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Qualidade de vida quando da prática do exercício físico com intensidade moderada em comparação ao esporte de rendimento

La calidad de vida em cuanto a la práctica del ejercicio físico con intensidad
moderada en comparación con el deporte de alto rendimiento

 

Curso de Educação Física

Centro Universitário Toledo de Araçatuba

(Brasil)

Gustavo Henrique Setolin

Marilaura Silva Queiroz

Thiago Leandro da Silva Machado

Sérgio Tumelero

tumelero.prof@toledo.br

 

 

 

 

Resumo

          A princípio, nosso artigo almeja saber o quanto pais e alunos estão informados quanto à qualidade de vida de ambos, o que a mesma significa em suas vidas e se o esporte escolar ou de rendimento contribui para tal. O objetivo do artigo seria conscientizar as duas partes da importância dos hábitos saudáveis através da prática de exercícios, os diferenciando do esporte de rendimento. Os caminhos percorridos para alcançarmos com êxito no trabalho foram através de pesquisa quantitativa, com entrevista realizada com alunos de 5º a 8º série com seus respectivos pais. Devido a grande capacidade tecnológica e informações “ditadas” pela mídia, percebemos que pais e alunos estão alienados em relação ao que é qualidade de vida.

          Unitermos: Qualidade de vida. Esporte. Escolar. Rendimento.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 192 - Mayo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Para BARBANTI (1994), qualidade de vida “é o sentimento positivo geral e entusiasmo pela vida, sem fadiga das atividades rotineiras. Ela está intimamente ligada ao padrão de vida”.

    GOBBI, VILLAR e ZAGO (2005), definiram qualidade de vida como:

    “Qualidade de vida pode ser operacionalizada como gradiente entre nossas necessidades atuais, bem como nossas expectativas de realização pessoal versus o quanto percebemos de satisfações de tais necessidades e de possibilidades de concretização das aspirações”.

    O índice de sedentarismo na nossa cultura, tanto em crianças quanto em adultos está crescendo cada vez mais devido a alguns fatores: falta de exercício físico, alimentação incorreta, e o que a maioria da população pensa não ter importância que é a higiene pessoal e do local onde vive. Outros contribuintes que levam o indivíduo a não praticar tais exercícios físicos são o alcoolismo e o tabagismo, diminuindo o rendimento durante a atividade (GUEDES & GUEDES, 1995).

    As principais razões, para dar início a um programa de exercício físico é a busca pelo melhor condicionamento físico e saúde, pois este traz não só benefícios para o corpo, mas também para a mente. Lembrando que a falta de exercício desencadeia transformações no corpo do indivíduo como: músculos mais flácidos, gordura em excesso, distúrbios alimentares e excreções do corpo que levam o sujeito a ter um processo digestivo mais lento ocasionando assim as chamadas doenças hipocinéticas (BÖHME, 1994).

    Os praticantes de exercícios físicos se beneficiam com melhor resposta cardiovascular, melhor reflexo, diminui gordura corporal, amplia a capacidade de absorver oxigênio e possibilita maior flexibilidade.

    GUISSELINE (1996), conforme demonstrado na tabela abaixo diferencia indivíduos sedentários e indivíduos que se exercitam regularmente ao longo da sua vida:

    Quando o indivíduo começa um programa de atividades físicas acompanhado de um profissional da área faz com que o indivíduo reeduque sua alimentação, controlando os exercícios para benefício da sua saúde. Daí a necessidade de valorizar e cuidar do nosso corpo que pode ser comparada a uma máquina sofisticada com vários processos em funcionamento de forma voluntária ou involuntária (DANTAS, 1999).

    Conforme GUISELINI (1996), comparando o corpo humano com uma máquina:

    “...quando bem cuidados, seguindo as especificações do fabricante, encontramos automóveis que ultrapassam a marca dos 500 mil quilômetros com o mesmo motor; outros não superam os 15 mil quilômetros. Nosso corpo funciona de maneira similar. Por isso, dê um pouquinho de atenção a ele”.

