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A dança no ambiente escolar: um caminho

La danza en el ámbito escolar: un camino

 

*Pedagoga formada pela UFRJ, 2009. Integrante do Laboratório de Pesquisa, Estudos

e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação (LAPEADE)

do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ.

**Professora Adjunta III no Departamento de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal

do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), onde também integra o Programa de Pós-Graduação

em Memória Social (PPGMS). Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal

do Rio de Janeiro, mestrado em Ciências Sociais: Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisa

do Rio de Janeiro - IUPERJ e doutorado em Ciências Sociais: Sociologia

pelo Instituto de Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro - IUPERJ

***Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor do Programa

de Pós-Graduação em Educação. Vice Coordenador do Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio

à Participação e à Diversidade em Educação (LAPEADE) do Programa de Pós-Graduação

em Educação da UFRJ. Pesquisador do Laboratório de Análises Estatísticas, Econômicas, Históricas

e Sociais das Relações Raciais (LAESER) do Instituto de Econômica da UFRJ. Vice-Coordenador

da Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Física Escolar do CESPEB

da Faculdade de Educação da UFRJ

Patrícia Gonçalves Mondini Belletti da Silva

patrícia.belletti@gmail.com

Andréa Lopes da Costa Vieira

andrea.lcosta@uol.com.br

José Jairo Vieira

diversidade.desigualdade.educa@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente trabalho almeja a reflexão de educadores, das práticas interdisciplinares no âmbito escolar, principalmente entre a dança e as demais disciplinas tradicionalmente inclusas nas instituições de ensino. Assim, tem como objetivo analisar como a consciência e expressão corporal das crianças têm sido trabalhadas nas escolas através do movimento, e principalmente através da dança. Pretende-se explicitar o não favorecimento do desenvolvimento da linguagem e consciência corporal das crianças no ambiente escolar privilegiando antes o intelecto dos educandos do que o corpo e sua linguagem expressa.

          Unitermos: Educação. Movimento. Dança.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    O corpo exige respeito. Afinal, é através dele que nos fazemos presentes, é a nossa forma de estar no mundo. Trabalhar com o corpo é cotidiano, contínuo, inevitável. Até dormindo trabalhamos com o corpo, que marca, com eloqüência de sua linguagem, as mensagens que inconscientemente inscreve através de um sonho.

    Assim surgem algumas possibilidades do corpo em movimento. Corpo que salta, que dança, que joga, que corre, que ginga, que caminha ou que nada. Que pisca e se estica, que rola e se enrosca, que vibra, que sacode. Que foge. Corpo que ri, que chora, que grita, que sofre e goza. Corpos que se expressam fazendo aflorar as diversidades de sentidos criadas a partir do movimento.

    A dança faz-se presente em diversos ambientes como academias, eventos, festas, danceterias, shows entre outros. Diante de um amplo universo dedicado á esta arte, o presente estudo buscará investigar se a dança está presente também nas escolas, especialmente do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Se esta inserção ocorre, existem benefícios que podem ser trazidos ás crianças? Seria a dança uma atividade prevista nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) ou nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação? Afinal de contas, por que ensinar dança na escola? Quais os profissionais habilitados a lecionarem esta “nova disciplina” no ambiente escolar?

1.     O que significa “dançar”?

    Inicialmente é importante ressaltar que a dança assume diversos significados pois exige um desenvolvimento pessoal de grande dimensão, sendo interpretada de formas diferentes e consequentemente assumindo significados próprios.

    Autores como Artaxo, Rangel, Laban e Earp trazem definições de dança pertinentes ao presente estudo e que devem ser abordadas. Artaxo (2003) define dança como seqüência de gestos e de passos definida pelo ritmo musical executado. Esta mesma autora relaciona a dança e movimento ao complementar sua definição dizendo que a dança é encarada também como uma execução de movimentos que transmitem a informação necessária para desenvolver uma atividade. Rangel (2002) corrobora com esta visão dizendo que a dança possui vários enfoques e que estes se relacionam sempre com o movimento, traduzindo por meio deste sua a relação com deuses, com o próximo e com a natureza. Para este autor, a dança também envolve o movimento de transcendência que se relaciona com a emoção, expressão e sentimentos.

    Envolve ainda símbolos, linguagem e comunicação, a interação entre os aspectos psico e fisiológicos, intelectuais, emocionais, tempo, espaço, ritmo, arte e educação. Para Laban (1978) a dança também está diretamente relacionada com o movimento visto que esta arte é a forma com que se cultiva até hoje a expressão visível do movimento. Estão inclusas aí desde a dança pura até as formas teatrais da dança (tais como o balé, a mímica e o drama-dança).

