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Diferença entre a análise do chute, entre jogadores de futebol com treinamento de base e jogadores sem treinamento de base que
utilizam apenas as suas habilidades naturais para chutar e jogar

Diferencia entre el análisis del remate entre jugadores de fútbol con entrenamiento de base y jugadores 

sin entrenamiento de base que utilizan solamente sus habilidades naturales para patear y jugar

 

Universidade do Contestado – UnC

(Brasil)

Laércio Manoel David

William Cordeiro de Souza

Douglas Tajes Jr

laerciomanoel1952@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo buscou como objetivo verificar a diferença entre a análise do chute, entre jogadores de futebol com treinamento de base e jogadores sem treinamento de base que utiliza apenas as suas habilidades naturais para chutar e jogar. A amostra intencional foi composta por 36 atletas, onde 16 participaram do treinamento especifico e 20 atletas participaram do grupo controle, todos com 14, 15 e 16 anos de idade. Foram coletados os dados de peso e altura (para cálculo do IMC) e foi realizado o Teste de Chute proposto por Mor e Christian (1979). Para análise dos dados foi utilizado à estatística descritiva: Média, desvio padrão, correlação de Pearson e para verificar a diferença entre as médias será utilizado o teste T de Student para amostras independentes á nível de significância (p≤0,05). Ao finalizar o estudo foi verificado que não houve diferenças significativas entre as idades dos avaliados, nas variáveis antropométricas e nem mesmo para o teste de chute (pontos), onde se pode observar que tanto as habilidades naturais, e nem mesmo o treinamento técnico influenciaram no rendimento dos avaliados.

          Unitermos: Chute. Futebol. Treinamento. Habilidades naturais. Jogar.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 194 - Julio de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Conforme Alves e Souto (2009) com o crescimento desordenado das cidades, o celeiro de craques nas ruas e nos campinhos de futebol está ficando extinta, passando então a serem prioridades das escolinhas de futebol, que ajuda desenvolver habilidades básicas para a prática do futebol, partindo deste principio é de responsabilidade dos professores e demais envolvidos neste meio criarem formas e metodologias para o desenvolvimento de habilidades para o possível surgimento de novos jogadores e craques. As habilidades naturais dos atletas de futebol tende a chamar a atenção do técnico (treinador), pois cada atleta tem a sua habilidade natural que é o drible, a inteligência, a sua visão de jogo, o jeito de bater na bola, e até mesmo liderança.

    Segundo Ribeiro e Voser (2011) destacam que o treinamento técnico é à base do trabalho específico, é através dele, que o atleta consegue se desenvolver e aperfeiçoar seu rendimento e chegar a um alto nível, pois uma prática bem orientada trará benefícios para a correção de defeitos e aperfeiçoamento das habilidades.

    Com relação ao chute (ato de golpear a bola) é de sua importância para a prática do futebol, Teixeira, Silva e Mota (2006) argumentam que existem vários tipos de chutes no futebol, o jogador tem uma variedade de opções durante uma partida. Para o desenvolvimento dos chutes os atletas devem fazer alguns movimentos de extensão e flexão de perna, quadril e em fim um conjunto de movimentos para poder desferir um belo chute.

    O presente estudo buscou como objetivo verificar a diferença entre a análise do chute, entre jogadores de futebol com treinamento de base e jogadores sem treinamento de base que utiliza apenas as suas habilidades naturais para chutar e jogar.

Metodologia

    A amostra intencional foi composta por 36 atletas, onde 16 participaram do treinamento especifico (treinam a modalidade há 3 anos, e realizaram treinamento de base) e 20 atletas participaram do grupo controle (não praticam treino de base utilizam apenas suas habilidades naturais para jogar e chutar) todos esses atletas com 14, 15 e 16 anos de idade.

    Os testes foram feitos no mesmo horário e só que em local diferente, o primeiro teste foi realizado no campo de treino da escola de futebol Santa Cruz na cidade de Canoinhas – SC, e o segundo teste foi efetivado no Estádio Municipal de Bela Vista do Toldo, município proximo a cidade de Canoinhas.