    Para FREITAS JUNIOR (1995), sempre a tempo para buscar melhorar o condicionamento físico e consequentemente, a saúde, não deixando levar pela falta de tempo, pela idade, questões financeiras, falta de motivação entre outras. Lembrando que, independente da idade e de como se encontra fisicamente, o nosso corpo corresponde ao exercício de maneira satisfatória sendo que, há diversos tipos de atividades físicas que podem se adequar a cada perfil.

    A visão do senso comum acredita que o esporte de alto nível dado em escolas serve de alavanca para criar novos atletas. As aulas práticas de Educação Física, nesta visão, almejam a descoberta de novos atletas para competições, buscando sempre aquele aluno que consegue um bom desempenho, nas aulas. Mas qual é o fundamento disso na escola?

    Ainda que nos depararmos com professores que adotam este método de “ensino” dando continuidade à exclusões e diversos preconceitos desmotivadores.

    O esporte na Educação Física é aplicado nas aulas com finalidades no processo de ensino-aprendizagem, que, dependendo da faixa etária de cada turma, as regras de uma modalidade esportiva são flexíveis e adaptadas à iniciação do esporte.

    É importante acrescentar que as crianças já jogam em caráter competitivo, pois sabem que ganhar é o desejo de todos que competem em diversas modalidades muitas vezes vistas na televisão.

    Para mudar este quadro, o professor faz interferências evidenciando que a competitividade exacerbada gera conflitos e exclusões entre alunos pois a vontade de vencer acaba se tornando um fracasso quando não se atinge esse objetivo.

    Assim, torna-se claro que o esporte trabalhado na escola não visa formar atletas, e sim desenvolver aspectos com os quais o esporte contribui, para conduta de valores, socialização e a compreensão da motricidade e da modalidade em si. Porém, não podemos fechar os olhos para possíveis “talentos” sendo esses indicados para treinamentos específicos da modalidade indicada.

    Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa o esporte de rendimento não significa propriamente um nível saudável de saúde invejável. Além de muitas vezes os atletas treinarem até a exaustão muscular, muitos optam pelo uso de substâncias proibidas que desenvolvam massa muscular magra, força, velocidade, perca de gordura, em tempo absurdamente curto. Geralmente procuram estas substâncias almejando resultados surpreendentes, mas se esquecem do que estes tipos de drogas sintéticas causam nos seus organismos. Alguns destes efeitos colaterais mais comuns são: perca de cabelo, euforia, impotência sexual, câncer em diversos órgãos, taquicardia entre outros (MINAYO, HARTZ & BUSS, 2000).

    É preciso lembrar que não são todos os atletas que se submetem a esses recursos, mais há um percentual gigantesco de indivíduos que fazem uso destas substâncias, pois se ilude com premiações milionárias, fama, sucesso e não levam em conta os perigos ocasionados por essas drogas em seus organismos.

    Não. O treinamento com a intenção de alcançar rendimento não fará mal algum para o atleta que pratica, desde que praticado com a supervisão de profissionais, dietas saudáveis, e principalmente distância de drogas sintéticas.

    É por estes motivos que o esporte de rendimento não pode ser tão ligado a qualidade de vida. Qualidade de vida é alimentar-se bem, praticar atividades físicas, e principalmente ter uma conduta tranqüila em sua vida, pois um indivíduo que vive alterando o “humor” tem grandes chances de desenvolver uma doença cancerígena também.

Objetivos

Metodologia

Resultados

    Quando pais e alunos foram questionados sobre qualidade de vida em determinados esportes, obtivemos os seguintes resultados: Para 51,6% dos alunos, o futebol representa maior qualidade de vida, 20% preferem à dança 28,4% optaram pela natação. Já para os pais o futebol representa 9% à dança 15,2 %e a natação vem com 57,5%, outros esportes 6%, há também aqueles que acreditam que a prática de esportes nada influencia na qualidade de vida do indivíduo completando os 12,2% da porcentagem restante. Estes resultados estão representados no gráfico 1.

Gráfico 1. Atividades que melhoram a qualidade de vida.

    Os avaliados, quando questionados sobre o que representaria qualidade de vida foram bem diversificados. Para os alunos, a escola e os exercícios físicos representam 9% vida saudável 22% praticar esportes 31%,e os que não souberam responder foram 29%. Porém para os pais, a alimentação saudável representa a melhor qualidade de vida com 45,5% seguida de prática esportiva com 33,3% e 21,2% não souberam responder. Estes resultados estão representados no gráfico 2.

