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Análise dos tipos de esteróides anabolizantes androgênicos utilizados por praticantes de atividade física das academias da cidade de Jequié, BA

Análisis de los tipos de esteroides anabólicos utilizados por practicantes de actividad física en los gimnasios de la ciudad de Jequié, BA

 

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Departamento de Saúde

Colegiado de Educação Física

Edu Santos Almeida

eduartes25@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Jovens têm se auto medicado transcrevendo dietas e suplementação para dar suporte às suas rotinas de treino e aumento de massa muscular, sem qualquer formação ou sem ao menos ter passado por uma universidade, ou curso de capacitação. Vemos que está se tornando rotineiro o uso de anabolizantes por jovens seguidores de fóruns e páginas virtuais. Neste trabalho, coletamos dados de praticantes de musculação das academias da cidade de Jequié-Ba. A forma que usamos para a seleção do questionário foi, o sujeito que respondeu na pergunta onde se o mesmo tinha feito uso de esteróides anabolizantes androgênicos, esse questionário seria descartado conforme a primeira pergunta do questionário, assim, 12 pessoas responderam que sim, entre os sujeitos que responderam ao questionário validado 100% já usaram Stanozolol, 62,5% já fizeram uso de Oxandrolona, 50% já usaram Decadurabolin, 50% Dianabol e apenas 25% Durateston. O uso desses medicamentos sem prescrição médica ou orientação, tem sido perigoso para a sociedade por conta das patologias que essa rotina de uso pode vir a causar, a facilidade para comprar esses materiais ilegais se torna cada vez mais fácil, diversas paginas da internet vende esses medicamentos sem nenhum pudor, assim, esse fácil acesso deixa os jovens sem informações, cada vez mais adeptos a essa pratica. Os dados mostram que algumas drogas têm sido a preferência do público analisado, por conta das suas variáveis de “benefícios” ou melhoras no rendimento e no aumento da massa muscular com os níveis reduzidos de colaterais.

          Unitermos: Esteróides anabolizantes androgênicos. Atividade física. Academias.

 

          Artigo apresentado ao curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia como requisito final para a obtenção do título de licenciado em educação física, sob a orientação do Professor Dr. Manoel Gomes.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com

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Aspectos históricos

    Não se tem ao certo um marco temporal do início do uso de esteróides anabolizantes androgênicos (EAA), sendo reportado na literatura o consumo de testículos de carneiro por campeões olímpicos na Grécia antiga (RIBEIRO, 2001) que forneceria testosterona aos consumidores, induzindo assim efeitos androgênicos. Relatos científicos ainda apontam que em 1889 o fisiologista francês Charles Edouard Brown-Séquard realizou auto aplicação de um extrato testicular durante experimentos com cães, verificando melhora na saúde geral, força muscular, apetite, regulação intestinal e nas faculdades mentais (RIBEIRO, 2001).

    Os relatos do Dr. Brown-Séquard não inspiram grande confiança científica, por suas limitações metodológicas, mas podem ter impulsionado diversas pesquisas que os sucederam. Tal afirmação se justifica no aumento do número de pesquisas científicas envolvendo hormônios. Neste contexto histórico, um pesquisador merece destaque, o Dr. Charles Kochakian foi um dos pioneiros nas pesquisas científicas envolvendo o hormônio anabólico androgênico denominado testosterona.

    Na década de 1930, após extrair testosterona da urina de cães e administrar em cães castrados, o Dr. Kochakian observou como efeito um balanço nitrogenado positivo, estabelecendo o efeito anabólico do referido hormônio (SANTOS, 2003). Ainda na década de 1930 a testosterona foi sintetizada em laboratório, sendo que em 1939 foi registrado o primeiro relato de que este hormônio sintético poderia aumentar o desempenho físico. Adicionalmente, existem evidências de que o serviço militar Alemão administrava testosterona em seus soldados para aumentar a agressividade e a força de seus combatentes na Segunda Guerra Mundial (SANTOS, 2003).