    Por último podemos mencionar Earp (1980) quem diz que a dança é a capacidade de transformar qualquer movimento em arte. É também um instrumento que possibilita expressar emoções, desejos, frustrações, anseios, deslumbramentos e permite que os corpos se envolvam no ritmo e composição de seus movimentos.

    Em suma, todas essas abordagens relacionam a dança com o movimento, seja ele mais explícito e perceptível aos olhos dos homens,seja ele mais discreto e presente em cada gesto cotidiano e portanto não tão perceptível aos sentidos humanos.

2.     O que significa “dança educativa”?

    A dança educativa deve revelar-se como a descoberta do próprio corpo a partir de sua exploração e das qualidades do movimento. Assim, dança deixa de ser concebida como algo a ser apresentado e visto, passando a exercer um diálogo entre arte e educação. Objetiva proporcionar a articulação de movimentos pessoais e coletivos de modo a integrar razão e sensível, individual e coletivo, arte e educação.

    Neste momento faz-se necessário conceituar brevemente os termos “imagem corporal” e “corporeidade” visto que são amplamente utilizados quando falamos em dança educativa. O termo Imagem Corporal vem sendo usado frequentemente tendo como foco de investigação o corpo humano. Segundo Russo, (2005), imagem corporal é a maneira pela qual o corpo se apresenta para si próprio.

    Para conceituar o termo “corporeidade” recorremos a dois autores conceituados nessa área de conhecimento: Merleau-Ponty (1994) e Polak (1996) citados por Labronici em sua pesquisa intitulada “Corporeidade no Cenário da Clínica Ortopédica” publicada em 2000 pela Revista Gaúcha de Enfermagem. Segundo esta autora, para Merleau-Ponty (1994) o corpo é o veículo do ser no mundo, no qual são armazenadas todas as significações vividas e através do qual vejo, interajo, percebo e sou percebido. A corporeidade é a essência expressa pelo corpo visto-vidente, sensível, e por isso sente e é sentido; é também tocado-tocante, visto no processo de coexistência. Este corpo não é somente troca entre mim e o outro: as mensagens que recebe é a mim que chegam, as mensagens que recebo é a ele que chegam; é também troca de mim e do mundo, do corpo fenomenal e do corpo “objetivo”, do que percebe e do que é também percebido: o que começa como coisa termina como consciência da coisa, o que começa como “estado de consciência” termina como coisa.

    Percebe-se que a construção da noção de corporeidade se dá pela estruturação da imagem corporal por meio do qual as crianças constroem sua história individual e sua relação com as pessoas que o cercam.

    Considerando estes apontamentos, podemos afirmar que a dança educativa deve ter como ponto de partida a movimentação natural das crianças de forma que a dança deixe de ser entendida como mera repetição de gestos e abranja a variação infinita destes.

3.     Porque ensinar dança nas escolas?

    Segundo Andrade (2005), a dança tem sido vista no âmbito escolar, como instrumento para aliviar tensões, prevenção contra o stress, acalmar os educandos além de abranger apenas o campo da coordenação motora e de proporcionar experiências concretas com o todo que cerca o indivíduo.

    Porém, ainda segundo a autora mencionada acima, a escola pode modificar este pensamento, fornecendo caracteres que permitirão uma criticidade, consciência e transformação do ato de construir por meio da dança a aprendizagem junto com os alunos, tornando-os participantes ativos no meio que estão inseridos. Para Rios (1985) uma educação crítica no campo da dança deve propiciar uma visão clara, ampla e profunda a qual não ignore o papel social, cultural e político do corpo em nossa sociedade e, portanto, da dança.

    Andrade (2005) menciona que através do corpo, o indivíduo pode aprender questões eferentes á origem do homem que objetiva sua função e qual o comportamento deve desempenhar diante das demandas sociais. Esta autora firma que conceitos, regras sobre gênero, etnia e classe social estão incorporados durante o processo ensino-aprendizagem, sem que vise a construção ou (re)produção. De acordo com os escritos desta autora, o corpo é um projeto comunitário em relação á forma, peso, postura e saúde.

    Uma autora que explicita os benefícios da dança é Marques (1997). Para ela, o conhecimento direto da dança permite que sejam elaborados tipos diferentes de percepção e crítica, o que abrange a dança e suas relações com cada indivíduo e com o mundo. A dança apresenta também benefícios mentais conquistados em sua plena realização tais como atenção, memória, raciocínio e imaginação. Estas faculdades mentais, quando desenvolvidas e utilizadas, trazem benefícios para o estudo, o trabalho, amizade e lazer. Dentre os inúmeros benefícios de se praticar a dança, ainda podemos citar a melhoria das relações inter-pessoais, saúde mental e física, diminuição da ansiedade e do estresse. Freitas (2007) afirma também que fisicamente a dança proporciona a melhora do condicionamento cardiovascular, fortalece os músculos e protege assim os ossos.

