Treinamento de força aplicado em crianças e adolescentes El entrenamiento de la fuerza aplicado en niños y adolescentes |
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*Graduados em Educação Física pela Fagammon, Lavras, MG **Professor da Faculdade Presbiteriana Gammon – FAGAMMON Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS, Universidade Vale do Rio Verde – UNINCOR, Minas Gerais, MG (Brasil) |
Diego D’Ângelo Leão* Paulo César Santos Dias* Giuliano Roberto da Silva** |
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Resumo O treinamento de força equivale a uma atividade voltada para o desenvolvimento das funções musculares através da aplicação de sobrecargas, sendo esta atividade imposta através da própria massa corporal, elásticos, máquinas específicas ou pesos livres. A hipertrofia refere-se como uma das principais adaptações musculares ao treinamento de força, nos dias atuais a maioria das faixas etárias estão insatisfeitas com a própria aparência incluindo-se nessa insatisfação os grupos de jovens, sendo assim, há um crescente interesse pela mudança da estética corporal. Nesta fase da vida o sistema esquelético ainda não está formado em sua plenitude, sugerindo uma preocupação a respeito de tal prática, que supostamente poderia provocar lesões osteomioarticulares. Este estudo teve o objetivo de identificar os efeitos da prática do treinamento resistido por crianças e adolescentes. De acordo com a literatura pesquisada os exercícios resistidos exercem efeitos positivos sobre a densidade mineral óssea, e aumentam a força muscular em crianças e adolescentes. A sociedade em si tem uma preocupação grande com a aparência alta e esbelta, essa constituição física tem sido reforçada desde a infância e atinge a população adolescente, que tem por necessidade se enquadrar também nesse biótipo perfeito, reforçado cada vez mais pela mídia. Por isso a um questionamento dos profissionais da saúde se tem benefícios ou malefícios em relação aos exercícios físicos resistidos executados por crianças e adolescentes. É muito discutida na literatura quanto à recomendação da intensidade certa da prescrição de exercício físico de treino de força para crianças e adolescentes. Embora ainda haja muita controvérsia envolvendo o tema, independente do exercício praticado, há evidências de que os riscos da prática do treinamento de força em crianças e adolescentes passam a surgir quando este treinamento não é planejado, estruturado e supervisionado por profissionais competentes. Com tais cuidados, este tipo de treinamento provavelmente será benéfico a crianças e adolescentes, e poderá proporcionar a obtenção dos objetivos propostos. Unitermos: Crianças. Adolescentes. Treino de força.
Resumen El entrenamiento de fuerza es una actividad centrada en el desarrollo de la función muscular a través de la aplicación de sobrecargas, y esta actividad se realiza por medio del peso corporal, máquinas específicas, elásticos o pesas. Hipertrofia refiere a una de las principales adaptaciones musculares al entrenamiento de la fuerza. Hoy en día la mayoría de las personas no están satisfechas con su apariencia sobre todos los sectores juveniles, por lo que hay un creciente interés en el cambio por medio de estética corporal. En esta etapa de la vida del sistema óseo aún no está formado en su plenitud, lo que sugiere una preocupación por esta práctica, que, supuestamente, podría causar lesiones musculoesqueléticas. Este estudio tuvo como objetivo identificar los efectos de la práctica de ejercicios resistidos en niños y adolescentes. De acuerdo con la literatura científica consultada, los ejercicios resistidos ejercen efectos positivos sobre la densidad mineral ósea y aumentan la fuerza muscular en los niños y adolescentes. La sociedad en sí tiene una gran preocupación con la apariencia alta y esbelta; esta constitución física ha sido reforzada desde la infancia y alcanza la población adolescente, que tiene por necesidad también amoldarse al biotipo perfecto, reforzado con el apoyo de los medios de comunicación. Por eso, existe un cuestionamiento de los profesionales de la salud si es beneficioso o perjudicial en relación a los ejercicios resistidos realizados por los niños y adolescentes. Es muy discutido en la literatura sobre la recomendación de una cierta intensidad de un entrenamiento de la fuerza el ejercicio físico para niños y adolescentes. Aunque todavía hay mucha controversia alrededor de este tema, independientemente del ejercicio practicado, hay evidencia de que los riesgos de la práctica del entrenamiento de fuerza en niños y adolescentes parecen surgir cuando no se planifica el entrenamiento, estructurado y supervisado por profesionales competentes. Con tales cuidados, este tipo de entrenamiento es probable que sea beneficioso para los niños y adolescentes, y puede permitir lograr los objetivos propuestos. Palabras clave: Niños. Adolescentes. Entrenamiento de fuerza.
