Nível de ansiedade estado em
crianças Nivel de ansiedad estado en niños y adolescentes que practican futsal |
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*Licenciado em Educação Física pela UNIGUAÇU Bacharelando em Educação Física pela UNIGUAÇU Pós-Graduando em Biodinâmica do Treinamento Desportivo e Personal Training pela UNIGUAÇU Grupo de Estudos para Assuntos Relacionados ao Futebol e Futsal (GEPARFFUT) da Uniguaçu **Orientador. Bacharel em Educação Física e Esportes pelo CEFID/UDESC Especialista em Treinamento Desportivo e Personal Training pelo CEFID/UDESC Especialista em Fisiologia do Exercício pela UVA Mestre em Ciências do Movimento Humano pelo CEFID/UDESC Doutor em Atividade Física e Saúde pela UFSC Professor do Curso de Educação Física da UNIGUAÇU |
Fábio Hanchuck* Andrey Portela** (Brasil) |
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Resumo Diante de tantos problemas psicológicos encontrados na nossa sociedade, a ansiedade esta presente em qualquer idade, desde crianças até idosos, e em qualquer espaço social como, por exemplo, o esporte, trazendo malefícios ao indivíduo portador deste desequilíbrio emocional. Diante disso, elaborou-se a seguinte questão problema: Qual é o nível de ansiedade estado de crianças e adolescentes praticantes de futsal? Este estudo teve como objetivo descrever os níveis de ansiedade estado pré-treino em crianças e adolescentes praticantes de futsal, buscando analisar qual das categorias são mais ansiosas e quais posições dentro do futsal apresentam maiores índices de ansiedade, comparando titulares e reservas. A pesquisa de campo, aplicada, com característica quantitativa, descritiva, de caso, aprovada pelo Núcleo de Ética e Bioética da UNIGUAÇU, investigou 23 praticantes do sexo masculino, de duas categorias (sub-13 e sub-15), residentes no município de Três Barras – SC. A amostra do tipo não probabilística intencional buscou investigar o maior número possível de indivíduos durante o ano de 2013. O instrumento utilizado para coleta das informações foi o Inventário de Ansiedade Estado – IDATE (SPIELBERG et al., 1979). Após a coleta, as informações foram analisadas através da estatística descritiva e distribuídas em tabelas e gráficos. Conclui-se que o nível de ansiedade estado dos atletas apresenta um valor mediano dentro do score do IDATE, constatado que entre as categorias e entre titulares e reservas, tais valores são muito próximos. Porém, quanto ao posicionamento de cada atleta, verificou-se uma maior variação. Unitermos: Psicologia do Esporte. Ansiedade Estado. Futsal.
Abstract Faced with so many psychological problems encountered in our society, the anxiety is present in all ages, from child to the elderly, and in any social space, the sport, for example, bringing harm to the individual carrying this emotional imbalance. Therefore, we prepared the following problem question: What is the level and the state anxiety in children and adolescents practicing futsal? This study aimed to describe the levels and the state of anxiety pre-training in children and adolescents futsal's practicing, trying to analyze which of the categories are more anxious and which positions within the futsal have higher rates of anxiety, comparing the reserves and holders. The field research, applied with a quantitative and descriptive of the case, approved by the UNIGUAÇU Ethics and Bioethics Center to investigated 23 male practitioners, for two categories (sub-13 and sub-15) residing in Tres Barras – SC city. The intentional non-probabilistic sample of the kind sought to investigate the largest possible number of individuals during the 2013. The instrument used for the data collection was the State Anxiety Inventory – STAI (SPIELBERG et al., 1979). After collection, the data were analyzed using descriptive statistics and distributed in tables and graphs. It is concluded that the anxiety level and state of the athletes has a median value within the STAI score, found that between categories and between members and reserves, such values are very close. However, about each athlete's placement, there was a larger variation. Keywords: Sports Psychology. Anxiety State. Futsal.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 194 - Julio de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Diante de tantos problemas psicológicos encontrados na nossa sociedade, a ansiedade esta presente em qualquer idade, desde crianças até idosos, dentro do esporte ou vida social, trazendo malefícios ao indivíduo portador deste desequilíbrio emocional.
Podemos observar que nós adultos sofremos com a ansiedade desde quando éramos crianças, geralmente antes de um evento importante, uma competição, uma viajem ou uma data comemorativa e, devido a isso, obtivemos sintomas ligados à ansiedade que nos prejudicaram, tanto na vida social quanto esportiva.