    O cérebro aprende também a reconhecer e delimitar espaços, além de coordenar movimentos cada vez mais complexos de uma composição coreográfica. Também exige-se a ativação da memória e o “trabalho” dos neurônios além de poupar a coluna das lesões comuns aos sedentários.Também aprenderá respeitar compassos musicais, passos estipulados e libertará suas emoções. Assume-se aqui a dança como uma atividade em que a criança encontra a possibilidade de contar parte de sua história neste recorte da vida diária.

    Outro autor que contribui a respeito deste mesmo tema é Silva (1999). Este autor explicita não somente os benefícios da dança, mas também desta atividade atrelada á educação formal dentro das escolas. Segundo ele utilizando a dança nas escolas é possível explorar a expressividade das crianças, de modo que, suas emoções, idéias e vontades sejam transmitidas através de seu corpo. Assim, a dança é encarada como uma proposta de resgate das potencialidades humanas inerentes ao movimento do corpo. O ensino da dança na escola passa a trabalhar em direção á cooperação e aos relacionamentos em vez de priorizar e valorizar a separação e o individualismo.

    Não podemos deixar de mencionar que, quando a dança é encarada como forma diferenciada de conduzir a criança ao conhecimento de outras culturas, será possível também dialogar com as demais disciplinas tradicionais que compõe o currículo escolar, tais como Geografia, História, Matemática, física, Química e Português. A escola torna-se assim um lugar onde os diferentes tipos de conhecimento dialogam entre si, e deixa de encarar as disciplinas de forma isolada das demais e do resto do mundo.

    Estes prazeres físicos e mentais proporcionados pelo ato de dançar já são há muito tempo conhecidos. Mas além destes também podemos finalmente incluir que, apesar das nossas escolas deixarem o copo de lado ele é à base da nossa identidade. Pinto (1999) diz que “é a partir dele que começa a noção de eu...”. É através do corpo que sentimos prazer, sensação que liberta, desenvolve a criatividade, consciência, excitação e assertividade. Tudo isto dentro da escola torna-se assustador.

4.     Pré conceitos enfrentados pela dança dentro das escolas

    Segundo Isabel Marques (1997), atualmente é possível falarmos em pensamentos pré-concebidos erroneamente sobre a natureza da dança. Esse pré-conceito é motivo muitas vezes para os professores aplicarem denominações distintas ás atividades que trabalham com dança. Utilizam-se desta forma títulos como "expressão corporal", "educação pelo/do movimento", "arte e criação", "movimento e criação", etc. a fim de mascararem suas intenções e, ao mesmo tempo, permitem que um número maior de alunos (as) tenham acesso a ela.

    Dentre as inúmeras discriminações sofridas pela dança dentro da escola, podemos destacar três principais citadas por Isabel Marques em seu artigo (1997). Segundo esta autora, podemos afirmar que, não são poucos os pais de alunos, e os próprios alunos, que ainda consideram a dança como atividade estritamente destinada ás meninas. Perante este fato, Isabel Marques questiona em seu artigo o motivo que leva ás pessoas de um país como o Brasil, com inúmeros grupos e trios elétricos, dança de salão, dança de rua, capoeira, etc. a persistir neste modo de pensar. Ou seja, estas atividades de dança mencionadas a cima são formadas majoritariamente por homens e se associam não ao corpo delicado da bailarina clássica, mas, ao contrário, à virilidade e à força, à identidade cultural e racial. Seria esta uma forma de encarar a dança e desconstruir este pensamento errôneo aqui apontado.

    Referente ao perceptível medo da sociedade em trabalhar com o corpo, Marques (1997) afirma que foram muitos os séculos em que o discurso do “corpo pecaminoso” foi predominante em nossa sociedade, e ainda se faz presente nas atitudes e comportamentos em relação à dança na escola. Desta forma, tanto o corpo como a dança ainda são cobertos por um mistério, que a grande maioria da população escolar ainda não conseguiu investigar, explorar, perceber, sentir, entender, criticar.

    Com relação aos maus olhos com que a sociedade encara o artista e a arte no geral, abrange também a arte de dançar e seus artistas. Arte ainda é sinônimo de excentricidade, de loucura. Uma dança que não seja codificada (como o balé, o flamenco, uma dança folclórica), acaba se relacionando á uma libertinagem, à irracionalidade.