    Ao iniciar o estudo, foram coletados os dados de peso e altura (para cálculo do IMC). Para determinação do peso corporal foi utilizada uma balança digital da marca Techline, devidamente calibrada e aferida, com graduação de 100 gramas, e escalas, variando de 0 a 180 Kg (MONTEIRO e FILHO, 2007).

    A estatura foi verificada através de uma trena flexível marca Sanny Medical Sparrett, e precisão, de 0,1 mm. fixada na parede lisa, com 3 metros e graduação de 0,1cm, e o zero coincidindo com o solo. O avaliado deveria estar na posição ortostática, em pé, posição ereta, braços estendidos ao longo do corpo, pés unidos, com os calcanhares em contato com o instrumento de medida, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A medida foi realizada em apnéia inspiratória, com a cabeça no plano de Frankfurt, paralela ao solo. (FERNANDES FILHO, 2003). Foi utilizado o esquadro antropométrico para verificar a perpendicularidade na coleta de dados. Para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), foi utilizado à seguinte formula: IMC= Peso Corporal/ Estatura².

    Foi realizado o Teste de Chute de Mor e Christian (1979), onde foram utilizados os seguintes procedimentos: O examinado chutou uma bola estacionária com o pé preferido, em qualquer ponto ao longo da linha de chute de 14,5 m. foram dadas quatro tentativas para á pratica e então foram tentados quatro chutes em cada um dos arcos de bambolês. Isso da um total de 16 tentativas. Resultados: se a bola é chutada para dentro ou rebate de algum alvo pretendido, são concedidos dez pontos; são marcados quatro pontos se a bola é chutada para dentro ou rebate de algum alvo adjacente aquele pretendido. Não foram dados pontos para chutes que foram entre as áreas de alvos ou para bolas que rolassem ou saltassem pelas áreas de alvo. O resultado final da prova um total de 160 pontos. Equipamentos, este teste foi várias bolas de futebol, quatro arcos de bambolê, planilhas para os resultados e lápis.

Figura: Teste de chute. Fonte: Mor D. e Christian, 1979

    Os pais e responsáveis pelos os alunos receberam um termo de consentimento para ser preenchido, no qual continha uma breve explicação dos objetivos e dos procedimentos metodológicos do estudo. Foram excluídas do estudo crianças que apresentaram doenças crônicas ou específicas do crescimento, que não compareceram na escola nos dias marcados para coleta de dados, e as crianças cujos pais não autorizaram a participação. Esta pesquisa seguiu os princípios éticos de respeito à autonomia das pessoas, apontada pela Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996 do Conselho Nacional de Saúde.

    Para análise dos dados foi utilizado à estatística descritiva: Média, desvio padrão, correlação de Pearson e para verificar a diferença entre as médias será utilizado o teste T de Student para amostras independentes á nível de significância (p≤0,05).

Apresentação dos resultados e discussão dos dados

    Observando a Tabela 1 podemos verificar que não foram encontradas diferenças significativas na idade dos avaliados, o mesmo ocorreu nas variáveis antropométricas, e também não foram encontradas diferenças no teste de chute (pontos).

Tabela 1. Relação entre idade, e teste de chute (pontos) entre os grupos avaliados

    Através dos resultados acima se pode observar que tanto as habilidades naturais e nem mesmo o treinamento técnico influenciaram no rendimento dos avaliados. Segundo Filgueira (2006) destaca que para aprender a jogar um esporte, uma criança deve ter a oportunidade de experimentar um número grande de situações, pois essas situações serão responsáveis pela abertura de um grande número de possibilidades, sendo que, cada possibilidade dessas, quando for experimentada, poderá abrir outras tantas.

    Todas as crianças têm necessidade de desenvolver as habilidades físicas básicas e devem ser exploradas, abrangendo o manancial de movimentos que dispõem o corpo e a mente. Os primeiros passos para a atividade pode ser considerado proveniente da evolução natural dos movimentos do ser humano, como deslocamentos simples, saltos, giros, apoiar em aparelhos e até mesmo balançar (VIEIRA, 2013).