    No gráfico 3, estão representados os valores referentes as respostas de quanto ao esporte de rendimento representar qualidade de vida, 92,7% dos alunos acham que sim e 7,3% acham que não. Na opinião dos pais 66,6% acreditam que sim e 33,4% discordam.

Gráfico 2. Representação da Qualidade de vida

 

Gráfico 3. Relação entre esporte de rendimento e qualidade de vida

    Questionados sobre qual o esporte contribuiria mais para o rendimento da criança, 23,6% dos alunos disseram ser o esporte de rendimento e 76,4% acreditam que seja o esporte escolar. Para 27,3% dos pais o esporte de rendimento é o que mais contribui para este desenvolvimento, os outros 72,7% acreditam ser o esporte escolar. Estes resultados estão representados no gráfico 4.

Gráfico 4. Contribuição do tipo de esporte para o desenvolvimento da criança

    Pais e alunos quando indagados quanto à existência do esporte de rendimento na escola, 78,1% dos alunos acham que o mesmo deve sim ser trabalhado no ambiente escolar enquanto 21,9% dizem que não. Dos pais entrevistados, 66,6% acreditam que sim e os outros 33,4% acham que não. Estes resultados estão representados no gráfico 5.

    Durante a coleta de dados, ambos os grupos foram questionados se praticavam alguma atividade esportiva e qual seria o objetivo. Entre os alunos 80% responderam que sim e 20% que não. Quanto ao objetivo 43,2% o fazem por diversão, 33,8% por qualidade de vida e 23,6% tem por objetivo tornarem-se atletas profissionais. Dentre os pais 72,7% praticam algum esporte e 23,7% não praticam, sendo que 56,5% dos que praticam tem por objetivo a manutenção física, 25% praticam por lazer e 18,5% não souberam responder. Estes resultados estão representados no gráfico 6.

Gráfico 5. Sobre a necessidade da existência do esporte de rendimento na escola

 

Gráfico 6. Objetivos da prática esportiva

    Quanto à importância da realização dos exames de rotina e o porquê, 71% dos alunos dizem ser sim importantes e 29% discordaram. Dos entrevistados com respostas do tipo sim, 100% acredita ser importante à realização desses exames para a prevenção de doenças. Por parte dos pais 90,9% concordaram com a importância e 9,1% não concordaram. Dentre os que realizam os exames de rotina, 80,7% o fazem para prevenção de doenças e 19,3% não souberam responder. Estes resultados estão representados no gráfico 7 .

Gráfico 7. Importância dada aos exames de rotina

    Durante a pesquisa, perguntamos por que os atletas de rendimento praticam esportes e 35% dos alunos acreditam que seja por prazer, 31,6% por questões financeiras. 20% pela busca do corpo perfeito e 13,4% não souberam responder. Por parte dos pais, 30,4% acreditam que seja por prazer, 57,6%por questões financeiras, 9% pela busca do corpo perfeito e 3% não souberam responder. Estes resultados estão representados no gráfico 8.

    Perguntamos qual o esporte lhes proporciona maior prazer e 31% dos alunos que é o esporte escolar, 21,8% o esporte praticado nas ruas e 47,2 o esporte de rendimento. Para os pais, 27,3% acreditam que seja o esporte escolar 39,4% o esporte das ruas e 33,3% o esporte de rendimento. Estes resultados estão representados no gráfico 9.

Gráfico 8. O porquê da prática de exercícios de rendimento pelos atletas

 

Gráfico 9. Comparação entre os esportes que proporcionam maior prazer

Conclusões

    Concluímos que os alunos de 5º a 8º série da rede pública demonstraram não saber o que significa qualidade de vida e possuíram dificuldades para distinguirem esporte de rendimento com esporte escolar. Entre os pais as respostas pareceram bem diversificadas sem uma resposta concreta sobre o que estava sendo perguntado. Os gráficos mostram que as nove perguntas feitas tiveram respostas variadas, pois cada um tinha uma opinião sobre qualidade de vida e seus respectivos benefícios.

Referências bibliográficas

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