Segundo Rubio (2000), as emoções são fundamentais em nossas vidas, e fazem parte do cotidiano de todos, inclusive do cotidiano dos atletas, porém, não são definidas e medidas com facilidade. É grande o número de pessoas que sofrem com a ansiedade, tanto adultos quanto crianças e adolescentes. Devido a isso, devemos buscar estudos e meios de trabalhar contra a ansiedade em ambiente como o trabalho, a escola e na prática esportiva, facilitando assim que as pessoas aprendam a controlar sua ansiedade.
Existem estudos que indicam que a ansiedade acontece de diversas formas, e em várias idades, podendo alterar seu comportamento. De acordo com Weinberg (2008) podemos definir a ansiedade estado, que é o foco deste estudo, como um estado emocional que dura temporariamente, mas que acontece em constantes variações, associados com o sistema nervoso autônomo, gerando sentimentos de tensão e apreensão.
Nas crianças e adolescentes estes sintomas podem estar presentes antes de um fato importante, como um campeonato ou o próprio aniversário. Na idade adulta acontece diariamente devido ao trabalho, estudos ou até mesmo preocupações. Quando o adulto chega à aposentadoria, a ansiedade começa a apresentar maior incidência devido à mudança no dia a dia, onde o aposentado passa a ter dificuldade de se acostumar com a nova rotina ociosa, diferente daquela que ele vivenciava em seu emprego. Chegando à idade avançada, o individuo começa a procurar meios de ocupação como grupos da terceira idade, buscando um bem estar físico e psicológico. Porém outros acabam entrando até mesmo em depressão, e a cada vez que ficam mais velhos acabam temendo e esperando a própria morte. Buriti (2001) indica que a predisposição para as dificuldades emocionais e sociais, é muito maior durante a adolescência do que em qualquer período de desenvolvimento.
Com o presente estudo iremos avaliar crianças e adolescentes praticantes de futsal, pois é possível que seja encontrado um maior nível de ansiedade pela falta de experiência, pouca concentração e baixo controle emocional.
Para Samulski (2009), temos a conclusão de que até agora não existem estudos e resultados suficientes para dizer a importância das emoções no esporte. E isso demonstra que precisamos buscar ainda mais qualquer espécie de estudo ligado a ansiedade, para aumentar a inserção da psicologia do esporte em quaisquer modalidade, seja no próprio futsal, em esportes coletivos ou individuais.
Samulski (2009) ainda relata que os professores de Educação Física precisam de maiores conhecimentos e capacidades psicológicas para assim aprenderem a compreender melhor o comportamento humano, além de apenas transmitir habilidades técnicas esportivas. Frisamos aqui o porquê disto acontecer, onde, será que nossos educadores físicos têm consigo uma bagagem correta de como trabalhar com a psicologia do esporte, ou tem esse conhecimento, mas não o utilizam, deixando de lado fatores que poderiam fazer grande diferença dentro do esporte nacional.
Diante de tudo isso, elaborou-se a seguinte questão problema: Qual é o nível de ansiedade estado de crianças e adolescentes praticantes de futsal?
Este estudo teve o objetivo de verificar o nível de ansiedade estado de crianças e adolescentes praticantes de futsal, em situação de pré-treino, analisando esta variável nas categorias, nas posições dentro do futsal, e entre titulares e reservas.
Desta forma, a elaboração deste estudo justifica-se a partir do momento em que, identificando o nível de ansiedade nestes praticantes de futsal, podemos buscar uma melhor abordagem / estratégia psicológica contra os fatores que possivelmente intercedam durante as competições ou até mesmo na vida social, ajudando assim no desempenho dos praticantes.
Método
Este estudo se caracteriza como uma pesquisa de campo, aplicada, quantitativa, descritiva, de caso (MARCONI; LAKATOS, 2006).
A população investigada foi composta por 23 crianças e adolescentes do sexo masculino, praticantes de futsal e residentes no município de Três Barras – SC. Os participantes foram divididos em duas categorias compostas por crianças e adolescentes de 11 a 13 anos na categoria sub-13, e de 14 a 15 anos na categoria sub-15. A amostra deste estudo foi do tipo não probabilística intencional, buscando investigar o maior número possível de indivíduos.
