Reflexão sobre as condições de trabalho impostas no meio fitness: Uma crítica dos profissionais de
Educação Física Reflexiones sobre las condiciones de trabajo impuestas en el medio fitness. Una crítica de los profesionales de Educación Física que intervienen en gimnasios |
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*Pós-graduado em Treinamento desportivo e Fisiologia do exercício pela Universidade Castelo Branco (UCB) **Graduado em Educação Física pela Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) (Brasil) |
Marckson da Silva Paula* Heury Braga** |
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Resumo O presente estudo teve como objetivo analisar a opinião dos profissionais de Educação Física (EF) atuantes em academias sobre as condições de trabalho que são oferecidas nesse meio. A pesquisa teve 35 avaliados, sendo 26 do sexo masculino e 9 do sexo feminino, com idade de 27,8±4,07 anos. Metodologia: Os avaliados responderam a um questionário com sua opinião sobre como se encontra o cenário atual do meio fitness em relação às condições de trabalho que são oferecidas pelas academias de ginástica, alguns desses assuntos são: total de horas trabalhadas diariamente e semanalmente, direitos trabalhistas, satisfação quanto sua renda mensal e avaliação física, autonomia de trabalho, auxílio de outros profissionais e/ou estagiários, estrutura da academia. Além do mais, outros fatores relevantes também foram abordados, como por exemplo: formação acadêmica, atualização profissional, modalidades ministradas atualmente, tempo de conclusão da graduação em EF, produção científica. Resultados: Dentre os avaliados, 25,7% são pós-graduados e 74,3% são graduados, tendo concluído sua graduação entre 2005 e 2013, atuam em apenas 1 academia (51,4%), 2 academias (25,7%), 3 ou mais (22,9%), onde, 77,1% deles recebem os direitos trabalhistas. Verificou-se que 77,1% dos avaliados não estão satisfeitos quanto sua renda mensal e apenas 22,9% mostram-se satisfeitos. Em contrapartida, 82,9% afirmam ter autonomia para trabalhar, tendo auxílio de outros profissionais em 77,1% dos casos, além de que 80% dos avaliados consideram a estrutura da academia entre boa e excelente. A atualização profissional por meio de cursos de extensão, pós-graduação e leitura de artigos e livros também foi considerada (65,7% afirmaram que se atualizam para o cargo exercido). No que diz respeito às contribuições científicas, apenas 11,4% afirmaram sua contribuição na publicação de artigos científicos. Conclusões: Conclui-se que, os profissionais não estão contentes quanto a sua renda mensal. Em sua maioria (77,1%) têm pelo menos um local em que recebem os direitos trabalhistas, também não há satisfação quanto ao valor recebido por avaliação física em 51,4% dos casos, considerando que 31,4% dos avaliados não fazem avaliações físicas. A estrutura oferecida pelas academias tem se mostrado suficiente, porém, é necessário que haja maiores investimentos das academias em seus profissionais, tendo em vista que os mesmos se preparam para assumir seus cargos e outros podem não se atualizar devido à falta de recursos financeiros, essa insatisfação pode refletir na sua contribuição científica, uma vez que os profissionais desmotivados tendem a não se interessar pela pesquisa científica. Unitermos: Condições de trabalho. Qualidade de vida. Motivação.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 193 - Junio de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Atualmente, é notório verificar que há um aumento na adesão à prática de exercícios físicos por parte de indivíduos de diversas faixas etárias. Muitos almejam o corpo perfeito, a busca pela realização de seus objetivos, sendo eles para fins estéticos e/ou melhoria da saúde. Um padrão de corpo definido como o “ideal” faz com que muitas pessoas tenham uma visão crítica sobre sua própria imagem corporal, comparando a sua imagem com o padrão de corpo “ideal”, essa preocupação gera mudanças de atitudes, sejam elas no âmbito nutricional e/ou no da inclusão de exercícios físicos em sua rotina diária (PAULA, 2014).
Com essa busca pelas mudanças na composição corporal, há a necessidade de se realizar um Treinamento de Força (TF) baseado em objetivos individuais. A procura por academias de ginástica sempre é grande, principalmente quando se aproximam as datas festivas e eventos de grande importância. As academias lucram com todo esse ingresso de clientes em seu ambiente e, àquelas que estiverem mais preparadas e estruturadas, terão maior sucesso mediante a concorrência local.