    Atrelado a todos esses pré-conceitos, ainda está o senso comum sobre a relação "corpo-eu". Surge a idéia de que, através da expressão corporal, todos segredos, traumas, perversões e manchas negras de nossas vidas seriam obrigatoriamente expostos.

5.     A dança no ambiente escolar

    De acordo com Fiamoncini (2003) atualmente, quando se utiliza a dança como conteúdo, este se reduz ao ensino técnico dos estilos existentes e a exercícios convencionais. E para a realização destes, são requeridos aperfeiçoamentos constantes, visando ao desempenho e à funcionalidade do movimento. Não se pretende aqui negar que é preciso lidar com a aprendizagem da técnica de dança, mas isso não pode impedir a imaginação e a sensibilidade para um aguçar de todos os sentidos. Deve-se enxergar a participação nas datas comemorativas como algo válido, mas não com o objetivo único de agradar aos pais, de mostrar uma escola colorida, bonita, pensando apenas numa produção final. Isso significaria deixar de lado o ensino da dança como um processo de aprendizagem.

    Marques afirma que a dança vem sendo trabalhada nas escolas por diversos "tipos" de profissionais, ou seja, tanto os professores de educação física, de educação infantil, das séries iniciais, de educação artística acabam desenvolvendo o trabalho com dança nas escolas. Este fato é alarmante, visto que, segundo Marques (1997), tais profissionais não tem experiências prático-teóricas como intérpretes, coreógrafos e diretores de dança. Além disso, a dissociação que ocorre entre o artístico e o educativo na formação dos profissionais mencionados acima, acaba comprometendo substancialmente o processo criativo e crítico que poderia ocorrer nas escolas Básicas.

    Defendemos a presença ativa da arte no processo de formação das pessoas pela sua importância neste processo. Especificamente a dança constitui uma perspectiva de formar pessoas mais sensíveis, criativas e expressivas, se encontrada nos locais e momentos certos. Ao envolver experiências ligadas ao desenvolvimento da sensibilidade – as quais lidam com os sentidos da visão, tato etc. –, a educação potencializa não somente o pensamento lógico, mas também o pensamento sensível. É essencial que se compreenda: razão e emoção estão conectadas uma à outra, e a supremacia de uma ou outra só poderá resultar na incompletude, na sectarização, no equívoco, gerando, entre tantas outras conseqüências, a infelicidade.

Considerações finais

    A perspectiva histórica da dança traz possibilidades de abrir horizontes para uma discussão maior: como viver o presente? Como projetar o futuro? Ou seja, o conhecimento da história propõe referências, patamares, solos concretos para problematizarmos, criticarmos e construirmos hoje uma dança que enlace relações com a cidadania contemporânea.

    A educação necessita fazer parte deste enlace, pois propiciará a interdisciplinaridade entre o universo amplo e leve da dança com as disciplinas tidas como “duras” como matemática, física, química etc.

    Finalmente, percebe-se que o desafio está em considerar que o corpo não é instrumento para as aulas de educação física ou de artes, ou ainda um conjunto de órgãos, sistemas ou ainda objeto de programas de promoção de saúde ou lazer. Certamente áreas como educação física ou artes tematizam práticas humanas cuja expressão, em termos de linguagem, tem no corpo sua referencia específica, como é o caso da dança.

    Há a necessidade de perceber que o corpo natural é cultural, humano,mas ao mesmo tempo animal, universal e também singular além de ser histórico. Alertando para o fato de que não é possível buscar um corpo isento de história, a escola deve assumir a responsabilidade que possui ao colaborar com a reescrita dessa história. Desta forma, podemos advertir ainda para o desafio que as instituições escolares absorvem de permitirem o desabrochar as inúmeras possibilidades do indivíduo que se modifica constantemente e provoca mudanças no ambiente, na sociedade e na cultura.

    A dança colaborará de forma a possibilitar novas maneiras de intervenção na educação das crianças, contribuindo para a problematização da visão antropocêntrica que promove o isolamento e a incomunicabilidade, capazes de deteriorar as formas de sociabilidade. Parte-se assim de uma educação pautada em valores que promovam a compreensão e a autonomia, uma educação preocupada com a vida, com o próprio corpo e com o corpo do outro, configurado possibilidades de novas formas de ser, de viver e de movimentar-se.

    Por fim, será possível haver intervenções na educação de forma a problematizar concepções segregadoras de corpo, movimento, cultura e do próprio conhecimento. Difundirá uma educação que considere que o corpo é parte do mundo e numa relação ética e estética, que ultrapassa a racionalidade instrumental e as lógicas redutivas dos processos de construção do conhecimento.

Referências bibliográficas

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 195 | Buenos Aires, Agosto de 2014  
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