O perfil cognitivo e o comportamento da variabilidade da freqüência cardíaca em jogadores de futebol no período competitivo El perfil cognitivo y el comportamiento de la variabilidad de la frecuencia cardíaca en jugadores de fútbol en el período competitivo Cognitive profile and behavior of heart rate variability in soccer players during competitive period |
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*Mestre em Psicologia **Doutor em Psicologia ***Doutoranda em Psicologia ****Mestranda em Psicologia. Programa de Pós Graduação em Psicologia Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (Brasil) |
Joana Bastos Matos* Emílio Takase** Mariana Lopes*** Karen Cristine Teixeira**** |
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Resumo O presente estudo buscou traçar o perfil cognitivo e verificar a variabilidade da freqüência cardíaca em jogadores de futebol da categoria sub-17 de um time de Florianópolis, Santa Catarina. Os atletas foram do sexo masculino, com idade entre 15 e 16 anos. Estes passaram por uma bateria online de avaliação cognitiva e foram monitorados por um freqüencímetro cardíaco. Observou-se que a equipe apresenta maior habilidade aritmética em comparação com as outras tarefas, e apresenta valores abaixo da média na habilidade visuo-espacial. Os atletas apresentaram alto valor de batimento cardíaco, domínio do sistema simpático e variabilidade da freqüência cardíaca dentro do padrão. Unitermos: Variabilidade da freqüência cardíaca. Perfil cognitivo. Jogadores de futebol.
Abstract The present study aimed to delineate the cognitive profile and check the heart rate variability en soccer players under 17 category of a team of Florianópolis, Santa Catarina. The athletes were male, aged between 15 and 16 years. These run through an online cognitive assessment and were monitored by a frequency rate. It was observed that the team has a higher arithmetic ability in comparison with other tasks, and presents values below average in visual spatial ability. The athletes had high value of heart rate, sympathetic system and the values of the heart rate variability in the pattern. Keywords: Heart rate variability. Cognitive profile. Soccer players.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 194 - Julio de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
O futebol é um esporte conhecido mundialmente e está inserido na cultura e história do povo brasileiro, sendo classificado como o esporte mais popular do país. E, ao longo do tempo, atingiu uma grande evolução nos métodos de treinamento na busca de melhores resultados, investindo em estudos, pesquisas, materiais e recursos (CRUZ, 2008; MOSCA, SILVA e BASTOS, 2009). Nesta busca, o atleta é submetido a uma preparação física rigorosa, com alto volume e carga de treinamento e por vezes, a rotina do treinamento excede as exigências físicas e psíquicas do jogador. É quando ocorre o aparecimento de fadiga, lesões, estresse, queda no desempenho e da síndrome do excesso de treinamento (CRUZ, 2008).
Uma situação de grandes cargas emocionais leva o organismo a ajustes no sistema nervoso central (SNC), principalmente no lobo frontal, que processa as funções executivas como por exemplo memória de trabalho e atenção seletiva. Estes ajustes podem ser analisados quantitativamente por meio de respostas fisiológicas do sistema nervoso autônomo (SNA), como a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) ou avaliações cognitivas (MIYIMOTO, 2010; THAYER e LANE, 2000). Dietrich (2006) sugere a hipótese de que atividades desta intensidade levam a uma diminuição da atividade metabólica do córtex pré frontal proporcionando uma queda da ativação de neurônios motores, inputs sensoriais e regulação do SNA.
Responder eficientemente em ambiente complexo requere um equilíbrio dinâmico entre os dois ramos do SNA, o sistema nervoso simpático (SNS) e o parassimpático (SNP) (THAYER e LANE, 2000, 2009). Esse equilíbrio está relacionado à atividade do cérebro, por isso muitas pesquisas (HANSEN, et al, 2007; LUFT, TAKASE e DARBY, 2009) têm estudado a relação entre desempenho cognitivo e VFC. Por exemplo, sujeitos com maior VFC são melhores em tarefas executivas, mas não se diferenciam em relação a tarefas mais simples, como a de tempo de reação (HANSEN, et al., 2007).
