efdeportes.com

Comparação da capacidade cardiorrespiratória de mulheres sedentárias com mulheres praticantes de exercícios físicos sistematizados, futsal

Comparación de la capacidad cardiorrespiratoria de mujeres sedentarias
con mujeres practicantes de ejercicios físicos sistematizados en futsal

 

*Graduado em Educação Física Bacharelado pela Faculdade Metropolitana de Blumenau UNIASSELVI/FAMEBLU

http://estudandoofutebol.blogspot.com.br/

**Graduado em Educação Física Bacharelado pela Faculdade Metropolitana de Blumenau UNIASSELVI/FAMEBLU

(Brasil)

Rafael Besen*

rafinhabesen@hotmail.com

Renan Mendes**

renanm92@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Não há dúvidas de que a boa capacidade cardiorrespiratória é muito importante para a qualidade de vida das pessoas e indispensável para qualquer atleta profissional de qualquer modalidade desportiva. Analisamos dois artigos científicos e os comparamos através de seus métodos estatísticos utilizados. Comparamos os resultados obtidos, onde, no artigo 1, utilizamos os dados de mulheres, com idade entre 15 e 25 anos e que não praticavam nenhuma atividade física. No artigo 2, tínhamos mulheres com idade entre 19 e 27 anos, praticantes de futsal. Objetivo: Comparar a capacidade cardiorrespiratória de mulheres sedentárias com mulheres praticantes de exercícios físicos. É visível nos resultados obtidos, um VO2 superior em mulheres praticantes de futsal, pelo fato de serem praticantes de um exercício físico sistematizado. Pode-se concluir que é perfeitamente possível o aumento do VO2 através da prática de exercícios físicos. Pelo fato de existirem poucos trabalhos que se referem à comparação de VO2 entre artigos já publicados, acreditamos que mais estudos são necessários nessa sistemática.

          Unitermos: VO2. Comparação. Métodos estatísticos.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 194 - Julio de 2014. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

1.     Introdução

    Muitos especialistas do esporte consideram o VO2 máximo, representando a potência aeróbica, como a melhor mensuração laboratorial objetiva da capacidade de resistência cardiorrespiratória. Definido o VO2 como a maior taxa de consumo de oxigênio possível de ser atingido durante o exercício máximo ou exaustivo. Se você aumentar a intensidade de seu exercício além do ponto em que o VO2 máximo é atingido, o seu consumo de oxigênio irá estabilizar ou diminuir discretamente (WILMORE; COSTILL, 2001).

    Procuramos comparar a capacidade cardiorrespiratória de pessoas não atletas com atletas profissionais. O primeiro artigo: Validade do teste aeróbico de corrida de vai-e-vem de 20 metros (DUARTE; DUARTE, 2001). Tem como objetivo determinar a validade concorrente do teste aeróbico de corrida de Vai-e-Vem de 20 m., como indicador do consumo máximo de oxigênio, em uma amostra de indivíduos adultos, de ambos os gêneros, sobretudo para a realização desse trabalho iremos utilizar somente os dados estatísticos do sexo feminino (DUARTE; DUARTE, 2001).

    O segundo artigo: Capacidade cardiorrespiratória e índice de massa corpórea numa periodização do time de futsal feminino adulto da Universidade Norte do Paraná – Londrina (PACHECO; GOMES; BALVEDI; BUSTO; SANCHEZ; JUNIOR, 2009). Mostra a alteração cardiorrespiratória (VO2máximo) e o índice de massa corpórea (IMC) numa periodização de treinamento de jogadoras de futsal feminino adulto da Universidade Norte do Paraná, contudo iremos utilizar somente no trabalho os dados que mostram a alteração cardiorrespiratória.

2.     Métodos estatísticos utilizados em ambos os artigos

    Abordagem da pesquisa foi proposta através de métodos quantitativos estatísticos.

2.1.     Métodos estatísticos encontrados no artigo: validade do teste aeróbico de corrida de vai-e-vem de 20 metros

    Diagrama de disperção: Maneira de visualizarmos se duas variáveis apresenta-se correlacionadas, no qual os valores das variáveis são representados por pontos, num sistema cartesiano. Esta representação é feita sob forma de pares ordenados (x, y), onde x é um valor de uma variável e y é o correspondente valor da outra variável (BARBETTA, 2010).

    Coeficiente de correlação de Pearson: Maneira de se avaliar a correlação usando um coeficiente, que tem a vantagem de ser um número puro e não depende da unidade de medida das variáveis. O coeficiente de correlação (r) é uma medida da intensidade de associação existente entre duas variáveis quantitativas, e sua fórmula de cálculo foi proposta por Karl Pearson em 1896 (CALLEGARI-JACQUES, 2003).

2.1.1.     Métodos estatísticos encontrados no artigo: capacidade cardiorrespiratória e índice de massa corpórea numa periodização do time de futsal feminino adulto da Universidade Norte do Paraná – Londrina

  • Teste de Shapiro e Wilk: Proposto em 1965, calcula uma estatística W que testa uma amostra de tamanho n que provem de uma distribuição normal. Valores pequenos de W são evidência de desvios da normalidade e pontos percentuais para a estatística W (SHAPIRO; WILK, 1965).

