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Corporeidade, ludicidade, mediação docente

Corporeidad, ludicidad, mediación docente

 

*Mestra em Educação pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, MG (CES, MG)

Especialista em Natação – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC, MG)

Especialista em Psicopedagogia – Fundação Dom André Arcoverde de Valença, RJ (FAA)

Especialista em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) – Faculdades Integradas de Jacarepaguá

Graduada em Educação Física – Universidade Federal de Juiz de Fora, MG (UFJF)

Graduada em Pedagogia – Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, MG (CES - JF)

Professora do Curso de Educação Física. FAPAC, Leopoldina, MG

Professora do Curso de Pedagogia da UEMG, Unidade Leopoldina, MG

Professora de Educação Física na Educação Básica no município de Valença, RJ

**Discente do curso de Pedagogia da Universidade

do Estado de Minas Gerais (UEMG) Unidade Leopoldina

Martha Bezerra Vieira*

martha.bezerra@ig.com.br

Nayra Guidi Cruz**

nanarcc@bol.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A cultura corporal de movimento vem através da cultura de cada povo de acordo com as suas regiões de origem. O surgimento dessa cultura se expõe a partir de um corpo que se da através de uma cultura, e que o homem o usa de acordo com a mesma. A expressão corporal diante da ludicidade é muito importante, pois é na corporeidade para que as crianças desenvolvam seu esquema corporal a partir do lúdico, ou seja, juntamente com as brincadeiras que se trabalha o corpo de cada infante. Juntamente com os movimentos corporais o infante aprende com mais facilidade os movimentos básicos que são: saltar, correr, rolar, girar, trepar, etc. Desenvolve também a lateralidade, o relaxamento e o espaço temporal. Enfim, expor a importância da corporeidade. Para que o professor seja um bom mediador, ele precisa selecionar o melhor conteúdo para a sua aula, acolhendo assim todas as suas necessidades e as da escola e também do aluno. Cabe ao educador escolher cada prática, para que o mesmo construa um excelente conhecimento com o aluno.

          Unitermos: Corporeidade. Ludicidade. Mediação docente.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 196, Septiembre de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A cultura corporal de movimento vem através da cultura de cada povo de acordo com as suas regiões de origem.

    O surgimento dessa cultura se expõe a partir de um corpo que se da através de uma cultura, e que o homem o usa de acordo com a mesma.

    Cada animal também tem um movimento corporal, em que o mesmo pode-se comparar com o das crianças.

    Vieira (2009) coloca que a corporeidade representa uma complexidade cultural diante do desenvolvimento do infante, ou seja, todos são moldados pelo meio social e pela escola. O corpo é um movimento que vem a partir do desenvolvimento infantil, tendo assim um vínculo com ás expressões emotivas mais forte.

    A expressão corporal diante da ludicidade é muito importante, pois é na corporeidade para que as crianças desenvolvam seu esquema corporal a partir do lúdico, ou seja, juntamente com as brincadeiras que se trabalha o corpo de cada infante.

    Juntamente com os movimentos corporais o infante aprende com mais facilidade os movimentos básicos que são: saltar, correr, rolar, girar, trepar, etc. Desenvolve também a lateralidade, o relaxamento e o espaço temporal. Enfim, expor a importância da corporeidade.

    A medição do professor nos movimentos corporais é de fundamental importância que o mesmo tenha uma excelente mediação nas atividades relacionadas aos movimentos corporais que são voltadas para o aluno.

    O maior problema em relação à corporeidade é que nem sempre a criança tem a oportunidade de ter esses movimentos bem desenvolvidos, porque muitas delas não passam pela Educação Infantil, por isso é importante que o infante passe por esta etapa educacional, e o mais importante é que o professor seja um excelente medidor para cada aluno, pois é o esquema corporal de cada criança que está envolvido, e será no futuro que o infante terá o resultado dessa mediação.

Corporeidade infantil, diante da ludicidade com a mediação do professor

    O corpo é tido como uma construção cultural, em que a sociedade se expressa por meio do mesmo. Cada homem engloba neste processo, em que é portador de cada especificidade voltada para o seu. Quando somos humanos temos conosco a nossa individualidade, em que a mesma vem juntamente com este corpo vivido.

