Estresse percebido em idosas praticantes de atividade física Estrés percibido en mujeres mayores practicantes de actividad física |
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* Acadêmica de Educação Física pela faculdade AGES**Professora Titular da Faculdade AGES (Brasil) |
Josefa Edilza Nascimento dos Reis* Priscila Ellen Pinto Marconcin** |
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Resumo O aumento gradativo da estimativa de vida ao longo dos anos em vários países vem alargando, ou seja, a sociedade está vivendo mais, inclusive no Brasil. Alguns estudos mostram que a depressão, ansiedade, estresse percebido, alterações no estado do humor são fatores que influenciam o desenvolvimento de várias doenças, sendo estas geralmente crônico degenerativas. Dessa forma, o estresse pode ser considerado o percussor de várias doenças, sendo que este não está recebendo a atenção que deveria, levando em consideração que a população vem sofrendo com isso, e conseqüentemente envelhecendo com maior nível de estresse percebido. A presente pesquisa constitui-se em um estudo de caráter quantitativo, descritivo, exploratório. O estudo contou com 40 pessoas idosas, todas do sexo feminino, freqüentadoras da FINATI (Faculdade Integrada da Terceira Idade), que participam regularmente das aulas de movimento corporal, realizadas no colégio de Aplicação da Faculdade Ages, localizada na cidade de Paripiranga, BA. Para coletar os dados referentes da pesquisa, utilizou-se o questionário de stress percebido, proposto por: Coher, Karmack e Mermetslein (1983), que contém 14 questões referentes à escala de estresse percebido. Sendo que cada pergunta possui 05 alternativas, classificadas em: nunca, quase nunca, às vezes, freqüentemente e muito freqüentemente. Para analisar os dados previamente coletados, foi necessária a tabulação e análise estatística dos mesmos, sendo realizado no programa estatístico do Excel 2010. Obtendo a estatística descritiva básica, com valores de média, mínimo, máximo, desvio padrão, curtose e variância. Média foi de (33, 47± 3,98), variância (15, 89), valor mínimo (27), valor máximo (42) e curtose (-0,44). O escore pode variar de 0 a 56, sendo que a média do grupo ficou em 33, 47 ± 3,98, a idosa que apresentou valor menor obteve 27, e a que apresentou o maior valor obteve 42. Com os resultados encontrados foi constatado que as idosas que freqüentam a FINATI, têm um nível de estresse mais elevado, comparando com outros estudos como o de Ramos (2004); Luft (2007) e Andrade et. al. (2007). Com isso, faz-se necessário outros estudos que investiguem o porquê de valores elevados em relação ao estresse percebido, principalmente considerando que o grupo é participante regular de atividade física. Unitermos: Envelhecimento. Estresse percebido. Atividade física.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 194 - Julio de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O aumento gradativo da estimativa de vida ao longo dos anos em vários países vem alargando, ou seja, a sociedade está vivendo mais, inclusive no Brasil. O que tem alterado a pirâmide etária, pois a base tem se estreitado e seu ápice alargando, sendo que a mesma, está sendo desconfigurada de sua forma inicial. Este fato é decorrente do aumento da expectativa de vida em junção com a diminuição das taxas de natalidade.
Contudo, isso não significa dizer que viver mais é viver com qualidade. Pois essa população, em sua maioria, não presencia melhorias no que diz respeito a condições socioeconômicas e de assistência à saúde. Isso porque o idoso brasileiro, principalmente de classe social média e baixa, ainda sofre com muitas dificuldades, sendo estas por questões sociais inadequadas ou até mesmo pela falta do bom atendimento no que diz respeito à saúde. Assim, Farinatti (2008) define o envelhecimento como conseqüência de todas as modificações fisiológicas e bioquímicas devido à ação do tempo sobre os seres vivos, um processo biológico multifatorial que evolui de forma contínua, de acordo com as características individuais intrínsecas, o que teria início bem antes da velhice em si.
Esses fatos, aliados a outros de questões pessoais e subjetivas, levam muitos idosos, a quadros de estresse, ansiedade e depressão, isso ocorre por conta das dificuldades financeiras, a morte de amigos, cônjuges e familiares, a demora e complicação da aposentadoria, os problemas relacionados à saúde, e principalmente pela discriminação social sofrida nessa fase da vida.
Os idosos começam a ser excluídos geralmente quando chegam à idade da aposentadoria onde são percebidos como seres idosos, dando ênfase à incapacidade de realizar certas atividades por conta de algumas modificações biopsicossociais comumente presente nessa faixa etária, ou até mesmo, quando essas alterações não ocorrem, o fato de estarem ausentes das relações laborais, acaba por diminuir o contato social, o que acarreta também certo isolamento e sentimento de incapacidade.
