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O papel do movimento no ensino da Educação Física

El papel del movimiento en la enseñanza de la Educación Física

 

*Discentes do curso de Educação Física

da Universidade Salgado de Oliveira

**Docente do curso de Educação Física

da Universidade Salgado de Oliveira

(Brasil)

Luara Gomes Andrade*

Thaynara Martins Silva Dias*

Kleber Miralha de Oliveira**

thaynaramsd@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Atualmente, determinados professores tem , nas aulas de Educação Física utilizado só a teoria e esquece-se da pratica. O papel do professor é transmitir e desenvolver o conteúdo proposto dentro da práxis. Este trabalho realizado por meio de informações relacionadas à própria disciplina observando o desenvolvimento de nossas ações cotidianas no âmbito escolar. Através de explorações motoras a própria criança desenvolve consciência do mundo em seu redor e de si mesmo. Com o conteúdo proposto vemos que os alunos desenvolveram suas coordenações motoras global do movimento e que o mesmo possa influenciar na vida diária de cada aluno.

          Unitermos: Educação Física escolar. Desenvolvimento do aluno. Intervenção.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    Nas aulas de educação física se utiliza a teoria e se esquece da prática, onde alunos precisam não só de teoria, mas da prática também. O papel do professor da instituição é transmitir o conteúdo adequado de acordo com a série, dentro dos parâmetros que o próprio PCNs aconselha.

    Com o estagio recente observamos as aulas e percebemos que o professor da escola campo na maioria das vezes ministrou aulas teóricas para os alunos. Será que o conteúdo de educação física escolar está sendo transmitido para os alunos da escola dentro da práxis? Contribuir no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, utilizando o handebol enquanto conteúdo para ensino da práxis, mostrando o propósito real da educação física para que os mesmos vivenciem, e que o professor da escola entusiasme e de segmento a essas aulas.

    Tivemos como objetivos desenvolver aspectos procedimentais elaborando o planejamento de aulas com conteúdo de handebol, valências motoras fundamentais manipulativas, espaciais, cognitivas especificas do processo da práxis, com os alunos da escola. Elaborar e planejar aulas que através da práxis, também possamos intervir no processo de ensino-aprendizagem com informações e conhecimentos do handebol, através de seu conceito, de sua historia, das suas regras e habilidades especificas. Despertar interesse do professor que atua na escola para que o mesmo venha dar continuidade ao nosso desenvolvimento pedagógico com os alunos, e que através da educação física escolar proporcionar experiências motoras, cognitivo e sócio afetivas, através do corpo em movimento.

    Com as aulas planejadas de Educação Física Escolar, propomos estabelecer conhecimentos da educação física onde a mesma transmitira aos alunos o conteúdo de handebol, e que este conteúdo desenvolva o aluno como um todo, e dentro deste mostrar que a educação física não é só lazer e aula teórica, e que a mesma pode e deve preparar o aluno para exercer a sua praticidade da cidadania no meio social com eficácia.

    A Educação Física Escolar tem o propósito de educar o discente, onde as escolas em gerais devem oferecer uma educação de qualidade, mas que esta responsabilidade não esta somente nas mãos de um professor, e sim no conjunto de corpo docente envolvendo professores, coordenadores, diretores, e funcionários em gerais onde esta união faz com que a intervenção da educação seja feita de qualidade.

    É necessária esta intervenção para que os alunos vivencie uma educação física utilizando à práxis, para que os mesmos saibam o verdadeiro propósito da educação física, proporcionando os mesmos a saírem da rotina, aplicando uma educação física diferenciada em que os envolva nas aulas possibilitando atingir os objetivos.

    Sendo essencial a intervenção para que haja uma mudança na forma em que os alunos estão recebendo o conteúdo de educação física enquanto disciplina, possibilitando um questionamento dos alunos e do professor em relação à forma com que o mesmo aplique as suas aulas.

Metodologia

    Na escola onde estagiamos, o professor cedeu o 2° ano para trabalharmos os conteúdos propostos por nós estagiarias onde obtivemos 15 aulas ao todo e através destas aulas percebemos que a turma em geral é de classe media baixa sendo a minoria com seu próprio emprego formal, contendo aproximadamente vinte alunos, com idades em média de dezesseis anos com duração da aula de cinqüenta minutos.

