Efeito do treinamento resistido no crescimento e desenvolvimento físico de pré-adolescentes Efecto del entrenamiento resistido
en el crecimiento y desarrollo físico de preadolescentes |
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*Graduada em Educação Física pela Faculdade Católica do Ceará **Mestre em Saúde Coletiva. Professor Adjunto da Faculdade Católica e FAMETRO (Brasil) |
Maria Luciana Nunes de Barros* Demétrius Brandão Cavalcante** |
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Resumo A musculação na pré-adolescência é bastante controversa, devido à diversos estudos antigos serem incompletos ou sem definição correta, que afirmam que as musculações para esses indivíduos são prejudiciais para o crescimento. O objetivo geral deste trabalho foi investigar o efeito do treinamento resistido sob a estatura de pré-adolescentes, do sexo masculino, de 14 a 17 anos de idade. É um estudo analítico descritivo modelo correlacional. Realizado com 30 adolescentes foi verificado o peso, estatura, perimetria e flexibilidade. Foram incluídos 16 adolescentes que já passaram da fase de adaptação (três meses), que praticavam a musculação cinco até seis vezes por semana, foram excluídos 14 adolescentes que treinavam menos do que 3 meses, eram adolescentes sadios sem problemas de pressão arterial ou qualquer outro tipo de problema de saúde. O estudo demostrou que 63,63% dos alunos tiveram aumento do peso, enquanto apenas 36,36% perderam peso, na altura o aumento foi de 81,81%, continuou com a mesma altura 18,18% dos indivíduos, o mais importante é que 0% dos indivíduos não diminuíram a altura. O ganho de massa foi favorável cerca de 54,54% aumentaram nesse período, 27,27% perdeu massa, 18,18% não ganhou massa, a flexibilidade foi de 63,63%, 27,27% diminuíram a flexibilidade e 9,09% manteve com a mesma flexibilidade. O estudo demostrou que os resultados foram alcançados, confirmando que o treinamento de força para pré-adolescentes é benéfico, não altera no crescimento, sendo executado com orientação qualificada e bem-sucedida, trazendo saúde e bem-estar para os pré-adolescentes. Unitermos: Treinamento de força. Desenvolvimento infantil. Crescimento.
Abstract The weight preadolescence is quite controversial, due too many past studies are incomplete or without proper definition, who claim that weight training for these individuals are detrimental to growth. The general objective of this study was to investigate the effect of resistance training on the stature of pre-teens, male, 14-17 years of age. It is an analytical descriptive correlational model. Conducted tests on 30 teenagers weight, height, girth and flexibility. The study included 16 adolescents who have passed the adaptation phase (three months), who practice bodybuilding five to six times a week, will be excluded 14 adolescents who train less than three months, are healthy adolescents without blood pressure problems or any other type of health problem. The study shows that 63.63% of students had increased weight, while only 36.36% lost weight, at the time the increase was 81.81%, continued with the same height 18.18% of individuals, the most important that is 0% of individuals not reduced height. The mass gain was favorable about this period increased 54.54%, 27.27% lost weight, not gained 18.18% mass, flexibility was 63.63%, 27.27% decreases the flexibility and 9, 09% remained with the same flexibility. The study shows that the results were achieved, confirming that strength training for pre-teens is beneficial, does not alter the growth, running with skilled guidance and successful, bringing health and wellness for pre-teens. Keywords: Strength training. Child development. Growth.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 194 - Julio de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A musculação praticada por crianças e pré-adolescentes é um tema bastante discutido. Alguns autores mostram seus benefícios e outros afirmam que prejudica no desenvolvimento do adolescente. (ALVES, 2008).
Desde a década de 50 o tema treinamento com pesos para crianças e adolescentes vem sendo discutido. Porém, as publicações cientificas tem crescido por volta dos anos 80. (CÂMARA, 2006).
Para Atelier (2011) apesar de estarmos no século XXI, ainda existem pessoas, e entre elas até professores de Educação Física, que teimam na proibição de crianças e adolescentes quando se trata relacionar a pratica de musculação para esta faixa etária.
“Alguns fatores que influenciam a visão da criança sobre o treinamento resistido são o interesse, a maturidade, o crescimento, a capacidade de entendimento e a influência dos pais.” (CAMPOS, 2004).
O motivo das dúvidas ocorridas pela modalidade de musculação não ser benéfica para adolescentes é devido os profissionais não se atualizarem com temas diversos. Pesquisas atuais provam constantemente os verdadeiros efeitos de um programa de força para esse público. Os estudos antigos questionavam a segurança e os benefícios do treinamento de força para crianças e adolescentes, porém novas pesquisas mostram o quanto é indicado tanto para crianças como para adolescentes e que podem aumentar a força muscular, mostrando o resultado do treinamento. (FISCHER, 2009).