Para Severo (1997), com os declínios biológicos decorrentes do avanço da idade, tais como: aumento da pressão arterial, função digestiva mais lenta, perda de reflexos e de força e diminuição da força na capacidade sensorial, o idoso sofrerá conseqüentemente, alterações psicológicas, diminuição da vontade, das aspirações e da atenção, apego ao conservadorismo, atitude hostil diante do novo, etc..
Estas modificações levam ao aumento da depressão, ansiedade, estresse, alterações estas que são influenciadas e influenciam no aumento de outras doenças, principalmente as crônicas degenerativas. Dentre estas alterações no comportamento, destaca-se o estresse, pois é por ele, muitas vezes que dá início a todo esse processo.
Em 1936, o termo “estresse” foi escolhido para designar a resposta geral e inespecífica do organismo a um estressor ou a uma situação estressante. Margis et. al. (2003) vem dizer que a resposta ao estresse envolve mecanismos fisiológicos específicos na resposta de luta e fuga, preparando o corpo para tais respostas. No entanto, esta resposta depende não apenas do agente estressor, mas também da percepção subjetiva do indivíduo frente a tais estímulos. Sendo assim, a resposta ao estresse é resultado da interação entre as características da pessoa e as demandas do meio compreendendo aspectos cognitivos, da situação e das suas demandas, bem como, um processamento mais rápido de informação disponível para buscar soluções adequadas, preparando o organismo para agir de maneira rápida e rigorosa.
Ou seja, para pensarmos em um envelhecimento mais saudável é preciso eliminar ou minimizar as condições primárias que levam a quadros negativos irreversíveis, assim sendo, ter como foco o alívio de condições estressantes pode ser considerado um primeiro passo rumo a uma velhice bem sucedida.
Existem três formas de medir o estresse, uma é direcionada a presença de agentes estressores específico, outra é voltada para os sintomas físicos e psicológicos do estresse e a terceira pretende mensurar a percepção de estresse individual de forma global, sem referências a agentes estressores específicos (Cohen e Williamisson, 1988). Essa terceira é denominada de estresse percebido, e é o foco desse estudo, pois se compreende que a mudança de comportamento e atitudes, pode interferir diretamente na maneira com que o indivíduo encara sua vida, sendo assim, a atividade física e estar inserido em atividades sociais, durante a velhice, são estratégias fundamentais para alterar o estresse percebido.
Assim, é perceptível que ter maior contato com redes sociais, conviver com outras pessoas, são fatores importantes que promovem aspectos positivos sobre a saúde psicoemocional que podem melhorar a capacidade do idoso de enfrentar as modificações decorrentes dessa fase em que se encontram, pois o idoso sente-se bem em poder ter companhia, ter alguém para trocar experiências já vividas, e o convívio com outras pessoas faz com que a autoestima se eleve, dando a sensação de sentir-se útil e agradável para alguém e para a sociedade, o trabalho nessa fase da vida também contribui positivamente para a saúde psicoemocional, por que os idosos sentem-se bem em saber que ainda são capazes de realizar atividades normais de trabalho que antes faziam, além disso, ocupa o tempo livre que possivelmente teriam.
A atividade física é uma maneira de extrema importância para diminuir as degenerações decorrentes do envelhecimento, sabendo que através desta, pode-se minimizar as perdas do domínio físico e cognitivo, trazendo dessa forma efeitos positivos no processo do envelhecer. Sabe-se então, que a prática corporal regular, favorece uma mudança comportamental, que poderá proporcionar transformações sociais (Lopes e Siedler, 1997), visto que, quando o idoso reconhece como indivíduo que está inserido na sociedade, possibilitando uma conquista da sua autonomia junto à família e o meio social, trazendo assim mudanças significativas.
É preciso ressaltar que a atividade física é todo e qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética (voluntária) que resulta em gasto energético acima dos níveis de repouso. (Caspersenet al., 1985).
Dessa forma, é preciso compreender de que forma a atividade física interage com o estresse percebido na população idosa, se o fato dos idosos estarem inseridos em um grupo de atividade física sistematizada pode ser um fator importante na avaliação do estress percebido. Para isso, foi escolhido como público alvo, idosas, pertencentes a um projeto de extensão Universitária intitulado FINATI (Faculdade Integrada da Terceira Idade).
Objetivos
Avaliar o nível de estresse percebido em idosas participantes da FINATI e efetuar a comparação com demais estudos da área.
Metodologia
A presente pesquisa constitui-se em um estudo de caráter quantitativo, descritivo, exploratório. O estudo contou com 40 pessoas idosas, todas do sexo feminino, freqüentadoras da FINATI que participam regularmente das aulas de prática corporal, sendo realizadas durante três dias semanais, distribuídos na segunda, quinta e sexta feiras, com duração de uma hora, iniciando às 15h00min e término às 16h00min.