    Sobre os Alemães recai ainda a acusação de desenvolver programas secretos para promoção do uso de esteróides anabólicos visando o aumento do desempenho físico, o que veio à tona com o fim da antiga República Democrática da Alemanha (German Democratic Republic - GDR). A publicação de teses de doutorado secretas, conteúdos de simpósios com especialistas, documentos secretos enviados por especialistas ao Serviço de Segurança Pública só ocorreram na década de 1990, lançando luz sobre um período obscuro da história dos EAA.

    A história mostra ainda que os alemães não foram os únicos a utilizar EAA, outros países europeus, como a antiga União Soviética apresentou hegemonia em diversas modalidades esportivas que envolviam a necessidade de força muscular, como o levantamento de peso, ao longo da década de 1950. Ainda nesta década médicos Norte-Americanos também começaram a administrar testosterona em seus atletas, o que justifica o domínio Germânico, Soviético e Norte-Americano nos quadros de medalhas da década de 1950.

    Os EAA foram inseridos no mercado norte-americano na década de 1960 para comercialização, no entanto, as leis de controle de sua distribuição só vieram a ser desenvolvidas na década de 1990 (SANTOS, 2003).

Efeitos Fisiológicos dos EAA

    Por definição, anabolizante é qualquer substancia que potencializa o anabolismo (i.e., que promove o crescimento celular). O corpo humano é capaz de sintetizar diversos hormônios que possuem efeito anabolizante (Hormônio do Crescimento (GH), o Fator de Crescimento similar à Insulina (IGF-1), o Estrogênio, dentre outros), mas grande destaque é dado ao hormônio Testosterona.

    A testosterona é um hormônio sintetizado em grande quantidade pelas células de Leydig dos testículos e em pequenas quantidades pelo corpo Lúteo presente nos ovários e também pela córtex da glândula suprarrenal (GUYTON, 2011). Trata-se de um hormônio sintetizado a partir de ésteres de colesterol e por esta razão é classificado como um hormônio esteróide. Os efeitos anabólicos deste hormônio se dão por ativação de receptores de andrógenos, presentes em quase todas as células do corpo humano. Os receptores de andrógenos são receptores nucleares (i.e., presentes no núcleo das células) e quando ativados estimulam a transcrição de genes, o que culmina no aumento da síntese protéica (GUYTON, 2011).

    Análogos sintéticos da Testosterona são hormônios que possuem certa similaridade estrutural em relação à Testosterona, mas são sintetizados em laboratório. Sua administração produz tanto efeitos anabólicos quanto androgênicos em diferentes proporções, o que é reportado na literatura como a razão anabólico/androgênico dos efeitos dos EAA sintéticos (KUHN, 2002).

    A razão anabólico/androgênico da Testosterona é 1 (um) (KUHN, 2002), indicando que possui efeitos anabólicos e androgênicos (i.e., capacidade de induzir características masculinizantes, enquanto determinados EAA sintéticos podem alcançar uma razão anabólico/androgênico igual a 10 (dez), como é o caso da Nandrolona, ou mesmo 30, como é o caso do Stanozolol, indicando que estes produzem uma proporções maiores dos efeitos anabólicos para com os efeitos androgênicos (KUHN, 2002)

    Com meios de informações cada vez mais instantâneos, estão sendo formandos “médicos e especialistas” nas suas diversas áreas, sem ter uma autorização para atuar, jovens iniciantes em academia estão transcrevendo seus treinamentos, dietas e suplementos alimentares sem ajuda de um profissional tendo somente como base as leituras feitas nas paginas da web. O uso excessivo de anabólicos e anabolizantes são assustadores, não somente por homens, as mulheres também estão fazendo o uso desses medicamentos.

    A infinidade de sites e blogs na internet está dando autonomia e liberdade para jovens aspirantes a atleta modificar suas rotinas diárias de alimentação e também se auto medicarem com aplicações de anabolizantes: o uso comum do ADE ilude os atletas para ganho rápido e descontrolado de medidas.

