Treinamento funcional e treinamento de força Entrenamiento funcional y entrenamiento de fuerza |
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*Discentes do curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira **Docente do curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira (Brasil) |
Lilia Cristina Ferreira* Luara Gomes Andrade* Thais Cristina Egea Pedroso* Thatiane Massarani Martins* Thaynara Martins Silva Dias* Wellington Gustavo Lobo* Nozelmar Borges Junior** |
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Resumo O treinamento funcional é um termo relativamente novo que está sendo muito usado pelos profissionais de educação Física, tendo sua origem no Brasil com os profissionais de fisioterapia e reabilitação. Apesar de se apresentar como uma metodologia nova ou recente, o treinamento funciona já foi uma questão de sobrevivência sendo utilizado para a reabilitação de soldados nos anos 50. Este estudo demonstrará a relevância do treinamento funcional onde sua principal característica é o desenvolvimento do movimento. Entretanto, observando o treinamento de força como uma lente vendo suas significâncias no treinamento funcional, já que a força é fator determinante dos indivíduos saudáveis. Unitermos: Treinamento funcional. Força. Treinamento de força.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com |
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Introdução
O treinamento funcional na atualidade tem sido muito divulgado e ensinado pelos profissionais de educação física tendo se tornado popular entre a indústria fitness como alternativa para a melhoria do desempenho esportivo e qualidade de vida. Atuando nos desequilíbrios através do treino de movimentos.
O treinamento funcional não é novo, pois se trata de um método que consiste em atividades que visam melhorar a capacidade da vida diária das pessoas, como agachar, empurrar, pegar coisas agachar sem precisar da ajuda de outros. Portanto, necessita-se de um mínimo de força, equilíbrio, agilidade amplitude de movimento, velocidade e coordenação motora. Sabendo, que o Treino funcional trabalha-se o movimento e não músculos isoladamente.
No entanto, o treinamento da força é uma qualidade necessária para o mínimo de desenvolvimento da manutenção da capacidade funcional dos indivíduos saudáveis.
Características do treinamento funcional e treinamento de força
De acordo com Almeida, Teixeira (2013 apud), em escala diz que o treinamento tradicional segue um método rígido, isolado, limitado e uniplanar. E que o treinamento funcional é flexível, integrado, ilimitado e multiplanar. Sendo assim, o treinamento funcional visa o desenvolvimento do corpo como um todo, “o corpo é tratado como um todo”. Diferentemente, o treinamento de força principalmente quando visa a hipertrofia segmenta este corpo e o trabalha de forma segmentada, ou seja, isolada e por grupamentos musculares. As diferenças significativas ficam na forma de prescrição ou metodológicas, um separa e outro segmenta esse corpo.
Segundo Fleck, Kraemer (2006) diz que um bom programa de treinamento de força e consistentemente desenvolvido, pode produzir aumento de massa magra, diminuição da gordura corporal e melhoria do desempenho físico em atividades esportivas e atividades da vida diária. Sendo que o treinamento de força pode melhorar o desempenho motor que pode levar a um melhor desempenho em diversos jogos, esportes e atividades da vida diária.
Entretanto, os objetivos do treinamento é o que irá contribuir para a escolha da metodologia. Segundo Almeida e Teixeira (2013, apud Coutinho, 2011; Bossi, 2011), afirmam que os exercícios tradicionais podem ser funcionais e devem ser inseridos em programas de treinamento Funcional.
Almeida e Teixeira (2013, Apud Bossi, 2011) Sugere que “utilize-se tantos exercícios simples como complexos, tanto tradicional quanto inovador, que o programa seja organizado com intuito de desenvolver todas as capacidades biomotoras do homem”.
Teotônio et al. (2013) discorre sobre os “treinamento de força não somente abrangem o treinamento com pesos, como também de resistência em máquinas e elásticos.” No entanto, o treinamento sobre as instabilidades tem sido alvo e ferramenta para novas metodologias e com isso é usado cada vez mais usado bolas, bosu, plataformas de instabilidade, entre outros.
Para Teotônio et al (2013) a vantagem dos treinamentos fundamentados na instabilidade é aquisição da propriocepção que é a capacidade de perceber o próprio corpo e corrigir movimentos inadequados. Sendo que este treinamento em superfícies instáveis é de grande importância para os atletas quando esses imitam o gesto motor da especificidade do esporte.
Ainda Teotônio et al (2013) que a musculatura exigida no treinamento funcional do abdome e das costas possuem a capacidade de estabilizar os movimentos, sendo que esta é mais exigida e solicitada nos treinamentos de instabilidade.
Sobre o Treinamento do Core Rodrigues e Trichês (2012, apud Fredericson, 2005), “a musculatura do core compreende 29 músculos que suportam o complexo lombo-pélvico-quadril a fim de estabilizar a coluna vertebral”. Que são responsáveis por manter posturas e criar movimentos, coordenar ações musculares.