Os ramos simpático (ativação) e parassimpático (relaxamento) são componentes do SNA que podem ser avaliados por índices espectrais que auxiliam na avaliação dos processos regulatórios. Um sistema simpático mais ativado está relacionado com baixa VFC e a situações estressoras como, por exemplo, nervosismo, excitação e fadiga (SUETAKE et al., 2010). Os baixos índices de VFC também estão associados a desordens cardiovasculares, psiquiátricas, físicas e do humor. Entende-se como VFC a variação no tempo entre os batimentos cardíacos, ou seja, as variações do intervalo das ondas R-R do ritmo cardíaco de um indivíduo. Quando há grandes oscilações da extensão dos intervalos R-R, existirá uma maior VFC (TEIXEIRA, 2008). Estas oscilações são controladas pelo SNA e sofrem alterações que são moduladas pela respiração, estresse físico ou mental ou por distúrbios de saúde (ABAD et al., 2007).
Os ajustes neurais do SNC para situações de estresse, fadiga e síndrome do excesso de treinamento estão diretamente ligados ao SNA (AUBERT, SEPS e BECKERS 2003). Assim como os processos cognitivos também dependem destes mecanismos, Davidson e Kabat-Zinn (2003) verificaram que uma baixa VFC está relacionada à diminuição do desempenho cognitivo de atenção. Teixeira (2008) observou que melhores desempenhos de funções executivas estão relacionados com maior VFC. Logo, percebe-se que quanto maior a VFC, melhor as condições do atleta para enfrentar as situações de jogo e desempenhar com maior qualidade as tarefas solicitadas. A investigação da capacidade cognitiva junto com a VFC em jogadores é importante pois pode servir como elemento de base na preparação física, tanto para detecção de fadiga e evitar a síndrome do excesso de treinamento,quanto para o acompanhamento de sua capacidade de adaptação e para o desenvolvimento do comportamento tático (FILGUEIRAS e GRECO, 2008).
O estudo de processos cognitivos junto com a VFC vem a servir como ferramenta de base para preparação física pois permite traçar um perfil psicofisiológico do atleta e, a partir destes dados elaborar um treino mais adequado e ajustado ao perfil de cada indivíduo. Este estudo tem como objetivo geral avaliar o desempenho cognitivo e a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) de jogadores de futebol da categoria juvenil de um time da cidade de Florianópolis, Santa Catarina, durante o final do período competitivo da temporada.
2. Métodos
É uma pesquisa descritiva, sem a presença de grupo controle. As variáveis estudadas serão a variabilidade da freqüência cardíaca e o desempenho cognitivo (LAKATOS e MARKONI, 1991).
2.1. Amostra
A população é composta por 16 jogadores de futebol, do sexo masculino, categoria juvenil com idade entre 15 e 16 anos, de uma equipe Catarinense de futebol. A média de freqüência de treinamento foi de 5 a 6 vezes por semana e o tempo em que o jogador é atleta tem uma média de 5,92 anos (±2,92).
2.2. Instrumentos
Os materiais utilizados foram os seguintes:
Freqüencímetro Polar® S810i para o registro de indicadores da variabilidade da frequência cardíaca e freqüência cardíaca;
Bateria computadorizada de monitoramento neuropsicológico ProA (www.sina-psi.com/proa) para o registro do desempenho em tarefas de atenção, memória de trabalho, habilidades visuo-espaciais, aritmética e desempenho sob pressão.
2.3. Procedimento para coleta de dados
A coleta foi realizada conforme os critérios éticos para pesquisa com seres humanos. Os dados foram coletados em 4 dias distintos, de acordo com a disponibilidade dos jogadores, sem que interrompesse a sua rotina normal. O ambiente não apresentava ruídos, estava iluminado com luz natural e a coleta foi realizada no período matutino. Após assinar o termo de consentimento, o atleta passou pela bateria de avaliação cognitiva. Durante a aplicação, os participantes utilizaram fones de ouvido e mouse.
