A influência do Método Pilates
na flexibilidade da articulação La influencia del Método Pilates en la flexibilidad de la articulación coxofemoral, en la fuerza de los músculos abdominales y en el equilibrio postural antero-posterior |
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*Acadêmica do curso de Bacharelado
em Fisioterapia da Universidade **Professora de Educação Física
graduada pela Universidade ***Mestre em Ciências do Movimento Humano pela ESEF/UFRGS, Porto Alegre ****Doutora em Ciências do Movimento
Humano pela ESEF/UFRGS, Porto Alegre |
Grace dos Santos Feijó* Tatiana da Silva** Laís Paixão Ribeiro* Kaanda Nabilla Souza Gontijo*** Matias Noll*** Cláudia Tarragô Candotti**** |
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Resumo O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da prática do Método Pilates sobre os índices de força dos músculos abdominais, sobre a flexibilidade da articulação coxofemoral e sobre o equilíbrio postural ântero-posterior em praticantes de nível inicial, intermediário e avançado. A amostra foi composta por onze indivíduos do sexo feminino, que foram classificados em diferentes níveis de prática: nível inicial, intermediário e avançado. Todos os indivíduos foram avaliados em um único momento e a comparação entre os dados foi realizada utilizado o teste de Kruskal-Wallis (a<0,05). Os resultados demonstraram que a flexibilidade dos indivíduos do nível intermediário foi significativamente maior (p<0,05) do que dos indivíduos do nível inicial e avançado. Entretanto, não houve diferença significativa (p<0,05) na força abdominal e no equilíbrio postural na comparação dos níveis inicial, intermediário e avançado. Unitermos: Força. Flexibilidade. Postura. Pilates.
Abstract The aim of this study consisted in verifying the effects of Pilates Method practice on stretch, strength and anther-posterior postural balance in Pilates practicing who took part in beginning, intermediate and advanced levels. The sample was composed by eleven female. These participants were classified by the studio’s director in three different practice levels: beginning, intermediate and advanced. All subjects were evaluated at a single time and the comparison of the data was performed the Kruskal-Wallis test (a <0.05). Results presented that flexibility physical ability in intermediate level participants was relevantly bigger (p<0,05) than beginning level participants ability. However, there was no relevant improvement (p<0,05) in abdominal strength and body balance comparing participants from beginning, intermediate and advanced levels. Keywords: Strength. Flexibility. Posture. Pilates.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 194 - Julio de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A prática regular de atividades físicas para a manutenção da flexibilidade e da força muscular é extremamente importante para a saúde (CYRINO et al, 2004). Segundo este autor, ao longo da vida, os indivíduos precisam de músculos e articulações saudáveis, sendo os níveis de flexibilidade e força fundamentais para o bom funcionamento do corpo. Sendo assim, caso estes níveis entrem em declínio, é possível que dificuldades na realização de algumas tarefas do dia-a-dia façam-se presentes.
Dentre a vasta gama de treinamentos existentes para trabalhar os níveis de flexibilidade e força, um deles, que pode ser utilizado com a proposta de promover melhora e aumento destes índices, é o Método Pilates, que consiste em uma série de exercícios físicos desenvolvidos por Joseph Pilates (SELBY & HERDMAN, 2000). O Método Pilates é composto por diversos exercícios físicos que buscam a harmonia entre o corpo e a mente, ou seja, trabalha o corpo como um todo. Neste método, os exercícios podem ser realizados tanto no solo (Mat Pilates) como em equipamentos específicos, tais como: Reformer, Cadilac, Wunda Chair e Barrel, por exemplo. Podem ser utilizados, ainda, acessórios, sendo que um dos mais conhecidos pelos praticantes da técnica é o Flex-Ring ou Magic Circle. Todos os exercícios seguem uma seqüência, iniciando pelos mais simples (nível inicial), passando pelos intermediários e indo até aos mais complexos (nível avançado). Os níveis evoluem por meio da busca do fortalecimento dos músculos anteriores, posteriores e laterais do tronco, conseguindo, com isso, o esperado “controle do centro”, também conhecido como Power House e, também, por exercícios desafiantes, contando com o acréscimo de cargas ou diminuição de auxílios, sempre dando ênfase ao “controle do centro”. O Método Pilates, portanto, concentra a força necessária para realização dos exercícios nos músculos abdominais, ou seja, no Power House e, caso não haja um controle desses músculos, outros músculos podem vir a ser prejudicados (SELBY & HERDMAN, 2000).