  • Medidas descritivas: Quando a variável no estudo é quantitativa, podemos resumir certas informações dos dados por algumas medidas descritivas. Foi utilizada a medida descritiva para determinar a média e o desvio padrão em certas variáveis (BARBETTA, 2010).

  • Coeficiente de correlação de Pearson: Maneira de se avaliar a correlação usando um coeficiente, que tem a vantagem de ser um número puro e não depende da unidade de medida das variáveis. O coeficiente de correlação (r) é uma medida da intensidade de associação existente entre duas variáveis quantitativas, e sua fórmula de cálculo foi proposta por Karl Pearson em 1896 (CALLEGARI-JACQUES, 2003).

  • Teste T para dados pareados: É um teste apropriado para comparar dois conjuntos de dados quantitativos, em termos de seus valores médios (CRESPO, 2009).

  • Nível de significância: Quando desejamos confirmar ou refutar alguma hipótese, é comum estabelecer o valor da probabilidade tolerável de incorrer no erro de rejeitar Ho, quando Ho é verdadeira. Este valor é conhecido como nível de significância do teste (BARBETTA, 2010).

2.1.2.     Equação de predição utilizada nos dois artigos

    Equações de predição do VO2máx em ml/kg/min do Shuttle Run Test.

Pessoas de 6 a 18 anos Y=31,025 + 3,238 X –

3,248 A + 0,1536 AX

Pessoas de 18 anos ou mais Y=-24,4 + 6,0 X

y=VO2máx em ml/kg/min; X=velocidade em km/h (no estágio atingido); 

A: idade em anos 1.

2.2.     Comparação dos resultados entre os artigos

Tabela 1. Comparação do VO2 máximo entre os artigos

Artigo 1

Validade do teste aeróbico de corrida de vai-e-vem de 20 metros

Artigo 2

Capacidade cardiorrespiratória e índice de massa corpórea numa periodização do time de futsal feminino adulto da Universidade Norte do Paraná – Londrina

- Mulheres de 15 a 25 anos

- Frequência cardíaca estimada = 200.0

- Frequência cardíaca esteira = 192.1

- Frequência cardíaca campo = 189.9

- VO2 Máximo direto = 40.2

- VO2 Máximo estimado = 39.8

- r (22; 001=0,515) = 0,73** r2=53,3%

- Mulheres de 19 a 27 anos

- VO2 Máximo 47.6

- r=0,43; p=0,156.

Fonte: Elaborado pelos autores

    Visivelmente nota-se que o segundo artigo por se tratarem de atletas profissionais de futsal, seu desempenho foi muito superior do que o primeiro artigo. Acreditamos que as mulheres do primeiro artigo não têm a mesma possibilidade de treino e nem tempo para se dedicarem a algum tipo de exercício físico, mas, estas deveriam se preocupar em melhorar seu VO2 pensando na saúde e qualidade de vida que poderiam obter com essa melhora cardiorrespiratória.

    Dentre os vários componentes que caracterizam a aptidão física de um indivíduo, a capacidade cardiorrespiratória tem sido considerada uma das mais importantes, tanto para a grande maioria dos atletas das diferentes modalidades esportivas, como também para os indivíduos não atletas, que necessitam de uma atividade física como meio de promoção de saúde (DUARTE; DUARTE, 2001).

    O jogo de futsal alterna momentos de alta intensida­de, com períodos de baixa e média intensidade, caracteri­zando-se como uma modalidade de esforço intermitente. Avaliações físicas que podem refletir a condição físi­ca dos atletas em determinada modalidade vêm sendo pesquisadas há algum tempo, mas no futsal feminino, particularmente, há poucos estudos numa periodização de treinamento, em particular em nosso país. Na tentativa de criar um teste mais acessível e de fácil aplicabilidade, Legér e Lambert desenvolveram o Shuttle Run Test de 20m (PACHECO; GOMES; BALVEDI; BUSTO; SANCHEZ; JUNIOR, 2009).

3.     Conclusão

    O grande objetivo desse artigo foi a comparação entre o VO2 Máximo dos dois grupos dos artigos pesquisados, lendo ininterruptamente o presente trabalho, concluímos que essa comparação foi atingida com maestria.

    Conclui-se que as mulheres não atletas devem ficar em alerta em relação ao seu VO2, são mulheres jovens com um VO2 que é alarmante para um futuro próximo, com base nessa perspectiva, devem se preocupar com o estado de saúde e qualidade de vida, uma sugestão seria procurar um profissional de Educação Física habilitado. É evidente que o grupo com um VO2 mais elevado é de atletas, significativo devido à prática de um desporto de alto rendimento. Poucos estudos são encontrados com essa temática de comparação entre artigos, sugerimos mais pesquisas relacionadas ao tema.

Referências

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 194 | Buenos Aires, Julio de 2014  
© 1997-2014 Derechos reservados