Em relação ao estado civil a amostra divide-se em:
Tabela 1. Estado Civil
No que se refere à escolaridade a amostra distribui-se de acordo com as seguintes características:
Tabela 2. Escolaridade
No que diz respeito à idade a amostra divide-se nas seguintes faixas etárias:
Tabela 3. Distribuição por faixas etárias
Em relação à aposentadoria a amostra divide-se nas seguintes propriedades:
Tabela 4. Aposentadoria
Referindo-se à renda mensal a amostra divide-se nas seguintes características:
Tabela 5. Renda Mensal
No que se refere a ocupação a amostra divide-se nas seguintes especialidades:
Tabela 6. Ocupação
Para coletar os dados referentes da pesquisa, utilizou-se o questionário de stress percebido, proposto por: Coher, Karmack e Mermetslein (1983), que contém14 questões referentes à escala de estresse percebido, com perguntas fechadas. Sendo que cada pergunta possui 05 alternativas, classificadas em: nunca, quase nunca, às vezes, freqüentemente e muito freqüentemente.
No Brasil, a escala foi traduzida e validada para a avaliação do estresse percebido em idosos apresentando um índice de confiabilidade de 0,82 (LUFT, 2007). A escala fornece um escore que pode variar de 0 a 56, sendo que pontos de corte específicos não são sugeridos, pois o estresse deve ser avaliado no seu continuo aprimorando a validade estatística das análises e ganhando na precisão.
Neste estudo o estresse foi avaliado de forma geral. O questionário foi aplicado pela própria pesquisadora sem nenhum tipo de interferência da mesma para as respectivas respostas em questão. Os questionários foram aplicados em local apropriado, sala fechada, sem interferências externas, individualmente. Foram selecionadas 40 idosas aleatoriamente sem definição direta das pessoas que iriam responder, respeitando a disponibilidade das mesmas para a realização deste. A pesquisa foi realizada no dia 01/03/2013, somente através do questionário, onde este continha 14 questões de múltipla escolha, sendo que a mediada que as idosas iam respondendo, a pesquisadora ia marcando a respectiva fala, sem nenhum tipo de pressão, nem influência no momento da resposta, a pesquisadora também se preocupou com o esclarecimento das perguntas.
No sentido de analisar os dados previamente coletados, foi necessária a tabulação e análise estatística dos mesmos, sendo realizado no programa estatístico do Excel 2010. Obtendo a estatística descritiva básica, com valores de média, mínimo, máximo, desvio padrão, curtose e variância.
Análise e discussão dos dados
Os resultados encontrados após o tratamento estatístico são apresentados na tabela abaixo, referentes aos valores de média, variância, valor mínimo, valor máximo e curtose.
Tabela 7. Resultados referentes ao Estresse Percebido
A escala de estresse percebido de Cohen, Karmack e Mermelstein (1983) pretendem mensurar a percepção de estresse de forma global, independente dos agentes estressores. Ou seja, a escala mede o grau no qual os indivíduos percebem as situações como estressantes.
O escore pode variar de 0 a 56, sendo que a média do grupo ficou em 33, 47 ± 3,98 a idosa que apresentou valor menor obteve 27, e a que apresentou o maior valor obteve 42.
Comparando com o estudo de Luft (2007), que investigou 80 idosas com idade mínima de 60 anos, participantes de grupos de terceira idade, o valor da média das idosas da FINATI foi superior aos identificados pela autora do referido estudo, que obtiveram a média de 19,11, variando de 2 a 37. No estudo de Luft (2007), embora os resultados tenham uma variação alta, a distribuição do estresse percebido foi normal, dados os valores de assimetria (0,25) e curtose (-0,46). Estes valores de curva indicam que existe uma pequena assimetria positiva, porém não grande o suficiente para ser significativa.
Isso indica que as idosas da FINATI apresentam valores altos em relação aos outros estudos, tais como apresentados por Ramos (2004), Andrade et. al (2007) e Luft, 2007.
Nesse caso, deve-se pensar o porquê desses altos índices de estresse percebido entre as avaliadas, o que poderia estar ocasionando estes altos valores, em relação aos estudos citados.
Se fossemos considerar, o que não é previsto pela escala, um valor médio, este seria de 28, como a média do estudo foi de 33, 47, apresenta-se acima da média ponderal da escala.
Os resultados do estudo não são conclusivos no sentido de explicar o porquê dos valores terem sido considerados altos, seria necessário outros meios de investigação acerca do objeto de estudo.
Considerações finais
O envelhecimento acarreta inúmeras mudanças nos indivíduos, essas mudanças são particulares de indivíduo para indivíduo quando nos reportamos à capacidade física, psíquica, social, isso vai depender de como, esse idoso se percebe no processo de envelhecimento.
