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Avaliação de IMC, cintura-estatura e percentual de gordura de 

estudantes do ensino médio e superior do Instituto Federal de Goiás

 

Bacharel e Licenciado em Educação Física

pela Universidade Salgado de Oliveira. Goiânia-Goiás

(Brasil)

David Junger da Fonseca Alves

davidjunger@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A atividade física possui benefícios explorados e divulgados por todos, nunca o tema saúde foi tão difundido, porém em contrapartida o estilo de vida atual acaba por atrapalhar a própria fisiologia do homem, trazendo a tona problemas que põe em risco sua própria vida. Este estudo realizou uma pesquisa quantitativa com 234 alunos (83 grupo feminino e 151 grupo masculino) no Instituto Federal Goiano na cidade de Goiânia, foram avaliados o IMC, a relação cintura-estatura e o percentual de gordura obtida pelo protocolo de Deurenberg; Weststrate e Seidell (1991). Em todas as médias obtidas, o resultado geral permaneceu dentro das margens consideradas normais ou saudáveis, porém separando em resultados específicos, é possível observar resultados que fogem a este indicador, no IMC mais de 10% geral de todos os grupos estavam sobrepeso e obeso, no percentual de gordura o resultado foi similar em resultados considerados reprováveis, na relação cintura-estatura houve uma margem de 6% a 30% em grupos respectivamente a menor quantidade e a maior quantidade nos diferentes grupos avaliados possuíam predisposição a doenças cardiovasculares.

          Unitermos: Avaliação. IMC. Gordura. Protocolo. Cintura.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 194 - Julio de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Atualmente o tema atividade física e sua relação com a saúde nunca esteve tão em alta, os diversos meios de comunicação divulgam e debatem sobre sua prática e seus resultados que podem ser a prevenção de doenças, aumento do bem-estar diminuição de riscos para a saúde e estética pessoal (CIOLAC e GUIMARÃES, 2004). Em contrapartida está o estilo de vida, que é responsável diretamente pelo aumento da população sedentária e altamente propensa a uma série de problemas como as síndromes metabólicas entre outras (DE PAULA; HEEREN; SILVA JR. et al, 2012), o sedentarismo resulta diretamente nas doenças ranqueadas como as maiores causadoras de mortes no mundo, dados da WHO (2011). O resultado da mudança do estilo de vida deve-se ao fato dos vários avanços tecnológicos, das alterações do ciclo social como a violência e redução de incentivos a prática, tanto dos pais como dos professores (VIANA NETO e ALVES, 2010), fatores que influenciam principalmente o público dos adolescentes e jovens de todo o Brasil.

    O presente estudo buscou verificar de forma quantitativa sobre a composição corporal, o Índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura-estatura dos jovens e adolescentes, respectivamente do ensino superior e médio do Instituto Federal Goiano em Goiânia.

Referencial teórico

    O estilo de vida dos jovens atualmente está sendo cada vez mais lesivo a saúde dos mesmos, doenças que outrora eram impossíveis de acometerem pessoas jovens, como a obesidade, hipertensão e dislipidemia hoje se tornaram comuns (DIETZ, 2001), fato este afirmado em inúmeras pesquisas e artigos como de Farias Júnior e Lopes (2003), Guedes et al (2006), Sichieri e Souza (2008), etc.

    Devido a este crescimento, politicas públicas estão sendo tomadas contra este mal, porém os problemas não se resumem apenas na divulgação esclarecedora do problema e possíveis formas de combatê-la. Em uma pesquisa realizada por Viana Neto e Alves (2010) comprovou que uma grande parte dos adolescentes prefere ficar em casa a sair para se exercitar na rua, parques ou praças. A maioria destes afirma que a violência nestes ambientes é um fator determinante a não prática e muitos outros apontam também para a falta de estímulo nas aulas de educação física, tornando, por exemplo, um jogo eletrônico mais “interessante” do que a aula. Alves (2003) aponta também para o problema da especulação de imobiliárias que ceifam os espaços que antes eram destinados a práticas de atividades físicas,