    Os fatores genéticos são de suma importância na maturação neuromuscular e, conseqüentemente, no desenvolvimento de habilidades motoras, mas a contribuição específica dos genes para esses processos é difícil de quantificar (RÉ, 2010). Para Seefeldt (1988) apud Ré (2010) a herança genética determina os limites em que as habilidades são expressas.

    Kupferman e Kandel (1995) apud Ré (2010) afirmam que a maior parte dos comportamentos humanos depende de interações entre processos genéticos e ambientais.

    Teixeira, Silva e Mota (2006) verificaram que a análise do chute de um sujeito avaliado apresentou melhores resultados qualitativos com a perna de dominância. Onde, os autores destacam que se deve levar em consideração que a lateralidade, capacidade de controlar os dois lados do corpo, junto ou separadamente, deve ser automatizada o mais precoce possível. Ter prevalência esquerda não constitui de um grave problema para o indivíduo. Logo se necessita proporcionar condições para fazer uso da parte esquerda da criança, pois é uma disposição natural, congênita e de ordem neurológica. Porém, os resultados sugerem uma maior atenção ao membro não dominante para que se aprimore sua técnica, devendo assim, estabelecer uma série de exercícios para reforçar o lado menos eficiente e habilidoso.

Conclusão

    Ao finalizar o estudo foi verificado que não houve diferenças significativas entre as idades dos avaliados, nas variáveis antropométricas e nem mesmo para o teste de chute (pontos), onde se pode observar que tanto as habilidades naturais, e nem mesmo o treinamento técnico influenciaram no rendimento dos avaliados. Sendo assim, mais estudos precisam ser realizados com o intuito de verificar a diferença entre análise do chute jogadores de futebol com treinamento de base e o outro sem nenhum treinamento técnico que utiliza apenas as suas habilidades naturais para chutar e jogar.

Referências

  • ALVES, C. V. N.; SOUTO, A. S. A. P. Aprimoramento das capacidades técnicas especificas do futebol através de exercícios analíticos em atletas de 8 a 15 anos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 14 - N° 133 - Junho de 2009. http://www.efdeportes.com/efd133/capacidades-tecnicas-especificas-do-futebol.htm

  • FERNANDES FILHO, J. A prática da avaliação física: Testes, medidas e avaliação física em escolares, atletas e academias de ginástica. 2°Edição, revista e atualizada. Rio de Janeiro: Ed. Shape, 2003.

  • FILGUEIRA, F. M. Aspectos físicos, técnicos e táticos da iniciação ao futebol. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 11 - N° 103 – Dezembro de 2009. http://www.efdeportes.com/efd103/iniciaciao-futebol.htm

  • MONTEIRO, D. G.; FERNANDES FILHO, J. Comparação entre as características Somatotípicas o fracionamento da composição corporal em mulheres praticantes em academia de ginástica. Revista bras. Ci. e Mov. 2007; 15(1): 83-92.

  • MOR, D.; CHRISTIAN, V. The development of skill test battery to measure general soccer ability. North Carolina Journal of heath and Physical Education 15 (1): 30, spring 1979.

  • RÉ, A.N. Desempenho esportivo: talento inato ou treinamento? EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15 – n° 149 – Outubro de 2010. http://www.efdeportes.com/efd149/desempenho-esportivo-talento-inato-ou-treinamento.htm

  • RIBEIRO, V. C.; VOSER, R. C. Fatores motivacionais que levam a escolha de goleiro no futebol. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 16 – n° 156 – Maio de 2011. http://www.efdeportes.com/efd156/fatores-motivacionais-de-goleiro-no-futebol.htm

  • TEIXEIRA, C. S.; SILVA, R. P.; MOTA, C. B. Membro dominante x não dominante durante o chute com o dorso do pé: análise qualitativa com um indivíduo sinistro. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 11 – nº 95 – Abril de 2006. http://www.efdeportes.com/efd95/chute.htm

  • VIEIRA, M. B. A importância da ginástica enquanto conteúdo da Educação Física escolar. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 18 – n° 180 – Maio de 2013. http://www.efdeportes.com/efd180/a-importancia-da-ginastica.htm

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