Sobre os conceitos de força e estabilidade Rodrigues e Triches (2012) ressaltam que as analises foram falhas, apontando que a estabilidade é o conceito relacionado a controlar a toda a amplitude do movimento de uma articulação, enquanto a força do core está relacionada como a habilidade de estabilizar a espinha através de forças contráteis.
Em outro trabalho Teixeira e Evangelis (2014) conceituam o treinamento do core (core training) diferentemente do treinamento funcional. Sendo que, o Treinamento do core é designado para atender especificamente a região central do corpo e torná-la estável. Porém diz que a bola produz estabilidade, equilíbrio e propriocepção, entretanto, não é indicada para o aumento de força. Sendo que o treinamento funcional é aquele que objetiva o desenvolvimento de exercícios para a realização de funções cotidianas e ou esportivas. Principalmente sobre as bases do treinamento segundo o principio da especificidade. Segundo Teixeira e Evangelis (2014, apud Weineck, 2003) “para melhorar funções específicas dos seres humanos é necessário treiná-las de maneira também especifica”.
Seguindo o pensamento de Teixeira e Guedes (2013, pag.66) “O treinamento funcional vem somar as demais, preenchendo uma lacuna e possibilitando, assim, um desenvolvimento corporal mais homogêneo (completo e harmonioso)”. Sendo que o treinamento funcional trabalha a musculatura profunda do core, sendo que a instabilidade é um dos principais instrumentos para a ativação dessa musculatura (TEIXERA, GUEDES, 2013 Apud MARSHALL E MURPHY, 2006; REABURNE e HUMPHRIES, 2004).
Flack, Kraemer (2006) ressaltam que dentro de um programa de treinamento de condicionamento global tem vários componentes da aptidão física que seriam importantes como Força e Potência, Flexibilidade, Resistência Cardiovascular, Resistência Muscular Localizada. Que cada treinamento de força pode interagir de várias formas para aumentar a aptidão física e o desempenho, levando em consideração os objetivos e necessidades do programa o treinamento poderá ser alterado e muitas vezes requerem uma reestruturação do programa nas diferentes fases de sua progressão.
Segundo Almeida e Teixeira (2013, apud Teixeira e Guedes Jr., 2009, 2010) “Diversas formas de exercício são eficientes em aumentar a força muscular, no entanto, o treinamento de força se mostra a intervenção mais eficaz em qualquer público”.
Sobre a força na capacidade funcional conforme Almeida e Teixera (2013, apud Matsudo et al, 2000) “a perda de massa muscular e conseqüentemente da força muscular é a principal responsável pela deteriorização na mobilidade e na capacidade funcional do indivíduo que está envelhecendo”.
Sobre a força afirma Almeida e Teixeira (2013, apud, Flack, Kraemer 2006) “a força é um fator importante para as capacidades funcionais e que deve ser mantida com o envelhecimento, pois ela é vital para a saúde, capacidade funcional e a vida independente”.
Conclusão
O treinamento de força garante também a funcionalidade do movimento, garante a aquisição de força, portanto, deve ser incluída não só nos treinamentos funcionais, como em outras atividades da vida do individuo. Devemos também lembrar que o treinamento de resistência permite muitas modificações podendo trabalhar qualquer variedade do treinamento esportivo, e que as atividades vem pra somar e não para diminuir.
Por outro lado o treinamento funcional trabalha com a instabilidade do movimento, ou seja, com o próprio movimento da vida diária dando aos sujeitos uma melhora é aquisição da propriocepção que é a capacidade de perceber o próprio corpo e corrigir movimentos inadequados. Sendo assim, um não tira do outro as suas possibilidades. Tanto o treinamento resistido pode treinar os movimentos que o façam mais funcionais e o treinamento funcional não deve deixar de lado o treinamento de resistência, ou seja, força.
Referencial bibliográfico
FLECK, S.J.; KRAEMER, W.J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ALMEIDA, L.C. TEIXEIRA, S.L.C. Treinamento de força e sua relevância no treinamento funcional. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano17 nº 178, Março de 2013. http://www.efdeportes.com/efd178/treinamento-de-forca-no-treinamento-funcional.htm
GUEDES, P.D.J.R. TEIXEIRA, S.L.C. Musculação Perguntas e Respostas. São Paulo: Editora Phorte, 2013.
BLUMER, M.L; CARVALHO, B.T. SANTOS, S.M. TEOTÔNIO, O.S.J.J. VIANA, B.H. Treinamento funcional: Benefícios, métodos e adaptações. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 17 nº 178. Março de 2013. http://www.efdeportes.com/efd178/treinamento-funcional-beneficios-metodos.htm
TEIXEIRA, S.L.C. EVANGELIS, L.A. Treinamento funcional e core training: Definição de conceitos com base em revisão de literatura. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 18 nº188 Janeiro de 2014. http://www.efdeportes.com/efd188/treinamento-funcional-e-core-training.htm
RODRIGUES, R.F. TRICHES, M.B.P. Treinamento do core. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 17 nº 173, Outubro de 2012. http://www.efdeportes.com/efd173/treinamento-do-core.htm
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