As tarefas foram apresentadas na ordem: atenção seletiva, memória de trabalho, habilidade visuo-espacial e habilidade aritmética. Os quatro jogos têm uma estrutura semelhante composta por três níveis e feedback para cada tentativa, sendo que o último nível estava relacionado com o desempenho sob pressão, onde o sujeito tem que realizar a atividade em um determinado tempo. Antes, durante e após a avaliação, o atleta foi monitorado por um cardiofreqüencímetro da marca Polar® S810i. Os índices são obtidos por métodos lineares, no domínio do tempo e da freqüência, e métodos não lineares (VANDERLEY, et al., 2009; ROQUE, 2009). Os métodos lineares analisados foram: a) análise no domínio do tempo; b) analise no domínio da freqüência e c) não linear (VANDERLEY, et al., 2009).
2.4. Procedimento e análise de dados
Os relatórios de desempenho cognitivo (atenção, memória de trabalho, habilidade visuo-espacial, aritmética e sob pressão) de cada participante foram gerados pelo próprio sistema do instrumento computadorizado ProA. Os registros realizados pelo cardiofreqüencímetro Polar modelo S810i de cada participante foram acessados por meio de software Polar Precision Performance. Os artefatos encontrados no registro da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) foram eliminados por este programa. Em seguida os dados foram exportados individualmente em formato TXT para o Kubios HRV Analysis Software, que analise os indicadores da VFC de cada indivíduo examinado. Posteriormente os dados foram tabulados e analisados por meio da estatística descritiva de freqüência simples realizados pelo Excel®.
3. Resultados
3.1. Freqüência Cardíaca
Analisando os resultados, verificou-se que os atletas apresentaram uma freqüência cardíaca média de 75 bpm (±11,30) em repouso. Na primeira atividade cognitiva, de atenção seletiva a freqüência não se alterou, mantendo-se em 75 bpm (±19,89), porém na atividade de memória de trabalho estes valores subiram para 77,57 bpm (±12,45). Na atividade de habilidade visuo- espacial verificou-se que a freqüência cardíaca obteve valores de 76,59 bpm (±11,33) e na ultima tarefa, a de habilidades aritméticas a os atletas obtiveram uma média da FC de 78,25 bpm (±15,61), e por fim, a freqüência na recuperação, no pós atividade foi de 77,6 bpm (±10,18). Esses valores podem ser melhor visualizados na tabela 1 a seguir.
Tabela 1. Comportamento da Freqüência Cardíaca durante as atividades
3.2. SDNN durante as atividades
Como o SDNN está relacionado ao desvio padrão dos valores de R-R, acredita-se que quanto maior este valor, maior a variabilidade da freqüência cardíaca. neste sentido, ao se observar a tabela 2, pode-se visualizar com maior clareza o comportamento da VFC durante as atividades cognitivas proposta aos jogadores. Assim, nota-se que no caso na linha de base o SDNN foi de 87,83 ms (±58,31), na atividade de atenção seletiva o SDNN obteve uma média de 64,9 ms (±39,02), enquanto na memória de trabalho foi de 60,44 (±38,21). Na tarefa visuo-espacial foi obtido valores de SDNN foi de 67,49 (±40,52) e na última tarefa os valores encontrados foram de 75,39 (±46,81), para a recuperação, o SDNN apresentou uma média de 68,81 ms (±29,19).
Tabela 2. Comportamento do SDNN durante as atividades
3.3. Relação LF/HF durante as atividades
Ao se analisar a razão LF/HF durante a linha de base foi de 3,37ms2 (±3,77). Em relação as atividades, esta razão apresentou valores de LF/HF foi de 2,08 (±1,81) na primeira tarefa, de 3,69 (±3,93) na segunda, 2,35 (±2,15) na visuo-espacial e na de habilidades aritméticas de 3,17 (±2,39). Por fim, o valor encontrado para a recuperação foi de 4,34ms2 (±4,50). A tabela 3 permite uma visualização dos resultados obtidos.