Abstract Strength training is tantamount to an activity directed toward the development of muscle function through the application of overload, and this activity was imposed by the very body mass, elastic, specific machines or free weights. Hypertrophy refers to as one of the major muscle adaptations to strength training, these days most age groups are dissatisfied with their appearance in this dissatisfaction including youth groups, so there is a growing interest in changing esthetics. At this stage of life the skeletal system is still not formed in its fullness, suggesting a concern about this practice, which supposedly could cause musculoskeletal injuries. This study aimed to identify the effects of the practice of resistance training for children and adolescents. According to the literature, the resistance exercises have positive effects on bone mineral density, and increase muscle strength in children and adolescents. The company itself has a great concern with the look tall and slender, this constitution has been reinforced since childhood and reaches the teenage population, which is also the need to fit perfectly in this biotype, increasingly supported by the media. So the questioning of health professionals has benefits or harm in relation to endurance exercise performed by children and adolescents. It is much discussed in literature regarding the recommendation of the right intensity of a physical exercise program of strength training for children and adolescents. While there is still much controversy surrounding the topic, independent of exercise practiced, there is evidence that the risks of the practice of strength training in children and adolescents spend arise when this training is not planned, structured and supervised by competent professionals. With such care, this type of training is likely to be beneficial to children and adolescents, and can provide the achievement of objectives. Keywords: Children. Adolescents. Strength training.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 193 - Junio de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O treinamento de sobrecarga é utilizado com vários objetivos: na melhora rendimento esportivo, no condicionamento físico, na aquisição de uma estética proporcional e na promoção de saúde. Além disso, é componente importante de um programa para a melhora das capacidades físicas nas mais variadas faixas etárias, caracterizando-se em uma metodologia de treinamento seguro (BARBOSA, 2000; KRAMER e RATAMESS, 2004)
O estresse contínuo provocado por esse tipo exercício físico citado acima resulta em adaptações morfológicas, tais como: aumento da espessura cortical e maior conteúdo ósseo na inserção musculotendínea. Para outros autores, ainda não é compreendido a resposta ao treinamento físico. Com relação à estatura final adulta, é normal a preocupação dos pais quando observam que seus filhos estão abaixo da estatura normal referente à idade.
Nesse contexto, os profissionais de saúde são questionados sobre os efeitos positivos que o exercício físico exerce em relação ao aumento da estatura de crianças e adolescentes. A frase "Faça um esporte para crescer mais" é comumente dito, embora, não se sabe se essa afirmativa é uma verdade científica. Quando lidamos com pré-adolescentes notamos que ocorrem várias mudanças no organismo, quanto físico e psico-sociais, essas variáveis influem nos exercícios físicos e na capacidade de suportar pesos, tendo uma diferença no treino entre adultos e adolescentes. O exercício físico deve ser iniciado na infância, de acordo com o desenvolvimento da criança, pois é benéfico para o crescimento e boa formação. Entretanto um planejamento adequado é essencial para um treino seguro, e com um bom resultado.
A aplicabilidade do treino de força para todas as idades já sofreu divergências, principalmente , quando aplicados em adolescentes , contudo a literatura aponta pesquisas favoráveis à sua aplicação no desenvolvimento dos jovens, tendo em vista ser um esporte com total segurança e com um grau de risco de lesões reduzido comparado com outros esportes. (PACHECO, 2003; SIMÃO, 2004).