Embora alguns estudos (KOLYNIAC et al, 2004; BETZ, 2005) caracterizem o Método Pilates como satisfatório nos tratamentos de desvios posturais, ainda existem lacunas quanto aos benefícios do método na alteração dos índices de força e de flexibilidade. Assim, entende-se pertinente o desenvolvimento de estudos que visem identificar os efeitos do Pilates sobre os estes índices em praticantes de diferentes níveis de prática e sua relação com o equilíbrio postural do corpo. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da prática do Método Pilates sobre os índices de força dos músculos abdominais, sobre a flexibilidade da articulação coxofemoral e sobre o equilíbrio postural ântero-posterior em praticantes de nível inicial, intermediário e avançado. Neste sentido, especula-se que os índices de força e flexibilidade tendem a se apresentar de modo crescente conforme o avanço do nível de prática (inicial, intermediário, avançado) no Método Pilates, bem como a postura do corpo tende a tornar-se mais verticalizada conforme o tempo de prática.
Materiais e métodos
Amostra
A amostra foi intencional, composta por onze indivíduos do sexo feminino que praticam o Método Pilates em dois Studios localizados na cidade de Gramado/RS e de Porto Alegre/RS. Os indivíduos foram classificados pela responsável dos Studios em diferentes níveis de prática: nível inicial (n=4), intermediário (n=4) e avançado (n=3). Todos os indivíduos participaram voluntariamente do estudo após a assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
A Tabela 1 apresenta a caracterização da amostra, a partir dos valores médios de massa corporal, estatura, idade e tempo de prática de cada nível.
Tabela 1. Média e desvio padrão da idade, estatura, massa corporal e tempo de prática dos indivíduos dos níveis iniciante, intermediário e avançado
Procedimentos de aquisição dos dados
Todos os indivíduos foram avaliados uma única vez, por um único avaliador. As avaliações foram realizadas nas dependências dos Studios e consistiram em medidas antropométricas, testes de flexibilidade, força e equilíbrio postural estático. Além disso, informações referentes à idade e tempo de prática foram obtidas pelo avaliador.
Para as medidas antropométricas foram utilizados uma balança e um estadiômetro, ambos da marca Filizola®, para mensurar a massa corporal e a estatura, respectivamente. Para a avaliação da flexibilidade, foi utilizado o teste do Banco de Wells segundo Abech (2008). Neste teste, o indivíduo foi posicionado sentado em frente ao Banco de Wells, com os pés apoiados na caixa (banco), levemente afastados na linha do quadril, as mãos posicionadas uma ao lado da outra sobre o avanço da caixa e os joelhos estendidos. Foi solicitado ao indivíduo que realizasse uma flexão do tronco à frente, mantendo seus joelhos estendidos, com os membros superiores acompanhando o movimento sobre o avanço da caixa. O valor numérico registrado foi referente ao valor da régua graduada correspondente ao local no qual a ponta do dedo médio atingiu sobre a régua. Este teste caracteriza-se como um teste ativo, que mede a flexibilidade da articulação coxofemoral e avalia o comprimento dos músculos paravertebrais e posteriores da coxa (ABECH, 2008). Para a avaliação da força muscular dos músculos abdominais, o indivíduo permanecia em decúbito dorsal, com os membros inferiores em flexão e as mãos entrelaçadas atrás da cabeça. Os pés permaneciam em contato com o solo, sem o auxílio do avaliador. O teste consistiu na realização do movimento de flexão do tronco, lentamente, de modo a completar toda a amplitude de movimento e após, também lentamente, retornar à posição inicial (CAILLIET, 1988). A classificação do grau de força muscular foi computada em três níveis segundo Cailliet (1988):
Força normal: com as mãos cruzadas atrás da cabeça, o indivíduo deve ser capaz de flexionar a coluna vertebral até que os ângulos inferiores da escápula deixem de tocar o solo e mantê-la nesta posição por cinco segundos;
Força regular: com as mãos colocadas na frente do corpo, mantendo os cotovelos estendidos, o indivíduo deve ser capaz de flexionar a coluna vertebral até o limite em que os ângulos inferiores da escápula estejam tocando o solo, mantendo a coluna nesta posição por cinco segundos;
Força fraca: com as mãos colocadas na frente do corpo, mantendo os cotovelos estendidos, o indivíduo não é capaz de flexionar a coluna vertebral de modo a tirar do solo o bordo superior da escápula.