Tabela 3. Comportamento da Relação LF/HF durante as atividades
3.4. SD1 durante as atividades
Ao se observar a tabela 4, verifica-se que, em repouso, os atletas apresentaram uma média de
valor de 42,71 (±31,05). Na tarefa de atenção seletiva este índice foi para 37,21 (±26,83), enquanto na tarefa de memória de trabalho o resultado foi de 36,52 (±20,24). Na atividade visuo-espacial o SD1 apresentou-se mais baixo: 35,05ms (±23,65) e, na última atividade o SD1 foi de 36,09 (±15,65). Na recuperação o valor deste índice apresentou uma média de 35ms (±15,28).Tabela 4. Comportamento do SD1 durante as atividades
3.5. Resultado do Desempenho Geral das Atividades Cognitivas
A primeira tarefa a ser avaliada foi a de atenção seletiva,onde os atletas obtiveram um escore dentro da média de 0,22 (±1,07). A segunda tarefa da bateria foi de memória de trabalho, analisando os dados da memória de trabalho, nota-se que houve um resultado negativo -0,16 (±0,82), porém dentro da média do relatório gerado. Em seguida, foi avaliado a habilidade visuo-espacial, onde como pode-se observar na tabela 5 que os jogadores apresentaram um déficit, o escore obtido foi de -1,25 (±0,04). Na habilidade aritmética os atletas apresentaram valores acima de 2,15 (±0,21).
Tabela 5. Resultado do Desempenho Geral das Atividades Cognitivas
4. Discussão
Este estudo teve como objetivo realizar uma avaliação cognitiva computadorizada em atletas de futebol da categoria juvenil e avaliar o comportamento da variabilidade da freqüência cardíaca antes, durante e depois uma bateria cognitiva. Neste sentido, verificou-se que o comportamento da freqüência cardíaca na linha de base, apresentou uma média da frequência cardíaca (FC) acima do valor esperado para os jogadores desta faixa etária. Isto, em comparação com estudos de Levandoski (2009), que verificou uma média de FC na linha basal de 70,31 bpm em jogadores de futsal e idade similar.
Estudos de Fonte (2006) encontraram uma FC de 61,3 bpm e de Seiler, Haugen e Kuffel (2007), que analisaram a FC de atletas treinados e altamente treinados, com uma faixa etária de 23 a 27 anos e encontraram valores de 55 bpm para os altamente treinados e 60 bpm para atletas treinados. Os achados no presente estudo podem ser explicados pelo fato dos atletas estarem no fim do período competitivo, sendo que no dia da avaliação os mesmos teriam um jogo no período da tarde. Neste sentido, os atletas poderiam estar apresentado sinais de fadiga, pois como afirma Budget (1998), um dos sintomas da fadiga é o aumento da freqüência cardíaca basal.
Em relação a VFC, pode-se tirar como parâmetro os valores de SDNN e SD1, onde verificou-se que o SDNN apresentou maior valor durante a atividade cognitiva, enquanto o SD1 na tarefa visuo-espacial. Um estudo de Silva e Abad (2010) que analisou indivíduos saudáveis com uma média de 21 anos e fisicamente ativos, obteve valores de SDNN de repouso de 62,94 ms. Esquivel et al. (2009), encontrou um SDNN de repouso em um jogador de Badminton de 17 anos, de 60,34 ms. Neste estudo, foi verificado o SD1 basal que obteve valor de 39,7 ms.
Mourot et al. (2004) encontraram valores de SDNN de 66,3 em atletas e de 53,3 em atletas com síndrome de excesso de treinamento (SET). Neste mesmo estudo foi registrado valores para SD1 de 24,6 para atletas e 19,2 para atletas com síndrome de excesso de treinamento. No presente estudo encontrou-se valores de SDNN e SD1 superiores aos achados na literatura.