    De acordo com as aulas planejadas escolhemos a abordagem desenvolvimentista, pois a mesma se encaixa no processo de ensino-aprendizagem que escolhemos para aplicar na escola de acordo com a problemática que ali observamos e segundo DARIDO. S.C e MOREIRA. O.S, (2007) o método desenvolvimentista mostra que:

    “Defendem a idéia de que o movimento é o principal meio e fim da educação física, propugnando a especificidade do seu objeto. Sua função não e desenvolver capacidades que auxiliem a alfabetização e o pensamento lógico-matemático, embora tal possa ocorrer como um subproduto da pratica motora”.

    A pesquisa foi feita por meio de relatórios de observação da disciplina estagio supervisionado três, onde as mesmas abordam informações qualitativas com observação no desenvolvimento de nossas ações cotidiana no âmbito escolar.

    Para a realização deste trabalho foram feitas quatro observações, três co-regências e oito regências em uma instituição pública para a vivência e aprendizagem de futuros profissionais de educação física escolar, baseado no que foi vivenciado será necessária muita dedicação e esforço de nos estagiarias para conseguimos atingir nossos objetivos nesta instituição.

    Nesta instituição observamos uma sala onde o professor guarda alguns materiais relacionados à disciplina como bolas e cones, mas para o desenvolvimento de nossas aulas obtivemos apenas uma bola de handebol, e com decorrer das regências podemos adaptar vários outros recursos para a prática do mesmo, pois a instituição não oferece todos os materiais que precisamos.

    No decorrer das nossas aulas vamos avaliar o aluno tanto no meio social como individualmente, pois através destes podemos perceber o interesse de cada um sobre o conteúdo escolhido e observa as ações de cada aluno, pois através destas ações podemos tirar conclusões sobre o conteúdo escolhido.

A relação corpo-movimento

    Através de nossas vivencias pelo estagio e pelas aulas planejadas escolhemos a abordagem desenvolvimentista e que a mesma trabalhara o desenvolvimento do aluno como o todo, e este desenvolvimento será em cima das atividades planejada trabalhando através de movimentos e da própria capacidade motora.

    Segundo o que mostra Liberali apud Pérez-Samaniego e Gómez (2001), as noções de corpo e movimento estão estreitamente relacionadas e devem ser contextualizadas antropologicamente, pois: "O indivíduo conhece o mundo através de sua entidade corporal (...). O homem seguirá vivendo toda sua existência desde e através do seu corpo (...). O homem tem um corpo, o qual está capacitado para mover-se. Graças ao movimento o homem aprende a estar no espaço (...)", então noções do corpo estão relacionadas e contextualizadas diretamente com o individuo conhecendo o mundo através de sua entidade corporal e com isso o mesmo vivera sua existência através de seu corpo.

    Logo Liberali apud Katz e Greiner (2001) explica que o corpo resulta de contínuas negociações de informações com o ambiente e carrega esse seu modo de existir para outras instâncias. Para entender como o movimento se aloja no corpo, por exemplo, as ciências que tratam do movimento devem ser consultadas, para compreendermos o que acontece no corpo enquanto processam as informações necessárias à sua sobrevivência, adaptação e reprodução. E, então, descobrir como o movimento se especializa a ponto de transformar em representação teatral, gesto musical, dança, acrobacia, desempenho, música, ou seja, suas ações no mundo na forma de arte.

    Segundo o que mostra Liberali apud Teixeira (2003), fala que ter um corpo é de uma singularidade impressionante. O corpo pode lembrar ou ser muito parecido com o de alguém ou de outros, mas nunca é igual, até porque sua instância básica na dimensão espacial e temporal, da presença do aqui e agora, é moldada e atualizada a todo o momento, especificamente na prática da conscientização do movimento tratamos de um corpo que sabe que sente, sabe que existe e sabe que sabe que existe e sente.

    Para um desenvolvimento do aluno em si, podemos mediar com a movimentação corporal de cada aluno e desenvolver suas habilidades e coordenação motora de cada aluno.

    Para Pereira et al apud Gallahue e Ozmun (2002) o desenvolvimento motor sofre grande influência, do meio social e biológico, podendo sofre alterações durante seu processo. Sabe-se que a escola é um dos locais de oferta de espaço adequado para o desenvolvimento motor da criança, visto que o brincar significa o meio mais importante para as aprendizagens dos pequenos.