Objetivos
Objetivo geral
Avaliar os efeitos do treinamento de força aplicado em crianças e adolescentes.
Objetivos específicos
Identificar as adaptações osteo-musculares, provenientes do treinamento de força;
Identificar, na literatura, os principais riscos e benefícios do treinamento resistido com a criança e adolescente;
Sugerir orientações básicas para o treinamento de força para crianças e adolescentes.
Tipo de pesquisa
Para a concretização deste trabalho foi necessário pesquisas sobre o assunto, caracterizando-se em uma pesquisa qualitativa descritiva (bibliográfica) apropriada para o foco principal.
Para Gil (1996), a bibliografia é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Coleta e análise de dados
Para a coleta de dados utilizaram-se fontes secundárias de informação, através do uso de Internet, livros e artigos científicos.
Na concepção de Medeiros (2000), fonte secundaria é aquela que busca o levantamento de livros e revistas de relevante interesse para a pesquisa que será realizada. Segundo ele, o objetivo é fornecer ao autor de nova pesquisa informações sobre o tema escolhido.
Revisão literária
Segundo RHEA (2009) o corpo humano está sempre em modificação durante sua vida útil. Nos primeiros anos o crescimento sendo acelerado, e se estabiliza depois da puberdade, e permanece ao longo da vida. É muito importante que os profissionais estejam por dentro de como o corpo do adolescente reage aos exercícios físicos a fim de preparar, para as atividades. O desenvolvimento é genético, mais a alimentação, o ambiente, e o exercício podem interferir na maturação.
O aumento dos músculos no caso a circunferência das fibras acontecem no primeiro ano de vida. O crescimento da massa muscular ocorre juntamente com o desenvolvimento da força. De acordo com o desenvolvimento dos tecidos os músculos ficam mais resistentes às atividades, portanto reage melhor a alta intensidade dos exercícios, (RHEA 2009).
Fenômenos celulares, biológicos, bioquímicos e morfológicos, caracterizam o desenvolvimento físico, essa junção é conseguida por meio de uma manifestação genética e influenciada pelo meio ambiente. A nutrição deve ser destacada dentre os aspectos ambientais, que acoplado a fatores genéticos e hormonais, exerce uma proliferação da cartilagem de crescimento e alongamento linear dos ossos (RUBIN K.et. al., 2000).
O grande crescimento longitudinal durante a puberdade engloba três fenômenos:
1°: o estirão do crescimento com duração próxima de três anos, caracterizado pela menor velocidade de crescimento durante a fase pré-puberal, crescimento com aumento da velocidade, que é conhecido como pico máximo de velocidade de crescimento (PHV), e também uma fase de cessação do crescimento;
2°: a rápida aquisição de conteúdo mineral ósseo, conhecida como pico de massa óssea, em que processo de formação sobrepuja o processo de reabsorção óssea e que é apresentado um adicionamento linear durante a infância e exponencial na segunda fase da vida, com mais alta intensidade entre 13 e 17 anos, sendo que, entre 14 e 15 anos de idade, são considerados anos críticos para o evento;
3°: e o processo de maturação esquelética, que se encerra com o fechamento epifisiário (LIMA et al, 2001).
Segundo Smith, Andrish, Micheli (1993), dizem que um treino adequado pode melhorar a força, crescimento, desenvolvimento, o lado psicológico, e a saúde em geral dos pré-adolescentes e adolescentes. As crianças que praticam exercícios físicos têm menores riscos de se lesionar do que uma criança que não praticam esportes. No adolescente que faz atividade física ocorre a melhora da função neural, por conseqüência do ganho de coordenação motora e com isso ocorre uma grande confiança física nessa faixa etária. A grande preocupação com crianças e adolescentes é as lesões no tecido ósseo podendo afetar o crescimento, e a epífise por ser uma área sensível em desenvolvimento, qualquer lesão nesta poderia causar uma calcificação, com isso a criança para de crescer, isso está relacionado ao excesso de peso e movimentos errados no exercício.