    O movimento corporal se da através de várias culturas diferenciadas de cada povo, em que os mesmos além de terem semelhanças físicas, passam por variadas nacionalidades, essas experiências vividas ficam marcadas em cada corpo de cada sociedade.

    O controle do uso do corpo aparece, portanto, como necessário ao surgimento da cultura. A cultura nada mais faz do que ordenar o universo por meio de organização de regras sobre a natureza. (Daolio, 1995, p.37).

    Segundo Kofes (1995), o corpo é uma expressão cultural uma vez que a mesma se expressa a partir de diferentes corpos, pois cada um se expressa diferentemente em forma de cultura.

    É importante destacar que os diversos povos e os grupos étnicos e culturais, preparam e interagem com o corpo de forma bem diferente, em que alguns amam, vampirizam e escravizam o seu corpo e o do outro. Outros ainda o destroem negando a sua própria cultura.

    O homem por meio deste corpo vivido vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais, num processo de incorporação. Diz–se correntemente que um indivíduo incorpora algum novo comportamento ao conjunto de seus atos, ou uma nova palavra ao seu vocabulário ou, ainda, um novo conhecimento ao seu repertório cognitivo. Mais do que um aprendizado intelectual, o indivíduo adquire um conteúdo cultural, que se instala no seu corpo, no conjunto de suas expressões. Em outros termos o homem aprende a cultura por meio do seu corpo. (Daolio, 1995, pp. 39 e 40).

    É importante lembrar que não existe corpo bom ou ruim, existem corpos que se desenvolvem de formas diferentes, conforme a história cultural de cada povo em cada região.

    O autor coloca o estudo do movimento corporal como um símbolo, em que as práticas sociais são passadas de geração em geração para os povos por meio da simbologia.

    A tradição oral é um método utilizado pelos símbolos, em que as técnicas corporais são transmitidas pelo recurso da oralidade, em que é contada, descrita e relatada, mas o seu objetivo é transmiti-la a partir do movimento corporal como uma expressão simbólica com valores que farão a diferença na sociedade, e essa transmissão é tida como uma prática em que cada povo imita o movimento.

    Conceber que os símbolos do andar, da postura, das técnicas esportivas são do mesmo gênero que os símbolos religiosos, rituais, morais, etc. É por meio dos símbolos que a tradição vai sendo transmitida ás gerações seguintes (Daolio apud Mauss, 1995, p.48).

    Segundo Huizinga (2005), a estreita ligação entre o jogo e a cultura não era observada nem expressa, ao passo que a nós importa apenas mostrar que o puro e simples jogo constitui uma das principais bases da civilização, ou seja, aqui mostra tal importância de corporeidade.

    O corpo humano é totalmente diferente do corpo animal, pois ele é capaz de criar novos hábitos, em que se amplia no espaço, e ao mesmo tempo tem uma relação totalmente dinâmica no universo.

    O movimento corporal que é voltado para o homem, é utilizado na motricidade, em que a mesma não distingue, é desenvolvida a partir da expressão cultural e da intenção no mundo. O homem está no mundo por causa de seus desejos e julgamentos, mas o mesmo se volta totalmente não para as causalidades, mas para os significados da vida humana.

    A Bienal do corpo foi um marco nos eventos que propõem o fomento da qualidade de vida do ser humano moderno. Deu importância á duração e á intensidade de estímulos para o aprimoramento do indivíduo como um todo, e conseqüentemente o seu desenvolvimento intelectual e espiritual. Esta é a razão político-social que fez a Bienal do corpo nascer.

    Ela surgiu como um marco que esperava semear e ver germinar sua mensagem corporativa entre os povos que aqui se encontraram. Vale lembrar que Venezuela, Colômbia, Costa Rica e Portugal estiveram presentes, desta forma, a imagem entre os países da América Latina, no âmbito científico, ocupou um espaço expressivo que tende a se expandir, ou seja, demonstrar que os povos latino-americanos podem conservar sua cultura, suas origens, energia vital que caracteriza a preservação dos povos, de sua história. (FREITAS,199,p.186 e 187).