O instrumento utilizado para coleta das informações foi o Inventário de Ansiedade Estado – IDATE (SPIELBERG et al., 1979). O instrumento é constituído por 20 questões referentes às sensações momentâneas relacionadas à ansiedade, em escala de valores de 1 a 4, sendo considerado 1 – absolutamente não, 2 – Um Pouco, 3 – Bastante, 4 – Muitíssimo.
Para a somatória dos pontos, considera-se nas questões que representam sensação ansiosa, o número correspondente à resposta do avaliado (Questões 3, 4, 6, 7, 9, 12, 13, 14, 17, 18), e o inverso caso a sensação fosse de relaxamento (Questões 1, 2, 5, 8, 10, 11, 15, 16, 19, 20). O escore total dos 20 itens pode variar de 20 pontos a 80 pontos.
Antes do início da coleta de dados, os participantes da pesquisa levaram aos seus pais e responsáveis um convite para que pudessem participar do estudo, tendo assim o consentimento dos mesmos através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Dos procedimentos adotados para a aplicação do instrumento, primeiramente foi realizada uma explicação oral e demonstrativa em grupo e individual. Juntamente com isso foi feito um relato da importância do estudo e preenchimento correto do instrumento.
O inventário de ansiedade, que foi aplicado individualmente, teve seu preenchimento realizado 60 minutos antes do início de cada treinamento, no próprio ginásio onde o trabalho com os atletas foi realizado.
Cada participante recebia uma cópia do inventário e se dirigia até uma carteira escolar onde respondia o questionário, levando uma média de 10 minutos para o preenchimento. Após finalizar suas respostas, o participante colocava sua cópia dentro de uma pasta, com suas respostas viradas para baixo, sem poder ver os questionários que foram respondidos anteriormente.
O tempo total de coleta durou duas semanas, onde foram utilizados três dias alternados em cada semana, totalizando seis coletas com cada indivíduo.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Bioética das Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu – UNIGUAÇU, protocolo nº001, garantindo aos participantes total sigilo de identidade, demonstrando não representar nenhum risco e respeitando todos os aspectos éticos que envolvem uma pesquisa com seres humanos.
Após a coleta dos dados, os mesmos foram analisados a partir da estatística descritiva e apresentados em gráficos e tabelas.
Apresentação e discussão dos resultados
De acordo com a organização dos dados coletados com a utilização do referido instrumento, segue a apresentação dos resultados, suas interpretações e discussões.
Identificado o nível de ansiedade estado de cada atleta, foi elaborada uma média de acordo com cada categoria (titulares e reservas), referente à posição dentro do futsal. Inicialmente foram analisados os níveis gerais de ansiedade estado dos praticantes de futsal, que apresentaram uma média de 37,5 pontos no escore IDATE.
Quanto à diferença apresentada sobre o nível de ansiedade estado em situação pré-treinamento geral, que se deu a partir das seis coletas de onde foi retirada esta média geral, analisemos também a média da ansiedade estado em cada um dos momentos de coleta, observando a ansiedade de todos os atletas sem divisões de categorias, seguindo os resultados nas categorias sub-13 e sub-15.
Tabela 1. Ansiedade estado das equipes sub-13 e sub-15
Nota-se que há uma diferença acentuada entre as equipes sub-13 e sub-15, onde a diferença geral entre ambas dentro da escala IDATE é de 06 pontos. Apesar da diferença encontrada entre as categorias, onde, respectivamente, apresentaram níveis de ansiedade estado de 40 pontos para os atletas sub-13 e 34 pontos para os atletas sub-15, mesmo com uma diferença de 06 pontos, ambos apresentam uma posição intermediária na escala do IDATE, que varia de 20 à 80 pontos, indicando um maior estado de ansiedade.
Apesar de serem jovens atletas, a ansiedade em modo geral não demonstra grande média, nos dando a possibilidade de crer que a equipe esta bem emocionalmente. Porém, de acordo com Marques (2003), a ansiedade é muito presente no jovem atleta, pois ele é exposto a enormes pressões, que podem vir de cobranças externas como de seus técnicos e pais, que esperam sempre um ótimo resultado, fazendo com que esta ansiedade acabe causando manifestações maléficas para o atleta, trazendo a ele momentos desagradáveis e não proveitosos.