Por fim, para a avaliação postural do equilíbrio ântero-posterior corporal, foi utilizado o procedimento proposto por Furlanetto (2011), que consiste na realização do teste do fio de prumo. Para esta avaliação foi necessário: (1) uma câmera fotográfica digital (Samsung Digimax L 85), disposta sobre um tripé a 95 cm do solo e posicionada 3,5 m a frente do indivíduo; e (2) um fio de prumo com dois marcadores reflexivos, distantes 1 metro entre si e 70 cm da parede (Figura 1).
Figura 1. (a) câmera fotográfica digital e tripé; (b) fio de prumo com marcadores reflexivos
Basicamente, este procedimento consistiu, inicialmente, em marcar os seguintes pontos anatômicos, no lado direito do corpo: lóbulo da orelha, acrômio, trocânter maior do fêmur, côndilo lateral do joelho e fossa anterior ao maléolo externo. Para a marcação destes pontos foram colados na superfície da pele marcadores reflexivos com diâmetros de 2 cm. A seguir, os indivíduos foram posicionados à frente da parede, ao lado do fio de prumo e de perfil para a câmera fotográfica (Figura 2). Após a coleta fotográfica, os registros fotográficos foram analisados pelo software inicialmente denominado Avaliação Postural a Partir de Imagem Digital (APPID) (Furlanetto, 2011), sendo atualmente denominado Digital Image-based Postural Assessment (DIPA) (Furlanetto, 2012). Utilizando, portanto, o DIPA, os marcadores reflexivos, colocados nos pontos anatômicos descritos e no fio de prumo, foram digitalizados para que o software fornecesse informações qualitativas do equilíbrio postural ântero-posterior.
Figura 2. Posicionamento do indivíduo com os pontos anatômicos marcados para registro fotográfico
Procedimento de análise dos dados
O resultado do teste de flexibilidade forneceu variáveis numéricas que foram tabuladas. Os resultados dos testes de força e equilíbrio postural ântero-posterior forneceram variáveis nominais, as quais foram codificadas e transformadas em variáveis numéricas, que, por sua vez, também foram tabuladas no software Excel e exportadas para o software SPSS 14.0. Os dados tabulados resultantes aos testes de força, flexibilidade e equilíbrio postural ântero-posterior foram submetidos a procedimentos de estatística: (1) médias e desvio-padrão da idade, massa corporal, estatura, tempo de prática e flexibilidade; (2) tabelas de frequências das variáveis nominais força e equilíbrio postural; (3) análise de variância para dados não-paramétricos (Kruskal-Wallis). O nível de significância foi de 0,05.
Resultados
Os resultados da avaliação da flexibilidade, através do teste do Banco de Wells, demonstraram que existe diferença significativa entre os três níveis (p=0,028), sendo que o nível iniciante apresentou os menores índices de flexibilidade (35,5 ± 3,86 cm), seguidos pelo nível avançado (43,33 ± 5,68 cm), enquanto que o nível intermediário apresentou os maiores índices de flexibilidade (47,75 ± 6,13 cm). Os resultados do teste da força abdominal, quando submetidos ao teste de Kruskal-Wallis, não apresentaram diferenças significativas entre os três níveis de prática do Método Pilates (p=0,140), embora a moda obtida nos níveis inicial e intermediário tenha sido 1, ou seja, referente à força fraca, enquanto que no nível avançado tenha sido 3, ou seja, referente à força normal. Já os resultados do teste do fio de prumo, que indicam o equilíbrio postural, quando submetidos ao teste de Kruskal-Wallis não apresentaram diferenças significativas entre os três níveis de prática do Método Pilates (p=0,372). Este resultado é reforçado pelo valor da moda, que foi 2, ou seja, referente à postura anteriorizada, para todos os três níveis. Na Tabela 2, observa-se a ocorrência do tipo de equilíbrio postural nos três níveis de prática de Pilates.
