimento novo" e define as condições de proliferação celular anormal, encontrado em tumores benignos e malignos. O tumor terminologia tem um sentido mais genérico, apresenta um aumento de volume ou inchaço regional, podendo ser ou não um caráter neoplásico. Um exemplo de tumor não-neoplásicas podemos encontrado em processos inflamatórios. Câncer, com uma visão geral apresenta algumas características que o diferenciam de tecido normal, dando-lhes vantagens no crescimento, distúrbios de maturação, imortalidade e perda de inibição por contato, levando a um crescimento descontrolado e não planejado. Este crescimento e evolução implica o compromisso do equilíbrio normal do corpo, o aparecimento de sintomas, morbidade, e mais tarde a morte. Câncer, após as doenças cardiovasculares, é hoje a segunda maior causa de morte no mundo ocidental, principalmente nos países desenvolvidos. Isto define e caracteriza a sua importância como problema de saúde pública. Sua prevalência está diretamente relacionada à expectativa de vida da população que vem aumentando em especial, é maior em pessoas com idade mais (AYOUB et al., 2000).

    Câncer, por sua definição é uma condição que depende da multiplicação celular, causando um crescimento descontrolado que não segue os mecanismos de controle normal. No seu desenvolvimento e progressão, causa uma invasão de seu próprio órgão de origem por continuidade, invasão de estruturas adjacentes do envolvimento, ou mesmo de órgãos à distância, atingindo por via hematogênica e linfática e por esfoliação. Esse aumento local, regional ou a distância compromete progressivamente a função normal do órgão, afetando o equilíbrio do organismo. Este processo culmina na morte, quando há comprometimento das funções vitais, se o processo não é interrompido por um tratamento eficaz. A evolução do câncer pode ser correlacionada com a biologia do tumor que determina a velocidade de crescimento, tendência á agressividade, e a invasão local á metástase. O crescimento do câncer leva a um consumo do corpo, a competição por nutrientes e energia, resultando em estados de caquexia em estágios avançados. Alguns tumores podem até dificultar o acesso aos nutrientes, afetando o processo de ingestão, como o câncer obstrutiva do esôfago e cavidade oral (AYOUB et al., 2000).

    Em geral, a progressão do tumor é uma seqüência evolutiva: o crescimento local, metástases para linfonodos regionais, a distância para os órgãos e morte. Esta progressão nem sempre acontece e também nem todas as medidas são necessárias para alcançar a doença incurável e a morte, mas é o que encontramos com mais freqüência na prática clínica, quando o processo não pode ser interrompida ou retardada pela tratamento (AYOUB et al., 2000).

Tratamentos convencionais

Radioterapia

    Para Salmon e Bertino (1996), a radiação que provoca uma menor morbidade aguda e pode ser curativa para alguns locais específicos, preservando a estrutura e o funcionamento de um órgão ou tecido. Na maioria das situações, a terapia de radiação é bem tolerado pelos pacientes. Suas reações são dependentes da região que está sendo realizada, o volume de tecido incluído na dose de fatores individuais de maior ou menor sensibilidade à radioterapia.

    A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, utilizando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada em um determinado momento, um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor prejuízo possível para as células vizinhas normais à custa de regeneração que a área irradiada assim, o máximo de cuidados para ter apenas um foco e não atingir outras áres (SALMON; BERTINO, 1996). A radiação ionizante é eletromagnética ou corpus cujo recarregam energia. Ao interagir com os tecidos, dando origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura dos filamentos de DNA. A morte celular pode, então, ocorrer por diversos mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula à sua incapacidade de resposta reprodução. Os tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, bem como a qualidade e quantidade da radiação e o tempo total é administrado. Para alcançar o efeito biológico como muitas células canceros as de tolerância dos tecidos normais é cumprida, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente dividida em doses diárias iguais, quando se utiliza a terapia externa (INCA, 1999).

    Os efeitos imediatos são observados nos tecidos com maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas do aparelho digestivo, aparelho urinário, e medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estão incluídos no campo de irradiação e pode ser potenciado pela administração concomitante de quimioterapia. Manifesta clinicamente como a zoospermia ou a novulação, epitelites mucosite e mielos supressão (leucopenia e trombocitopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis. Efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais seja ultra passado. Efeitos tardios manifestam-se por atrofia e fibrose. De mudanças genéticas e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente tecidos observados. Todos podem ser afetados, em graus variados, pelas radiações. Normalmente, os efeitos estão relacionados à dose total absorvida e fracionamento utilizado. Cirurgia e quimioterapia podem contribuir para o agravamento desses efeitos (INCA, 1999).

