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Implicações das quedas no cotidiano de idosos

Implicancias de las caídas en la vida cotidiana de las personas mayores

 

*Enfermeira. Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem

e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Jequié-BA

**Enfermeira. Docente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem

e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Jequié-BA

*** ***Mestrando do Programa de Pós-graduação em Enfermagem e Saúde

da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Jequié-BA

Jamile Guerra Fonseca*

jam_fonseca@hotmail.com

Rita Narriman Silva de Oliveira Boery**

Jules Ramon Brito Teixeira***

julesramom@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Estudo sobre as causas e conseqüências de quedas em idosos como fatores de impacto em sua saúde, com vistas a conhecer meios para prevenir e proteger o idoso dessas ocorrências, considerando a sua importância no processo de adoecimento e de mortalidade. Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, realizado através de revisão de literatura, cujas buscas de dados aconteceram no período de Agosto a Setembro de 2013. Os artigos foram localizados na base de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), utilizando os seguintes descritores “queda”, “idoso”, “envelhecimento” e, com isso, foram encontrados 22 artigos. As causas que levam o idoso a cair são de ordens variadas, a saber: labirintite, arritmias cardíacas, acidente vascular encefálico, osteoporose, perda parcial ou completa do sentido visual, dentre outros. Uma das principais conseqüências de quedas em idosos é a mortalidade provocada por estes acidentes ou em decorrência da degeneração de fraturas decorrentes destas quedas, dentre outras. As quedas são desfavoráveis em qualquer situação, contudo nos idosos ganha um aspecto traumático um tanto maior, afetando seu estado psíquico. Precisa-se lutar para que o idoso não perca sua autonomia social, voltando o olhar das equipes de enfermagem para a promoção da saúde e prevenção de doenças e seqüelas

          Unitermos: Queda. Idoso. Envelhecimento.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 192 - Mayo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Estudo sobre as causas e conseqüências de quedas em idosos como fatores de impacto em sua saúde, com vistas a conhecer meios para prevenir e proteger o idoso dessas ocorrências, considerando a sua importância no processo de adoecimento e de mortalidade.

    A causa de quedas em idosos está intimamente ligada ao processo de envelhecer e deve ser vislumbrada como um fator carente de investigação, podendo ser espelho da incapacidade do idoso em resistir aos fatores externos e relacionados à nova fase da sua vida. Contudo, infere-se que as quedas em idosos não são obrigatoriamente passíveis de acontecer, mas sabe-se que o processo de envelhecimento do organismo humano tende a propiciar acidentes na terceira idade por meio de causas ambientais e também de causas intrínsecas do idoso1.

    Sabendo que a queda é todo deslocamento do corpo a uma posição inferior à sua posição inicial, não corrigida em tempo hábil e causada por diversos fatores que comprometem a estabilidade2, observa-se que existe uma alta prevalência de queixas prestadas pelos idosos com relação ao equilíbrio, desvio da marcha, instabilidade, náuseas, tonturas e vertigens, além das quedas3.

    As desordens ocorridas nos sistemas visuais; responsáveis pelas informações sobre o ambiente, somatosensorial; informações sobre contato e todo o corpo, e sistema vestibular; relacionado a forças gravitacionais são a causalidade primordial de quedas na população idosa4.

    Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar as causas e conseqüências de quedas em idosos como fatores de impacto em sua saúde.

Metodologia

    Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, realizado através de revisão de literatura, cujas buscas de dados aconteceram no período de Agosto a Setembro de 2013. Os artigos foram localizados na base de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), utilizando os seguintes descritores “queda”, “idoso”, “envelhecimento” e, com isso, foram encontrados 22 artigos.

    Os critérios de Inclusão foram: artigos completos e disponíveis gratuitamente, com idioma em português e que abordassem o tema proposto. Os critérios de exclusão constituíram: aqueles que fugiram ao tema e que tratavam de questões fisiopatológicas.