    O anabolizante ADE é um complexo vitamínico de uso exclusivamente veterinário (BOSCO, 2007), é o anabolizante mais comum e consumido pelos adeptos de substâncias esteróides. O produto é indicado para a engorda do gado ou no período de pós-parto de vacas. O remédio que ajuda a fortificar os animais pode ser encontrado em qualquer loja veterinária pelo preço de até R$ 10,00 a dose e sem receita, o que faz sucesso entre os jovens adeptos do anabolizante, que nada mais é que a mistura de vitaminas apenas.

    Ao fazer uso do anabolizante ADE o indivíduo pode sofrer lesões e dores fortes, podendo causar paralisia nos rins, arritmias cardíacas, edema cerebral, embolia pulmonar e morte, como vem escrito na própria bula do medicamento, o uso em seres humanos é tóxico. O anabolizante ADE não tem a função de aumentar os músculos. Ao ser injetado tem uma pequena parte absorvida pelo organismo. O restante fica “encapsulado” no local, causando inflamação e inchaço, que daria a impressão de ganho de massa muscular. A aplicação é dolorosa e os efeitos podem durar anos e ter graves conseqüências; amputação de membro, cirurgias para retirada da infecção, e dores continuas.

    Percebendo a necessidade de atenção a esse publico jovem, encontramos sem dificuldade alguma, milhares de sites e imagens de anomalia por conta das aplicações desses medicamentos, vídeos de imagens fortes não servem com base para inibir ou ate mesmo alertar a população no geral, neste caso, uma pergunta pode ser feita: como se posicionar frente à velocidade de informações e a facilidades destes sites e blogs? Todos os tipos de sintéticos que são proibidos são vendidos sem receita, comprados com a maior facilidade na internet, acreditamos que essa facilidade, sem um posicionamento eficaz das autoridades responsáveis.

    Fizemos a coleta de dados através da aplicação de um questionário a 50 jovens, porém, apenas 12 foram validados, pois o questionário só era validado se caso fosse respondido que sim se o sujeito já usou EAA, esse material foi aplicado a alguns alunos praticante de musculação nas academias cadastradas pelo CREF – Conselho Regional de Educação Física, na cidade de Jequié – BA.

    Vimos a falta de atenção por meio observação em salas de musculação na cidade de Jequié na Bahia, alguns jovens praticantes de atividade física, com mudanças em curtos prazos muito perceptíveis, em observação a esses sujeitos sem que os mesmo não soubesse desta observação, nasceu a necessidade de pesquisar quais meios ou atalhos esses praticantes estavam tomando para obter tais resultados.

    Primeiro fator observado que foi o grau de escolaridades desses indivíduos, vimos que são indivíduos que já concluíram o ensino médio, e alguns já concluíram ate mesmo o ensino superior, assim, percebemos também algumas mudanças no corpo, aumento de volume muscular, e rendimento diferente dos demais, porém, o sujeito que faz uso de EAA tem a dificuldade de assumir tal ato, vimos isso, com conversas breves a alguns desses que responderam o questionário.

    Em alguns momentos tivemos grandes dificuldades para a colaboração da pesquisa, assim, deixamos claro que todo material coletado seria de uso exclusivo da pesquisa, e que não teria de forma alguma a exposição destes sujeitos, tivemos também a precaução de respeitá-los,nos momentos de observação, não atrapalhando o treino ou qualquer tipo de atividade que tivesse sendo executada por esses sujeitos.

    Outro fato relevante era a freqüência com que os mesmo faziam uso desses sintéticos, e quais foram os meios de acesso para conseguir estas substancias que ao dado momento é de venda proibida sem receita medica.Pois os EAA foi proibido a venda no Brasil no inicio de 90 (CARLINI-COTRIM, BARBOSA,1993).

    A resposta foi um tanto quanto assustadora os mesmos fazem uso a bastante tempo, fazendo em media 3 ciclos anuais. Outra coisa que nos chamou atenção foram os meios aos quais tinham acesso a estes materiais, e as respostas forma, internet, e profissionais de educação física.