    “O elemento lúdico da cultura se manifesta na sociedade concreta, em que se encontra no lazer, não importa se conquistado ou concedido, mas gerado dialeticamente, na nossa sociedade, e incidindo sobre ela...” (MARCELLINO, 1989 p. 120).

    O autor continua dizendo que a cultura corporal de movimento é assimilada a partir de seu sentido amplo, em que se vivencia em seu tempo totalmente disponível.

    A cultura corporal de movimento é compreendida por um conjunto de conhecimentos adquiridos que se dá em cada sociedade, desenvolvendo as varias formas de se trabalhar com o corpo, em forma de jogo, esporte, dança, ginástica e luta, é a partir dessas formas que consegue se incluir o aluno na cultura corporal.

    É de fundamental importância que o aluno tenha acesso às práticas da cultura Corporal, pois o ajudará a desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança.

    Ainda nessa linha de raciocínio, devemos lembrar que o ser humano não é visto, na perspectiva de Geertz, de forma “estratigráfica”, na qual as relações entre os fatores biológico, psicológico social e cultural da vida humana estariam compostos de níveis superpostos aos inferiores e reforçando os que estão acima dele.

    O corpo-sujeito torna-se indivíduo em que marca a subjetividade singular, em que o corpo possibilita a apropriação da existência humana que engloba a cultura, estabelecendo assim a corporeidade, e essa corporeidade envolve no universo humano.

    O conceito de corporeidade se dá a partir de um corpo no mundo, em que existe uma totalidade que age juntamente com as intenções. É por meio dele que se dá à manifestação, e este corpo junta-se com a manifestação gerada no mundo.

    Os anatomistas colocam que o corpo humano moderno é marcado pelas ideologias, é esfacelado, desintegrado juntamente com as regiões que se articulam e cada uma delas é dominada a partir de uma especificidade do conhecimento.

    O cardiologista, o gastroenterologista, o oftalmologista e o psiquiatra coloca que as pessoas falam de universos como que eles tivessem a milhões de anos de distância entre as nossas vivências.

    Muitas vezes o ser humano preocupa-se com o seu corpo físico do que com o corpo propriamente dito, estão preocupados em perder barriga, fazer plásticas, aumentar o bíceps, diminuir o nariz, colocar silicone, entre outros, mas não percebem que o mais importante é o nosso corpo do jeito que ele é, o ser humano age como que as partes do nosso corpo estivessem fora de nós mesmos, então eles acham que se modificá-las elas irão mudar, mas na verdade o que importa é que as modificações sofridas são apenas modificações de um todo.

    O homem é o corpo, e ele age no mundo em forma de unidade,nessa união não há separação entre os membros. Este mesmo homem não pode ser irrelevante tanto as suas pulsões inconscientes, quanto ao seu comportamento de redução das determinações ideológicas.

    Marcos e Neira em seu texto citam a Le Boulch em que o mesmo coloca que “por intermédio da ação sobre atitudes e movimentos corporais, seria possível abranger o ser total, o homem como um todo” (Mattos e Neira, 2006, p. 8), ou seja, quando é trabalhado estes movimentos corporais com a criança desde pequena, a mesma no futuro será um homem integral nos seus movimentos motores.

    Dessa ação do homem, está uma marca duradoura do ser que interage em que não é considerado apenas um componente de uma classe social, está inserido também nas relações históricos culturais vivenciados em seu cotidiano.

    O homem é considerado um indivíduo, um ser único e que é capaz de dar testemunhos de suas experiências vividas ao longo de sua vida, construindo assim uma vivência singular.

    A corporeidade inclui a inserção do corpo humano em um mundo significativo, em que se relaciona com a relação dialética do corpo consigo mesmo, e juntamente com os outros corpos e com os objetos do seu mundo.

    O corpo permite a presença das “coisas mesmas” em que se manifestam juntamente com sua perspectiva, torna-se o espaço expressivo por excelência, demarca o inicio e o fim de toda a ação criadora e de nossa condição humana. Mas ele, como corporeidade, como corpo vivenciado, não é o início nem o fim: ele é sempre o meio, no qual e por meio do qual o processo da vida perpetua. (FREITAS, 1999, p. 56).