    Por meio da exploração motora a criança desenvolve consciência do mundo que a cerca, e de si própria. O controle motor possibilita à criança experiências concretas, que servirão como base para a construção de noções básicas para o seu desenvolvimento intelectual, segundo o que mostra Pereira apud Rosa Neto (2002).

O planejamento das aulas

    Ao todo foram quinze aulas sendo quatro observações, três co-regência e oito regências escolhendo a turma do 2º ano F com faixa etária de 14 a 16 anos onde nas observações pudemos identificar na turma o interesse pela disciplina e principalmente pelo conteúdo.

    Pelo tempo de observação e pelos relatos dos alunos o professor da instituição leciona somente aulas teóricas e quando intervir com as aulas práticas deixava os alunos livres sem objetivos a serem atingidos e com isso muitos alunos desinteressavam pela disciplina, durante as três co-regência o professor da instituição teve basicamente as mesmas atitudes das observações.

    Quando identificamos o problema intervimos com nossas aulas, que foram oito regência com o conteúdo jogos desportivos de handebol, pois desenvolve o aluno como o todo , e desde a primeira aula podemos perceber um grande interesse por partes de quase todos os alunos.

    Envolvemos tanto a teoria como a pratica juntas também conhecida como práxis, começamos com a pratica, pois os mesmos já estavam cansados de aulas teóricas e viviam reclamando das mesmas e do próprio professor que a ministrava.

    Através das regências procuramos desenvolver os alunos através do conteúdo proposto, pois o mesmo trabalha os fundamentos básicos de handebol, e com isso pudemos observa um maior interesse por grande parte da turma desenvolvendo-os algumas valências motoras principalmente a global que de acordo com Velasco et al (1996, apud PEREIRA, GHIDINI e SILVA, 2009) diz que:

    A conduta motora, de coordenação motora global é concretizada através da maturação, motora e neurológica da criança. Para isto ocorrer haverá um refinamento das sensações e percepções, visual, auditiva, sinestésica, tátil e principalmente proprioceptiva, através da solicitação motora que as atividades infantis requerem.

    Dessa forma, as capacidades motoras globais são caracterizadas por envolver a grande musculatura como base principal de movimento. No desempenho de habilidades motoras globais, a precisão do movimento não é tão importante para a execução da habilidade, como nos casos das habilidades motoras finas. Embora a precisão não seja um componente importante nesta tarefa, a coordenação perfeita na realização deste movimento é imprescindível ao desenvolvimento hábil desta tarefa (MAGILL et al, 1984; apud PEREIRA, GHIDINI e SILVA, 2009).

    Logo que chegamos à escola campo para ministrar as aulas programadas, nós deparamos com a falta de compromisso do professor ali presente que de acordo com Campagna, Schwartz et al (2007 apud Martins, Aguillar e Rodruigues), diz que:

    Propomos entender que o profissional de Educação Física comprometido com a formação dos alunos deve estar sempre buscando atualização, para que tenha a competência necessária para realizar aulas com qualidade, visando a melhor formação do aluno e a assimilação de conhecimentos. Nesta perspectiva, compromisso não é apenas chegar na hora correta, não faltar, é muito mais do que isso.

    E logo também nos deparamos com a falta de materiais na escola que de acordo com Doring e Fensterseifer diz que:

    Atualmente a falta ou a limitação de materiais, como bolas, redes, colchões, cordas, entre outros, é sim uma dificuldade encontrada por nós, professores de Educação Física. Outro fator é a questão que se refere aos espaços físicos destinados ao desenvolvimento das aulas, que às vezes são inadequados, pequenos ou até mesmo inexistentes no ambiente da escola.

    Ao observar as aulas do professor percebemos que o mesmo não importa em transmitir o conteúdo certo para a turma escolhida e suas aulas deixam muito a desejar, pois não ministra o conteúdo de forma correta e os alunos da turma também não se empenham para aprender a disciplina de educação física, e muitos deles acham que a própria disciplina é um conteúdo livre, mas o que vemos na práxis e totalmente diferente, e o papel do professor presente na escola campo deixa a desejar muito sobre isso, o mesmo deveria mostrar aos alunos que a educação física é uma matéria de grande importância e que a mesma pode sim e deve ser trabalhada de diversas formas.