    Quando se foi perguntando quais objetivos na academia, e o que os levará a fazer uso destes EAA, e a resposta sempre a mesma, estética, em uma pesquisa nas redes sociais feitas com o sujeitos que responderam que já tinha usado os EAA no questionário, vimos sujeitos com corpos quase surreal, com definições profundas, abdomens com fendas de divisões, volumes musculares avantajados. Pelo sacrifico da estética, jovens tem se auto medicado para conseguir satisfazer ou alcançar objetivos de corpos perfeitos que a mídia vende. Sem medir as conseqüências, esses tratamentos hormonais estão sendo feitos.

    O perfil dos sujeitos que aplicamos os questionários tem entre 18 e 28 anos; em relação à escolaridade, 25% concluíram o ensino médio e 25% estão cursando o ensino superior e 50% já concluíram o nível superior. A princípio, as pessoas que aceitaram responder os questionários são adeptos dos esteróides e anabolizantes e assumiram o uso. O publico ao qual foi submetido as perguntas conforme o que consta no questionário todos têm conhecimento do que são os EAA.

    Os mesmos responderam que sabiam o que eram os esteróides e anabolizantes. Assim, 100% dos participantes já fizeram uso de mais de uma substancia sintética, 100 % já usaram stanozolol, 62,5% já usaram Oxandrolona, 50% dos que responderam ao questionário, já usaram Decadurabolin, 50% já fizeram uso do Dianabol e apenas 25% já fizeram aplicações de Durateston. Fica claro a preferência destes usuários ao Stanozolol, muito conhecido no meio dos adeptos como Winstrol, tem esta preferência por conta dos seus efeitos ergogênicos, os mesmos são moléculas com efeitos peculiares ao corpo, vimos que em alguns casos têm excelentes resultados e outros apenas dores nas aplicações.

    O stanozolol é uma molécula derivada da testosterona e muito usado por “atletas”, na sua grande maioria, para melhorar a performance ou até mesmo em tratamento de lesões musculares. Podemos citar alguns exemplos de atletas que caíram em doping por esta substancia, Bem Johnson há 25 anos (ROSEGUINI ,2011)

    Ele faz parte dos esteróides mais potentes, porém, é muito usado em ciclos para quem está pensando em diminuir o percentual de gordura, assim, vimos que seus efeitos colaterais são pouco danosos ao corpo, não da irritabilidade, nem viriliza, comparado aos outros esteróides não provoca retenção hídrica, seus ganhos são de massa muscular magra, porém, seria quase “perfeito” se não tivesse os efeitos colaterais. O ciclo do stano associado a outras drogas pode diminuir drasticamente os níveis de HDL, que é apolipoproteína que faz transporte reverso do colesterol, seu uso em cápsula pode diminuir em até 33% e aumenta até em 29% os níveis de LDL que é apolipoproteína que faz um efeito reverso ao HDL. Outros efeitos comuns dos usuários de Winstrol é a falência parcial dos rins, sem contar a diminuição do lipídeo por ser aromatizante. Sendo pouco androgênico o mesmo tende a hipertrofia cardíaca, vomito enjôo, dor de cabeça, acne, ansiedade e outros.(TORRES, 2012)

    A oxandrolona, assim como o stanozolol, é uma molécula derivada da testosterona, com poucos efeitos androgênicos, “queridinhos” das mulheres que acham que a mesma seja uma estratégia saudável para aumento de massa muscular, porém não são nada saudáveis, efeitos colaterais tais como: queda de cabelo, virilização, voz grossa e aumento excessivo de pelos.(SEDON,2013)

    Decadurabolin, conhecida somente por DECA, é muito usada nos tratamentos de anemia e de reposição hormonal (TRT). Encontrada em farmácias, é possível a compra com receita médica, a base de decanoato de nandrolona, quando administrado em suas aplicações o decaonato é liberado aos poucos em sua forma hidrolisada e transformando em nandrolona.(SEDON,2013)

    A nandrolona é encontrada no nosso organismo em baixa quantidade, a mesma é responsável pela diminuição do catabolismo, esse é um dos principais motivos ao qual ela é tão comum no meio dos praticantes de musculação, pois o catabolismo é visto como um grande problema para os praticantes, processo de catabolismo é a quebra das substancias mais complexas para a forma de substancias simples, a quebra de proteína do tecido muscular é a mais temida pelos adeptos e praticantes de musculação, assim, a DECA além de diminuir o catabolismo, aumenta o anabolismo. A nandrolona é vendida legalmente para tratamentos em alguns casos de câncer de mama e anemia, já que ela aumenta a produção de células sanguíneas vermelhas, melhora a síntese óssea, aumento de apetite.