Tabela 2. Tabela de freqüência das posturas para os níveis inicial, intermediário e avançado
Discussão
Este estudo foi conduzido com o objetivo investigar os efeitos da prática do Método Pilates sobre os índices de força, flexibilidade e sobre o equilíbrio postural ântero-posterior em praticantes do método nos níveis inicial, intermediário e avançado. Os resultados encontrados demonstraram que os índices de flexibilidade da articulação coxofemoral foram maiores nos indivíduos do nível intermediário, quando comparado com os indivíduos dos níveis inicial e avançado. Especulava-se que os índices de flexibilidade fossem maiores quanto mais avançado fosse o nível de prática no método Pilates, porém isto não ocorreu no nível avançado, o qual teve índices de flexibilidade inferiores ao nível intermediário.
Contrariando as expectativas iniciais de que a flexibilidade, juntamente com a força, seriam maiores quanto mais avançados fossem os níveis, os resultados do presente estudo também são contrários ao estudo realizado por Cyrino et al (2004), que avaliou o comportamento da flexibilidade de diferentes articulações em 16 homens aparentemente saudáveis e moderadamente ativos ou sedentários após apenas 10 semanas de treinamento com pesos. Os resultados apontaram que a prática do treinamento com pesos contribuiu para a preservação e ou melhoria dos níveis de flexibilidade em diferentes articulações (CYRINO et al, 2004). O Método Pilates, por sua vez, parece também ser um excelente meio para desenvolver a flexibilidade, embora os indivíduos do nível avançado, que em média praticavam o Pilates há trinta e dois meses, não tenham apresentado a melhor flexibilidade. Uma das justificativas para este resultado pode estar relacionada ao fato de que a flexibilidade é uma capacidade motora originada pela genética e pelo meio ambiente em que o indivíduo está inserido, ou seja, refere-se ao estilo de vida mais ou menos ativo (ACHOUR, 2002). Outra justificativa para os resultados encontrados no presente estudo está associada à individualidade biológica dos tecidos, ou seja, embora a limitação da amplitude do movimento na maioria das articulações seja imposta pela musculatura e seus envoltórios – pelos tecidos moles, pelo tecido conjuntivo e pela pele – o grau de importância destes tecidos pode variar de pessoa para pessoa (POLLOCK & WILMORE, 1993).
Quanto ao nível de força apresentado pelos indivíduos, os resultados demonstraram que não houve diferença significativa entre os níveis de prática de Pilates. Estes resultados estão de acordo com aqueles encontrados por Kolyniak et al (2004), que, utilizando um dinamômetro isocinético, não encontraram aumento na musculatura flexora do tronco após um treinamento de 25 sessões durante 12 semanas com o Método Pilates em indivíduos integrantes dos níveis intermediário/avançado. Assim, os resultados sugeriram que a força abdominal não foi maior nos indivíduos do nível avançado, como era esperado. Uma possível explicação para esse resultado pode estar no próprio teste realizado, que consistiu na realização do movimento de flexão do tronco, lentamente, pelo indivíduo, de modo a completar toda a amplitude de movimento e após, também lentamente, retornar à posição inicial (CAILLIET, 1988). Este teste pode não ter sido adequado para avaliar a força dos músculos abdominais por se tratar de uma avaliação que se baseia na observação, dependendo muito da habilidade do avaliador e da disposição do mesmo para realizar o teste. Essa pode ser considerada uma limitação do presente estudo, ou seja, caso um teste que permitisse quantificar com mais precisão o nível de força tivesse sido realizado, o resultado poderia ter sido diferente. Esses resultados contrariam os achados na literatura, pois Kolyniak et al (2004), por exemplo, citam que um programa básico do Método Pilates inclui exercícios que fortalecem a musculatura abdominal, bem como exercícios de flexibilidade da coluna, além do fato de o método sempre estar trabalhando o corpo como um todo. Os mesmos autores apontam que nos níveis intermediário e avançado os exercícios de extensão de tronco, além de exercícios que trabalham o corpo todo, são introduzidos gradualmente, procurando melhorar a relação de equilíbrio agonista-antagonista.
No que se referem ao equilíbrio postural ântero-posterior, os resultados demonstraram que não houve diferença significativa entre os níveis, pois a maioria dos indivíduos apresentou postura anteriorizada quando submetidos ao procedimento proposto por Furlanetto (2006), que consiste na realização do teste do fio de prumo na vista de perfil, com base nos pontos anatômicos de Kendall et al (2007). Estes resultados são contrários ao entendimento de Pires e Sá (2005), os quais apontam que a precisão ao realizar os movimentos dos exercícios do Método Pilates consiste no refinamento do controle e equilíbrio dos mais diferentes músculos que estão envolvidos no movimento e na postura. Assim, é de importância fundamental, sobretudo, o realinhamento postural do corpo durante o treinamento do Pilates. Com base nesses autores, percebe-se que, para obter resultados positivos no equilíbrio postural dos indivíduos praticantes do método, é necessário que haja uma conscientização corporal, ou seja, que o indivíduo consiga assimilar o alinhamento postural utilizado durante a prática dos exercícios do Pilates com a sua rotina cotidiana, considerando que a postura é um hábito (CAILLIET, 1988; TRIBASTONI, 2001).