    Vieira, destaca que a corporeidade tem um grande valor que é gerado pelas:

  • Conquista progressiva da autonomia, por meio do domínio emocional e da confiança em si.

  • Conquista de um equilíbrio dinâmico, por meio do logro de uma suficiente satisfação da necessidade de movimento; diminuição da agressividade pela sublimação e pela necessidade de ajustar-se ao grupo etário.

  • Adaptação da personalidade ao mundo físico, social e cultural em que deverá atuar, mediante experiências sociais e contatos humanos frutíferos, fortalecendo o espírito competitivo, indispensável no momento atual. (Vieira, 2009, p. 22).

    A corporeidade na Educação Infantil é de grande relevância para o desenvolvimento integral da criança, e juntamente com as outras áreas do conhecimento ela ajuda no desenvolvimento do infante em todas as direções, e com isso deve ser respeitado todo o seu processo de evolução.

    Segundo Rodrigues (2003) a corporeidade é tida como um movimento corporal que é muito importante para a criança, em que a mesma o tem desde o seu nascimento. A mesma permite ao infante ter um conhecimento prévio do seu corpo, um aperfeiçoamento dos esquemas dos movimentos que são disponíveis, ter a incorporação das novas estruturas variadas por movimentos, desenvolvimento de sentidos e das atividades mentais de cada um.

    A corporeidade tem um grande objetivo na educação infantil que é estimular o desenvolvimento corpo-mente da criança e o principal despertar a criatividade no aluno. A mesma tem um grande conhecimento, em que o mesmo tem um significado para a criança durante a sua infância.

    Para que a corporeidade seja produtiva é precisar seguir três conceitos:

  • Valores do corpo para o homem: Segundo a filosofia o corpo é unido à alma, em que se constitui a expressão da personalidade o respeito como um valor humano que é essencial. A corporeidade age com precisão sobre o corpo em que deverá capacitá-lo para uma educação plena.

  • O papel do jogo: O jogo juntamente com a corporeidade é tido como a atividade mais prazerosa, pois satisfaz as necessidades de movimento que as crianças têm em seu potencial e oferece várias possibilidades educacionais.

  • Os benefícios das atividades: As coordenações e os benefícios corporais, funcionais e posturais, tem que serem feitos no momento certo do desenvolvimento de cada criança, pois senão eles não serão recuperados com todo o aproveitamento.

    Diante do exposto, Borges (2002, pp. 18 e 19) diz que a corporeidade tem quatro objetivos específicos, que são:

  • Reconhecer as possibilidades cinéticas do corpo através de movimentos que o afetam, como uma totalidade.

  • Reconhecer o corpo, no seu todo e diferenciar cada uma de suas partes, por meio do movimento.

  • Realizar movimentos independentes e interdependentes, como os diversos segmentos do corpo.

    Todos esses movimentos ajudam a solucionar os problemas que cada infante tem em especial aqueles relacionados ao meio físico, em que obtêm corretamente a adequação em relação ao tempo, espaço e objetos que os rodeiam.

    Para que o professor seja um bom mediador, ele precisa selecionar o melhor conteúdo para a sua aula, acolhendo assim todas as suas necessidades e as da escola e também do aluno. Cabe ao educador escolher cada prática, para que o mesmo construa um excelente conhecimento com o aluno.

    Mattos e Neira continua dizendo que o professor desempenha uma ação fundamental dentro da escola , ele é um especialista como um mediador, e ele cabe optar pela condução mais adequada do seu trabalho, entre a inserção no projeto político pedagógico da escola e a constante reflexão sobre todos os assuntos inerentes ao ensino e á aprendizagem trarão consideráveis contribuições para o cotidiano das aulas.(Mattos e Neira, 2006, p. 60).

    A proposta é que se entenda a corporeidade na Educação Infantil como uma atuação pedagógica que parte do movimento humano, mas que não se esgote nele, pois o corpo é mais que um conjunto de articulações, músculos e ossos que formam uma engrenagem mecânica. (Moreira, 2004, p. 77).