    O avançar da idade é acompanhado de uma tendência a um declínio do gasto energético médio diário à custa de uma menor atividade física. Isso decorre basicamente de fatores comportamentais e sociais como o aumento dos compromissos estudantis e/ou profissionais. Alguns fatores contribuem para um estilo de vida menos ativo. A disponibilidade de tecnologia, o aumento da insegurança e a progressiva redução dos espaços livres nos centros urbanos (LAZZOLI; NÓBREGA e CARVALHO et al 1998,p. 1)

    A atividade física é o gasto energético acima dos níveis de repouso produzido pelo movimento dos músculos esqueléticos (CASPERSEN; POWELL e CHRISTENSON, 1985; GUEDES e GUEDES, 1995), portanto, pode-se afirmar que é relativamente simples a sua aplicação prática e que o fato da população estar contraindo doenças frutos do sedentarismo, realmente é algo que se deva dar uma importância maior, sobretudo na formação do indivíduo. A pesquisa diz respeito a jovens e adolescentes, porém pode-se citar que o problema está desde a formação primária, para crianças, segundo Dietz (2001) o grande problema é que a prevalência da obesidade que está sendo observada com crianças cada vez mais novas e dentre estas mais de 60% destas possui pelo menos um fator de risco e mais de 20% dois ou mais fatores.

    Na amostra, as avaliações antropométricas foram resultadas de equações de mensuração, fazendo com que os resultados complementassem uns aos outros no objetivo final, o IMC (índice de massa corporal), o percentual de gordura obtido pelo protocolo de Deurenberg (1991) e a relação cintura-estatura, segundo De Paula, Heeren, Silva Jr (2012) “sabe-se que a utilização de métodos isolados de avaliação da composição corporal pode levar a conclusões precipitadas e frequentemente não condizentes à realidade”.

    Sobre a escolha dos métodos, o IMC é o mais conhecido de todos os parâmetros de saúde, seu simples cálculo (divisão do peso corporal pela altura ao quadrado) garante o IMC como um dos métodos destaques em diversos meios da área da saúde (PITANGA e LESSA, 2006; ALONSO; SAUTCHUK; MALFATTI et al, 2009; DE PAULA; HEEREN; SILVA JR. et al, 2012). Ainda sobre o IMC, destaca Monteiro e Filho (2002) “este índice não leva em consideração a composição proporcional do organismo.” Portanto, deixando o resultado inexpressivo em questões específicas, como no indivíduo com grande massa muscular. Para mensuração do percentual de gordura foi utilizado o protocolo de Deurenberg, Weststrate e Seidell (1991) sob a fórmula %Gordura = 1,20 (IMC) + 0,23 (Idade) – 10,8 (Sexo) – 5,4, na qual o IMC é em Kg/m²; idade em anos completos até a avaliação e sexo sendo 0 para feminino e 1 para masculino (GUEDES e RECHENCHOSKY, 2008). Para comprovar a fidedignidade da avaliação usando IMC, Alonso, Sautchuk, Malfatti et al (2009) realizou uma pesquisa comparativa entre a equação de Deurenberg e o método de bioimpedância com quatro eletrodos, seguindo rigorosamente a cartilha imposta por está avaliação, 25 voluntários participaram do teste (5 homens e 20 mulheres com idades de 17 a 75 anos) que ao final, não houveram resultados significativos praticamente em todos os números individuais. A grande vantagem ficou mesmo com a equação de Deurenberg, já que seu baixo custo e praticidade o torna extremamente acessível. Outro estudo notável de aspecto comparativo, foi realizado por Guedes e Rechenchosky (2008) onde a equação de Deurenberg foi comparada a quatro equações de métodos de espessura de dobras cutâneas (EDC) onde segundo os próprios autores são as mais utilizadas pelos profissionais da saúde. Participaram do estudo 431 pessoas, estudantes de educação física (174 moças e 257 rapazes com idades de 18 a 30 anos), os resultados finais não apontaram estatisticamente para uma diferença significativa em nenhum dos protocolos utilizados.

    A relação cintura-estatura atualmente é um dos métodos atuais mais utilizados e assertivos para mensuração de possíveis problemas cardiovasculares (PITANGA e LESSA, 2006; HAUAN; PITANGA e LESSA, 2009) sua utilização foi utilizado para estimativa de problemas associados ao alto percentual de gordura e IMC.

