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A melhora de aspectos fisiológicos de 

pessoas idosas com a prática das artes marciais

La mejora de los aspectos fisiológicos de las personas mayores que practican artes marciales

 

Licenciados em Educação Física

da Fundação Universidade do Contestado

(Brasil)

Gislaine Garrett Pazda

José Leandro Baulduino

Marcos Aurélio Borges Muniz

gislaine.garrett@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo teve como objetivo pesquisa de artigos bibliográficos, de estudos sobre artes marciais relacionados aos benefícios fisiológicos para idosos. Os benefícios do exercício físico para todas as idades têm sido sucessivamente comprovados. Para os idosos, especialmente está se provando de forma incontestável, um número de pessoas com mais de 50 anos adeptas da prática de exercícios físicos de forma programada e regular tem crescido em termos absolutos e em proporção à população dessa faixa etária. A pesquisa analisou os benefícios das modalidades de Tai Chi, Karatê e Capoeira incluídos em programas para a melhor idade.

          Unitermos: Artes Marciais. Idoso. Tai Chi.

 

Abstract

          The present study aimed to search bibliographic articles, studies on martial arts related to the physiological benefits for seniors. The benefits of exercise for all ages have been successfully proven. For the elderly, especially is proving incontrovertibly a number of people over 50 years of adept physical exercise scheduled and regular basis have grown in absolute terms and in proportion to the population of that age group. The research looked at the benefits of Tai Chi forms, Karate and Capoeira included in programs for the elderly.

          Keywords: Martial Arts. Elderly. Tai Chi.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 193 - Junio de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A história da humanidade é repleta de conflitos onde o treinamento dos guerreiros teve papel fundamental. É por este motivo que todas as artes marciais do oriente foram desenvolvidas originalmente como métodos de defesa pessoal. Porém, é difícil precisar esta origem, visto que a história antiga, tanto no ocidente como no oriente, por vezes é difícil de ser estudada devido à existência de poucos relatos escritos e à mistura entre história real e as lendas dos povos antigos (TORRES, 2006). Contudo, Parece existir um consenso entre os autores neste sentido quando se trata de artes marciais, sendo impossível precisar com certeza a origem destas modalidades, mas parecem concordar que sua origem se deu na Índia, depois passando para a China e por fim o Japão (THE PICTORIAL, 1975; TORRES, 2006).

    Arte marcial (AM) significa arte de guerra e aqui serão tratadas como sinônimo de lutas. As AM nasceram a muitos séculos atrás, originadas pela necessidade de autodefesa. Na luta entre tribos, os guerreiros compreenderam a necessidade do treinamento físico e especifico em lutas para obterem melhor resultado nos combates e as habilidades necessárias eram treinadas nos tempos de paz (HIRATA; DEL VECCHIO, 2006).

    As AM têm sido utilizadas para melhorar vários aspectos funcionais e da saúde de idosos. Entre eles está a prevenção de fraturas por quedas, sendo que de 30-50% das pessoas com 65 anos ou mais, caem uma vez por ano ou mais (ZEEUWE et al., 2006). Várias abordagens podem ser feitas neste sentido, como a prevenção e a redução do impacto das quedas (LI et al. 2008; GROEN et al., 2007). A fratura de quadril tem sérias conseqüências para o idoso e em torno de 90% delas ocorre por quedas (CUMMING; KLINEBERG, 1994), em particular laterais (GROEN et al., 2007).

    Também se sabe que estas modalidades, apesar de diferentes entre si, apresentam características em comum. Todas desenvolvem grande controle corporal, quer em equilíbrio, quer em agilidade, força, rapidez e precisão de movimentos (DIAGRAM GROUP, 1981).