    Mesmo com tantos benefícios a decadurabolin tem os efeitos colaterais mais visíveis: masculização das mulheres e ginecomastia nos homens; essa alteração acontece por conta do desequilíbrio hormonal, homens e mulheres têm testosterona e progesterona, porém, em quantidades diferentes, Homens tem maior quantidade de testosterona como a mulher de progesterona em causas de desequilíbrio hormonal, acontece esse aumento nas mamas nos homens e anomalia no clitóris das mulheres (cresce que chega alcançar ate mais de 6cm, se tornando semelhantes a um pequeno pênis) , o aumento das mamas é muito comum nos homens em período de inicio de puberdade. Essa droga sendo administrada em logo prazo, pode ter causas irreversíveis tais como: câncer de próstata, atrofia dos testículos, diminuição de lipídio e fortes dores ao urinar.(SENDON,2013)

    Dianabol uma das mais antigas das drogas sintetizadas da historia, nome cientifico Metandrostenolamuito usado na década de 50 por atletas russos, em 1953 se tornou a droga daquele momento pelo atletas norte americanos, praticantes de atletismo, jogadores, ginastas tinham um relacionamento serio com a “DIANA”, nome popular no meio dos adeptos, vimos que diferente do que se é relatado na historia, o uso dos sintéticos é mais comum no meio de outros “esportes” do que no fisiculturismo nos vimos exemplos como Bem Johnson a 25 anos atrás ou Wanderley Silva no final do primeiro semestre de 2014 são exemplos de alguns atletas que fizeram uso de EAA. Assim, a “DIANA” tem um dos maiores efeitos anabólicos dos sintéticos mais comuns, seus colaterais podem ir de queda de cabelo, a aumento de pressão, e diminuição da cardioproteção, hepática, aromatizante e alta toxicidade.

    Durateston em cada ampola de medicamento, possui-se Propionato de testosterona em 30 mg; Fenilpropionato de testosterona em 60 mg; Isocaproato de testosterona em 60 mg; e Decanoato de testosterona em 100 mg. (TORRES 2012) pouco usada nos meios dos praticantes, esta droga tem ótimo ganhos a sua administração, o maior prazo de meia vida dos sintéticos, porém, o mais androgênico, toxicidade alta, queda de cabelo, aumento da pressão arterial, diminuição dos testículos, acne, retenção liquida, aumento de gordura corporal podem ser alguns dos colaterais desse anabolizante.

    Um dia na sala de musculação nos foi relatado por um jovem, deveria ter um pouco mais de 16 anos, iniciando as práticas de musculação era perceptível a empolgação pela mudança do corpo, queria melhorar os tonos muscular, queria ficar como aqueles moços que aparecia nas publicidades de suplementos, queria mudar seu corpo a todo custo, e mesmo que esse custo fosse sua saúde, pois, cremos que ele não deveria ter conhecimento de causa sobre esses riscos, e se tivesse sabendo que seria a logo prazo pouco se importaria, e num desses dias na sala ele disse assim: “eu prefiro morrer com 25 anos tendo 50cm de braço do que chegar aos 50 anos tendo 25cm de braço.”

    Daí nos veio essas inquietação em saber o que essa juventude está utilizando para a modificação dos seus corpos, tendo em vista todos os risco, acreditamos que talvez fosse falta de informação, ou informação demais, um tanto quanto contraditório, porém, vamos entender, com a velocidade que as informações circulam pela internet, não se tem tempo de saber a veracidade de cada uma, assim, o que deveria ser algo positivo se torna algo negativo, meio de comunicação que deveríamos nos encher de informações, nos enche de varias informações “vazias”. Seria esse um dos motivos dos quais estávamos procurando?