Metodologia

    Para a pesquisa foi escolhida a de cunho quantitativo, que demostra estatisticamente um resultado de determinado público alvo (RAUPP e BEUREN, 2003).

    caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão (Richardson, 1999, p. 70).

    Foram avaliados 234 alunos da própria instituição de ensino (83 mulheres e 151 homens) com média de idade de 15 anos e DP menor do que 1,0 para ambos os gêneros no ensino médio (EM) e 23±8,16 anos para os homens e 22±6,53 para mulheres do ensino superior (ES) em um evento realizado no Instituto Federal Goiano em Goiânia.

    Os dados obtidos com a pesquisa foram: a idade, o sexo, o massa corporal, a estatura e a circunferência de cintura. Através destes dados foram determinados foram possíveis outros resultados como o IMC (índice de massa corporal), a relação cintura-estatura e o percentual de gordura, resultante do protocolo de Deurenberg (1991), após a obtenção dos dados, estes foram comparados a outras pesquisas em diversas instituições de ensino para que pudessem gerar um resultado amplo e debatido. Os dados foram divididos em médias e desvios padrão, para que pudesse ser observado o aspecto geral dos resultados, além de apontar diferenças significativas.

    Na avaliação foi utilizada a balança digital da marca Filizola com estadiômetro embutido, com capacidade de até 150 Kg e certificada pelo INMETRO e uma fita métrica da marca Cescorf com escalas de 0,1 cm e comprimento de até 1,50m. Três avaliadores dividiram-se na função de pesar e medir, verificar a circunferência da cintura e anotar os dados coletados.

Resultados

    Resultados No quesito massa corporal houve uma pequena diferença na média entre os homens do ensino médio e superior, sendo respectivamente 67,4Kg e 70,5Kg e no desvio padrão (PD) a diferença ficou de 11,8σ (EM) para 14,6σ (ES), nas mulheres a diferença também permaneceu pequena, 55,2 (EM) e 58,4 (ES) e no DP 9,6σ (EM) e 11,9σ (ES). Neste quesito deve ser observado o desvio padrão, que informa a grande diferença que há no mais pesado para o mais leve, no caso o desvio foi alto em ambos os ensinos e gêneros.

    Na estatura também não houve grandes diferenças em ambas as médias, para os homens 1,75 (EM) e 1,74 (ES), ambos com DP abaixo de 1σ. Para as mulheres, a diferença foi parecida, 1,62 (EM) e 1,63 (ES) e o DP também ficou abaixo de 1σ para ambos.

    Na circunferência de cintura, os homens obtiveram a média de 78,3cm para o EM e 83,9cm para ES, enquanto o DP ficou de 10,2σ e para EM e 11,3 para ES. Para o grupo feminino a média ficou em 72cm para o EM e 76,5cm para ES, já o desvio padrão foi maior entre os dois lados, com o EM, o encontrado foi 7,8σ e para ES 11,8σ.

    Nas equações de estimativas, o primeiro item a ser analisado foi o IMC (Índice de massa corporal), no grupo masculino do ensino médio, a média do IMC encontrado foi de 22 enquanto no ensino superior de 23,2. Já o DP do EM foi de 3,6σ e do ES 4,2σ. Nas mulheres a média encontrada para o EM foi de 23 enquanto para ES a média foi de 21,9, já o DP o EM obteve 4,8σ e a do ES 3,6σ. Segundo o quadro de referência da WHO (2006) para o índice, a média geral dos estudantes encontra-se ambas na faixa denominada “normal”, em face aos resultados individuais, 17% dos estudantes do ensino médio estão sobrepeso ou obesos, já nos estudantes universitários está relação é de 35%, nas estudantes de ensino médio, 13% estão sobrepeso ou obesas contra 17% das universitárias.

    A média da relação cintura-estatura obtida pelos estudantes do ensino médio foi de 0,45 e dos universitários ficou em 0,48, o DP ficou abaixo para ambos abaixo de 0,1σ. As estudantes do ensino médio obtiveram 0,45 enquanto as universitárias 0,47, o DP ficou abaixo de 0,1σ. Em nenhuma das médias o resultado alcançou a estimativa de risco, de acordo com o quadro de referência (LIN; LEE; CHEN et al., 2002), porém em resultados individuais, 13% dos estudantes do ensino médio possuem risco aumentado contra 30% dos alunos do ensino superior. No público feminino, 6% das estudantes do ensino médio possuem predisposição para as doenças cardiovasculares, já as estudantes do ensino superior, 17% possuem o risco.