    Como o decorrer das aulas, elaboramos conteúdos que desenvolvesse o aluno e que os mesmos percebessem que a disciplina em si é muito importante.

    Assim fica claro a importância que o professor de Educação Física tem em proporcionar aos alunos atividades cuja caracterização permitam aos mesmos uma movimentação constante e de exploração máxima do ambiente. É evidente que estas atividades devem ser adequadas ao estado de desenvolvimento de cada criança para assim fazer com que os movimentos sejam próprios ao seu grau de desenvolvimento morfofisiológico, o que contribui de maneira significativa para o avanço orgânico e funcional dos alunos em cada etapa de sua vida escolar. Em torno disso é que se situa a grande discussão que se faz a respeito da Educação Física na atualidade, uma vez que muitos a vêem como um estímulo ao simples desenvolvimento físico através de gestos e movimentos padronizados, tirando assim o caráter educacional pertencente à Educação Física que visa atuar sobre a formação do caráter humano e contribuir para um maior rendimento do trabalho intelectual (BARROS e BARROS, 1972; NASCIMENTO e ROSSO, 2008).

    E através de nossas aulas percebemos uma evolução nos alunos, pois os mesmos começaram a se interessar mais pelas aulas. Através de nossos conteúdos notamos desenvolvimento na percepção dos alunos, na coordenação motora, na agilidade, e no trabalho em coletivo com os próprios colegas da turma.

    Ao final das aulas planejadas percebemos que os alunos se interessavam muito pela disciplina de educação física, e como o tempo foi muito pouco, procuramos explicar através de nossas praticas e teorias também que a educação física é de suma importância e que a mesma pode ser desenvolvida de diversas formas e esta disciplina é um conteúdo importante como qualquer outro, basta o professor saber elaborar e ministrar este conteúdo.

    Como conteúdo escolhido pelo professor da escola campo “handebol escolar” ensinamos o básico do conteúdo, pois como foi poucas aulas não da para mediar por completo e procuramos mostrar através deste que a disciplina é ampla e engloba diversos a assuntos e que através deste esporte o adolescente aprende a conviver em grupo , aprende a lidar com outro pois estes aspectos vão servir futuramente para a vida de cada um e isto foi relevante e bastante positivo notado em nossas aulas.

Considerações finais

    Através de nossas aulas planejadas e aplicadas obtivemos um bom resultado através da participação coletiva desenvolvemos nos alunos a habilidades motoras global que segundo Batistella (2001), a motricidade global tem como objetivo a realização e a automação dos movimentos globais complexos, que se desenrolam num certo período de tempo e que exigem a atividade conjunta de vários grupos musculares. (PEREIRA, GHIDINI e SILVA, 2009)

    Além de objetivarmos o desenvolvimento dos alunos nas atividades propostas e também a intervenção do conteúdo proposto para que os alunos desenvolvessem coordenação motora e o movimento corporal dentro das aulas, e esperamos que a turma desenvolva essas atividades e que influenciem de uma forma positiva na vida social e pessoal de cada aluno.

    Com o decorrer das nossas aulas observamos objetivos positivos, pois com o conteúdo proposto trabalhamos e desenvolvemos os alunos no âmbito social e pessoal, mas como foram um período curto de tempo não podemos trabalhar o conteúdo escolhido como um todo, mas procuramos desenvolver o básico para que os alunos entendam e que aprendam também, pois este e a essência do processo de desenvolvimento.

    Mesmo parecendo algo bastante repetitivo mais, porém verdadeiro, o professor que se empenha em planejar, desenvolver e aplicar suas aulas de uma forma interessado com os propósitos reais da educação física, consegue atingir seus objetivos em meio às dificuldades. A educação física se dá pelos ensinamentos de se formar futuros cidadãos de bem sabendo se socializar entre si, respeitar o próximo além da saúde que se obtém com as aulas, dentre outras relevâncias através da práxis e dos conteúdos que ela aborda, de uma forma planejada elaborada e com propósitos e objetivos a serem alcançados e não somente aulas teóricas ou praticas passada sem nenhuma importância de uma forma acomodada e sem responsabilidade.

Referencial teórico

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