    A radioterapia se divide em teleterapia e braquiterapia, assim a teleterapia se define como o tratamento externo, feito à distância da área tratada. Nesse caso, os efeitos tóxicos aos órgãos saudáveis são evitados pelo uso de “escudos”, pelo fracionamento das doses de radiação e pela administração dos raios por meio de ângulos diversos. Hoje, já podem desenhar com precisão a área a ser irradiada, calcular e modificar o campo de acordo com a movimentação respiratória, poupando os tecidos sadios ao redor do tumor e diminuindo os efeitos colaterais do procedimento, tendo apenas um foco, e não causando prejuízo a outro tecido. A braquiterapia se define como os materiais radioativos que são implantados nas proximidades do tumor, o que permite a administração de doses de radiação diretamente nas células malignas.

Quimioterapia

    A quimioterapia é o uso de produtos químicos, isoladamente ou em combinação, a fim de tratar tumores malignos. Essas drogas agem em nível celular, interferindo no processo de crescimento e divisão. A maioria dos agentes antineoplásicos não tem especificidade, isto é, não destroem seletivamente as células tumorais. Em geral, e lessão tóxicos para os tecidos da proliferação são caracterizados pela rápida e alta atividade mitótica e ciclo celular curto. As drogas anticâncer agem especificamente sobre as células que estão passando por divisão ativa, por isso são mais eficazes quando utilizados precocemente, ou seja, quando o tumor ainda é pequeno e cresce exponencialmente. O rápido desenvolvimento de tumores são os mais suscetíveis à destruição pela quimioterapia (BONASSA, 1996).

    Segundo Schwartsmann et al. (1991), existem basicamente quatro formas de uso de drogas antineoplásicas: a quimioterapia "indução", o "adjuvante", a "primária ou neoadjuvante" e usado em um "regional":

Tratamento cirúrgico

    A cirurgia é o mais antigo e permanente quando o tumor é localizado e as condições anatômicas mais favoráveis, com simples e segurança para remover tumores sólidos quando o tumor está confinado a um sítio anatômico de origem. No entanto, para alguns tumores sólidos, a maioria dos pacientes já têm doença metastática no momento da apresentação, com isso acaba complicando ainda mais, e ocorre o atraso da cura e do tratamento (SALMON; BERTINO, 1996).

O tratamento com terapias alternativas e complementares no câncer

    Os profissionais de saúde que trabalham com pacientes com câncer, tem tido uma preocupação sobre o uso de métodos alternativos ou complementares terapêuticos e o risco dos paciente abandonarem a medicina tradicional no tratamento do câncer e optar pela medicina não-convencional, minando as chances de sucesso tratamento da doença, especialmente em seus estágios iniciais. Eles também levantaram questões sobre as interações indesejáveis ​​entre o tratamento padrão do câncer e terapias não-convencionais. Sendo que o tratamento do câncer foi um processo lento em seu desenvolvimento. Médicos e cirurgiões antigos reconheciam que o câncer em geral, recidivava depois de ser removido cirurgicamente. Esta constatação levou a considerar um câncer incurável, um conceito que permaneceu por muitos anos, mesmo no século XX (ELIAS et al., 2002).

    O atendimento de pacientes com câncer permanece fragmentado e eles se queixam de um diagnóstico tardio, má comunicação com médicos e outros profissionais de saúde e falta de informação adequada e apoio. Com a doença, o indivíduo se sente intimidado pela possibilidade do seu diagnóstico ruim. A ansiedade gerada determina comportamentos variados e leva à busca de outras formas de tratamento. Assim, as práticas não convencionais de tratamento para pacientes com câncer, vem dar mais opções e um suplemento para o tratamento oficial. Uma das razões para o interesse atual em medicina alternativa é a insatisfação com a natureza tecnológica e impessoal da medicina moderna, os pacientes queixam-se de uma relação insensível, limitado, e se sentem ignorados e sem ajuda. Em relação aos praticantes da medicina alternativa, os pacientes considerá-os mais atentos para tratar a pessoa como um todo, e descreve que a maioria dos pacientes faz uso dessas práticas, sem médicos e enfermeiros serem informados. As razões são diversas e incluem uma falta de interesse do médico sobre isso, a antecipação de uma reação negativa e a crença de que os médicos não têm formação adequada e conhecimentos sobre a medicina alternativa. É importante entender o que os pacientes procuram nos tratamentos alternativos e como os escolhem. Isto requer sensibilidade quanto à diversidade cultural, social e ética dos pacientes (ELIAS et al., 2002).

    O uso de práticas complementares e alternativas (PACs) pode ser benéfico se usado em conjunto com o tratamento convencional, aliviando os sintomas ou efeitos colaterais, reduzindo a dor e proporcionar conforto psicológico para o paciente sem causa rmais perdas, mas há pacientes que fazem o uso apenas dos tratamentos complementares e obtem um bom resultado. As PACs integram a Medicina Complementar e Alternativa (MACs), que correspondem a práticas que não são parte da cultura do lugar em questão, e sim "importados" de algum outro grupo social, que são práticas peculiar à cultura de cada país.