Em suma, os resultados do presente estudo não sinalizaram a evolução natural esperada entre os níveis inicial, intermediário e avançado para a flexibilidade da articulação coxofemoral, a força dos músculos abdominais e o equilíbrio postural ântero-posterior. Considerando o tamanho da amostra e o tipo de teste escolhido para avaliar a força abdominal como importantes limitações do estudo, entende-se que é preciso realizar esta análise com um número maior de sujeitos e utilizar um teste de força que forneça resultados mais objetivos para que se possa concluir adequadamente sobre a evolução natural dos níveis de prática estudados. Seria indispensável, também, a realização de um estudo longitudinal delimitado, acompanhando a mesmo indivíduo por um período maior de tempo, ou seja, sua própria evolução nos níveis de prática, respeitando os princípios do treinamento físico, bem como a tríade: volume, intensidade e frequência. Ainda sobre as limitações do estudo, cabe ressaltar a heterogeneidade da amostra, ou seja, os indivíduos participantes de idades díspares, hábitos de saúde distintos, dentre outros fatores que podem ter contribuído para os resultados encontrados.
Conclusão
Os resultados demonstraram que a capacidade física flexibilidade apresentou melhora significativa (p<0,05) quando comparados os sujeitos do nível inicial e intermediário. Entretanto, não houve melhora significativa (p<0,05) na força abdominal e no equilíbrio postural, na comparação dos níveis inicial, intermediário e avançado. Sendo assim, o presente estudo indica a necessidade de mais pesquisas que esclareçam aspectos relacionados aos benefícios do Método Pilates ao longo do tempo de prática, além da necessidade de aprimoramento dos instrumentos de avaliação de força, flexibilidade e equilíbrio postural clinicamente, para que sejam utilizados no dia a dia dos profissionais que lidam com este público de praticantes.
Referências
ABECH, E.A. Guia Prático de Avaliação Física: uma abordagem didática, abrangente e atualizada. São Paulo: Phorte, 2008.
ACHOUR, J.A. Exercícios de alongamento: anatomia e fisiologia. São Paulo: Manole, 2002.
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CAILLIET, R. Lombalgias. São Paulo: Manole, 1988.
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CYRINO, ES; OLIVEIRA, AR; LEITE, JC; PORTO, DB; DIAS, RMR; SEGANTIN, AQ; MATTANO, RS; SANTOS, VA. Comportamento da flexibilidade após 10 semanas de treinamento com pesos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, nº4, vol.10: 233-237, 2004.
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FURLANETTO T, CANDOTTI C, COMERLATO T, LOSS J. Validating a postural evaluation method developed using a Digital Image-based Postural Assessment (DIPA) software. Computer Methods and Programs in Biomedicine, 108(1), 203-212, 2012.
KENDALL, FP; KENDALL, E; PROVANCE, PG. Músculos, Provas e Funções. 5ª ed. São Paulo: Manole, 2007.
KNOPLICH, J. Viva bem com a coluna que você tem: dores nas costas, tratamento e prevenção. 18ª ed. São Paulo: Ibrasa, 1990.
KOLYNIAK, IEGG; CAVALCANTI, SMB; AOKA, MS. Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método Pilates. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, nº 6, vol.10: 1-8, 2004.
PIRES, D.C.; SÁ, C.K.C. Pilates: notas sobre aspectos históricos, princípios, técnicas e aplicações. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 10, nº 91, dezembro, 2005. http://www.efdeportes.com/efd91/pilates.htm
POLLOCK, M.; WILMORE, J.H. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1993.
SELBY, A; HERDMAN, A. Pilates: como criar o corpo que você deseja. São Paulo: Manole, 2000.
TRIBASTONE, F. Tratado de exercícios corretivos aplicados à reeducação motora postural. São Paulo: Manole, 2001.
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 194 | Buenos Aires,
Julio de 2014 |