    O professor na sala de aula deve elaborar atividades para serem trabalhadas em ambientes diversos, percebendo assim as diferenças de cada aluno, dando ênfase na cognição social e afetiva, e também nas habilidades motoras, que englobam a corporeidade. Para que o indivíduo se expresse corporalmente é preciso ter uma excelente percepção auditiva, espaço-temporal, e ter domínio do corpo, equilíbrio e criatividade.

    Mauss (2012) defende que essa corporeidade só pode ser trabalhada individualmente, ou seja, o educador deve trabalhar uma criança por vez, pois trabalhar coletivamente não é a metodologia certa para que a criança desenvolva-se na corporalmente.

    O mediador deve elaborar metodologias voltadas para a sua ação pedagógica e que sejam de fácil entendimento, juntamente com objetivos a serem alcançados. Essas atividades devem ser bem elaboradas para as crianças, pois elas serão de fundamental importância para o caráter pedagógico de cada uma delas.

    A mediação do professor é importante para que se possa construir e planejar novas metodologias para que o aluno compreenda e intervenha no seu dia-a-dia, e até mesmo no mundo, em que será desenvolvido uma aprendizagem mais rica e um excelente desenvolvimento corporal.

    Segundo Cortez (1992) deve-se haver uma integração entre professor e aluno para uma abordagem dos conteúdos, onde o professor promove uma visão organizada e os alunos tentam contribuir com um elemento novo de sua cultura, pois havendo essa inter-relação as aulas irão se tornar mais prazerosas, significativas e inclusivas, despertando com isso o diálogo e a valorização do discente.

    É de fundamental importância que o professor incentive os alunos e seja mais maleável em relação aos conteúdos, sendo assim ele precisa apresentar atividades corporais em que as quais facilitem para o educando dando assim muita satisfação e um grande prazer, por isso ele será um aluno com um maior interesse em fazer parte dessas aulas.

    O processo de ensino é uma atividades conjunta de professores e alunos, organizado sob direção do professor, com a finalidade de prover as condições e meios pelos quais os alunos assimilam ativamente conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções. (Libâneo, 1994, p. 29)

    Na prática de transmissão do conhecimento e da comunicação há um fator primordial para esse processo, em que se busca a interação entre professor-aluno, no dia a dia da escola. Pode destacar que a comunicação se dá a partir de várias formas como os movimentos e as linguagens corporais são considerados uma forma mais fácil para se comunicar ajudando no convívio entre o educador e o educando.

    Partindo do ponto de cognição, social e afetivo, teremos de dar ênfase ás habilidades motoras. Essas que deverão ser trabalhadas na escola, em forma de jogos e brincadeiras mais afinizadas com as que elas conhecem, para serem prazerosas. As que não conhecem deverão ser trabalhadas com o mesmo intuito. (Vieira apud Júnior, 2009, p. 105).

    Quando se fala na educação infantil devem ser trabalhados os movimentos corporais, que se dão a partir de espaços socioeducativo, onde é de fundamental importância permitir que o infante tenha acesso aos movimentos do corpo de acordo com a sua cultura vivenciada no seu cotidiano escolar.

    O educador precisa manter-se atento á qualidade das interações com os objetos de conhecimento proporcionados pelas atividades corporais, constituindo-se em um orientador, guia facilitador da aprendizagem. (Mattos e Neira, 2006, p. 51).

    A criança na educação infantil deve ser orientada sobre a existência do seu corpo. A descoberta do próprio corpo é fundamental para o trabalho de motricidade, pois uma boa consciência do corpo levará ao ótimo desenvolvimento do equilíbrio, da coordenação, e, além disso, levará a uma boa aquisição na aprendizagem da escrita e leitura. (Silva, 2005, p. 19).

    O professor e a educação infantil tem um elo muito significativo na aprendizagem e também no desenvolvimento dos movimentos corporais. Por isso é fundamental que o educador execute atividades relacionadas ao movimento corporal, em que os mesmos irão interagir de uma forma mais fácil com cada criança.

    A corporeidade se assemelha ao conhecimento corpo-mente da criança na condição de unidade, em que se tem o objetivo de assegurar o desenvolvimento funcional da mesma com o auxílio na expansão e no equilíbrio da sua afetividade vinculada com o meio ambiente.