    Foram realizadas leituras flutuantes dos artigos e selecionados 10 artigos para leituras exaustivas. Como técnica de análise dos dados foi utilizada a Análise Conteúdo Temática5, obedecendo às fases de pré-análise; exploração do material; e, tratamento dos dados, inferência e interpretação.

Resultados e discussão

    As causas que levam o idoso a cair são de ordens variadas, a saber: labirintite, arritmias cardíacas, acidente vascular encefálico, osteoporose, perda parcial ou completa do sentido visual, uso inadequada dos óculos, perda do sentido auditivo, anemias, problemas nos membros inferiores como micoses, unhas doentes, joanetes e calos, desmaios por problemas na próstata ou por constipação, artrose, hipotensão postural, fraqueza por desnutrição, uso de bengalas, andadores e cadeira de rodas, Parkinson, pneumonia, infecção urinária, infarto do miocárdio, hemorragias, uso de medicamentos e ingestão de bebidas alcoólicas5.

    A perda da autonomia pode ser também caracterizada pela incapacidade funcional que é traduzida por dificuldades e/ou impossibilidade de um indivíduo, no caso o idoso, de realizar suas tarefas e gestos mais básicos no cotidiano. É notável que tarefas básicas e rotineiras, como fazer uma comida para alguém em sua casa ou varrer o piso da cozinha, pode se tornar algo perigoso ao idoso, que já se encontra de alguma forma fragilizado pelo seu processo de envelhecimento e suas conseqüências.

    Uma das principais conseqüências de quedas em idosos é a mortalidade provocada por estes acidentes ou em decorrência da degeneração de fraturas decorrentes destas quedas, dentre outras4. Então pode se dizer que uma das conseqüências maléficas trazidas pelas quedas em idosos é a morte, a qual não acontece imediatamente, mas se apresenta como uma mazela após todos os agravos sofridos pelo idoso.

    As quedas são desfavoráveis em qualquer situação, contudo nos idosos ganha um aspecto traumático um tanto maior, afetando seu estado psíquico, especialmente no que diz respeito à cair5. Além de outras limitações impostas pela queda, o idoso fica inseguro diante dessa situação, com medo de restringir-se à reclusão e de não poder exercer mais suas atividades antes rotineiras.

Conclusão

    Precisa-se lutar para que o idoso não perca sua autonomia social, voltando o olhar das equipes de enfermagem para a promoção da saúde e prevenção de doenças e seqüelas. É interessante o entendimento de que se precisa atuar no sentido de prevenir todos estes males ao idoso, já que este ser humano é alguém que alcançou a terceira idade e pode continuar ativo em sua vida e seus afazeres.

    Como foi visto a queda pode trazer diversos problemas ao idoso, problemas estes que não são somente físicos, como também psíquicos. Proporcionar aos idosos ambientes seguros e menos propensos a quedas e incentivar atividades físicas e hábitos alimentares saudáveis, podem reduzir as chances de uma possível queda e de suas conseqüências.

Referências

  1. LOPES, M.C.L. et al. Fatores desencadeantes de quedas no domicilio em uma comunidade de idosos. Aprovado em 17 de outubro de 2007. Cogitare enferm 2007 Out/Dez; 12(4): 472-7.

  2. PADOIN, P.G. et al. Análise comparativa entre idosos praticantes de exercícios físicos e sedentários quanto ao risco de quedas. O mundo da saúde, São Paulo: 2010; 34(2): 158-164.

  3. BRUNI, B.M. et al. Avaliação do equilíbrio postural em idosos praticantes de hidroterapia em grupo. O mundo da saúde. São Paulo: 2008: jan/Mar (32)1: 65-63.

  4. AIKAWA, A.C. et al. Efeitos das alterações posturais e de equilíbrio estático nas quedas de idosos institucionalizados. Rev. Cienc. Med. Campinas, 15(3)189-196, maio/jun, 2006.

  5. Bardin, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2011.

  6. BRASIL. Manual de Saúde do Idoso. Abril de 2003. Disponível em: http://www.santos.sp.gov.br/saude/idoso.pdf. Acesso em 15/agosto/2011

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