    Já está bem estabelecido que a prática regular de atividade física contribui para o envelhecimento saudável e aumento da expectativa de vida32. Exercícios físicos praticados regularmente inibem alterações orgânicas que se associam ao processo degenerativo, contribuem para a reabilitação de determinadas patologias que podem aumentar os índices de morbidade e mortalidade39, agindo também sobre a saúde mental e a eficácia cognitiva14, 53. Por esta razão, têm sido criadas estratégias de ações com o propósito de estimular os idosos a aderirem à prática regular de atividade física.

    Segundo NAHAS (2006), atividade física e entendida como uma característica inerente ao ser humano, com dimensões biológicas e culturais além de ser representada como um tema interdisciplinar e complexo que vem atraindo a atenção de pesquisadores, da mídia e da saúde. A atividade física deve ser considerada como uma alternativa não farmacológica na prevenção e tratamento de doenças. Dentre os seus benefícios incluem-se aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais tais como: aumento da massa muscular, redução da gordura corporal, melhoria das funções cardiorrespiratórias, redução dos fatores de risco de doenças coronarianas, menor risco de doenças adquiridas, alivio do stress, tensão e depressão, melhoria da flexibilidade e melhoria da saúde mental e cognitiva (NAHAS, 2006).

    Na atual sociedade, problemas como o sedentarismo, obesidade, disfunções alimentares, entre outros são cada vez mais presentes, e a atividade física conseqüentemente torna-se objeto de desejo e consumo vinculado a uma crescente busca por saúde e qualidade de vida.

    O Conselho Regional de Educação Física, CREF (1999) define atividade física como “todo movimento corporal voluntario humano, que resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos” e segundo PINHEIRO (2000), a atividade física aliada a uma educação alimentar adequada, torna-se um meio eficaz para um estilo de vida condutor de saúde. Segundo MACARDLE (2008) atividade física e todo movimento que o corpo produz através da contração muscular e que faz aumentar o dispêndio de energia. NAHAS (2003, p. 38) define atividade física e a diferencia de exercício físico:

    “Define-se atividade física como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética - portanto voluntario, que resulte num gasto energético acima dos níveis de repouso (segundo Caspersen e colegas, num trabalho publicado em 1985). Este comportamento inclui as atividades ocupacionais (trabalho), atividade da vida diária – AVD (vestir-se, banhar-se, comer), o deslocamento (transporte), e as atividades de lazer, incluindo exercícios físicos, esporte, danças, artes marciais etc. Assim, atividade física e exercício físico, embora relacionados, não devem ser entendidos como sinônimos, definindo-se exercício como uma das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento da aptidão física, de habilidades motoras ou a reabilitação orgânico-funcional. Os exercícios físicos incluem, geralmente, atividades de nível moderado ou intensos, tanto de natureza dinâmica como estática.”

    Benefícios à saúde relacionam-se à boa forma, redução de fatores de riscos coronarianos, aumento de densidade óssea ou manutenção desta (o que reduz ou minimiza o risco de osteoporose), aumento da flexibilidade, e melhoria das atividades do dia-a-dia.

    Atualmente, o engajamento na implantação de programas de atividades físicas com uma visão holística, observando-se o bem-estar físico, social, intelectual, emocional, vocacional e espiritual (ARMBRUSTER; GLADWIN, 2001), tem proporcionado ao geronte a energia necessária, harmoniosamente equitativa, para desempenhar perfeita funcionalidade psicofisiológica (DANTAS,2002).

    A compreensão da necessidade e dos benefícios, que as atividades físicas com esta visão holística proporcionam à saúde, aumentou significativamente a procura por atividades, tais como o Tai Chi.

    O Tai Chi foi desenvolvido, originalmente, como uma forma de arte marcial, está sendo usado há séculos na china como exercício para saúde, considerando, entre outros aspectos, o etário, e particularmente, entre os idosos. Devido à natureza da sua performance, o Tai Chi tem geralmente assumido efeito significativamente favorável na flexibilidade, no controle do equilíbrio, e na melhora cardiorrespiratória, em pessoas idosas, depois de um longo período de exercícios (HONG; LI; ROBINSON, 2000).