Analisando que a categoria sub-13 apresenta maior nível de ansiedade, pode-se dizer isso pode ocorrer devido própria idade e vivência dos atletas onde, segundo Brandão e Machado (2007), os atletas mais experientes apresentam uma autoconfiança maior do que os inexperientes ou mais novos, e isso ocorre porque atletas mais experientes como os do sub-15 sabem lidar com a pressão diante das competições de maneira mais fácil. Ao verificar o histórico das duas categorias, vê-se que a categoria sub-15 já disputou outros campeonatos e obteve vitórias importantes, além de acreditar que a categoria sub-13 sinta-se pressionada a conseguir bons resultados, além de terem menos experiência em competições.
Para Buriti (2001), os jovens particularmente mais novos no esporte enfrentam pela primeira vez situações nas quais seu sucesso ou fracasso são muito visíveis aos outros. Demonstrando assim que sendo mais novos e menos experientes, os atletas do sub-13 tendem a apresentar menor controle emocional, sofrendo maior pressão diante de seu desempenho.
Diante do gráfico 1, pode-se dizer que a categoria sub-15 não só obteve melhores resultados, como também teve menores variações em seus níveis que, quando comparados com a categoria sub-13, tais variações foram maiores.
Gráfico 1. Nível de ansiedade estado das equipes sub-13 e sub-15
Quanto à ansiedade entre os titulares e reservas das duas categorias, verifica-se que não há variação entre ambas, apresentando uma média de 37 pontos na escala IDATE.
Os titulares da categoria sub-15 apresentam um nível muito semelhante, tendo uma pontuação de 35 para os titulares e 34 para os reservas, sem grandes variações. Esse resultado pode estar relacionado ao fato de que diante da grande rotatividade do futsal, muitos não se sentem pressionados ou prejudicados por estarem no time reserva.
Já na categoria sub-13, vemos que os titulares apresentam menor média de ansiedade estado do que os seus reservas, sendo 38 pontos para os titulares e 41 para os reservas. Podemos crer que os reservas da sub-13 se sentem mais pressionados, e isso pode ocorrer devido a vários motivos, como a busca pelo lugar na equipe titular, que segundo Rubio (2000) gera influência na ansiedade do atleta, como em alguns casos em que os atletas esperam a “lista de corte”, que poderia ser comparada a definição de quais atletas serão titulares e quais serão reservas. Outro motivo seria a pressão de ser relacionado entre os titulares e não conseguir suprir as necessidades da equipe, onde, como relata Buriti (2001), o atleta pode apresenta-se ansioso quando não sabe que consequências poderão acontecer caso fracasse diante de seu desempenho, como tirá-lo da equipe ou mesmo desclassificá-la de uma competição.
Os dados referentes ao resultado final das variações entre titulares e reservas de cada categoria são apresentados no gráfico 2.
Gráfico 2. Nível de ansiedade estado das equipes titulares
e reservas nas categorias sub-13 e sub-15
Quanto às analises ligadas as posições de cada atleta, verificou-se que os atletas que apresentam maior nível de ansiedade são os pivôs da categoria sub-13, tendo uma média de 47 pontos na escala IDATE. Os atletas que apresentaram menor nível de ansiedade, são os alas da categoria sub-15, tendo uma média bem baixa de 28 pontos.
Avaliando-se o nível de ansiedade dos pivôs da categoria sub-13 podemos levar em conta que esta posição dentro do futsal é a que mais sofre contusões devido à forte marcação sofrida por outros jogadores, sendo assim, altamente preocupante, pois quanto maior a ansiedade maior é a possibilidade da má execução dos movimentos dentro do futsal. De acordo com Buriti (2001), o medo da contusão faz com que o atleta realize os movimentos de forma ansiosa, inibindo a execução do movimento, gerando uma perturbação maior e, desta forma, realizando uma execução errônea do movimento. Deve ser levado em consideração que na maioria das equipes os atletas escalados como fixos são de porte maior, facilitando a marcação e, os jogadores escalados como pivôs, nem sempre tem esse porte. No caso da categoria sub-13 a maioria dos pivôs são de porte pequeno, buscando mais agilidade na armação de jogadas, dificultando, assim, o combate contra os fixos da mesma modalidade, gerando possivelmente dentro da prática o medo ligado a ansiedade.