Uma academia bem estruturada dispõe de profissionais qualificados, equipamentos eficientes e em bom estado, organização, bons preços, diversidade de modalidades, entre outras situações. Os profissionais de EF de uma academia são a engrenagem e fazem com que ela permaneça sempre em boa sintonia. Ter bons profissionais e motivados é um fator relevante para o sucesso de uma academia de ginástica. Paula (2014) afirma que o profissional de EF atuante com TF deve ser o indivíduo com o maior conhecimento técnico e pedagógico dentro de uma academia, isso faz com que o mesmo esteja apto a prescrever programas de condicionamento físico de acordo com a necessidade dos clientes praticantes de TF.
A motivação profissional se dá pela satisfação em trabalhar em um determinado ambiente. Alguns fatores poderão colaborar, como as condições de trabalho que são impostas pelas academias de ginástica, a estrutura da academia, relação harmoniosa dos profissionais desse ambiente, relação harmoniosa na dicotomia professor-aluno, esses fatores são essenciais e contribuem para a motivação profissional.
Além de todos os fatores estruturais e financeiros de uma academia e a forma pela qual trata seus funcionários, é relevante também citar sobre a qualidade de vida do profissional de EF atuante em academias de ginástica, onde o mesmo permanece por horas sem que possa descansar, sentar-se ou até alimentar-se corretamente. Alguns períodos tendem a ser mais cansativos para esses profissionais, como por exemplo, na estação verão e ao se aproximar das datas festivas, uma delas é o carnaval.
Muitos são os fatores que nos fazem refletir sobre as condições de trabalho impostas pelas academias, essas reflexões estão voltadas aos esforços dos profissionais de EF em tentar “sobreviver” e “existir” nesse meio em que ficam. Em muitos casos, exige atuação em carga horária excessiva, exposição a ruídos durante seu cotidiano, esforço físico, períodos prolongados em atividade funcional (podendo ocasionar dificuldade para se alimentar), além do fator financeiro que é o principal, submetendo muitos profissionais a atuarem desmotivados.
O presente estudo teve como objetivo realizar um levantamento sobre o pensamento crítico dos profissionais de EF sobre as condições impostas a eles pelas academias de ginástica, além de traçar um perfil de atualização profissional dos avaliados.
Metodologia
A pesquisa em questão é caracterizada por ser uma pesquisa de campo, quantitativa e explicativa (THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2007). Houve um levantamento sobre algumas informações através de um questionário com 8 questões fechadas, 3 abertas e 6 mistas respondido por 35 profissionais de EF atuantes em academias das regiões de São João de Meriti, Laranjeiras, Campo Grande, Copacabana, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Magé, situadas no Estado do Rio de Janeiro. As questões abordadas tiveram relação às condições de trabalho e atualização profissional dos avaliados.
Resultados e discussões
Quadro 1. Perfil dos profissionais de EF avaliados
Idade |
Sexo |
Formação acadêmica |
Ano de conclusão da graduação em EF |
Quantidade de academia(s) na qual (is) trabalha |
27,8 ± 4,07 anos |
F (25,7%) M (74,3%) |
Pós-graduados (25,7%) Graduados (74,3%) |
2002-2005 (5,7%) 2006-2010 (28,6%) 2011-2013 (65,7%) |
1 academia (51,4%), 2 academias (25,7%), 3 academias (20%), acima de 3 (2,9%) |
O quadro 1 mostra o perfil dos profissionais de EF atuantes com a modalidade de TF em academias de ginástica localizadas em bairros do estado do Rio de Janeiro. Pode-se observar que os profissionais apresentam uma média de idade de 27,8 ± 4,07 anos, tendo em sua maioria (65,7%) profissionais formados recentemente, caracterizando-se em uma classe jovem de profissionais de EF. Devido ao fato de terem se formado recentemente, alguns atuam em apenas uma academia, como é o caso da maioria dos profissionais avaliados (51,4%) e ainda não ingressaram em cursos de especialização lato sensu para aprimorar seus conhecimentos específicos, como é o caso dos avaliados nessa pesquisa (apenas 25,7% dos avaliados têm curso de pós-graduação lato sensu).
Os cursos de especialização lato sensu são uma boa alternativa para a busca de conhecimento específico para uma determinada função, faz-se necessário esse tipo de atualização profissional para tornar-se cada vez mais capacitado e apto a responder os questionamentos que comumente são direcionados aos profissionais de EF atuantes no meio fitness.