    A maioria dos tratamentos complementares ainda não são tão conhecidos ou também são pouco expostos devido aos rigores de testes científicos. Ainda assim, não há dúvida de que muitas pessoas dizem que se sentem melhor com a terapia complementar, embora permaneça controversa dessa melhora, que se deve ao tratamento em si, parece provável que haja influência de outros fatores menos tangíveis. A terapia complementar é muitas vezes disposto e capaz de dar tanto tempo e atenção pessoal que nem sempre é possível para os médicos. Também, muitas pessoas se sentem melhor em tentar algo que a ajuda, especialmente quando a medicina convencional tem pouco a oferecer. Se os tratamentos complementares podem ou não influenciar os resultados em termos sobre o câncer é, obviamente, uma questão importante. Muitos daqueles que oferecem e recebem o tratamento acreditam que a probabilidade de sobrevivência será maior (RESS, 1999).

    Os tratamentos complementares são muitas vezes consideradas como parte de uma abordagem holística para cuidar, o que implica que a medicina convencional está mais preocupado com a doença que o paciente. As pressões no serviço, dos constrangimentos de tempo, podem levar os pacientes a ter essa impressão, mas a maioria dos médicos diria que a medicina convencional tem sido sempre boa holística. A maioria dos tratamentos convencionais de câncer são oferecidos de boa fé. Métodos não convencionais podem ser saudado como o natural e muitos podem ser feitas sobre a toxicidade de alguns tratamentos convencionais, mas alguns tratamentos alternativos podem ser tóxicos e desagradável. O médico deve saber sobre qualquer tratamento que estão recebendo, a fim de considerá-lo quando você avaliar o seu progresso, ou possivelmente quando são confrontados com novos sintomas ou outras alterações na sua condição (RESS, 1999).

    Casarin et al. (2005), descreve que a medicina alternativa como o uso de métodos terapêuticos que não estão em conformidade com o padrão vigente de conduta da comunidade médica, isto é, não um conjunto de intervenções tradicionalmente ensinados por a maioria das escolas médicas ou exercido rotineiramente na maioria dos hospitais, que podem ocorrer em qualquer combinação temporal com os tratamentos tradicionais.

    As pessoas, ao adoecerem, quando não recorrem à automedicação, escolhem quem consultar no setor informal, popular e profissional para obter auxílio. As escolhas são influenciadas pelo contexto em que ocorre, o que inclui os tipos de assistência disponíveis, a necessidade ou não de pagar por estes serviços, as condições de arcar com estas despesas, e a forma que utiliza para explicar seu estado de saúde. Assim, culturalmente as pessoas procuram o médico, para questionar os sintomas físicos e o curandeiro para tratar a causa, utilizando assim vários tipos diferentes. A incerteza de cura com relação ao câncer traz a necessidade de se acreditar em algo mais poderoso que o tratamento alopático. A importância não está nas diferentes técnicas alternativas utilizadas, e sim como essas terapias ativam o processo curativo do psiquismo inconsciente pelo mero fato de se acreditar nelas. (CASARIN, et al., 2005).

    Para Graner et al. (2010), definem-se como intervenções terapêuticas complementares técnicas que não substituem os tratamentos convencionais prescritos (medicamentoso), mas são utilizadas de forma concomitante. No entanto, pacientes que buscam intervenções alternativas para o alívio da dor substituem algum tratamento proposto pela medicina convencional por outro procedimento que não integra a terapêutica original e sim o tratamento complementar.

    Considerando a multidimensionalidade da dor, a necessidade de realizar um manejo adequado para controle do sintoma e a aparente insuficiência da terapêutica medicamentosa, observa-se o aumento na busca por terapias alternativas e complementares.

    O tratamento complementar se refere à substituição de algum tratamento proposto pela medicina convencional com medicamentos analgésicos por outro procedimento que não integrava a terapêutica original. Por exemplo, o uso de acupuntura para tratar a dor ao invés de medicamentos. A terapia complementar não substitui os tratamentos convencionais prescritos. Por exemplo, a prática de exercícios de relaxamento para auxiliar a redução da dor e/ou desconforto do paciente em etapas pós-cirúrgicas, juntamente ao uso de analgésicos.

    As práticas complementares, principalmente buscam o reequilíbrio global e não apenas o tratamento sintomático e, assim, acabam exigindo um maior envolvimento dos indivíduos em seu próprio tratamento, maior disponibilidade de tempo para cuidar de si mesmo e muitas vezes não resulta tão imediato, mas eficaz (ELER et al., 2006).