As determinações dos exercícios, da sobrecarga, do desempenho não devem ser feitas de acordo com a idade biológica do adolescente, por que cada um é diferente do outro, fisicamente, tem crianças com a mesma idade mais que tem peso, altura, estrutura física diferente das outras crianças, por isso deve ser exercícios específicos (BARBOSA, 2009).
Segundo o posicionamento da National Strength and Conditioning Association (...) os principais benefícios do treinamento de força, em pré-puberes e adolescentes são: - Aumento da força muscular, potência e resistência muscular localizada (a capacidade de um músculo ou músculos de realizar múltiplas repetições contra uma dada resistência). (PÓVOA, 2006).
A criança tem muito menor capacidade de gerar potência mecânica por um curto tempo e esta diferença não é somente devida ao pequeno tamanho do corpo ou á menor massa muscular. O aumento da capacidade aeróbia durante a adolescência excede o aumento da massa muscular, o que indica que o crescimento muscular não é o único fator responsável pelas alterações da capacidade de exercício anaeróbio (CAMPOS, 2004, p. 112).
(...) No treinamento com pesos, ineficácia e um grande potencial de risco para lesões musculares ou de placas de crescimento. A partir de então, como um mito, isso se difundiu entre leigos e profissionais da área, procurando afastar crianças e adolescentes desse tipo de exercício, persistindo, infelizmente, até os dias de hoje. (CÂMARA, 2006).
Segundo Póvoa (2006): informa que há um grande crescimento de crianças e adolescentes praticando musculação. A busca de qualidade de vida ou até mesmo pela estética é que seja o motivo pelo crescimento, os indivíduos nessa fase da vida são facilmente conquistados pela mídia e por padrões sociais, de onde o objetivo principal é um corpo forte ao invés de saudável.
A busca constante pela transformação corporal, trazendo a juventude e a beleza está muito marcante. A freqüência nas academias de ginástica por adolescentes, jovens e adultos esta muito alta, as pessoas estão valorizando a sua imagem corporal, a procura de um corpo perfeito, segundo o novo ideal de beleza. Os indivíduos estão cada vez mais insatisfeitos com a sua imagem corporal procurando cada vez mais corrigi-lo, em busca do padrão artificial que a mídia colocou como ideal, mesmo gozando de saúde perfeita. (TRABBOLD, 2010).
“O aumento de força e ao volume muscular, pode-se ocorrer em qualquer idade. Mas tem idades que o processo ocorre mais rápido do que em outro, depende se há uma boa alimentação, vida saudável, treinamento adequado, bem orientado, um bom repouso pode aumentar a força e o volume muscular. (EDUARDO, 2003)”.
“O treinamento muscular deve ser realizado com cargas moderadas e maior número de repetições, valorizando o gesto motor, uma vez que este tipo de atividade contribui para o aumento da força muscular e massa óssea”. (BARBOSA, 2009).
Para Campos (2004): As crianças podem fazer treinamento intervalado. Pois exercícios curtos de alta intensidade a criança recupera mais rápido do que propriamente os adultos.
Aqueles que contra-indicam a prática por jovens pré-púberes argumentam que, além de não aumentar a força muscular devido á quantidade insuficiente de andrógenos circulantes, ela ainda se associa a um potencial risco de lesão da cartilagem de crescimento e de fechamento precoce das epífises, como resultado da sobrecarga excessiva. (ALVES, 2008, p. 10).
Materiais e métodos
Foi realizado um estudo analítico descritivo modelo correlacional em relação aos efeitos da atividade de musculação resistida com adolescentes.
A investigação foi desenvolvida através de coletas de dados que foram realizadas em uma Academia em Fortaleza-Ceará, situada no Bairro: Dias Macêdo, rua: Capitão João Ferreira Lima, 404 com a inclusão de 16 alunos de 14 a 17 anos de idade, do sexo Masculino. Realizou-se os testes em 30 adolescentes e todos foram medidos, pesados e feitos o teste de flexibilidade nos mesmos aparelhos. Foram incluídos 16 adolescentes que já passaram da fase de adaptação (três meses), que praticavam a musculação de cinco até seis vezes por semana, foram excluídos 14 adolescentes que treinavam menos do que 3 meses, eram adolescentes sadios sem problemas de pressão arterial ou qualquer outro tipo de problema de saúde.
A perimetria foi realizada com fita métrica flexível com graduação em milímetros e serão medidas os seguintes locais (antebraço D/E, braço D/E, Tórax, cintura, abdômen, quadril, coxa meso-femural D/E, panturrilha D/E).