Com isso foi explorado nesse estudo o valor do estresse percebido no envelhecimento, tendo em vista que este não identificado deste cedo pode levar a várias outras patologias bem mais preocupantes, o que pode levar esse indivíduo a exclusão do meio social, por exemplo, por decisão pessoal, proporcionado por esse transtorno.
Vários fatores podem ser levados em consideração ao nos reportamos ao envelhecimento saudável e com qualidade de vida, a prática corporal pode ser considerada como fator fundamental para a redução das degenerações decorrentes dessa fase da vida, que, por sua vez leva o indivíduo a uma melhora significativa no aspecto biopsicológico desse idoso, possibilitando hábitos de vida mais saudáveis. Assim é importante demonstrar que a prática corporal é um dos meios mais importantes para se chegar a uma velhice mais amena.
Desta forma, através de estudos realizados com o grupo da FINATI, pode-se observar que a prática corporal proporcionou as idosas uma melhora significativa nos seguintes aspectos: biológico, psicológico, social, cultural, pois as idosas quando entraram no projeto não tinham nenhuma perspectiva de vida, e durante o andar desse projeto as idosas já se enxergam de uma maneira mais completa diante da sociedade, bem como enxergam a vida por um lado mais amplo, com mais alegria e esperança no futuro.
Nessa perspectiva, a prática corporal contribui de maneira eficaz no funcionamento corporal melhorando assim a saúde, aumentando a disposição e ajudando no controle do estresse percebido, embora essa prática corporal melhore significativamente o estresse, as idosas da FINATI, mostram-se com níveis de estresse percebido mais elevado do que outros estudos comparativos, o que não se sabe o real motivo para o aumento e a diferença deste. Mas o que se sabe é que a prática habitual desta auxilia de forma positiva no humor do praticante. Sem contar que esta prática proporciona prazer, alegria, diversão, interação com outras pessoas que a freqüentam.
O trabalho com a prática corporal exerce um papel fundamental que diminui significativamente as alterações decorrentes do envelhecimento, sendo que foi ressaltada com ênfase a melhora na capacidade funcional, a manutenção da força e a autonomia do indivíduo idoso, sendo que com esta o idoso sente-se mais independente para realizar suas tarefas cotidianas sem a necessitar da ajuda de terceiros, o que o faz mais ativo, e alegre, distanciando o mito de que idoso é sempre dependente de alguém e que não serve para se cuidar sozinho, deixando de lado o pessimismo e o momento de perdas apenas.
Assim o trabalho voltado para o idoso é relevante no que diz respeito à necessidade de prática corporal regular para que se tenha um estilo de vida mais ativo e ameno proporcionando qualidade de vida de forma efetiva. É importante salientar que a prática corporal deve ser iniciada desde cedo para que esse indivíduo tenha uma vida com mais qualidade e conseqüentemente tenha uma vida mais saudável e longeva.
Referências
ANDRADE, Alexandro et al. Versão brasileira da educação e validação para idosos. Rev. Saúde Pública 2007; 41 (4): 606-15.
CASPERSEN, C. J.; POWELL, K. E.; CHRISTENSON, G. M. In LOPES: Atividade Física e o Idoso: concepções gerontológica. 3ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2009.
CONHEN, S; Kamarch, T. Mermelslstein, R. A Global Meausure of Percuved, Journal of Health and Social Behavior, vol. 24, 1983, pp. 385-396.
COHEN, S. e WILLIAMSON, G.M., “Perceived Stress in a Probability Sample of the United States” in SPACAPAN, S. & OSKAMP, S. (eds.), The Social Psychology of Health, Newbury Park. Sage Publications, 1988.
FARINATTI, Paulo de Tarso. Envelhecimento: promoção de saúde e exercício. Barueri, SP: Manole, 2008.
LOPES, M. A .& SIEDLER, M. J. Atividade Física: agente de transformação dos idosos. Texto & Contexto – A Enfermagem e o Envelhecer Humano. Florianópolis: Papa-Livro , 1997.
LUFT, Caroline Di Bernardi. Aspectos neuropsicológicos do envelhecimento e prática de atividade física: possíveis relações em mulheres idosas. Florianópolis-SC, 2007.
MARGIS, R; Picon, P; Cosnner, A.F; Silveira, R.C. Relações entre estresse, estresse e ansiedade. Revista de Psiquiatra RS. v. 25, n. l, p. 65-74. 2003.
RAMOS, Rute Carreira. Acontecimentos de Vida na Infância e Percepção de Stress na Adultez. Braga, 2004.
SEVERO, Cristiane et al. A velhice. In: Caderno Adulto do Núcleo Integrado de Estudos e Apoio à III Idade, nº 01, 1997. Centro de Educação Física e Desporto da Universidade Federal de Santa Maria, p. 25 a 33. Sons, 1974.
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 194 | Buenos Aires,
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