    Em recentes investigação, Lan et al. (2002) observaram que a pratica a longo prazo do Tai Chi pode atenuar o declínio das funções físicas, devido à idade, sendo portanto um exercício apropriado para indivíduos de meia idade e idosos.

    Tai Chi e uma arte marcial que combina os movimentos com a circulação da energia vital, respiração, e técnicas de alongamento. Trata-se de um exercício de corpo/mente, ideal para saúde, relaxamento, flexibilidade, meditação, força e defesa pessoal. E internacionalmente popular por seus efeitos e benefícios na saúde (WANG; CHEN; LI; PEARL, 2000). Para aqueles que, freqüentemente, estão em risco por causa de alguns problemas associados ao envelhecimento, como artrite, disfunção neurológica, declínio geral do equilíbrio, coordenação e função locomotora. Muito ajuda a natureza do Tai Chi, em respeito ao ritmo da própria pessoa, sendo uma atividade não -estressante e não competitiva, assim como sua habilidade de economizar tempo, espaço, e equipamento (YAN; DOWNING,1998 apud MATSUDO,2001).

    O Tai Chi Chuan é uma modalidade de Ginástica Chinesa que, depois da musculação, é a de maior aderência entre os praticantes idosos12 e tem sido citado como capaz de incrementar nesta população ganhos de condicionamento físico, força e equilíbrio, ajudando também na prevenção de quedas13,20,42.

    A estruturação formal do Tai Chi Chuan só ocorreu entre os séculos VIII e XIII d.C., como uma arte marcial derivada do Kung Fu praticado no templo budista de Shaolin. Este Kung Fu foi primeiramente denominado "Tai Chi Chuan Wudang" devido ao fato de ter sido sistematizado no templo budista de Wudang22.

    Depois que saiu do templo Wudang, o Tai Chi Chuan evoluiu em várias direções. Nos primeiros tempos foi aplicado como arte marcial pura, sendo que resquícios desta época ainda estão presentes na forma de competições de luta de Tai Chi Chuan em Cingapura e Hong Kong. Apesar disso, o ramo que mais se desenvolveu foi o do Tai Chi Chuan como atividade física para a saúde, que incorporou conceitos da filosofia, da medicina e de outras ginásticas e práticas terapêuticas chinesas, sem descartar completamente o aspecto de arte marcial8, 11.

    Em 1956, o Comitê Esportivo Nacional Chinês (órgão similar ao Ministério dos Esportes) reuniu professores de educação física e médicos para desenvolveram uma seqüência curta do Tai Chi Chuan contendo elementos dos vários estilos, no intuito de regulamentar, popularizar e facilitar a prática, tanto terapêutica quanto desportiva da modalidade19, 31.

    A Seqüência Curta do Tai Chi Chuan ou Tai Chi Chuan Simplificado e os exercícios que compõem esta prática foram publicados numa série de cadernos pedagógicos oficiais, posteriormente reunidos e traduzidos para os principais idiomas ocidentais com o nome de WUSHU - Guia Chinês para a Saúde e o Preparo Físico da Família52. Este guia para professores descreve e ilustra, em pormenores, as diversas técnicas disponíveis para o planejamento da prática do Tai Chi Chuan. Os estudos demonstram que, para praticantes desta faixa etária, o Tai Chi Chuan é um exercício de moderada intensidade, que trabalha em valores próximos a 60% da freqüência cardíaca máxima25.

    A prática regular do Tai Chi Chuan produz efeitos favoráveis na função cardiovascular de idosos16,24,26, melhorando tanto a capacidade de trabalho quanto a hemodinâmica cardíaca62.

    Comparando os efeitos de exercícios aeróbios de moderada intensidade com programas de Tai Chi de intensidade leve na redução da pressão arterial, em idosos previamente sedentários, encontraram-se efeitos similares10, 60. Entretanto, verificou-se que os resultados produzidos pelo Tai Chi Chuan são menores que os das atividades aeróbias padrão, como caminhar; recomendando-se, portanto, que ele deva ser praticado juntamente com exercício regular aeróbio moderado, mais que no lugar do mesmo4.