Outro dado que deve ser levado em consideração é o baixo nível de ansiedade nos atletas fixos do sub-15. Esse dado pode ser explicado devido a baixa cobrança recebida pelos atletas desta posição. De acordo com Marques (2003) os atletas costumam relatar que sofrem pressões de diversas maneiras, tanto de seus pais, quanto colegas de equipe, técnicos ou no próprio colégio. Neste caso a ansiedade não esta ligada ao prazer ou ao desafio que a estimula, mas sim pela cobrança sofrida pelos atletas. Como sabemos, a função do fixo dentro do futsal é defender e evitar gols, sendo uma tarefa eventualmente mais fácil do que a dos atletas mais avançados que tem o dever de decidir a partida e treinam justamente para fazer pontos para a equipe.
Diante das outras posições podemos destacar que seus escores gerais que variam entre 36 e 40 pontos, estão dentro de um nível intermediário diante dos outros resultados, não apresentando grandes variações de pontuação entre o período de coleta de dados.
Avaliando os escores gerais entre as quatro posições, independentemente de categoria, podemos visualizar que as posições com maior nível de ansiedade são os pivôs com 42 pontos, seguidos dos goleiros com 40 pontos. Já as posições com menor nível de ansiedade são os alas com 33 pontos e os fixos com 34 pontos. Podemos enfatizar então que, as posições mais ansiosas são as que são mais pressionadas dentro da modalidade, pois estão ligadas ao fator “pontuação” dentro da partida, onde os fixos são treinados para armar jogadas extremamente importantes, além de fazer os gols. Já os goleiros são treinados para evitar estes gols. Sendo assim, ambas realizam papéis importantíssimos dentro da equipe.
Os dados referentes ao resultado final das variações entre as posições dos atletas de futsal das categorias sub-13 e sub-15 estão apresentados na tabela 2.
Tabela 2. Média de ansiedade estado dos atletas
de futsal sub-13 e sub-15 por posições em quadra
Desta forma, apesar de na análise geral da ansiedade nas categorias não terem demonstrado grandes variações, pode-se perceber que os níveis diferenciados só apareceram quando foi realizada uma análise entre as posições de cada jogador em quadra, demonstrando que cada posição dentro do futsal sofre manifestações diferentes que depende de inúmeros fatores decorrentes de seu posicionamento e objetivo durante os treinamentos e competições.
Considerações finais
Com base nos objetivos propostos, pode-se verificar que a média de ansiedade estado em situação pré-treino, nas categorias sub-13 e sub-15, foi de 37,5 pontos. Levando em consideração que a escala IDATE apresenta um escore que varia entre 20 e 80 pontos, esta média pode ser considerada como um resultado intermediário.
Ao avaliar a diferença entre as duas categorias sub-13 e sub-15, a categoria sub-13 aparece com o escore de 40 pontos e a sub-15 com 34 pontos, apresentando uma diferença de 6 pontos entre as duas categorias e uma indicativa de tendência a maior ansiedade na primeira categoria. Também, existe uma diferença considerável na ansiedade apresentada entre titulares e reservas das duas categorias e nas posições táticas de cada atleta.
Ao final da pesquisa constatou-se que nenhuma das equipes realiza treinamento psicológico durante sua preparação e, desta forma, considerando a importância de se trabalhar o treinamento psicológico desde o início da carreira de um atleta, o que irá favorecer no futuro uma maior capacidade de regular suas variáveis psicocognitivas, fica a sugestão de acrescentar o treinamento desta na rotina dos atletas.
Ainda, sugiro para futuros estudos que abordem a psicologia do esporte, a elaboração de um método de avaliação para as diferentes posições dentro das equipes de esportes coletivos, para que seja possível entender quais manifestações levam os atletas a apresentarem diferentes resultados de acordo com seu posicionamento, dando subsídios para um treinamento psicológico específico, de acordo com sua posição, objetivo e necessidade.
Referências
BRANDÃO, M. Psicologia do esporte e do exercício: teoria e aplicação. São Paulo: Atheneu, 2007.
BURITI, M. Psicologia do esporte. Campinas: Alínea, 2001.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MARQUES, M. Psicologia do esporte: aspectos em que os atletas acreditam. Canoas: Ulbra, 2003.
SAMULSKI, D. Psicologia do esporte: conceitos e novas perspectivas. 2.ed. Barueri: Manole, 2009.
SPIELBERGER, C. D.; GORSUCH, R. L.; LUSHENE, R. E. Manual de psicologia aplicada: inventário de ansiedade traço – estado. Rio de Janeiro: CEPA, 1979.
RUBIO, K. Psicologia do esporte: interfases, pesquisa e intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
WEINBERG, R.; GOULD, D Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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