O hormônio do crescimento (GH) atua no organismo no processo de crescimento, tanto como forma direta e indireta. Através da ligação do GH com seus receptores na placa de crescimento ele atua diretamente e, agindo sobre o crescimento no processo de diferenciação celular e no aumento da produção de colágeno (GODFREY et al, 2003).
É conveniente salientar a ação que os hormônios sexuais exercem no aspecto do crescimento puberal, que apresenta em um primeiro momento, um aumento significante na secreção de GH e, um incremento na produção de IGF-1 posteriormente, onde os efeitos diretos agem sobre a cartilagem óssea (PHILLIP e LAZAR, 2003). Há um aumento progressivo nos séricos níveis de testosterona e estrógenos durante a puberdade nos dois sexos.
Se, por um lado, foi relatado que o exercício físico pode motivar aumentos significantes do GH no sangue, pelo outro, Guy e Micheli (2001) dizem que, no período da puberdade, o exercício físico intenso pode não trazer benefícios para adolescentes, em particular no que diz respeito ao crescimento esquelético.
Segundo Jobin et al (1993), a idéia de que o esporte para criança e adolescente está livre de qualquer tipo de risco, pode ser constatado sendo um mito.
A força permite que o grupamento muscular vença uma resistência de um movimento qualquer que tem o objetivo de melhorar o condicionamento praticando algum exercício seja ele recreativo ou especifico (FLECK,1997).
O exercício para crianças e adolescentes do sexo masculino e feminino tem um beneficio no desenvolvimento, dependendo da motivação e objetivo do aluno (OLIVERA; GALLAGHER; SILVA,1995).
O treino ou exercício deve ser aplicado respeitando a individualidade de cada individuo, alguns benefícios adquiridos são: correção na postura, melhora no desenvolvimento e crescimento progressão nos exercícios e movimentos (RISO; LOPES; OLIVEIRA, 1999).
Segundo LOPES (2003) um dos objetivos do treino é ter cuidado com a estética corporal manter um desenvolvimento corporal simétrico, com isso prevenindo contra lesões em alguma estrutura. Para prevenção é necessário fazer uma avaliação diagnostica e depois uma comparativa para preparar um novo treinamento.
O treino de força pode favorecer ou limitar o nível de outras capacidades físicas se o exercício for bem prescrito, não haverá riscos. Mais regras devem ser seguidas como atingir o objetivo do aluno, não visar o lado competitivo, planejar as aulas, priorizar o aspecto motor, aplicar alongamentos tanto no aquecimento quanto na fase de relaxamento, aplicar o exercício correto, ficar atento em relação ao volume de treino, observar a criança, se estiver demonstrando sensação de dor ou desconforto, imediatamente interromper o treino (LOPES, 2003).
Com o tipo de esporte e os aumentos na densidade mineral óssea, pesquisas realizadas com grupos atléticos mostram que o treinamento de força proporciona o aumento na densidade dos ossos comparando com qualquer treinamento de resistência aeróbia um exemplo é o salto e a corrida, tem um impacto melhor do que a natação.
Segundo Grimston et al (1993), crianças e adolescentes que praticam exercícios de impacto de até três vezes por semana tem um ganho maior na massa óssea do que um individuo que pratica um exercício sem impacto.
Vemos adaptações positivas da massa óssea quando falamos em exercício físico, realizado de forma correta, mais podem também ocorrer resultado negativo quando a um excesso no treinamento. Lesões por sobrecarga com repetição exagerada normalmente poderá acontecer em crianças e adolescentes (RAMOS,1998).
Mais ao exercício físico é mais um fator em relação ao crescimento, temos que ficar atento a outras situações como genética, alimentação, fator ambiental isso tudo influencia no crescimento (RUBIN, 2000; SKINNER et al., 2001).