    Os idosos praticantes de Tai Chi Chuan apresentaram menor perda da força nos membros superiores durante o teste de preensão manual53. O desempenho manual manteve significância mesmo quando um grupo de praticantes de Tai Chi Chuan foi comparado com outras modalidades tradicionais59. Melhoras significativas também foram verificadas para a força dos músculos extensores e flexores dos joelhos de praticantes de Tai Chi Chuan em relação a grupo controle26 e para o pico de torque extensor do joelho, no protocolo concêntrico e excêntrico28, reforçando a teoria de que o treinamento de Tai Chi Chuan em idosos pode aumentar a força e a resistência muscular dos extensores dos joelhos.

    O Tai Chi Chuan leva a ganho em força, coordenação e flexibilidade, resultando em menor incidência de quedas em pessoas idosas17, 37, 41, 45, 55.

    O Tai Chi Chuan demonstrou ser seguro para os praticantes com artrite reumatóide. Foram observadas melhoras no edema e dor articular, no tempo de caminhar e na força de preensão manual, não havendo deterioração clínica nestes pacientes quando comparados ao grupo controle. Não há sugestão de que o Tai Chi Chuan possa diminuir a deterioração da cartilagem e do osso, mas que aja como terapia adjuvante para o tratamento médico21.

    Os indivíduos praticantes de Tai Chi Chuan demonstraram aumento da confiança no equilíbrio e na realização dos movimentos. Entre os efeitos notados nas atividades da vida diária estavam: aumento da percepção do corpo e de diferentes facetas do bem-estar, redução do estresse, fazer coisas que achavam que não podiam fazer, sensação de vigor e força, melhor coordenação e equilíbrio, diminuição da ansiedade e percepção da dor, aumento da atenção, da confiança e do relaxamento, melhor desempenho mental e senso de realização23, 46, 48, 53.

Capoeira

    A capoeira, arte-luta brasileira praticada atualmente em mais de 150 países, conta com um grande número de praticantes, dentre os quais uma parcela significativa na terceira idade, principalmente os próprios mestres.

    É cada vez maior o número de idosos na sociedade brasileira e em outras no mundo. O crescimento da população de idosos é considerado um fenômeno global e sem precedentes. “No Brasil, as estimativas para os próximos 20 anos indicam que a população idosa excederá a 30 milhões de pessoas, chegando a representar quase 13% da população”, afirmam Pereira, Curioni e Veras (2003) com base no IBGE.

    Não há dados sobre o número de praticantes ou de professores de capoeira que se encontram na terceira idade tanto no Brasil como em outros países, muito menos sobre as sua características socioeconômicas, como gênero, alfabetização e nível de educação formal, formação profissional, atuação e população urbana e rural, renda, responsabilidade nos domicílios, entre outros indicadores.

    No Estatuto do Idoso, lei nº 10.741, de 3 de outubro de 2003, que pode ser considerado um dos maiores avanços em termos de legislação em políticas sociais e públicas para os idosos, os artigos 3º e 20 prevêem o direito do idoso a liberdade, educação, cultura, esporte, lazer, diversões, todos encontrados na prática da capoeira.

    Ao trabalhar com o idoso, devem-se conhecer as características desta fase da vida e também as do próprio idoso com o qual se trabalha, para efetivar uma intervenção profissional com ética, responsabilidade, respeito e competência. Para Bechara, “é de fundamental importância que a pedagogia da capoeira tenha como alicerces o diagnóstico de quem é o aluno, e em que nível de motricidade ele se encontra”.

    Há a necessidade de certos procedimentos e de cuidados especiais para este grupo especial que é a terceira idade, como anamnese, avaliação física, médica, psicológica e outras se necessárias, além de um programa de atividades muito bem elaborado.