    No quesito percentual de gordura, estimada pelo protocolo de Deurenberg, o resultado dos homens ficou da seguinte maneira, média 13,9 para o EM e 17,2 para o ES, com DP respectivos de 4,3σ e 6,21σ. Seguindo a tabela de referência de Pollock e Wilmore (1993), no ensino médio 27% estão considerados com um percentual de gordura considerado “bom” 34% estão acima da média, um resultado também positivo, 18% encontram-se na média, já se deve ter um cuidado maior para evitar um possível aumento do percentual, 14% estão “abaixo da média”, já deve ser feita uma intervenção para controlar o aumento da massa gorda, 4% encontram-se na escala “ruim”, a alta porcentagem já deve estar afetando as atividades cotidianas e 3% estão na escala “muito ruim”, nível que a intervenção deve ser obrigatória para controle do peso, do nível de percentual “médio” até este considerado “muito ruim”, deve ter uma maior observância devido à adipocina, fator produzido e liberado pelo tecido adiposo e responsável no surgimento da síndrome metabólica (LYON; LAW e HSUEH, 2003; DE PAULA; HEEREN; SILVA JR. et al, 2012).

    Nos estudantes do ensino superior, o número de alunos e a porcentagem foram maiores neste público considerado com alta taxa de massa gorda. Considerando os estudantes do ensino médio, 18% estavam na “média”, 9% “abaixo da média”, 17% “ruim” e 15% “muito ruim”. Do lado inverso aos parâmetros negativos estão, 24% “acima da média”, 15% “bom” e 2% “excelente”.

    Nas estudantes do ensino médio, 10% estavam na escala “bom”, 58% estava “acima de média”, 13% estava na média, 11% estava “abaixo da média” e 4% estava na escala “ruim”. Já nas estudantes do ensino superior, 7% estava na escala “bom”, 56% estava acima da média, na “média” estavam 10%, mesma porcentagem de quem está “abaixo da média”, 14% encontra-se no quadro “ruim” e 3% no quesito “muito ruim”. Pode-se observar em um comparativo entre o ensino médio e o superior que este último possui uma porcentagem mais alta do que o do ensino médio na linha de risco, tanto no feminino quanto no masculino este percentual permaneceu mais alto do que nos estudantes do ensino médio.

Discussão

    Em outro estudo realizado por De Paula, Heeren, Silva Jr. et al (2009) no IFG de Luziânia-GO, os estudantes dos ensinos técnicos foram divididos em dois grupos um abaixo e outro acima dos dezoito anos, tanto masculino quanto feminino. A média masculina do IMC para os acima de 18 anos ficou em 25, enquanto nos menores de 18 anos a média foi 22. Nas mulheres acima dos 18 anos o resultado foi de 24 e as estudantes do EM o número alcançado foi de 20. As médias de valores encontradas por este estudo apontaram para um IMC mais alto nos estudantes acima dos 18 anos em ambos os gêneros, fato contrário ao encontrado na presente pesquisa, onde as estudantes do ES obtiveram uma média menor do que as do EM, diferença explicada devido a alto metabolismo do estirão e estabilização na idade adulta.

    Em outra pesquisa, realizada por Faria; Araújo; Silva et al (2009) com 38 estudantes universitários com média de idade de 22 anos em um congresso em Goiânia, o IMC encontrado foi de 21 para as estudantes e 22 para os estudantes. Comparando com esta pesquisa os resultados não foram significativos, já que ambos estão na mesma faixa de normalidade segundo a WHO (2006) e a diferença entre as mulheres e os homens permanece alta. A explicação é por conta das diferenças importantes ocorridas no corpo da mulher após a puberdade, principalmente por ordens endócrinas, onde as mulheres tendem a acumular mais gordura do que os homens (COSTILL e WILMORE, 2003).

    Em um estudo realizado por Farias Jr. e Lopes (2003) com 539 estudantes do ensino médio (250 rapazes e 289 moças) na média dos 15 anos, o IMC encontrado foi de 23,29 para os homens e 23,94 para mulheres, valores superiores aos encontrados neste estudo.