Em estudo realizado por Vieira e Júnior (2010), foram avaliados 60 profissionais atuantes em 24 academias da cidade de Ubá, Minas Gerais. Nessa pesquisa, observou-se que 48% dos avaliados ainda estavam cursando EF e já ministravam suas aulas, 77% deles atuavam em apenas uma academia, 42% tinham entre 1 a 3 anos de atuação em academia, sendo a modalidade de TF citada em 50% dos casos. Alguns desses fatores são relevantes para refletir, como o fato de graduandos estarem atuando como profissionais já formados, isso revela a ineficiência do CREF (Conselho Regional de Educação Física) em fiscalizar as academias, pode-se observar que 42% tinham entre 1 a 3 anos de atuação em academia, pressupondo-se que alguns poderiam ter sido contratados como professor já nos semestres iniciais da graduação em EF. Rocha e Bomfim (2009) afirmam que alguns empresários utilizam a mão de obra barata oferecida pelos estagiários a fim de economizarem com custos na contratação de profissionais de EF graduados. Como exigir mudanças se “futuros” profissionais aceitam atuar sem que tenham condições legais para isto? O que motivam os estagiários a aceitarem atuar como profissionais de EF devidamente registrados pelo Conselho Regional de Educação Física (CREF)? Esses questionamentos devem ser feitos sempre em debates relacionados à valorização da profissão e, consequentemente, dos profissionais.
Quadro 2. Atualização profissional
Você se atualiza para o cargo que exerce? |
Como? |
Já publicou artigos? |
Quantos? |
Sim (65,7%) Não (34,3%) |
Cursos de extensão (65,1%), Pós-graduação (39,1%), Leitura (8,69%) |
Sim (11,4%) Não (88,6%) |
1 artigo (50%), 2 artigos (25%), mais de 2 artigos (25%) |
O quadro 2 mostra informações sobre a atualização profissional dos avaliados desta pesquisa. Em sua maioria (65,7%), os profissionais de EF avaliados afirmaram que se atualizam periodicamente. As formas de atualização profissional são diversas, porém, os cursos de extensão são os mais citados (65,1% dos casos) devido ao baixo custo e o tempo para conclusão dos mesmos, além do mais, os profissionais podem direcionar seus estudos aos assuntos que têm preferência e/ou carência em aprender.
Quanto à questão da publicação de artigos, apenas 11,4% dos avaliados afirmaram ter publicado algum artigo em revista científica. Destes 11,4%, a metade dos avaliados afirmou ter publicado apenas um artigo, os demais afirmaram ter publicado dois artigos (25%) e acima de dois artigos (25%). A motivação profissional pode afetar no que diz respeito à vontade de produzir, de criar debates sobre assuntos específicos, na busca pelo conhecimento e experimentação que é característica da pesquisa científica.
A precarização do trabalho docente da EF em academias faz com que muitos profissionais tenham más condições de trabalho, isso pode ser visto com a ação dos sindicatos que utilizam lacunas deixadas pelas leis trabalhistas e atuam de forma a favorecer os empresários, com isso, o aumento da possibilidade de muitos desses profissionais deixarem seus respectivos cargos e funções é alto, podendo optar por outras vertentes da EF ou mudar completamente seu rumo, deixando de lado a profissão de profissional de EF. Esses verdadeiros burgueses chegam a argumentar sobre o fato de que os exercícios físicos são uma forma de saúde preventiva, reduzindo assim, os gastos com saúde pública e, através desse argumento, almejam receber incentivos fiscais do poder público (GAWRYSZEWSKI, COIMBRA, 2008).
Alguns questionamentos devem surgir, como por exemplo: É fato que a prática de exercícios físicos minimiza os gastos públicos com saúde, uma vez que a população mais saudável gastará menos com medicamentos, internações. Mas, onde fica a saúde do profissional de EF? Muitas das vezes esses profissionais têm que trabalhar por períodos prolongados a fim de aumentarem sua renda, devido à má remuneração oferecida, deixando de cuidar da sua própria saúde para cuidar de terceiros.
Quadro 3. Condições de trabalho e satisfação profissional
Satisfação com a renda mensal |
Satisfação com o valor das avaliações físicas |
Direitos trabalhistas |
Autonomia |
Sim (22,9%) Não (77,1%) |
Sim (17,1%) Não (51,4%) Não fazem avaliações físicas (31,4%) |
Sim (77,1%) Não (22,9%) |
Sim (82,9%) Não (17,1%) |
Carga horária diária |
Carga horária semanal |
Auxílio de outros profissionais |
Estrutura da academia |
7,91 ± 2,24 horas |
34,57 ± 12,52 horas |
Sim (77,1%) Não (22,9%) |
Excelente (17,1%), Boa (62,9%), Regular (14,3%), Ruim (5,7%) |
O quadro 3 mostra alguns aspectos relevantes e inerentes às condições de trabalho que são impostas pelas academias aos profissionais de EF. Uma delas é a renda mensal, na qual, muitas vezes passa a ser um fator de contestação e embates dos profissionais de EF. Nesse estudo, 77,1% dos avaliados apresentaram insatisfação em relação a sua renda mensal por horas trabalhadas e 51,4% dos avaliados mostraram-se insatisfeitos quanto ao valor recebido por avaliações físicas, com apenas 17,1% de satisfação profissional nesse aspecto (31,4% dos avaliados afirmaram não realizar avaliações físicas em seus alunos, o que afeta ainda mais os rendimentos mensais desses profissionais de EF). Em média, a quantidade de horas trabalhadas atendeu às normas estabelecidas pela Consolidação das Leis de Trabalho, a CLT (BRASIL, 1943). Nessa pesquisa, os profissionais de EF tiveram uma média de 7,91 ± 2,24 horas diárias e 34,57 ± 12,52 horas semanais de trabalho, contudo, 42,9% dos avaliados afirmaram trabalhar por mais de 8 horas diárias e 44 horas semanais.