    Em outra instancia uma moça, cursando educação física nos procurou para atendê-la como personal, de imediato já foi logo dizendo: “estou usando stano mais oxan.” Assim tentamos falar para ela sobre os efeitos dessas drogas no corpo, a resposta dela veio num ton irritado: “Eu quero que você me treine não me der conselhos sobre o que eu uso”. Seria uma ironia da profissão?

    Vejo tantos sorrisos em corpos super definidos torneados e tonificados, vendendo motivação, esbanjando músculos, será que de fato existe um corpo saudável atrás desses sorrisos? Vídeos de jovens fazendo auto aplicações se torna febre nas redes sociais. Qual seria a estratégia para conter essa febre?

    Tinha dito em outro momento e volto a repetir, estamos vivemos o mal do inicio do século, as drogas que não matam de imediato, porém, matam a longo prazo, Andreaz Munzer – 1996 , Nasser El Sonbaty -2013, Chris Benoit – 2007 , Rick Rude -1994 , Benaziza -1992, Curt Henning -2003, são alguns dos nomes de atletas que morreram com administração de anabolizantes. Devemos nos posicionar perante a esse mal ou a MORTE DA SAÚDE SERÁ SILENCIOSA.

    Por fim acreditamos que esses medicamentos deveria ter uma fiscalização mais imponente e rígida, talvez assim, teríamos o controle do contrabando dessas subitâneas, substancias essas que são mortais se for feita mal uso.

1. Sexo M () F ()

2. Idade

3. Escolaridade

4. Qual seu objetivo na academia?

5. Você Sabe o que é Esteróides e Anabolizantes?

6. Já usou algum tipo de esteróides e anabolizantes?

7. Se sim, qual ou quais você já usou?

      () Deca

      () Durateston

      () Stanozolol/ Wistrol/ Etanato

      () Dianabol (Hemogeni)

      () Oxandrolona

      () GH

      () Lipostabil

      () Clembuterol

      Outros._________

8. Qual freqüência você faz ou fez uso dos EAA’s?Quase sempre.

9. Como teve acesso as esses sintéticos.

10. As redes sociais lhe influenciou de alguma forma para o uso de EAA’s?

Referências

  • BOSCO, Carmelo. A Força Muscular: Aspectos Fisiológicos e Aplicações Práticas. Phorte. São Paulo. 2007.

  • CUNNINGHAM J. G. Tratado de Fisiologia Veterinária. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

  • FRANKE, W.W.; BERENDONK, B. Hormonal doping and androgenization of athletes: a secret program of German Democratic Republic government. Clin. Chem., Washington, v.43, n.7, p.1262-1279, 1997.

  • GUYTON, A.; HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006 .

  • KUHN, C.M. Anabolic Steroids. Recent. Prog. Horm. Res., Bethesda, v.57, p.411-434, 2002.

  • RIBEIRO, Paulo César Pinho. O uso indevido de substâncias: esteróides anabolizantes e energéticos. Adolescência Latino americana. v.2 n.2 Porto Alegre mar. 2001.

  • ROSEGUINI, Guilherme Roseguini, Ben Johnson confessa doping em Seul-1988, mas diz que foi sabotado. , jul/2011 , disponível em: HTTP://www.globoesporte.globo.com > acesso em 10 de julho de 2014

  • SANTOS AM. O mundo anabólico: análise do uso de esteróides anabólicos nos esportes. Barueri, SP: Manole; 2003.

  • SENDON, Marcelo Sendon. Stanozolol (wistrol): conheça tudo sobre este anabolizante, Nov/2013, disponível em: http://dicasdemusculacao.org/ acesso em : 10 de Julho de 2014.

  • THOMAS, J.R.; NELSON, J.K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3 ed. Porto Alegre, Artmed Editora, 2002. vol. 32 no. 2 534-542.

  • TORRES , Raquel Torres C. B. Durateston (Propionato de testosterona) – O que é, ciclos e efeitos colaterais, out/2012. Disponível em:http://www.treinomestre.com.br/durateston-propionato-de-testosterona-o-que-e-ciclos-e-efeitos-colaterais/ acesso em: 15 de julho de 2014.

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