Mensuração e obtenção dos dados
SEGUNDO Fernandes Filho, (2003): Antebraço: Protocolo com o avaliado em PO, com os antebraços supinados, coloca-se a fita no ponto de maior massa muscular. Braço Forçado: Protocolo com o avaliado em PO, com o braço elevado á frente no nível do ombro; com o antebraço esquerdo, se segura, internamente, o punho direito, de modo a opor resistência a este. A um sinal do avaliador, o avaliado realiza uma contração da musculatura flexora do braço; medir a maior circunferência estando a fita em ângulo reto em relação ao eixo do braço. Tórax: Protocolo colocar a fita num plano horizontal, passando sobre a cicatriz mamilar. Cintura: Protocolo o avaliado permanece em PO, com o abdômen relaxado, no ponto de menor circunferência, abaixo da última costela, colocar a fita num plano horizontal. Abdômen: Protocolo com o avaliado em PO, colocar a fita num plano horizontal, passando sobre a cicatriz umbilical. Quadril: Protocolo com o avaliado em PO, braços levemente afastados, pés juntos e glúteos contraídos, colocar a fita num plano horizontal, no ponto de maior massa muscular das nádegas, as medidas forma tomadas lateralmente. Coxa meso femoral: Protocolo com o avaliado em PO, com as pernas levemente afastadas, colocar a fita no nível do ponto meso femoral, num plano horizontal. Localização do ponto meso femoral: ponto médio entre a prega inguinal e a borda superior da patela. Panturrilha: Protocolo com o avaliado em PO, com as pernas levemente afastadas, colocar a fita no plano horizontal, no ponto de maior massa muscular.
A flexibilidade foi feita utilizando o teste sentar e alcançar sem o banco, o examinado senta com os calcanhares 20 a 30 cm separados um do outro e os tornozelos flexionados de forma que os dedos dos pés apontem para o teto. Os calcanhares ficam alinhados com a fita métrica de forma que a linha do calcanhar fique em 30 cm. Os alongamentos para frente da linha dos calcanhares são registrados como números de valores positivos; os mais curtos do que a linha dos calcanhares são registrados como valores negativos. São permitidas três tentativas; o quarto alongamento é mantido por três segundos, enquanto a distância é medida e registrada. Os resultados são registrados e arredondados para o meio centímetro mais próximo. (TRITSCHLER, 2003).
A estatura foi verificada na balança analógica (Filizola) em cm. Protocolo: o avaliado deve estar na posição ortostática (PO): em pé, posição ereta, braços estendidos ao longo do corpo, pés unidos, procurando pôr em contato com instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A medida é feita com o avaliado em apnéia inspiratória, de modo minimizar possíveis variações sobre esta variável antropométrica. A cabeça deve estar orientada segundo o plano de Frankfurt, paralela ao solo. A medida será feita com o cursor em ângulo de 90º em relação à escala. Permite-se ao avaliado usar calção e camiseta, exigindo que esteja descalço. (FERNANDES, 2003).
O peso foi verificado na balança, 100g (Filizola) kg. Protocolo: o avaliado deve se posicionar em pé, estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-se sobre e no centro da plataforma, ereto e com o olhar num ponto fixo á sua frente. Deve usar o mínimo de roupa possível. É realizada apenas uma medida. (FERNANDES, 2003).
Resultados
Baseado nas informações coletadas na pesquisa de campo, foi possível chagar aos seguintes resultados.
Tabela 1. 1ª amostra da referente a peso, altura, perimetria e flexibilidade dos pré-adolescentes
Tabela 2. 2ª amostra da referente a peso, altura, perimetria e flexibilidade dos pré-adolescentes
Quanto à percepção sobre os resultados advindos da avaliação corporal, verificou-se um ganho de peso, altura, massa corporal e um aumento de flexibilidade. Como mostra o gráfico 1:
Gráfico 1. Referente à 2º coleta de dados
: Os resultados obtidos referente ao peso foi positivo, pois 63,63% dos alunos tiveram aumento do peso, enquanto apenas 36,36% perderam peso e 0% continuaram com o mesmo peso.Peso corporal
Altura: Enquanto os resultados da altura o aumento foi de 81,81%, continuaram com a mesma altura 18,18% dos indivíduos, o mais importante é que 0% dos indivíduos não diminuiu a altura.
Perimetria: O ganho de massa foi favorável cerca de 54,54% aumentaram nesse período, 27,27% perdeu massa, 18,18% não ganhou massa.
Flexibilidade: O ganho da flexibilidade foi de 63,63%, 27,27% diminui a flexibilidade e 9,09% manteve com a mesma flexibilidade.