Em estudo realizado por Espírito-Santo e Mourão (2006) com participação de 15 professores de megaacademias do Rio de Janeiro, verificou-se que alguns deles atuavam em uma carga horária semanal muito cansativa (48, 49, 45, 47, 47, 86, 60, 64, 69, 76, 55 horas semanais) somando-se as horas com serviços prestados às academias e também com serviços de personal trainer. Os avaliados foram posicionados em 2 grupos de acordo com o sexo, os avaliados do sexo feminino apresentaram média de idade de 30,4 anos e os avaliados do sexo masculino tiveram média de 29,7 anos. Essas informações reforçam os anseios dos profissionais de EF em relação ao seu salário e o pensamento sobre suas reais condições de trabalho e as que objetivam como ideais para determinada função.
É fato que períodos prolongados atuando com TF em academias de ginástica afeta negativamente à saúde e qualidade de vida do profissional de EF. Diversos estudos relatam sobre esses efeitos negativos ocasionados por estresses repetitivos, podendo ser de ordem auditiva e por uso excessivo da voz (BENEDETI, OURIQUES, 2007; DE ANDRADE, RUSSO, 2010), relacionados a distúrbios osteomusculares (MOHR, GUIMARÃES, BARBOSA, 2011), à relação saúde e trabalho, no geral (ESPÍRITO-SANTO, MOURÃO, 2006). Infelizmente, a permanência desses profissionais em jornadas diárias prolongadas de trabalho é reflexo da situação financeira pessoal e do valor oferecido pelas academias de ginástica, com isso, o profissional passa a sujeitar-se às jornadas excessivas e extenuantes para compensar a baixa remuneração, esse período fora de casa faz com que os hábitos alimentares sejam inadequados devido à falta de tempo para alimentar-se corretamente (DOS SANTOS et. al.; 2013)
Apesar de tudo, alguns pontos positivos podem ser destacados, como é o caso da opinião dos profissionais de EF sobre os direitos trabalhistas, estrutura da academia e autonomia de trabalho no ambiente em que atuam. Nesse estudo, a maioria (77,1%) tem recebido seus direitos trabalhistas (férias, 13º salário, etc.), atuam com o auxílio de outros profissionais, além do mais, 82,9% dos avaliados afirmaram ter autonomia de trabalho.
Além de se conhecer sobre o perfil dos profissionais de EF atuantes em academias, faz-se necessário também buscar informações sobre o perfil dos gestores de academias. Santana et. al.; 2012 realizaram uma pesquisa com 186 gestores de Unidades e 77 gestores de Redes de Academias, sendo que houve predominância de gestores do sexo masculino nas Unidades (68,65%) com idade entre 30 a 39 anos (44,32%), nível superior completo (90,27%), graduados em Educação Física (76,03%), pós-graduados em EF e Esporte (59,6%) ou em Administração e Marketing (31,79%), são proprietários/sócios (81,72%). Já em relação às Redes de Academias, são do sexo masculino (69,23%) com idade entre 30 a 39 anos (57,14%%), nível superior completo (92,21%), graduados em Educação Física (63,08%), pós-graduados em EF e Esporte (41,43%) ou em Administração e Marketing (38,57%), são proprietários/sócios (68,83%). Esses fatores nos levam a refletir sobre a nossa profissão, pois, tanto nas Unidades quanto nas Redes de Academias há uma predominância de gestores graduados em EF, os mesmos conhecem as dificuldades enfrentadas por muitos profissionais e, mesmo assim, ainda existe a exploração por parte desses proprietários.