    O Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs), que é responsável pela execução do programa Agita São Paulo, realizou um estudo no ano de 2008 em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, por meio do qual verificou que os idosos deste estado praticam pouca atividade física.

Karatê

    O Karatê se difundiu pelo mundo seguindo uma filosofia de vida saudável, disciplina, equilíbrio, através da dedicação, lealdade, autoconfiança do indivíduo. Então, o Karatê passou a conquistar o mundo não mais por arte marcial, agora como uma disciplina que trabalha o físico e o intelecto de seus praticantes. Por esta razão o presente estudo utilizou a prática do Karatê - do, pois tal luta é benéfica para todas as idades.

    Esta arte marcial está sendo muito procurada e aceita atualmente pela população idosa, tendo em vista ganho de condicionamento físico, força, equilíbrio e flexibilidade, que são componentes da aptidão física que vão ajudar a desenvolver hábitos posturais e auxiliar no fortalecimento da musculatura,

    Prevenindo a osteoporose, assim como os riscos de quedas, gerando um bem estar geral e maior autonomia no seu dia-dia.

Material e métodos

Tipo de pesquisa

    Este trabalho pode ser entendido como pesquisa de artigos bibliográficos, de estudos sobre artes marciais relacionados aos benefícios fisiológicos que os idosos adquirem praticando diversos tipos de artes marciais, buscando referencias na literatura para um embasamento teórico e prático.

Procedimento de coleta de informações

    Para a realização deste trabalho foram efetuados estudos em diversos artigos bibliográficos encontrados no Google Scholar.

    Foram analisados estudos referentes aos últimos quinze anos.

    O estudo procurou diagnosticar quais os principais benefícios que idosos integrantes de programas de atividades físicas que abordam as artes marciais como principal conteúdo de suas práticas.

Discussões

    Atualmente, o engajamento da população idosa em programas de atividades físicas se mostra cada vez mais difícil e a implantação das artes marciais nesses programas se torna eficaz para a permanência do geronte, a partir da década de noventa várias pesquisas demonstram o beneficio tanto físico como psicológico para população de maior idade.

    Segundo Melo et al, o Tai Chi vem sendo usado há séculos na China como exercício para saúde, considerando entre outros aspectos, o etário, particularmente entre a população da melhor idade.

    De acordo com Hong; Li; Robinson (2000), devido às características do Tai Chi o efeito na melhora da flexibilidade se torna favorável e após longos períodos de exercício a melhora cardiorrespiratória e o controle do equilíbrio se tornam evidentes.

    Para Matsudo (2001), o Tai Chi respeita o ritmo de cada pessoa sendo uma atividade que não gera stress e não estimula a competição dos praticantes.

    Para Lussac (2009), a capoeira praticada respeitando os limites traz benefícios importantes à qualidade de vida do idoso, sendo orientada por um profissional capacitado.

    Segundo Bechara é importante conhecer os limites de cada aluno e o diagnóstico do nível de motricidade que ele se encontra.

    De acordo com Silva Neto (2011), o karatê desenvolve diversas valências físicas que os idosos necessitam para as atividades da vida diária como: concentração, rapidez de raciocínio, elasticidade entre outras.

Considerações finais

    Enfim, podemos concluir que a inclusão das artes marciais em programas de atividades físicas para idosos aumenta a aderência na mesma, encontramos pesquisas que comprovam que o Tai Chi, o Karatê e a Capoeira estão entre as mais utilizadas pelos educadores físicos por respeitarem os limites físicos de cada pessoa.

    O Tai Chi se mostrou eficaz por ser uma atividade de intensidade moderada sendo que o idoso pode controlar essa intensidade, não necessita de movimentos bruscos e pode ser bem adaptada em programas com grande número de pessoas.

    A Capoeira segundo Lussac, se torna mais difícil a permanência do idoso, por que o geronte relaciona os saltos e os giros da capoeira a pessoas jovens e corpo esculturais.

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