    Na sua infância cada uma reage diferentemente aos estímulos relacionados ao movimento, e com isso adquiri diferentes posturas, como de acordo com as sensações experimentadas juntamente com as experiências feitas em quaisquer situações, ou seja, o movimento já vem com a criança desde pequena, e a educação infantil tem a finalidade de aprofundar esses movimentos de corporeidade, para que ela passe por este estágio preparada para as funções do cotidiano escolar e social.

    Por tudo isso o desenvolvimento da criança demonstra que é a própria criança que constrói o seu conhecimento, a arte de ensinar começa, então, pela maneira como o educador apresenta as situações e materiais variados, que sugerem idéias interessantes que motivam o infante. (Borges, 2002, p.111).

Considerações finais

    Diante do exposto o movimento na corporeidade é relevante, pois ajuda a se relacionar com outros infantes e até mesmo na sociedade com outras pessoas, e com isso auxilia também a criar a sua própria identidade.

    Na sua infância cada uma reage diferentemente aos estímulos relacionados ao movimento, e com isso adquiri diferentes posturas, como de acordo com as sensações experimentadas juntamente com as experiências feitas em quaisquer situações, ou seja, o movimento já vem com a criança desde pequena, e a educação infantil tem a finalidade de aprofundar esses movimentos de corporeidade, para que ela passe por este estágio preparada para as funções do cotidiano escolar e social.

    Na Educação Infantil existe um elemento que é muito importante para se trabalhar com os movimentos corporais com cada infante, pois é nessa fase que se trabalha o corpo-mente de cada aluno.

    As ações motoras infantis encontram-se “contagiadas” pela emoção (Marcos e Neira apud Wallon (1996, p. 18). Pois as metodologias voltadas para as propostas motoras e corporais devem sempre ser voltadas totalmente para a ludicidade, em as mesmas desenvolvem nos infantes, sentimentos emocionais como alegria e contentamento.

    Para cada aluno os jogos e brincadeiras que envolvam os movimentos corporais, e as suas necessidades, seus interesses e principalmente suas motivações são muito importantes para eles. Por isso é papel do professor guiar essas atividades com muita atenção e carinho, para que elas desenvolvam atitudes prazerosas em cada aluno como o bem-estar e o crescimento.

    No trabalho com corporeidade na Educação Infantil foge totalmente dos movimentos repetitivos que são tidos como ideais e até mesmo adequados. Esses movimentos aos poucos são encontrados pelos infantes, e os mesmos superam todas as dificuldades de cada um, dia após dia em seu cotidiano escolar.

    Fica pressuposto é de fundamental importância que o infante freqüente a Educação Infantil, pois assim ele terá o convívio com as outras crianças e as atividades variadas, e juntamente com a corporeidade oferecida para ele nesse período, o ajudará a ter um excelente desenvolvimento no seu movimento corporal.

Referências bibliográficas

  • BORGES, Célio José. Educação Física para o Pré-Escolar. Rio de Janeiro. Sprint, 2002.

  • DAOLIO, Jocimar. Da cultura do corpo. Campinas-SP. Papirus, 1995.

  • DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola: questões e reflexões. São Paulo. Guanabara Koogan. 2001.

  • REITAS, Giovania Gomes de. O Esquema Corporal, a Imagem Corporal, a Consciência Corporal e a Corporeidade. Ijuí. Unijuí. 1999.

  • LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo. Cortez. 1994.

  • MARCELLINO, N.C. Lazer e Educação. Campinas, SP. Papirus, 1987. Disponível em http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/9mostra/5/475.pdf

  • MOREIRA, Evandro Carlos. Educação Física Escolar: desafios e propostas. Jundiaí. São Paulo. Fontoura. 2004.

  • NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física Infantil: Construindo o Movimento na Escola. São Paulo. 2006.

  • RODRIGUES, Maria. Manual teórico-prático de Educação Física Infantil. São Paulo. Ícone. 2003.

  • VIEIRA, Martha Bezerra. Uma expressão de Corporeidade na Educação Infantil. Rio de Janeiro. Shape. 2009.

  • WALLON, Henri. Psicologia e Educação da Criança. Lisboa: Veiga, 1979.

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