Conclusões
Conclui-se que, os profissionais não estão contentes mediante sua renda mensal. Em sua maioria (77,1%) têm pelo menos um local em que recebem os direitos trabalhistas, também não há satisfação quanto ao valor recebido por avaliação física em 51,4% dos casos, considerando que 31,4% dos avaliados não fazem avaliações físicas. A estrutura oferecida pelas academias tem se mostrado suficiente, porém, é necessário que haja maiores investimentos das academias em seus profissionais, tendo em vista que os mesmos se preparam para assumir seus cargos e outros podem não se atualizar devido à falta de recursos financeiros, essa insatisfação pode refletir na sua contribuição científica, uma vez que os profissionais desmotivados tendem a não se interessar pela pesquisa científica.
Também é necessário que haja um pensamento mais crítico quanto às condições oferecidas aos profissionais de EF atuantes no meio fitness, pois, essa função exige muito a do profissional, tanto psicologicamente quanto fisicamente. É relevante ressaltar que o profissional bem motivado tem um “combustível” extra para atender os clientes e até utilizar estratégias para reter aqueles clientes. Além do mais, como foi visto anteriormente, a maioria das academias são geridas por pessoas que tem uma formação em EF (na sua maioria), por isso, devem pensar também como profissionais de EF e não apenas como empresários, visando apenas o lucro.
Referências
BENEDETTI, T. B.; OURIQUES, R. Análise ergonômica do trabalho de professores de ginástica em academias. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 11, nº 106, Março de 2007. http://www.efdeportes.com/efd106/analise-ergonomica-do-trabalho-de-professores-de-ginastica-em-academias.htm
BRASIL. Decreto-Lei n. 5452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Rio de Janeiro, DF, 9 ago. 1943. Secção 1, p. 11937-11985.
CARVALHO, T. de.; MARA, L. S. de. Hidratação e nutrição no esporte. Rev. Bras. Med. Esporte. vol.16 n.2 Niterói Mar/Abr. 2010.
DE ANDRADE, I. F. C.; RUSSO, I. C. P. Relação entre os achados audiométricos e as queixas auditivas e extra-auditivas dos professores de uma academia de ginástica. Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol. vol.15 n.2 São Paulo/2010.
DOS SANTOS, J. D. A.; DOS SANTOS, S. A. G.; DOS SANTOS, P. G. M. D.; WANDERLEY, A. L.; BATISTA, G. R. Qualidade de vida dos professores de academia de ginástica da cidade de Olinda-Pernambuco. Rev. Educ. Fis. UEM vol.24 n.2 Maringá Abr/Jun 2013.
ESPÍRITO-SANTO, G. do.; MOURÃO, L. A auto-representação da saúde dos professores de Educação Física de academias. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 27, n. 3, p. 39-55, Maio de 2006.
GAWRYSZEWSKI, B.; COIMBRA, T. C. A precarização do trabalho do professor de Educação Física e a burguesia do fitness: ACAD/SINDACAD e CONFEF. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 13, nº 120, Maio de 2008. http://www.efdeportes.com/efd120/a-precarizacao-do-trabalho-do-professor-de-educacao-fisica.htm
MOHR, P. A.; GUIMARÃES, A. V.; BARBOSA, A. R. Sintomas de distúrbios osteomusculares em profissionais de Educação Física, atuantes em academias de Florianópolis-SC. Rev. Bras. Ciênc. Esporte vol.33 n.4 Porto Alegre Out/Dez. 2011.
PAULA, M. da. S. A prática pedagógica eficiente no ensino do gesto motor e alguns aspectos psicológicos que influenciam na aprendizagem motora do treinamento de força. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 18, nº 189, Fevereiro de 2014. http://www.efdeportes.com/efd189/aprendizagem-motora-do-treinamento-de-forca.htm
ROCHA, R. M.; BOMFIM, D. L. Estagiários de Educação Física: solução ou problema para o mercado de trabalho? EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 13, nº 129, Fevereiro de 2009. http://www.efdeportes.com/efd129/estagiarios-de-educacao-fisica-solucao-ou-problema-para-o-mercado-de-trabalho.htm
SANTANA, L. C. de.; MONTEIRO, G. M.; PEREIRA, C. C.; BASTOS, F. de. C. Perfil dos gestores de academias fitness no Brasil: um estudo exploratório. PODIUM: Sport, Leisure and Tourism Review, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 28-46, Jan./Jun. 2012.
THOMAS, J. R.; NELSON, J. K.; SILVERMAN, S. J. Métodos de pesquisa em atividade física. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
VIEIRA, A. de. A.; JÚNIOR, M. A. C. O perfil do profissional de academia de atividades físicas da microrregião de Ubá, MG. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, nº 148, Setembro de 2010. http://www.efdeportes.com/efd148/o-perfil-do-profissional-de-academia.htm
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