    Segundo Ress (1999), vários são os tipos de tratamento complementar e estão abaixo descritos:

Acupuntura

    Uma forma de medicina chinesa ancestral em que as agulhas finas são inseridas em pontos específicos. Uma grande variedade de técnicas está disponível, desde a abordagem tradicional chinesa para adaptações ocidentais. Há evidências de que a acupuntura ajuda no controle da dor.

Homeopatia

    Baseado no princípio de similaridade de cura, os medicamentos homeopáticos que contêm pequenas quantidades de substâncias que, acredita-se, produziria sintomas semelhante sem grandes quantidades a doença tratada. Os praticantes acreditam que isso ajuda o organismo a curar-se.

Massagem

    A massagem pode ajudar os pacientes a relaxar e melhorar a dor e rigidez, levando-os a sentir melhor. Aromaterapia envolve óleos essenciais aromáticos suavemente massageada na pele. A reflexologia é uma massagem nos pés. Recomenda-se evitar a massagem direta de um câncer que pode ser sentida perto da superfície do corpo.

Meditação

    Trata-se de contemplação silenciosa, controlada ou dirigida aos pensamentos e emoções, usando uma das muitas técnicas para evitar distrações. Para ajudar os indivíduos a alcançar a paz interior, alívio da ansiedade e alívio da dor.

Relaxamento

    Várias técnicas estão disponíveis, todos concebidos para fomentar um sentimento de saúde física e mental, calmo e para combater a ansiedade e tensão.

Cura espiritual

    Curandeiros podem ter diferentes crenças religiosas e espirituais, mas alegam transferir alguma forma de cura energética. Considera-se que a cura vem de uma origem divina, através da oração e meditação. A cura pode ou não envolver o toque de um trabalho de curandeiros poucos a distância. Aqueles que recebem a cura pode sentir o relaxamento e paz interior.

Visualização

    Ela envolve o uso da imaginação para trazer as imagens individuais que acreditamos ser útil como uma ajuda no relaxamento, meditação e controle dos sintomas. Algumas pessoas acham útil imaginar o seu sistema imunitário combate ao câncer.

Conclusão

    Conclui-se que as terapias alternativas são freqüentemente procuradas pelos pacientes com câncer a fim de obterem alívio dos efeitos colaterais frente ao tratamento convencional. Destaca-se que essa temática deve ser melhor estudada e discutida pelos profissionais de saúde a fim de orientarem os pacientes submetidos ao tratamento convencional sobre o potencial das terapias alternativas e complementares.

Referências

  • AYOUB, A. C. et al. Bases da Enfermagem em Quimioterapia. 1ª edição São Paulo 2000.

  • BONASSA, E. M. A. 1996. Enfermagem em Quimioterapia. São Paulo: Atheneu, 279p.

  • CASARIN, S. T.; HECK, R. M.; SCHWARTZ, E. O uso de práticas terapêuticas alternativas, sob a ótica do paciente oncológico e sua família. Fam. Saúde Desenv. v.7, n.1, p.24-31, jan./abr. 2005.

  • ELER, G. J.; JAQUES, A. E.; O enfermeiro e as terapias complementares para o alívio da dor. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v.10, n.3, set./dez. 2006.

  • ELIAS, M. C.; ALVES, E.; Medicina não-convencional: prevalência em pacientes oncológicos. Revista Brasileira de Cancerologia, 2002, 48(4): 523-532.

  • GRANER, K. M.; JUNIOR, A. L. C.; ROLIM, G. S.; Dor em oncologia: intervenções complementares e alternativas ao tratamento medicamentoso. Temas em Psicologia - 2010, Vol. 18, nº 2, 345 – 355

  • INCA-Instituto Nacional do Câncer. Controle do câncer, uma proposta de integração ensino-serviço 2ª edição, revista/ Rio de Janeiro 1999.

  • SALMON, S. E.; BERTINO, J. R. 1996. Fundamentos da Terapia do Câncer. In Bennett, J. C.; Plum, F. (org.). Tratado de Medicina Interna. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 20ª ed. vol. 1, p. 1145-1147.

  • INCA-Instituto Nacional do Câncer. Controle do câncer, uma proposta de integração ensino-serviço 2°edição, revista/ Rio de Janeiro 1999.

  • SCHWARTSMANN, G.; FILHO, M. A. M.; SILVER, R. 1991. Princípios da Quimioterapia Antineoplásica. In Schwartsmann, G. et al. (org.). Oncologia Clínica – princípios e prática. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 106-131.

  • RESS, G. J. G. Guia da Saúde Familiar-Câncer. Edição especial da Revista Istoé; Supervisão Médica do Hospital Israelita Albert Einstein. Rio de Janeiro 1999.

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