    Na pesquisa realizada por Guedes e Rechenchosky (2008) em 431 estudantes universitários com média de idade de 22 anos para as moças e 23 para os rapazes, o resultado do IMC foi de 21 para as avaliadas e 23 para os avaliados, resultado igual ao encontrado por está pesquisa. No mesmo estudo, foi realizada a média do percentual de gordura, obtido pelo protocolo de Deurenberg, nas mulheres foi de 26,69±4,28% enquanto nos homens o resultado foi de 17,32±3,64%.

    Na pesquisa de Faria et al (2009), desta vez utilizando o método de EDC, o percentual de gordura encontrado nas mulheres foi de 25,62±4,85% e nos homens 10,96±2,78%. Utilizando também o método de EDC, De Paula; Heeren; Silva Jr. et al (2012) verificou que a média do percentual de gordura encontrado nos adolescentes (<18) ficou em 20,15±6,15 e 26,9±8,01 respectivamente masculino e feminino, já nos adultos (>18) o resultado foi de 18,1±7,24 para os homens e 26,49±3,93 para as mulheres. Comparadas as pesquisas pode-se acompanhar que a diferença entre homens e mulheres é sempre mantida, observamos também que há uma grande oscilação diante de todos os resultados, porém nada que seja muito significativo, pode-se notar também que na pesquisa apresentada por Guedes e Rechenchosky (2008), sob utilização do protocolo de Deurenberg (1991) que utiliza entre outros dados o IMC, mesmo sendo praticamente o mesmo do encontrado na presente pesquisa o percentual de gordura não foi o mesmo, isto deve-se ao fato da média de idade ser superior e daí é obtido o maior resultado para as mulheres daquela pesquisa, Podemos observar também quanto maior a idade maior é a diferença.

6.     Conclusão

    Sobre os resultados encontrados na pesquisa, nenhuma média geral obteve uma maior observância em relação a algum indicador negativo, porém os resultados individuais mostraram que há muito a ser intervencionado sobre a questão da obesidade e seus riscos decorrentes, já que em todas as avaliações uma parte considerável encontrava-se em algum risco iminente.

    Conclui-se que mesmo com a grande maioria não possuindo altos indicadores de obesidade e consequentemente de doenças, principalmente as síndromes metabólicas, é de se observar com cuidado o crescente percentual da população que se encontra neste estágio e também os que estão em suas margens. A pesquisa tornou todos esses índices mais claros, além da enorme importância que deve ter um trabalho que aborda algum tipo de avaliação, com a finalidade de melhorar e ampliar o conteúdo a ser passado por este estudo, fez-se necessária a escolha de métodos que pudessem somar para um resultado mais completo, ou seja, o IMC como indicador de qual margem o indivíduo se encontra, a relação cintura-estatura para observar possíveis pré-disposições para riscos de doenças cardiovasculares e o percentual de gordura, apontado pelo protocolo de Deurenberg, comprovado como um importante mensurador desta variável, portanto no resultado final obteve uma maior resposta sobre a antropometria dos avaliados tanto de forma geral como de forma específica.

    Atualmente a educação é bem mais acessível, porém, proporcionalmente estão as mortes por doenças crônico-degenerativas, explicado pelo fato de que a educação física ainda está relacionada mais a estética do que a saúde, relacionando assim a pessoas jovens e não a pessoas maduras.

    Diante dos vários resultados apresentados é de salientar que o IFG é uma instituição de ensino que não participa da mesma realidade encontrada em outras escolas e faculdades. A estrutura oferecida aos alunos contribui na formação de uma consciência voltada à prática esportiva e física, já que a escola conta com um grande corpo docente e com uma estrutura exemplar como quadras, sala de musculação e de ergometria, portanto serão necessárias outras pesquisas do mesmo cunho para que possamos saber mais sobre as outras realidade e assim poder apontar realmente como encontra-se os alunos do ensino médio e superior do Brasil, mas a medida a ser tomada, sobretudo nas escolas, é melhorar a relação entre a educação física e a saúde, diante da realidade encontrada pode ser essa uma das soluções para a redução de doenças crônico-degenerativas.

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