Discussão
Trabbold (2010) na sua pesquisa relatou que os adolescentes que participaram da pesquisa não informam que o objetivo principal que praticabam a musculação pela vaidade, pois para eles quem cuida da beleza são as mulheres. O significado da academia para eles é um ambiente que está ligada para adquirir mudanças no corpo, saúde. Mais que se idealiza em modelar o corpo.
O crescimento é aumentado com a prática da atividade física moderada. O fato de fazer exercícios com sobrecarga elevada fazem com que os hormônios do crescimento diminuam comprometendo a altura final do individuo. Esta claro que não é o esporte que faz crescer e sim a pessoa procura aquele esporte pela facilidade, que acha pelo tamanho que tem. Os adolescentes estão na fase de crescimento por tanto não deve haver restrição alimentar e de suplementação que são prejudiciais. (ALVES, 2008).
De acordo com a pesquisa de Vieira (2002) as células musculares são aumentadas com a prática da musculação, o adolescente só deve praticar depois de uma avaliação puberal, evitando a diminuição do crescimento ósseo com o treinamento de força.
Diversos estudos mostram que nessa faixa etária há uma melhora na saúde dos ossos, que são maiores do que os que iniciam na fase adulta. As respostas dos efeitos no esqueleto aonde são maiores os exercícios resistidos. 10% do aumento da densidade óssea no individuo é importante na prevenção de doenças ósseas, mas foram relatados aumentos de até 30%. (Câmara, 2006)
De acordo com Biazussi (2000) na promoção da saúde também é muito importante exercícios aeróbicos. A musculação contribui para o equilíbrio calórico negativo, aumenta a massa magra, durante os exercícios são utilizados os carboidratos.
Conclusão
A pesquisa demostrou que os objetivos foram alcançados. Portanto o efeito do treinamento resistido em pré-adolescentes não causaram lesões nos ossos, não atrapalharam o crescimento, o individuo cresce de acordo com a sua genética e não por esportes que praticam, houveram ganho de massa corporal compatível a idade dos pesquisados, o grau de flexibilidade também foi melhorado, o peso corporal aumentou de acordo com a perda da gordura dos pré-adolescentes e pelo aumento da massa.
Referências
ALVES, Crésio; Lima, Renata Villas Boas. Impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e puberdade de crianças e adolescentes. Disponível em: Rev. paul. Pediatr. Vol.26 nº 4 São Paulo Dec., 2008.
ATELIER, Claudio. Musculação para crianças e adolescentes, 2011. Publicado em http://power-works.net/2011/05/18/musculacao-para-criancas-e-adolescentes.
BARBOSA, Vera Lúcia Perino. Prevenção da obesidade na Infância e na adolescência. 2ª edição - Revisada e ampliada. Manole, 2009.
BOSIO, Cleiton; Kalinine, Dr. Louri; Júnior, Ademar Pinezi. Análise comparativa do desenvolvimento da hipertrofia muscular em adolescentes com faixa etária Entre 15 a 17 anos com diferentes concentrações de tipos de fibras musculares. 2011. http://www.efdeportes.com/efd163/desenvolvimento-da-hipertrofia-muscular.htm
CÂMARA, Lucas Caseri; Santarém, José Maria. Exercícios resistidos para crianças e adolescentes: segurança, eficácia e treinamento, 2006. Disponível em www.revistamedicaanacosta.com.br
CAMPOS, Maurício de Arruda. Musculação – 3ª edição – Editora: Sprint, 2004.
EDUARDO, Carlos; Rodrigues C.; Carnaval, Paulo Eduardo; Musculação: teoria e prática, 25ª edição, 2003.
EVANGELISTA, Alexandre. Treinamento de força para crianças e adolescentes, 2010. Pesquisado em: www.alexandreevangelista.com.br
FERNANDES, José Filho. A prática da avaliação física- Editora: Shape, 2003.
FOSS, Merle L.; Keteyian, Steven J. Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6ª edição, Editora: Guanabara Koogan, 2000.
FISCHER, Bruno. Parecer técnico sobre o treinamento de musculação durante a infância e adolescência, 2009.
GENTIL, Paulo. Bases científicas do treinamento de hipertrofia. 2ª edição, Editora: Sprint, 2006.
PÓVOA, Pedro. Crianças e adolescentes podem fazer musculação? 2006. Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4997/-1criancas-e-adolescentes-podem-fazer –musculação.html.
SIMÃO, Roberto. Fisiologia e prescrição de exercícios para grupos especiais. 3ª edição- Editora: Phorte, 2008.
TRABBOLD, Vera Lúcia Mendes. Significados do corpo para os adolescentes masculinos que freqüentam academias de ginástica, 2010.
TRITSCHLER, Kathleen. Medida e avaliação em educação física e esporte. 5ª edição, Editora: Manole, 2003.
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