Sugestões de exercícios de força para crianças e adolescentes
A seguir serão demonstrados exemplos de exercícios que poderão integralizar o treino de força nas faixas etárias que estão sendo alvo de discussão nesse trabalho.
a. Idade de 5 a 7 anos
Demonstre o exercício ao aluno;
Exercícios básicos com pouco peso ou sem;
Exercícios de baixa intensidade;
Começar com exercícios utilizando o peso do próprio corpo e depois passar para exercícios com cargas leves.
Figura 1. Agachamento e flexão plantar
b. Idade de 8 a 10
Executar o exercício corretamente;
Analisar o estresse do exercício;
Aumentar devagar o volume do exercício;
Começar com exercícios simples com carga leve.
Figura 2. Levantamento terra
c. Idade de 11 a 13 anos
Continue aumentando o peso;
Enfatize a técnica dos exercícios;
Coloque exercícios mais avançados com pouca carga ou sem.
Figura 3. Avanço no Fitball
d. Idade de 14 a 15 anos
Montar um programa mais avançado;
Incluir mais materiais no treino;
Aumente o volume;
Dar mais destaque as técnicas do exercício.
Figura 4. Remada Reversa
e. Idade de 16 anos em diante
Monte um treino simular para adultos depois de ter passado pelo período de adaptação.
Figura 5. Flexão de braço no Medicine Ball, Barra Fixa e Abdominal Fitball. De acordo com (RHEA, 2009; FLECK e KRAEMER, 1990)
Discussão
Grande parte dos autores pesquisados é a favor do treino de força com utilização de pesos livres, ou do próprio corpo. Com isso o exercício torna-se importante nessa faixa etária, assim à criança e adolescente terá uma qualidade de vida melhor no futuro. Devido algumas contradições da sociedade em relação à prescrição do treinamento, muitos pesquisadores afirmam eficiência e desempenho na manutenção da saúde. Por meios de mitos e tabus citados por alguns autores foram de grande importância para criar uma base concreta para ter mais conhecimento sobre essa área abrangente.
Alguns pesquisadores acreditam que nessas idades as adaptações neuromusculares sejam o responsável direto para o aumento de força muscular de crianças e adolescentes, embora não a evidências concretas na literatura sob possíveis mudanças morfológicas nesse público que foram verificados ao teste de força.
Nesse caso o mecanismo neural torna-se o responsável direto em maior parte dos ganhos na força muscular em crianças e pré - púberes, seriam uma ferramenta da capacidade do sistema neural em dar estímulos musculares, melhor coordenação muscular sinergista, e uma melhora na coordenação motora (GODFREY et. aL, 2003).
Santarém (1999) destaca alguns efeitos positivos do treinamento de força para grupos jovens são eles: aumento do metabolismo basal, redução do percentual de gordura, diminuição das dores lombares, melhora da qualidade do sono, minimização da ansiedade e depressão, prevenção das doenças cardiovasculares, controle da pressão arterial, aumento do colesterol bom HDL e diminuição do colesterol ruim LDL, combate a obesidade e melhora da autoestima.
Conclusão
O exercício físico pode ser aplicado em pré-púberes e púberes desde que o treino seja aplicado de forma correta, por um profissional qualificado da área de “Educação Física”, onde este deverá fazer um acompanhamento de preferência no âmbito individualizado. Estando atento em relação ao volume e intensidade do treino, usando os exercícios corretos, trabalhar os grupamentos musculares de forma equilibrada e proporcional, objetivando simetria e harmonia.
A musculação é mais um recurso de exercício físico para crianças e adolescentes assim como jogos, lutas e outros. Quando a prescrição de exercícios físicos é voltada para adolescentes deve-se ter um cuidado maior por estarem em processo de formação e transformações. Uma vez que as bases científicas na determinação dos níveis “ideais” de atividade esportiva para crianças e adolescentes não estejam determinadas, é prudente ter cautela na prescrição de exercício para jovens, uma vez que as duas primeiras décadas da vida são únicas e fundamentais para o crescimento ósseo e o amadurecimento biológico.
Além disso, quem orienta deve ter a preocupação de conscientizar sobre o volume e intensidade dos treinos para não ultrapassar os limites.
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