Nas tarefas cognitivas observou-se baixo desempenho na atividade visuo-espacial e memória de trabalho. Matser et al. (1999) realizaram uma avaliação cognitiva com jogadores de futebol na faixa etária de 24 anos e, corroborando com os achados deste estudo, verificaram que os atletas apresentaram baixo desempenho em habilidade visuo-espacial e memória de trabalho. Os autores especulam que estes baixos desempenhos podem estar relacionados a concussões por contato físico ou estresse mental.
Nestas tarefas não foi verificado grandes modificações relacionados à VFC, entretanto foi observado um maior valor SD1 na habilidade visuo-espacial, e maior FC na atividade de habilidade aritmética. Nesta última atividade os atletas apresentaram melhor desempenho cognitivo e maior VFC, observando os valores de SDNN. Vuksanovic e Gal (2007) analisaram o comportamento cardíaco na realização de atividades aritméticas e também verificaram que houve um aumento na freqüência cardíaca durante a atividade, mas não na VFC, enquanto um menor SDNN foi verificado na tarefa de memória de trabalho.
Durante as tarefas, a razão LF/HF demonstrou um predomínio do sistema simpático, durante a tarefa cognitiva, este valor apresentou-se maior na memória de trabalho. De acordo com Luft, Takase e Darby (2009), é esperado que durante tarefas que envolvem funções executivas o valor desta razão seja baixo. No presente estudo foi verificado uma menor razão entre LH/HF na atividade visuo-espacial e maior razão na memória de trabalho.
Comparando as médias dos batimentos cardíacos no pós atividade nota-se que os valores da FC não retornaram a linha basal, sugerindo uma maior ativação do sistema simpático (LUFT, TAKASE e DARBY, 2009). Esta suposição confirma-se quando se observa os valores de LF/HF no repouso e no pós atividade, que demonstra maior ativação do LF na recuperação.
Espera-se que durante as atividades haja um predomínio do sistema simpático, como visto anteriormente. Porém, um predomínio constante do sistema simpático quando o individuo encontra-se em situações de repouso, pode refletir sinais de fadiga. O ramo simpático é acionado diante de uma ameaça (luta ou fuga) na mobilização de energia para reagir diante a situação. Se a ação do ramo simpático é excessiva e prolongada ocorre sobrecarga negativa no sistema cardiovascular podendo causar problemas como estresse e ansiedade (ZANSTRA, et al., 2006).
Ao se verificar os índices do SDNN e SD1, em relação ao repouso estes valores se apresentaram mais baixos indicando menor VFC, que pode ser explicado por um aumento de receptores adrenérgicos e diminuição de receptores colinérgicos (THAYER et al., 2009). Tendo em vista o tempo para coleta da recuperação ter sido de 2 min. pode-se acreditar que não houve tempo suficiente para que o atleta voltasse aos níveis de repouso. O SD1 apresentou valores menores do que em repouso (37,21 ms) ±26,83 indicando menor ativação simpática.
Considerações finais
A avaliação geral da equipe revelou que a habilidade aritmética é a parte cognitiva mais desenvolvida nos jogadores enquanto a habilidade visuo-espacial, a menos. Já no desempenho sob pressão a atenção seletiva melhorou mais que as outras, apenas a habilidade aritmética apresentou ter piorado sob pressão.
O comportamento da variabilidade da freqüência cardíaca dos jogadores, se manteve alta mesmo no período de repouso.
Durante as atividades a VFC diminuiu em relação ao repouso e manteve-se mais baixa no pós atividade.
O SDNN e SD1 estiveram mais ativados após a atividade. O D2, apresentou valores mais altos durante a atividade, sugerindo que os avaliados estavam conseguindo enfrentar a nova situação.
Acredita-se que uma avaliação cognitiva coletiva não é suficiente para traçar um perfil do grupo, tendo em vista os altos valores do desvio padrão. O indicado neste caso, seria avaliar os atletas individualmente, para poder atuar na intervenção de seu maior déficit.
Sugere-se mais estudos sobre o assunto para possíveis comparações de resultados e futura identificação do perfil de cada atleta por posição.
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